No último domingo (dia 13) o nosso programa Palestra Espírita Online recebeu o pesquisador espírita Carlos Seth (Jacareí, SP) que fez uma exposição sobre a sua metodologia de pesquisa, cujos resultados — profícuos e eficientes — lhe renderam o título de Sir CSI, em alusão à série televisiva CSI: Investigação Criminal, cujos protagonistas (policiais investigadores) se destacam pelo cuidado nos detalhes técnicos. Com semelhante cuidado, Seth vem se destacando no meio espírita desde 2018 quando passou a se dedicar com especial atenção no estudo da polémica tese de adulteração do livro A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, relançada em 2017 pelo livro O Legado de Allan Kardec de Simoni Privato Goidanich (relançada porque a mesma tese já havia sido ventilada em outras ocasiões). O fato é que, com a perspicácia de Carlos Seth e outros pesquisadores, evidências concretas construíram uma antítese suficientemente forte para desmontar aquela ideia de adulteração, conforme se vê na página especial de pesquisa O Caso A Gênese. Ocorre agora, porém, uma situação inversa, como apontou Seth na palestra de domingo: determinado grupo passou a publicar indevidamente obras de Allan Kardec, a pretexto daquela velha ideia de adulteração. Vejamos:
Conforme a lei nacional 9610/1998 — que trata dos direitos autorais, que assegura as prerrogativas do autor (escritor, músico compositor etc.) e os dos que lhes são conexos (aqueles que tenham relação com esses mesmos direitos, por exemplos: herdeiros) — uma obra que foi revisada (como é o caso do livro A Gênese) a versão a ser publicada ou reeditada pelos sucessores deverá ser a versão definitiva produzida pelo autor, não podendo a reprodução das versões anteriores se passar pela versão definitiva (ver especialmente os artigos 1°, 5°, 24°, 35° e 41° da referida lei).
Em sua exposição, Seth colocou uma ressalva quanto às publicações de versões anteriores da obra, destacando a possibilidade de se fazer uma publicação especial, por exemplo, comemorativa, como fez a Federação Espírita Brasileira, no ano de 2018, por ocasião do sesquicentenário de lançamento da primeira edição de A Gênese (publicada em 6 de janeiro de 1868), com tradução de Evandro Noleto (veja aqui), neste caso especificando expressamente se tratar de uma edição especial — e não a versão definitiva, cujo conteúdo legal é o da 5ª edição, dita "revisada, corrigida e aumentada", publicada em 1869, postumamente (ainda no primeiro trimestre após o falecimento de Kardec) com a anuência da sua herdeira, a viúva Kardec (Amélie-Gabrielle Boudet).
Sim, temos o seguinte quadro: a obra A Gênesefoi originalmente publicada em 6 de janeiro de 1868, reimpressa mais três vezes (edições 2, 3 e 4, todas no mesmo ano de lançamento) e em seguida foi atualizada por Allan Kardec; às vésperas de seu relançamento, com o novo conteúdo (neste caso a versão definitiva), o autor desencarnou (31 de março de 1869), mas a edição nova foi legitimamente publicada por quem de direito o poderia fazer, Madame Kardec.
Então, para as reedições seguintes, qual é o legítimo conteúdo deste livro?
— A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo, edição "revisada, corrigida e aumentada", com base na 5ª edição, 1869.
Ilustração do casal Kardec
Certo! Mas o que tem havido em nossos dias? Desconsiderando as evidências das pesquisas mais recentes, das quais se destacam as de nosso confrade Carlos Seth, ainda há quem alimente dentro do movimento espírita a ideia de adulteração e dê sustentação a outras tantas teorias conspiratórias, inclusive elegendo "vilões".
Ora, a FEAL - Fundação Espírita André Luiz publicou naquele ano jubilar de 2018, em comemoração aos 15 anos de lançamento de A Gênese, uma edição dela com base na primeira versão do livro, ignorando a versão definitiva. E não apenas isso: o conteúdo kardequiano é precedido por mais de 20 páginas introdutórias cujo teor basicamente é para enaltecer o trabalho da FEAL no que se considerou ser "missão" o dever de "reestabelecer Kardec".
No interior do livro publicado pela FEAL, à página 9 encontramos no item Apreciação sobre a Gênese da Apresentação a definição deste lançamento: "único texto autenticamente publicado pelo autor e restabelecendo suas palavras 150 anos depois." A seguir vem o item "O derradeiro e conclusivo livro de Allan Kardec", assinado por Paulo Henrique de Figueiredo. Adiante: "Os fatos e as provas irrefutáveis", autoria de Simoni Privato Goidanich. Na sequência, Júlio Nogueira (advogado) discorre sobre "O direito moral e a garantia da integridade da obra". Logo mais lemos o item "A obra original, atual e contemporânea" por Marcelo Henrique.
