quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Reformador destaca Kardec, o filme


A revista Reformador publicou uma matéria especial sobre a produção de Kardec, o filme (veja bastidores aqui), pela qual, Marcel Souto Maior, autor da biografia de Kardec que inspirou o filme, Leonardo Medeiros, intérprete do Codificador e Wagner de Assis, diretor do longa, contam sobre curiosidades e bastidores desta produção prevista para ser lançada em 16 de maio de 2019.

Confira a entrevista com as citadas personalidades:


Reformador: O que chamou a sua atenção para contar a história de Allan Kardec?
Marcel Souto Maior: Fui movido por uma pergunta-chave: o que faz um professor cético mudar de vida e de nome, aos 53 anos, para dar voz aos Espíritos? Quis contar a história desta transformação radical – a do pesquisador cético, que se torna um missionário. O que o moveu? Que obstáculos – e preconceitos – ele enfrentou nesta caminhada?

O processo de escrita de uma biografia requer uma grande pesquisa. Nessa pesquisa você se identificou, de alguma forma, com Allan Kardec, no processo de Codificação da Doutrina Espírita?
Marcel Souto Maior: Sim. Eu me identifiquei com Kardec (ou com o professor Rivail) em dois pontos fundamentais: o cuidado com a pesquisa (precisamos estar sempre checando e “rechecando” informações para evitar erros) e o ceticismo (um dos traços marcantes de sua personalidade, como professor e pesquisador, na primeira etapa de sua vida). Moveu-nos um misto de curiosidade e de desconfiança.

Como é adaptar para o cinema a história do responsável por codificar a Doutrina Espírita?
Wagner de Assis: Por um lado, um novo desafio cinematográfico, com grande complexidade de realização, pois é um filme de época, cuja história se passa num outro país. Por outro lado, um respeito absurdo, uma humildade extrema e uma alegria imensurável. Não temos a pretensão de ser definitivos a respeito de Kardec. Há diversos trabalhos e estudos sobre ele e acho que devem ser feitos cada vez mais. Também não temos a pretensão de contar toda a sua vida, embora seja uma cinebiografia como gênero. Nós nos concentramos no que de mais importante aconteceu na vida dele. É um recorte, uma escolha e assim seguimos adiante. Vale lembrar também que não é um documentário, mas sim uma ficção, dramaturgia, que precisa respeitar algumas leis quando se conta uma história. O filme tem como base a forma como o Marcel Souto Maior escreveu a biografia.
Queremos contar um pouco da vida do professor Rivail para os que o conhecem, mas também para os que não o conhecem. Porque os primeiros sempre podem se surpreender com detalhes, aspectos humanos pouco comentados em geral. Os demais, com certeza, vão se surpreender muito ao encontrar um homem de seu tempo, um homem de ciências, um educador e professor à frente de seu tempo, e, acima de tudo, um homem de muita coragem e bom senso.

O que representa para você interpretar Allan Kardec?
Leonardo Medeiros: Sinto-me ao mesmo tempo imensamente agradecido e temeroso. Estou representando um ícone que faz parte da minha vida dentro de uma família espírita.

Como foi a escolha do elenco para este filme?
Wagner de Assis: Costumo dizer que é maravilhoso ver quando o filme tem vida própria e vai “escolhendo” os profissionais que nele tomarão parte. Claro que procuramos artistas que possam estar sintonizados com os personagens, na verdade sintonizados com pessoas que fazem parte de toda a história de Kardec. Mas a escolha em si tem sempre algo “mágico”, que foge aos aspectos puramente “acidentais”.
Um desses casos, por exemplo, foi Leonardo Medeiros. Nós nos conhecemos, falamos do projeto, lemos um pouco o roteiro e vimos claramente que ali havia um profissional absolutamente capaz de defender a história do professor Rivail na tela. Só depois é que, para nossa surpresa, soubemos de sua ligação com o tema, com a família do Eurípedes Barsanulfo. Isso é muito legal, mas de forma alguma representa um peso para a sua escolha. Assim o fizemos com todos do elenco. Os personagens vão se afeiçoando aos seus intérpretes e pronto. Ganham vida.

Rivail mudou de vida e de nome. Tornou-se Allan Kardec para dar voz aos Espíritos… A história de Kardec é a história de uma conversão, citou Marcel Souto Maior. O que podemos esperar desta adaptação nos cinemas?
Wagner de Assis: Uma jornada de transformação, movida por uma busca incessante pela verdade, com um pano de fundo de uma sociedade muito sofrida, com índices altos de suicídio, qualidade de vida baixíssima e uma guerra de ideologias. Não poderemos jamais entender o passado com os olhos do presente. Mas podemos delinear como era a Paris de 1850, por exemplo. E buscar entender o papel das instituições como a Ciência, a Igreja, o Estado francês, para que os personagens possam vivenciar os dramas, os receios, os sonhos daquela época. Esta é a história de um homem que aceitou recomeçar de certa forma uma nova vida depois dos 50 anos. Costumo pensar metaforicamente que ele descobriu um tesouro e quis compartilhar com o mundo. Mas, claro, tinha um preço muito alto. E ele pagou para ver.

