'Poema da Gratidão' versão 'Obrigado, Divaldo'


Já era clássico, ao encerrar uma palestra, Divaldo Franco findar sua oratória com o belíssimo 'Poema da Gratidão', ditado a ele pelo Espírito de Amélia Rodrigues, cujos versos, sempre recitados com muita vibração pelo médium espírita, arrebatava os corações, já bastante enternecidos pela exposição precendente. O vídeo a seguir traz uma daquelas memoráveis declamações:



Sobre esta obra-prima, trata-se de uma psicografia recebida por Divaldo, durante um evento espírita em Buenos Aires, Argentina, isso em 21 de novembro de 1962; ela foi publicada em um livro originalmente em 2002, na coletânea de poesias Sol de Esperança, editada pela editora da Federação Espírita Brasileira.

Quanto à autora, em sua última encarnação, foi batizada Amélia Augusta do Sacramento Rodrigues, nascida na Fazenda Campos, da freguesia de Oliveira dos Campinhos, então pertencente ao município de Santo Amaro, Estado da Bahia, a 26 de maio de 1861; estabelecida na capital baiana, tornou-se educadora, escritora, teatróloga e poetisa. Uma vez aposentada, retornou ao magistério de forma ainda mais dinâmica: fundou o "Instituto Maternal Maria Auxiliadora", que mais tarde se transformou na "Ação dos Expostos". Dedicou-se  ainda ao jornalismo, como colaboradora de publicações religiosas como O Mensageiro da Fé, A Paladina e A Voz. Escreveu algumas peças teatrais e livros poéticos, além de obras didáticas, literatura infantil e romances. faleceu em Salvador, no dia 22 de agosto de 1926. Em sua homenagem, o governo do Estado da Bahia emancipou o distrito de seu nascimento, em outubro de 1961, e o tornou município com o nome de "Amélia Rodrigues".

Pois bem, esta marca especial de Divaldo Franco aqui volta à cena, uma semana depois de seu falecimento, através de uma versão que recebemos da jornalista e nossa colega espírita Magali Bischoff, em forma de agradecimento ao inesquecível médium e orador espírita, em face de sua grandiosa obra de vida.


Versão do Poema da Gratidão, na sua despedida.

Muito obrigado, Divaldo!
Muito obrigado pelo que me deste.
Muito obrigado pelo que me dás.
Obrigado pelo Evangelho, o pão da vida, pela paz.

Muito obrigado pela beleza que os meus olhos veem no altar da natureza.
Olhos que fitam o céu, a terra e o mar
Que acompanham a ave ligeira que corre fagueira pelo céu de anil
E se detém na terra verde, salpicada de flores em tonalidades mil.

Muito obrigado, Divaldo!
Porque eu posso ver o amor.
Abriu nossos olhos nos guiando na escuridão
Onde muitos tropeçam e choram na solidão.

Você nos ensinou a orar e pedir  por comiseração
E agora sabemos que depois desta lida, na outra vida, eles também enxergarão! 
E hoje te recebem com gratidão!

Muito obrigado, Divaldo!
Pelos ouvidos meus que aprenderam tanto contigo
Ouvidos que ouvem o tamborilar da chuva no telheiro
A melodia do vento nos ramos do olmeiro
E você  escutava as lágrimas que vertem os olhos do mundo inteiro!

Ouvidos que escutaram a música do povo de todo o Mundo,  que lotava espaços só  para estar com você
Escutando a  melodia dos imortais, que através de você aprendiam sobre Jesus e  ninguém a esquecia mais!

A sua voz melodiosa, intensa e que fazia despertar..
Emanava tanta luz que aliviava a dor que geme e que chora no coração do mundo inteiro!

Pela minha alegria de ouvir, pelos surdos que também leram as suas palestras através da lingua especial  eu sei
Que depois desta dor, no reino de amor para onde você  foi, todos voltarão a sentir, a ver e te ouvir

Obrigado pela sua voz
Mas também pela sua voz de todos os espíritos que falaram através de ti
A voz que canta
Que ama, que ensina, que alfabetiza,
E que em nome de Jesus profere com sentida emoção!

Diante dessa melodia
Eu quero rogar pelos que ficaram 
Eles não cantam de noite, eles não falam de dia e onde sua voz não será mais ouvida
Oro por eles
Porque eu sei, que depois desta prova, na vida nova
Eles cantarão! E te encontrarão. 

Obrigado, Divaldo!
Pelas suas mãos de caridade
Pelas  mãos que construíram a Mansão do Caminho
Que semeou, que agasalhou
Mãos de ternura que libertaram da amargura
Mãos que apertaram tantas mãos
Sua mão sempre foi a da caridade, de solidariedade, do conhecimento através dos livros
Mãos dos adeuses
Que ficam feridas
Que enxugam lágrimas e dores sofridas!
Pelas mãos de poesias, de cirurgias, de psicografias!

Pelas mãos que atendem a criança, o jovem, a velhice
A dor
O desamor!
Pelas mãos que no seio embalaram o corpo de um filho alheio sem receio
E pelos pés que te levaram a andar pelo mundo todo sem reclamar!

Obrigado, Divaldo!
Porque nós ensinou que podemos nos  movimentar e ajudar

Diante do meu corpo perfeito
Eu te quero rogar
Porque na Terra ainda existem
Aleijados, amputados, decepados, paralisados, orgulhosos ,egoístas que se não podem se movimentar.

Eu você orou por eles e dizia que  Depois desta expiação
Na outra reencarnação
Eles também bailarão!

Obrigado por fim, por valorizar o Lar, a família e os amigos
É tão maravilhoso ter um lar e o seu era o Mundo todo.
E que cada um fosse feliz 
Na mansão, na tapera, no bangalô,
Na casa do caminho ou seja lá o que for.

Mas que dentro dele, exista a figura
do amor de mãe, ou de pai
De mulher ou de marido
De filho ou de irmão
A presença de um amigo
A companhia do gato, do cão,
Alguém que nos dê a mão! E também ofereceu a sua escuta carinhosa.

Mas você que não teve uma unica pessoa para amar
Recebeu um presente, uma missão maior, amar a todos os irmãos e nem sempre foi tão amado
Descansou em muitos tetos no mundo todo
Agasalhou e foi agasalhado
Deitou em camas, dormiu em sofás  e nos muitos aviões, trens e carros andando pelo Mundo
Nem aí reclamou
Pelo contrário, fez tudo por amor.

Obrigado, Divaldo!
Porque eu renasci com muitos dos seus livros e suas palestras.

Obrigado porque Jesus acreditou em Ti e você  cumpriu a sua Missão

Pelo Teu amor,

Obrigada Divaldo, o Semeador de Estrelas que hoje brilha a sua Luz junto as estrelas que já estão no Céu.

Até breve e volte quando puder...

Com afeto e gratidão
Sua irmã em Cristo
Magali Bischoff
13/05/2025

Reforçamos esse sentimento de gratidão com o nosso reconhecimento da obra maravilhosa deixada por Divaldo Pereira Franco.

Saiba mais sobre Divaldo pela Enciclopédia Espírita Online.


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