Não acabou: tem ainda um "Prefácio a esta edição", novamente aparecendo a assinatura de Paulo Henrique de Figueiredo, que tranquiliza o leitor quanto às ideias citadas por Kardec que o prefaciador então cuidará de "esclarecer" e "contextualizar".
Mas a "missão" da FEAL não para por aí: uma visita ainda hoje na página da sua editora oficial (Mundo Maior Editora) nos levou à propaganda para a venda não só desta edição indevida de A Gênese, por ser oferecida como a "obra definitiva", como também de outros títulos que exploram esse "reestabelecimento" da obra kardequiana, como Autonomia, a história jamais contada do Espiritismo, Nem céu nem inferno e — por incrível que pareça — mais uma edição indevida: O Céu e o Inferno de Allan Kardec, com base numa versão anterior à revisão feita pelo codificador do Espiritismo e que, portanto, é a edição definitiva, a qual cumpre o dever moral observamos como o conteúdo a ser divulgado, estudado e aclamado para o referido título.
Fotocópia da página da editora da FEAL (15/02/2022)
Temos então, infelizmente, o fato concreto de que a obra verdadeira de Kardec está sendo manipulada (e — que ironia! — por quem se apresentava como os arautos do resgate do movimento espírita contra os "adulteradores") através de publicações indevidas e uma maciça campanha promovida por uma rede de comunicação espírita — a FEAL - Fundação Espírita André Luiz, que, por conseguinte, e no bojo dessa mesma teoria conspiratória, tem servido de pálio para a difusão de uma estranha ideia oferecida ao meio espírita que consagra um conceito de "moral autônoma", conforme certa interpretação do que teria pensado Immanuel Kant (1724-1804), filósofo alemão que inspirou o movimento Iluminismo. No entanto, esta interpretação (que consagra a liberdade incondicional dos Espíritos) em determinado momento extrapola a filosofia de Kant e fere os princípios fundamentais do Espiritismo, que se estabelece como peremptoriamente subordinada a Deus, a quem somente pertence a liberdade absoluta (veja mais aqui). Essa tese de autonomia espiritual é toda uma nova teoria pretendendo reinventar a Doutrina Espírita apresentando-se como o seu resgate.
Muito importante: As versões anteriores dos livros de Kardec podem ser — e é muito bom que sejam — estudadas em paralelo com o conteúdo final pelo propósito de se comparar as atualizações feitas pelo mestre espírita, observando assim a evolução de seu pensamento entre uma edição inicial e a versão conclusiva; precisamente é isto que tem feito o projeto Obras de Kardec, que tem lançado os livros da codificação espírita colocando lado a lado esses conteúdos, facilitando assim o estudo e a pesquisa comparativa. E com um detalhe assaz relevante: tudo gratuitamente.
Esperamos que a FEAL, através dos seus dirigentes, tome consciência destas publicações indevidas e cuide para reparar o desserviço que semelhante campanha tem prestado ao movimento espírita. Erros corrigidos deixam de ser erros e passam a ser lições aprendidas; erros prorrogados tornam-se erros multiplicados.
Alguém já perguntou a Kardec o que ele acha disto. Os grandes médiuns não dão nem uma comunicação a respeito do assunto, então isso quer dizer que não importa para espiritualidade a falta de ética daqueles que buscam aparecer de uma forma não construtiva, pois o que importa é o ganho, material e pessoal. Então se a Lei de Deus está escrita no consciente de cada um, a cada um segundo suas obras. Vamos seguir os conselhos do Mestre Jesus o Cristo e deixa que o tempo nos mostre a verdade.
O Espiritismo não deve ser alvo de disputas. Se há indubitável ilegalidade, que a justiça seja acionada e decida. Que se dê publicidade a todos os argumentos de forma clara e transparente. Onde está aqui o espaço para que a FEAL, Paulo Henrique de Figueiredo e Simoni Privatto façam suas alegações? Com qual autoridade a pesquisa do senhor Carlos Seth é a definitiva? Quais pares acompanharam, revisaram e criticaram? Essas disputas são uma vergonha para o movimento. Esses títulos são abomináveis. Sir CSI? No mínimo jocoso comparar pesquisa literária e biográfica com autoria de assassinatos como entretenimento.