Nosso Lar exigiu muita criatividade para criar detalhes que só existem no Mundo Espiritual. Qual é o desafio para a produção desta cinebiografia?
Wagner de Assis: Toda a composição de uma Paris que não existe mais. O filme se passa numa cidade que foi totalmente reformulada anos depois de nossa história. Filmamos “externas” em Paris para ter a luz da cidade, para ter o rio Sena, Notre-Dame, pontes históricas, mas há toda a necessidade de usar efeitos visuais e transformar aquela paisagem em algo que existiu há 160 anos. Além disso, temos também o desafio de atuação, de figurino, de fotografia críveis, que nos remetam àquele mundo. Nosso filme conta com o trabalho de profissionais altamente competentes, e o DNA de uma empresa como a “Conspiração”, que tem em seu currículo outras biografias muito bem contadas. Falo aqui também da produtora Eliana Soarez, do diretor de fotografia Nonato Estrela e do diretor de arte Claudio Amaral Peixoto. E, naturalmente, do roteirista que me ajudou a escrever a história, LG Bayão.

Que curiosidades das gravações podemos antecipar ao público?
Wagner de Assis: A maioria dos personagens é real. Todo mundo que existiu e de que temos notícia. Mas há algumas licenças para nos ajudar a contar a história de Rivail e do mundo em que ele viveu. Por isso temos alguns atores franceses em nosso elenco. Filmamos uma semana em Paris em lugares onde o próprio Kardec esteve, como o Palais Royal, onde ele instalou a primeira sede da Sociedade de Estudos Espíritas de Paris. Caminhamos em solo que realmente abrigou a História. Isto é muito rico para um filme.

Você diz não ter nenhuma religião, mas fascínio por este tema: a fé. Como as recentes biografias espíritas contribuíram com este olhar?
Marcel Souto Maior: Tenho fascínio mesmo pela fé e por este território invisível onde “vivos e mortos” se encontram. Neste ano estou revisitando alguns cenários – e também alguns personagens – destes 25 anos de pesquisas sobre Chico Xavier e também sobre outros universos religiosos (como o Centro de João de Deus, em Abadiânia). Estas viagens devem gerar meu próximo livro, uma mistura de retrospectiva e de diário de observação. As biografias espíritas me ajudam e me inspiram sempre.

Seu histórico conta hoje com 35 filmes e 17 prêmios. Seria a atuação em Kardec mais uma premiação destes esforços?
Leonardo Medeiros: Sem dúvida essa atividade vem coroar uma carreira de décadas de dedicação ao trabalho de ator. Sinto-me humildemente premiado.

Como foi a descoberta do parentesco com Eurípedes Barsanulfo?
Leonardo Medeiros: Desde que me lembro, as imagens e histórias de Eurípedes e Kardec embalam meu imaginário. Quem nasceu numa família espírita sabe do que estou falando. Dentro da família sempre foi muito natural falar do Eurípedes, que é irmão do meu avô materno, portanto meu tio-avô. Cresci no seio de uma família espírita e fui educado dentro dos preceitos éticos da Doutrina. Independentemente da minha crença, tenho imenso orgulho dessa herança.

De Chico Xavier a Allan Kardec. Podemos esperar mais um marco na adaptação de seu livro para as grandes telas?
Marcel Souto Maior: Com Chico e Kardec, acho que o ciclo se fechou, mas nunca se sabe. Estou sempre levando alguns sustos – e tendo algumas surpresas – ao percorrer este território. Aguardemos! Só o tempo dirá!


Fonte: FEB

domingo, 28 de outubro de 2018

Eleições 2018 e o destino do Brasil


Realizou-se neste domingo mais um capítulo da nossa democracia com o 2° turno das eleições para a Presidência do Brasil, além da definição dos novos governadores em alguns Estados da Federação. E, pelos indicativos, as definições ocorreram dentro da normalidade, salvo os mínimos contratempos, aceitáveis dentro de um processo tão complexo. Depois de uma campanha tão tensa — e até mesmo violenta —, a hora é de pacificação.

Feitas as opções, temos então a consagração de um pleito legítimo que, por isso, impõe a todos os brasileiros a responsabilidade de, no exercício legal de sua cidadania, contribuir com os nossos deveres civis, cada qual no seu papel. Ao novo Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, eleito novo chefe de Estado, cumpre a responsabilidade de conduzir a máquina executa central da nação ao lado dos seus partidários; aos partidos da coligação vencida — que fatalmente se manterá na oposição do novo governo —, cabe outro valiosíssimo papel, qual seja o de vigiar e contestar possíveis abusos de poder do candidato eleito. Esse contrabalanceamento de forças é essencial para a sustentação de um regime democrático, garantindo assim que todas as partes sejam representadas. O que esperamos, por fim, é que, nesse jogo de forças, os interesses maiores sejam sempre o bem comum do país; e, finalmente, a todos os brasileiros, convém respeitar a decisão majoritária e, esquecendo os partidarismos, continuar participando do debate político positivo, apoiando os bons projetos que venham a ser lançados em favor do Brasil, manifestar-se — pelas vias democráticas, legais e civilizadas — contra as medidas não produtivas, tendo em mente o foco, não dos nosso anseios imediatistas, mas a conscientização das necessidades de uma sustentabilidade duradoura.

