Saudações ao papa Leão XIV
Sim, somos espíritas convictos e não temos nenhuma filiação com a Igreja Católica ou outra denominação religiosa, filosófica, acadêmica ou qualquer instituição (aliás, faz lembrarmos que até mesmo o Espiritismo não se prende a qualquer formalidade civil). Tendo isto ficado bem claro, então vamos deixar aqui a nossa saudação ao novo sumo pontífice do catolicismo, o Papa Leão XIV.
Esta saudação tem o sentido de que vibramos para que o novo chefe do Vaticano seja inspirado o melhor possível pela espiritualidade (que sempre procurar inspirar todos os homens ao bem comum, cada qual nos seus limites culturais) a fim de que possa servir, através de sua palavra e de seu exemplo pessoal, de instrumento para a promoção dos valores espirituais, tais como a caridade, a fraternidade, a paz e a reeducação moral de todos a quem o papa consiga alcançar.
Como já dissemos na nossa postagem 'A morte do Papa Francisco em uma reflexão espírita', o Vaticano ainda tem uma considerável influência no mundo — ainda que não seja nem um rastro do que ela já foi num passado não muito distante — e por isso a voz do papa, seja ele quem for, é uma voz que ecoa no mundo.
Leão XIV e os desafios de seu tempo
Nascido Robert Francis Prevost, natural dos Estados Unidos da América, o "jovem" Papa Leão XIV assume seu pontificado num tempo de grandes desafios, tanto no campo próprio do que lhe diz respeito diretamente como governante maior da igreja, quanto no papel de uma das lideranças mundiais — pelo menos na teoria — no tocante a assuntos gerais (políticos, sociais, culturais etc.); para começar, estamos assistindo a uma guerra absurda provocada pela Rússia e sua invasão à Ucrânia, que tem como pano de fundo uma nova versão da Guerra Fria, agora ampliada pelo poderia das tecnologias computadorizadas; guerra essa que ameaça até mesmo a vida humana na Terra, devido ao poderia das armas nucleares — com as quais o presidente russo Vladmir Putin tem ameaçado o mundo, especialmente a Europa e os Estados Unidos.
Não à toa a palavra "paz" foi repetida algumas vezes no discurso inaugural do novo papa, continuando sendo verbalizada com ênfase nas homilias e outras falas oficiais do papado nos dias consecutivos. E esse seu apelo enfático pela paz mundial já foi visto com muito positivismo pela imprensa e críticos em geral, reforçado pela simpatia pessoal de Robert Prevost — confirmando, aliás, o estilo moderado, sensato e acolhedor que os analistas haviam traçado, antes mesmo de sua eleição no conclave deste 2025.
Houve um tempo em que a igreja romana tronava e destronava reis, fundava e afundava nações, iniciava e fechava guerras, com uma força tal que se podia dizer que o papa era quase que o dono do mundo; atualmente, para o bem ou para o mal, sua ação é praticamente figurativa, minimizada até mesmo dentro dos muros do Vaticano e com relação ao comportamento dos próprios fiéis católicos. Ainda assim, insistimos em dizer, é uma voz de repercussão mundial, um pouquinho a mais renovada a cada conclave, de modo que realça a esperança de que uma opinião sensata venha semear um diálogo sadio entre as lideranças terrenas, ora tão conflitantes.
E para tais expectativas, Robert Prevost parece-nos ter sido da melhor escolha: ele não tem força sozinho para frear os ímpetos gananciosos dos governantes atuais; seu cetro não tem o poder de solucionar milagrosamente o conflito entre Rússia e Ucrânia, nem salvar China, Cuba, Coreia do Norte e outros países da dominação comunista, nem tornar verdadeiramente caridosos os lobos capitalistas de nossa época; todavia, esperamos que ele plante as sementes da paz e da fraternidade, e assim já teremos uma voz a mais a lutar por estes valores espirituais.
Portanto, saudamos o novo papa e fazemos votos que ele promova o Evangelho do Cristo, tal como se propõe a sua posição institucional, porque, como espíritas, nós queremos ver o progresso da espiritualização do nosso mundo, em todas as classes, em todos os órgãos; estamos hoje saudando o líder da igreja romana como o saudaríamos a qualquer outra pessoa empossada de um importante papel na sociedade e que tivesse como propósito o de preconizar as virtudes morais divinas, porque afinal somos todos irmãos e proclamamos, uníssonos aos anjos do Senhor:
"Glória a Deus nas alturas, e na terra paz aos homens de boa vontade!"
Lucas, 2: 14
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