Minha nossa vou ler tudo novamente, precisos compreender bem certinho, estou confusa, o Geraldo Lemos Neto, levantou a hipótese também da adulteração nos livros do Chico Xavier,agora temos mais coisas, só por Jesus mesmo.
Pode ser que o objetivo por trás de tudo, seja vender livros, faturar. Livros escritos a jato. Será muito difícil eles voltarem atrás, com bom senso. O trabalho de Carlos Seth é irrefutável, prova por A+B seus argumentos. Creio porem que eles irão reagir e continuarão com suas teorias. Aguardemos
Será? Parece que lhe falta conhecer um pouco melhor de lógica, amigo. Vejamos:
1️⃣ A carta do autor mencionando nova tradução A simples menção de que uma nova edição estava sendo traduzida não elimina a suspeita de adulteração, pois:
Não prova que o conteúdo estava fechado, aprovado ou finalizado pelo autor.
Traduções podem ocorrer durante o processo editorial, sem versão definitiva.
Só manuscrito final, provas revisadas ou declarações explícitas de aprovação validariam o novo conteúdo.
2️⃣ A assinatura da viúva autorizando a distribuição A assinatura da viúva (Amélie Boudet), anos após a morte do autor, não valida o conteúdo textual porque:
Herdeiros têm autoridade patrimonial, mas não doutrinária ou intelectual.
Autorizar comercialização não equivale a autenticar as alterações.
Não há registro de que Amélie tenha validado as mudanças feitas no conteúdo doutrinário.
Boa-fé da viúva não supre a ausência de validação crítica.
3️⃣ O exemplar adulterado encontrado na Suíça A existência física de um exemplar antigo com as alterações não comprova sua legitimidade textual, pois:
Apenas demonstra que a edição foi impressa e circulou.
Não estabelece que Kardec a tenha aprovado.
Toda adulteração tem, em algum momento, sua circulação iniciada.
Ausência de manuscritos revisados, provas corrigidas ou instruções finais de Kardec mantém o vácuo documental.
Os estudos (Simoni Privato, Canuto Abreu) confirmam que:
As alterações surgiram após a morte.
Não há correspondência com manuscritos autênticos.
Há incoerências doutrinárias nas passagens alteradas.
👉 Conclusão:
Nenhuma dessas três evidências — carta, assinatura da viúva ou exemplar físico — elimina a configuração de adulteração, pois todas carecem do elemento fundamental: a prova documental inequívoca de que Kardec aprovou o conteúdo adulterado antes de sua morte.
Até mesmo as "provas testemunhais" não são conclusivas, como Privato demonstrou.
Não se pode supor, com sã consciência, que Madame Kardec estivesse alheia às alterações; tudo ao contrário evidencia sua ativa participação nesse processo e, por isso, desmerecer a validação de sua assinatura no relatório da Sociedade é — na melhor das hipóteses — uma infantilidade. No mais, a melhor e mais robusta prova de autenticidade das revisões está na apreciação doutrinária, e nesse quesito, quem realmente conhece a obra de Kardec vê claramente a mão do codificador espírita nas alterações.
Parabéns Ery pela coragem! Precisamos entender que é falta de caridade com a Verdade e com as gerações futuras admitirmos, em nome da falsa bondade, que a obra de Kardec e do Espírito Verdade seja objeto de tanto escárnio pelos autodeclarados estudiosos espíritas e pelas instituições que afirmam representar o Espiritismo no mundo.
Conforme anunciamos na postagem Chico Xavier: 20 anos de Saudade , neste ano jubilar traremos uma série especial de matérias relembrando a vida e a obra inestimável do querido médium espírita Francisco Cândido Xavier . Aqui temos então um dos mais marcantes episódios de sua trajetória: "o caso O Cruzeiro", quando dois conhecidos profissionais do jornalismo nacional da época se aventuraram na missão de desmascarar "o matuto mineiro metido a poeta" e que ainda "usurpava" nomes de celebridades da literatura brasileira e estrangeira. Os temidos do Cruzeiro Na década de 1940 a revista mais lida no Brasil era O Cruzeiro e os nomes mais temidos da imprensa eram David Nasser , jornalista, e Jean Manzon , seu fotógrafo, famosos por suas reportagens investigativas. Precisamente em 1944 eles se incumbiram de uma "grande missão" desbancar um semianalfabeto do interior do Estado de Minas Gerais que estava abalando “a base” do meio literário do País, por c...