Quanto ao destino do Brasil, devemos ter em conta que isto é uma construção em longo prazo e exige uma maturidade de pelo menos uma grande maioria de seus cidadãos, para a qual, as experiências eleitorais são grandes ensaios. Que todos nós tenhamos aprendido bastante durante esse último processo. É bom acrescentarmos ainda que, longe da ingênua ideia de um "salvador da pátria", precisamos compreender que uma nação deve ser sustentada pelos esforços de todos os seus integrantes.

Além disso, convém orarmos, vibrarmos e pedirmos a Deus inspiração para os nossos governantes e, através da cooperação dos missionários da Luz, sustentação para a realização de medidas que promovam o progresso para a nossa pátria e o desenvolvimento de todas as potencialidades salutares do nosso povo, imbuídos pelo espírito da sabedoria, justiça e caridade.

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Calendário Histórico Espírita: aniversário de nascimento de Humberto de Campos


Recordamos na presente data o aniversário de nascimento de Humberto Camposjornalista, escritor, político, membro da Academia Brasileira de Letras. Ele nasceu em Miritiba, interior do Estado do Maranhão, a 25 de outubro de 1886, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, a 5 de dezembro de 1934. Ele foi um dos notáveis literatos de sua época, enquanto encarnado, que se ocupou em analisar a literatura mediúnica de Francisco Cândido Xavier, e que, em honestidade com sua consciência, não pôde negar a excentricidade daquele fenômeno.

É lembrado pelo Movimento Espírita pelas obras ditadas, depois de sua desencarnação, através da mediunidade de Chico Xavier, especialmente o clássico Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho. Algumas dessas obras foram assinadas com o pseudônimo Irmão X, devido implicações de direitos autorais. É também carinhosamente chamado de "Repórter do Além".

Saiba mais sobre a vida e obra de Humberto de Campos, enquanto encarnado e como Espírito desencarnado, no verbete com seu nome na Enciclopédia Espírita Online.



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segunda-feira, 22 de outubro de 2018

"Eleições 2018: uma opinião espírita" por Ery Lopes


Caríssimos espíritas, simpatizantes e demais curiosos que por acaso — ou não — chegaram até estas linhas, para começo de conversa, peço a gentileza de atentarem bem para os dizeres do título deste artigo, que faço saltar aos olhos que esta é meramente "uma" opinião espírita, de um espírita ainda imperfeito, não consistindo, portanto, um posicionamento formal da nossa amada doutrina — coisa que não me atreveria a fazer e que a ninguém mais o compete, visto que não há nem entre os encarnados qualquer entidade que lucidamente possa se julgar autorizado para tal intento.

E para aqueles que vieram previamente armados com a argumentação de que Espiritismo não deve se misturar com política, antecipo-me a convidá-los a lerem e estudarem em O Livro dos Espíritos o capítulo VII da Parte Terceira, e solucionarem a problemática de se cumprir a imposição de vivermos em sociedade sem uma organização política. Ademais, senão para contribuir com a formação do caráter das pessoas e o progresso do meio em que ele vive, para que serviria a Doutrina Espírita? Mera oblação? Ó, não! Isso não. Favor não confundir Espiritismo com igrejismo. Desta feita, seria falsa modéstia de nossa parte dizer que a revelação espírita é simplesmente importante, quando devemos afirmar, sem titubear, que ela é preponderante para o avanço de nossa sociedade, e sem a qual, patinaremos no solo da frieza humana, movidos pelo orgulho e pelo egoísmo oriundo de uma concepção puramente materialista. Sem a compreensão dos valores espirituais, que começa com os princípios da sobrevivência da alma e da lei de causa e efeito aplicada nas múltiplas existências corporais, como sair das mesquinharias da vida? Mas, tendo nossa visão ampliada pelos horizontes espirituais, podemos bem compreender o valor dos ensinamentos espíritas, como os contidos nessa simples questão:
Da necessidade que o homem tem de viver em sociedade, nascem nele obrigações especiais?“Sim, e a primeira de todas é a de respeitar os direitos de seus semelhantes. Aquele que respeitar esses direitos procederá sempre com justiça. Neste mundo, cada um usa de represálias, porque a maioria dos homens não pratica a lei de justiça. Essa a causa da perturbação e da confusão em que as sociedades humanas vivem. A vida social cede direitos e impõe deveres recíprocos.”
O Livro dos Espíritos, Allan Kardec - questão 877
Supondo termos satisfeito a questão da relação entre Espiritismo e Política, passemos a analisar o cenário nacional e a urgência de nos prepararmos para o pleito presidencial que se nos apresenta, tendo em mente que estamos tratando do destino de uma nação de mais de 200 milhões de encarnados, os quais têm lá suas relações outros tantos de Espíritos desencarnados, assim, diretamente ligados à nossa Pátria. Acrescento, tranquilizando a todos, ainda a título de preâmbulo, que, como convém, abstenho-me de aqui tomar partido de um ou outro Candido. O enfoque não são os candidatos ou seus partidos, mas os conceitos dos valores que estão em jogo. Cada qual faça suas ponderações e decida livremente o seu voto. E aproveito para dar meu parecer absolutamente contrário a apelações que se tem visto nesses dias — especialmente nas redes sociais — de algo do tipo: "Os espíritas estão com fulano...", "O Espiritismo se declara a favor de cicrano..." etc. Isto, aliás, me deixa um tanto constrangido e perplexo como um confrade, um dito espírita, pode ter a fraqueza de comprometer toda uma comunidade a uma exposição dessas. Que cada qual se declare espírita e exponha seu voto, tudo bem, mas que ninguém se arrogue de representar a coletividade, e — pior ainda — distorça os fundamentos espíritas para se adequar e apoiar causas particulares e partidárias.


NOSSA REALIDADE POLÍTICA

Iremos às urnas no próximo dia 28 para concretizar a escolha do novo Presidente da República (em alguns Estados da Federação também será promovido o 2° turno da eleição para o cargo de Governador), tendo então dois candidatos que, embora tenham personalidades peculiares, um em relação ao outro, e apresentem distintas ideias para administrar o Brasil pelos próximos quatro anos, ambos fazem parte — já há um bom tempo — de um contexto político mais ou menos semelhante. Nenhum deles desembarcou de outro mundo há pouco tempo e tampouco detém algo sobre-humano, que o distancie do outro. Com isso, podemos aferir que, com todo o respeito aos dois postulantes, não estamos lidando com santidades (não podemos ter a inocência de supor que haja tantos Espíritos superiores encarnados no Brasil de prontidão para ocupar tais cargos. E ainda que houvesse, o sistema atual dificultaria muito para que a benignidade se efetivasse), nem demônios, de modo que em nada é conveniente concentrar total simpatia a nenhum dos dois perfis, nem total antipatia pelo adversário político. São eles dois meros humanos, tão mais ou menos falhos quanto este que escreve e o leitor.

Observando a plataforma partidária sobre as quais cada um dos candidatos se situou nessa corrida eleitoral, é improvável que para um cidadão razoavelmente lúcido haja uma opção completa. E falamos das teorias propostas em campanha, cientes de que, uma vez enfaixado o Presidente e tendo este se apossado do Palácio do Planalto, a execução dos projetos se condicionam a "n variáveis" — muito mais voláteis em países tão culturalmente pluralizados, como é o caso do nosso. Ou seja, na melhor das hipóteses, penso que estaremos votando naquele em que acreditamos o ser "menos pior". É o que temos para hoje.

Isso não impede, infelizmente, que haja fanáticos — em ambos os lados — com a infantil ideia de que "o meu candidato é perfeito" e, ao oposto, o "o meu adversário é a personificação de todo o mal na Terra", numa dicotomia esdrúxula e perigosa, tanto que, como jamais se viu em nosso país, as eleições atuais têm sido marcadas pela violência física — inclusive com um atentado à bala contra a caravana de um partido (veja aqui) e esfaqueamento de um concorrente em plena campanha (veja aqui), violência essa muito acirrada pela fartura de notícias falsas (fake news) propagadas na internet.


NÃO-IDENTIFICAÇÃO ABSOLUTA

Dentro dessa enxurrada de propagandas extremistas, disseminada por apoiadores das duas candidaturas, além de ofensas pessoais ao candidato concorrente e a seus eleitores, há que se destacar outro artifício nojento muito em voga que é o de estereotipar pejorativamente os "inimigos" (aqueles que votam na legenda oposta) por supostas posturas pessoais do seu candidato e a partir daí criar ideologias e associações com culturas e credos. Por exemplo: um lado acusa o outro de defender a pena de morte, e este revida com a tese de que aquele defende o aborto, donde temos os estereótipos "condenadores assassinos" e "abortistas".

Essas posturas são plausíveis na concorrência atual, dentro de certo contexto, sendo uma para cada lado. Bem, até aí, vá lá! O erro, todavia, está em associar todos os eleitores de uma determinada legenda a esse estereotipo e tomá-la num falso silogismo, por exemplo, aplicável a uma determinada religião. Digamos: "espíritas são contra isso (pena de morte — aborto), portanto, os espíritas não podem votar neste candidato".

Na falta de uma terceira via, lamentavelmente os espíritas se veem obrigados a votar ou no candidato que supostamente evoca a pena de morte ou no que supostamente evoca a descriminalização do aborto, sem que forçosamente esse espírita eleitor possa ser tachado de antiético e imoral, conforme os preceitos de nossa doutrina — que absolutamente não comuna com a pena de morte e nem com o abordo descriminado. Não há então necessariamente uma identificação total entre eleitor e presidenciável. Certamente, nos dois lados, há eleitores que consideram a possibilidade de legalização tanto da pena de morte quanto do aborto. Como dissemos, estamos por votar num apurado feito pelo "menos pior".