Continuando nossa série 20 anos de saudades do inesquecível Chico Xavier , que desencarnou em 2002, e aproveitando este mês de maio especialmente dedicado às mães, vamos colocar em destaque outra linda joia lapidada pelo querido médium mineiro. Caminhava-se para mais uma celebração dos Dias das Mães em 1984 quando Emmanuel , o mentor espiritual do médium, anunciou mais um trabalho a ser realizado: o amigo invisível ditaria através de Chico os traços fisionômicos de Maria de Nazaré, a mãe de Jesus , para que um artista pudesse retratá-la. Para tal desiderato, a empreitada valeu-se dos préstimos do artista paulista Vicente Avela . Os esboços do "retrato falado" começaram a ser feitos ainda em 1983, sendo desenhado mais de vinte esboços, cada nova edição recebendo as recomendações do muito exigente Emmanuel, até que quando todos os detalhes foram ajustados, a imagem foi ampliada e colorizada em tinta a óleo, resultando na famosa tela que conhecemos hoje e se tem reproduzida fa...
Este 12 de abril marca o 98º aniversário da desencarnação do grande filósofo francês e apóstolo kardecista Léon Denis , a quem o movimento espírita tanto deve, pela justeza de suas obras em apologia ao Espiritismo e — não menos importante — pelo exemplo de vida, que foi pautada pelo espírito de caridade. Para quem não conhece bem a biografia de Léon Denis, segue uma breve apresentação: Léon Denis (Foug, França, 1 de janeiro de 1846 - Tours, França, 12 de abril de 1927), foi um notável filósofo, escritor e um dos principais expoentes espíritas desde após a morte do codificador do Espiritismo, Allan Kardec. A fidelidade que dedicou aos conceitos kardequianos e o seu valoroso empenho em divulgar a Doutrina dos Espíritos fizeram com que passasse a ser conhecido como o “apóstolo do Espiritismo”. Também excelente orador, palestrou na França e no exterior, semeando as luzes da Terceira Revelação, sendo um dos principais destaques de diversos congressos espíritas e espiritualistas ...
Excepcionalmente neste domingo, 30 de outubro de 2022, nosso canal Luz Espírita no YouTube não apresentará o Programa Palestra Online em razão desse dia especial de eleições nacionais. Aproveitamos a ocasião para sugerir especialmente aos nossos irmãos espíritas e demais simpatizantes do Espiritismo a fazerem uma prece, com todo o sentimento e consciência possível, em favor do Brasil, em face do pleito que se realiza, rogando a Deus que estas nossas preces se somem aos esforços da espiritualidade no sentido de tocar o coração daqueles entre os candidatos a cargos públicos que venham a ser selecionados para as importantes funções a que pleiteiam, principalmente levando em conta as gritantes necessidades do nosso povo — necessidades materiais, educacionais, culturais e morais; também que os eleitores despertem para a sua responsabilidade de cidadão, desde o ato de escolher seus candidatos até o de acompanhar o mandato dos que forem eleitos, a fim de que ...
'Espiritismo perde Divaldo Franco. Haverá um sucessor?' — este é o título de uma interessante matéria do jornal Correio Braziliense , assinada pela jornalista Maria Eduarda Lavocat , com uma descrição igualmente curiosa: ' Com a partida de grandes nomes da religião, surge a indagação se existem novas lideranças para ocupar esse espaço entre os espíritas' ( Ver aqui ). A questão é muito oportuna e recorrente: sempre que uma personalidade de grande expressão — como é o caso de Divaldo Pereira Franco — finda sua jornada terrena, vem à tona a pergunta sobre um possível substituto, isto é, alguém que possa assumir as mesmas responsabilidades e levar a efeito as mesmas realizações daquele que partiu. Também no Espiritismo, ainda recentemente, a morte do inesquecível e amado médium Chico Xavier provocou a mesma indagação, como aconteceu com as lideranças mais antigas: Bezerra de Menezes, Léon Denis, Gabriel Delanne, até chegar no codificador espírita, Allan Karde...
Alguém já perguntou a Kardec o que ele acha disto. Os grandes médiuns não dão nem uma comunicação a respeito do assunto, então isso quer dizer que não importa para espiritualidade a falta de ética daqueles que buscam aparecer de uma forma não construtiva, pois o que importa é o ganho, material e pessoal.
ResponderExcluirEntão se a Lei de Deus está escrita no consciente de cada um, a cada um segundo suas obras.