PELOS VALORES, NÃO POR PARTIDARISMO

Nessa apuração dos prós e contras das duas plataformas partidárias que concorrem à Presidência do Brasil, é prudente levarmos em consideração não qualquer paixão ou entusiasmo partidário, mas os valores. E por sermos espíritas — presumidamente cientes da natureza espiritual e dos valores frequentemente ignorados pelos que não têm o alcance do horizonte que o Espiritismo nos oferece —, temos que levar em conta não apenas as nossas necessidades imediatas, mas inclusive a sustentabilidade duradoura de um sistema que promova o melhor possível um equilíbrio das forças: operários e patrões, civis e militares, progresso econômico e ecologia, mérito individual e caridade coletiva etc,

Em nossos anseios políticos, não é prudente exigências imediatistas, mas termos em mente que nossas ações devem contemplar a manutenção e evolução de uma ordem e progresso contínuo, mesmo para as próximas gerações — independentemente se usufruiremos desses frutos em subsequentes reencarnações, muito embora seja isso bem plausível, como igualmente é plausível a ideia de que colhemos hoje os germens plantados em pretéritas existências, de modo que não podemos usar de vitimismos: não há inocentes rastejando sobre a terra.

Muitas teorias políticas, econômicas e sociais têm sido lançadas, ao longo do nosso processo civilizatório, envoltas das mais diversas intenções; formas de governo têm sido propostas por uns e questionadas por outros; experimentações variadas de modelos administrativos se contradizem ao redor do globo... Na corrida presidencial deste ano, contudo, tudo isso tem sido debatido muito superficialmente e, quase sempre, sob um pálio de pretensa e arrogante superioridade, sem o espírito de fraternidade, que deveria nortear todos, malgrado a diversidade de opiniões, em direção ao bem comum. Isso porque se ignora os valores espirituais. Se esses nobres se dispusessem a aliar às suas teorias uma boa dose de bondade, se eles tivessem a humildade de se abrirem para a inspiração superior, se, enfim, se valessem de uma nobreza e procurassem colocar acima de suas vaidades um espírito estadista, de servidão ao seu país, tudo seria menos complicado.

E é para isso que evocamos os nobres ensinamentos morais do Espiritismo: a fim de que eles guiem, ao menos, os eleitores espíritas para que exerçam sua cidadania — no voto e em todos os atos civis, os mais corriqueiros; para que semeemos, adubemos o solo, aparemos os joios e, finalmente, saibamos colher o trigo da sustentabilidade comum; para que despertemos nossas consciências no entorno da necessidade de uma educação política e convivência social.

Temos todos um grande compromisso com a messe do Senhor, sem o que o "reino de Deus" jamais virá a nós. Que cada eleitor não digite apenas um voto na urna, mas faça desse ato civil solene uma prece, sincera e bondosa, por um futuro melhor para esse departamento chamado Brasil, pertencente à grande escola evolutiva que é a Terra, da qual somos aprendizes do curso de espiritualização.

Ery Lopes
Portal Luz Espírita

domingo, 21 de outubro de 2018

Videopalestra: "O Homem Integral", com Alexandre Moraes


Palestra realizada em 30 de setembro de 2018, na Sociedade Colatinense de Estudos Espíritas, com o tema "O Homem Integral", ministrada pelo pesquisador e orador Alexandre Moraes “Kaiê” de Cachoeiro de Itapemirim-ES.

O palestrante é trabalhador e dirigente da Associação Espírita Jerônimo Ribeiro em Cachoeiro de Itapemirim. Em sua exposição, em toma emprestado reflexões da obra homônima ao título dessa palestra. O Homem Integral é um livro (veja ebook aquiditado pelo Espírito Joanna de Ângelis à psicografia de Divaldo Pereira Franco.


Confira a exposição e reflita conosco  sobre as ideias nela oferecidas:


E não deixe de compartilhar!

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Nos bastidores de "Kardec", o filme


Foi com grata surpresa que assistimos a uma pequena amostra do quem vem por aí com o filme "Kardec", de Wagner de Assis, previsto para 2019. Pelo pequeno vídeo com os bastidores dessa produção, conferirmos a grandeza do projeto e a riqueza de detalhes do longa-metragem que levará aos cinemas a biografia magnânima de Allan Kardec, o codificador do Espiritismo.

Confira o vídeo:


Pelo que vimos, por essa pequena amostra dos bastidores, há um cuidado e dedicação além do caráter profissional. Realmente, a incorporação dos atores aos respectivos papéis, a composição dos cenários, o cuidado com a representação gráfica da época (século XIX), tudo isso demonstra que teremos uma super-produção, à altura do insigne Codificador.






É notável observarmos como o ator Leonardo Medeiros é representa visualmente muito a fisionomia do protagonista, conforme podemos comparar com as fotografias e gravuras feitas de Kardec.




Também nos empolga a, digamos, devoção com que o diretor Wagner Assis emprega seu trabalho na montagem desse filme, ele que tão bem levou a efeito o filme Nosso Lar (2012), muito acima da média do cinema brasileiro.



Estamos acompanhando tudo e vamos trazendo aqui todas as novidades das gravações de Kardec, o filme, esperançosos que seja mais um campeão de bilheterias e ajude a impulsionar a divulgação da inestimável vida e obra daquele grande pedagogo e filósofo francês, porta-voz da Nova Era que o Espiritismo inaugurou na História da Humanidade.




Viva Allan Kardec! Salve Kardec, o filme!

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Necrólogo: Zíbia Gasparetto (1926-2018)


Retornou à pátria espiritual a médium e escritora espiritualista Zíbia Gasparetto. Ela desencarnou na tarde de ontem, em sua casa, em São Paulo. Zíbia tinha 92 anos de idade e estava se tratando de um câncer nos pâncreas. Seu corpo está sendo velado no cemitério de Congonhas, na Capital paulista, onde será sepultado hoje às 15h.

Zíbia nasceu em 29 de julho de 1926 na cidade de Campinas, interior de São Paulo, descendente de uma família italiana. Era casada, teve quatro filhos, dentre os quais o também médium Luiz Antonio Gasparetto, falecido em 3 de maio deste ano.


Desabrochar da mediunidade e iniciação no Espiritismo

Zibia conta que, em 1950, já mãe de dois filhos, teria acordado certa noite com um formigamento no corpo. Em seguida, teria se levantado e passado a andar pela casa como um homem, falando em alemão, idioma que desconhecia. O marido, surpreendido e assustado, recorreu ao auxílio de uma vizinha, que, ao chegar à residência da família, teria feito uma oração capaz de restabelecer Zíbia. No dia seguinte, Aldo Luiz dirigiu-se a uma livraria, onde adquiriu O Livro dos Espíritos. Juntos, teriam começado a estudar a Doutrina Espírita.


Aldo Luiz começou a frequentar as reuniões públicas da Federação Espírita do Estado de São Paulo - FEESP, mas Zíbia não tinha como acompanhá-lo, pois não tinha com quem deixar as crianças. Semanalmente, entretanto, faziam juntos um estudo no lar, período em que a médium diz que principiou a sensação de uma dor forte no braço direito, do cotovelo até a mão, que se mexia de um lado para o outro, sem que ela pudesse controlá-lo. Aldo Luiz colocou-lhe um lápis e papel à frente. Tomando-os, Zíbia teria começado a escrever rapidamente. Ao longo de alguns anos, uma vez por semana, foi psicografando desse modo o seu primeiro romance, O Amor Venceu, assinado pela entidade denominada Lucius.

Sua bibliografia é bem-sucedida: estima-se que tenha vendido cerca de 20 milhões de exemplares, sendo os seus livros mais conhecidos, além do estreante O Amor Venceu: Laços Eternos, Quando Chega a Hora, Vencendo o Passado e Ninguém é de Ninguém.

Saiba mais sobre a escritora pela entrevista que ela concedeu ao programa Todo Seu (TV Gazeta):




Espírita ou espiritualista?

Iniciada no Espiritismo, pela necessidade de compreender o desabrochar da sua mediunidade, Zíbia participou por um bom tempo da FEESP e, digamos, foi educada doutrinalmente conforme os princípios da Codificação Espírita contido nas obras de Allan Kardec. Com o passar do tempo, no entanto, ela própria deixou de se apresentar como "espírita", denominando-se então "espiritualista", alegando ter sofrido certa censura por parte dos kardecistas em razão de se beneficiar financeiramente da vendagem dos livros psicografados, além de críticas, vindas também do meio espírita, quanto a autenticidade de sua mediunidade e da justeza dos valores doutrinários (ou desvirtuamento) contidos em suas obras.


“Hoje não tenho religião, mas não me incomodo de ser chamada de espiritualista” — disse Zíbia, em entrevista à reportagem "A senhora dos espíritos" publicada pela revista Isto É (veja aqui). Na mesma ocasião, declarou ser francamente favorável à exploração econômica das obras mediúnicas e, rejeitando o preceito kardecista "Dai de graça o que de graça recebestes", inspirado no ensinamento do Cristo, a médium espiritualista fez uma revelação por demais polêmica, dizendo: “O Chico abriu mão dos direitos dos livros dele, mas uma vez chorou para mim, arrependido do que tinha feito”.

A família Gasparetto havia fundado em 1969 e vinha mantendo por muito tempo, com a venda das obras dos Gasparetto, uma instituição totalmente filantrópica, a "Associação Cristã de Cultura Espírita Os Caminheiros”. Depois que saíram da seara espírita, então fecharam aquele centro espírita e passaram a se dedicar exclusivamente à nascente Vida e Consciência, editora fundada por Zíbia com os filhos Luiz e Silvana. Nos dez anos seguintes, entre 1995 e 2005, produziu o que havia levado 37 anos para fazer quando ainda dividia seu tempo com as obrigações e compromissos espíritas.