Vamos seguir os conselhos do Mestre Jesus o Cristo e deixa que o tempo nos mostre a verdade.
Fco. Domingos Caselli
O Espiritismo não deve ser alvo de disputas. Se há indubitável ilegalidade, que a justiça seja acionada e decida. Que se dê publicidade a todos os argumentos de forma clara e transparente. Onde está aqui o espaço para que a FEAL, Paulo Henrique de Figueiredo e Simoni Privatto façam suas alegações? Com qual autoridade a pesquisa do senhor Carlos Seth é a definitiva? Quais pares acompanharam, revisaram e criticaram?
ResponderExcluirEssas disputas são uma vergonha para o movimento. Esses títulos são abomináveis. Sir CSI? No mínimo jocoso comparar pesquisa literária e biográfica com autoria de assassinatos como entretenimento.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMinha nossa vou ler tudo novamente, precisos compreender bem certinho, estou confusa, o Geraldo Lemos Neto, levantou a hipótese também da adulteração nos livros do Chico Xavier,agora temos mais coisas, só por Jesus mesmo.
ResponderExcluirAcionem a justiça e que ela se cumpra conforme a verdade
ResponderExcluirAdulteraram textos, livros originais de Kardec? Justiça neles para que a verdade apareça.
ResponderExcluirPode ser que o objetivo por trás de tudo, seja vender livros, faturar.
ResponderExcluirLivros escritos a jato. Será muito difícil eles voltarem atrás, com bom
senso. O trabalho de Carlos Seth é irrefutável, prova por A+B seus argumentos. Creio porem que eles irão reagir e continuarão com suas teorias. Aguardemos
Será? Parece que lhe falta conhecer um pouco melhor de lógica, amigo. Vejamos:
Excluir1️⃣ A carta do autor mencionando nova tradução
A simples menção de que uma nova edição estava sendo traduzida não elimina a suspeita de adulteração, pois:
Não prova que o conteúdo estava fechado, aprovado ou finalizado pelo autor.
Traduções podem ocorrer durante o processo editorial, sem versão definitiva.
Só manuscrito final, provas revisadas ou declarações explícitas de aprovação validariam o novo conteúdo.
2️⃣ A assinatura da viúva autorizando a distribuição
A assinatura da viúva (Amélie Boudet), anos após a morte do autor, não valida o conteúdo textual porque:
Herdeiros têm autoridade patrimonial, mas não doutrinária ou intelectual.
Autorizar comercialização não equivale a autenticar as alterações.
Não há registro de que Amélie tenha validado as mudanças feitas no conteúdo doutrinário.
Boa-fé da viúva não supre a ausência de validação crítica.
3️⃣ O exemplar adulterado encontrado na Suíça
A existência física de um exemplar antigo com as alterações não comprova sua legitimidade textual, pois:
Apenas demonstra que a edição foi impressa e circulou.
Não estabelece que Kardec a tenha aprovado.
Toda adulteração tem, em algum momento, sua circulação iniciada.
Ausência de manuscritos revisados, provas corrigidas ou instruções finais de Kardec mantém o vácuo documental.
Os estudos (Simoni Privato, Canuto Abreu) confirmam que:
As alterações surgiram após a morte.
Não há correspondência com manuscritos autênticos.
Há incoerências doutrinárias nas passagens alteradas.
👉 Conclusão:
Nenhuma dessas três evidências — carta, assinatura da viúva ou exemplar físico — elimina a configuração de adulteração, pois todas carecem do elemento fundamental: a prova documental inequívoca de que Kardec aprovou o conteúdo adulterado antes de sua morte.
Até mesmo as "provas testemunhais" não são conclusivas, como Privato demonstrou.
Não se pode supor, com sã consciência, que Madame Kardec estivesse alheia às alterações; tudo ao contrário evidencia sua ativa participação nesse processo e, por isso, desmerecer a validação de sua assinatura no relatório da Sociedade é — na melhor das hipóteses — uma infantilidade. No mais, a melhor e mais robusta prova de autenticidade das revisões está na apreciação doutrinária, e nesse quesito, quem realmente conhece a obra de Kardec vê claramente a mão do codificador espírita nas alterações.
ExcluirParabéns Ery pela coragem!
ResponderExcluirPrecisamos entender que é falta de caridade com a Verdade e com as gerações futuras admitirmos, em nome da falsa bondade, que a obra de Kardec e do Espírito Verdade seja objeto de tanto escárnio pelos autodeclarados estudiosos espíritas e pelas instituições que afirmam representar o Espiritismo no mundo.