“É curioso observar as mudanças na produção literária de Zibia depois das novidades apresentadas pelo Luiz”, afirma Sandra Jacqueline Stoll, doutora em antropologia social pela Universidade de São Paulo (USP) e autora do livro Espiritismo à Brasileira (Edusp, 2003). Pendendo pesadamente para a auto-ajuda, mas ainda com a rubrica de Lucius, seus novos livros venderam como água. O maior best-seller da carreira, Ninguém é de Ninguém, por exemplo, foi lançado em 2000 e vendeu 860 mil cópias. “Ela passou a seguir um ritmo de lançamentos parecido com o dos grandes autores”, diz Sandra. Com pelo menos um livro novo por ano, sempre em outubro, para pegar carona nas compras de Natal, ela chegou a emplacar dois títulos simultaneamente na lista de mais vendidos do País, feito que só autores do quilate de Paulo Coelho haviam conseguido — destaques da revista Isto É.


O Legado de Zíbia Gasparetto

É inegável a influência da obra de Zíbia. Seus livros foram a porta de entrada para muitas pessoas quebrarem preconceitos contra os conceitos de mediunidade, reencarnação e a lei de causa e efeito. Por suas novelas, muitos desembocaram no estudo da Doutrina Espírita e, com isso, avançaram consideravelmente em sua jornada de autoiluminação. E assim deverá continuar por muito tempo, porque seu bibliografia está bem difundida na nossa cultura contemporânea.

Entretanto, não falta que considere que essa contribuição venha a ser contrabalanceada — ou mesmo suplantada — pelo desserviço que, supostamente, tem marcado a trajetória dos Gasparetto a inobservância do desapego financeiro de que são fartamente acusados. E não só isso: o teor de seus romances — não raro considerados suspeitos, no que diz respeito à veracidade da inspiração espiritual — são questionáveis, doutrinalmente falando. São "Água com açúcar", dizem muitos, sem profundidade e, portanto, sem muito proveito para o aprendizado espiritual necessário para acelerarmos nosso curso evolutivo.

De nossa parte, deixando de lado as fraquezas pessoais — pelas quais cada qual responderá, inexoravelmente —, preferimos ponderar que Zíbia Gasparetto deixou sim uma grande contribuição para a propagação dos ensinamentos espirituais e, certamente, fez positivamente a diferença em muitas vidas, consolou a tantos e revivesceu a fé de muita gente, abrindo passagem para que essas consciências comecem a compreender os valores espíritas.

Nosso respeito aos familiares, amigos e simpatizantes da família e da obra dos Gasparetto, e à nossa irmã, que ora renasce na espiritualidade, nossas vibrações fraternais e votos de pronta-readaptação, para que continue sua jornada evolutiva e se habilite cada vez mais em compartilhar seus dons com toda a Humanidade.



Fonte: G1. Isto É.

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Série Poesia Espírita: "Minha Luz" de Carmem Cinira


Depois do lançamento da série de vídeos Poesia Espírita, que inauguramos com o poema "Supremacia da Caridade" de Casimiro Cunha (veja aqui), damos continuidade com a delicada poesia "Minha Luz" ditada pelo Espírito Carmem Cinira, psicografada por Chico Xavier e publicada no clássico da literatura espírita Parnaso de Além-Túmulo (baixe o ebook aqui). A narração é por conta de nossa colaboradora Dora Carvalho.

Carmem Cinira é o pseudônimo que foi adotado pela poetiza carioca Cinira do Carmo Bordini Cardoso (1902-1933), cuja última trajetória na Terra foi marcada pela gentileza para com todos e desprendimento material, demonstrados no ato de renunciar a uma promissora carreira para cuidar pessoalmente do esposo tuberculoso, de quem contraiu a mesma enfermidade, que, resignada, a levaria ao desencarne.

Aprecie o poema "Minha Luz" de Carmem Cinira:


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Projeto Cartas de Kardec primeiro manuscrito revelado


Como temos acompanhado, a FEAL - Fundação Espírita André Luiz e os herdeiros do Dr. Canuto Abreu firmaram uma parceira para organizar e disponibilizar ao público um valiosíssimo acervo histórico espírita que, dentre outras preciosidades, contém mais de setecentos manuscritos de Allan Kardec (saiba mais clicando aqui). Em consequência disso foi instaurado o projeto Cartas de Kardec (veja aqui), que então abriu uma campanha no site Catarse para arrecadar fundos para a execução da obra, envolvendo a preservação física dos documentos originais.

Detalhes do projeto na sua fanpage do Facebook.

Como a promessa feita pelos dirigentes desse projeto foi, desde o princípio, a de divulgação integral de todo o acervo, criou-se uma grande expectativa no movimento espírita para que finalmente essa coleção venha a lume, inclusive, esperava-se que pelo menos uma boa parte dele já fosse apresentada no lançamento oficial do projeto, acontecido no último aniversário de nascimento do codificador espírita, em 3 de outubro deste 2018.

No entanto, apenas um único documento foi divulgado. Confira:

Manuscrito original de Kardec
Transcrição do original em francês
Tradução oferecida pelo Projeto Cartas de Kardec
"Eu estou hoje num estado desprezível; a que isso se deve? Ignoro. Contrariado o dia todo, e por conseguinte de mau humor. Se é minha falta, dai-me eu vos peço, a força de apartar a causa; se é uma má influência, dai-me força para a repelir. Se é uma prova, que ela sirva a minha humildade; se é como instrução, dai-me a luz necessária para descobrir. 
Eu não tenho o espírito livre; estou confuso, infeliz, cheio de ansiedade. 
Em nome de Deus Todo Poderoso, Espírito de Verdade, eu te peço para restaurar a minha calma e me inspirar as melhores resoluções a tomar. Faça com que durante meu sono eu venha a me retemperar e a me fortalecer entre os bons Espíritos e assim restabelecer ao meu despertar uma intuição saudável."

No que podemos perceber, trata-se de uma anotação pessoal, talvez um rascunho para o diário pessoal do codificador.

Por essas linhas, lemos um Kardec um tanto tenso, perturbado, contrariado — o que talvez venha a surpreender muitos confrades, os quais provavelmente ignoram a árdua tarefa que foi para o pioneiro espírita sustentar os desafios da nova doutrina, traições, inclusive. Essa possível surpresa pode ter relação também com a ilusão de se criar um esteriótipo mitológico de um Kardec perfeito e, portanto, imperturbável em seus trabalhos diários.

Apesar do "lamento", por estar atravessando um estado "detestável" ("desprezível", conforme a tradução proposta), Kardec não perde a lucidez e transforma essa lamentação em prece, pedindo ao Espírito de Verdade, em nome Deus, apoio para um pronto-restabelecimento. É interessante notar que, pelos vídeos do pré-lançamento do projeto, já havia sido anunciado que essas cartas revelariam um "Kardec mais humano" do que habitualmente se pensa do mestre lionês.

Contudo, não falta quem ponha em dúvida a autenticidade desse material, além de discordarem de como o projeto Cartas de Kardec tem sido tocado, especialmente pelo "apelo financeiro" visto por alguns confrades no entorno desse trabalho (ver discussão no Grupo Espírita Amélie Boudet - GEAB)Na campanha aberta no site Catarse, a pedida total de arrecadação é de R$ 500 mil reais; até a última consulta que fizemos, o valor doado estava em pouco mais de R$ 23 mil, equivalente a 4% da meta. Também há brindes para os apoiadores do projeto que fizerem doações. O banner a seguir detalha como o projeto pretende investir o dinheiro arrecadado pela campanha de doação:



Vamos continuar acompanhando tudo isso. Deixe sua opinião, compartilhar este post e nos ajude a divulgar o Espiritismo.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Perfil & Opinião com Divaldo Franco


Programa da TVE da Bahia entrevista Divaldo Franco e nos oportuniza conhecer um pouco mais sobre a vida e obra do respeitado médium espírita, por exemplo, o desabrochar de sua mediunidade, sua iniciação no Espiritismo e a fundação da extraordinária obra social sediada na Mansão do Caminho.

O programa Perfio & Opinião foi apresentado por Denny Fingergut e foi ao ar no dia 4 deste mês de outubro, ficando disponível a todos pelo YouTube, que você acessa pela janela abaixo.

Confira!


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Novo verbete da Enciclopédia Espírita Online: "Leopoldo Cirne"


Caríssimos confrades, apresentamos a todos o mais novo verbete da nossa Enciclopédia Espírita Online: Leopoldo Cirne.

Veja o breviário do verbete:
Leopoldo Cirne (João Pessoa, Paraíba, 13 de abril de 1870 - Rio de Janeiro, 31 de julho de 1941) foi um comerciário, jornalista e um grande ativista do Espiritismo, das primeiras gerações do Movimento Espírita Brasileiro, escritor de importantes obras doutrinárias, eloquente orador e presidente da Federação Espírita Brasileira de 1900 a 1913.
Leopoldo Cirne
Não faz muito tempo Leopoldo Cirne foi personagem de destaque aqui em razão da recuperação de uma de suas obras literárias: Anticristo - Senhor do Mundo (veja aqui), livro raríssimo e de imensurável importância para o estudo histórico do desenvolvimento do Espiritismo e do movimento espírita brasileiro, agora disponível em nossa Sala de Leitura.


A biografia e a obra espírita de Leopoldo Cirne realmente merece ser conhecida pelos estudiosos do Espiritismo. Por isso, não perca tempo e acesse agora mesmo o verbete Leopoldo Cirne na Enciclopédia Espírita Online.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Necrólogo: Richard Simonetti


Desencarnou ontem, aos 83 anos, um dos mais ativos divulgadores espíritas de nosso tempo: Richard Simonetti, palestrante, escritor e fiel defensor do Espiritismo, autor do célebre livro Quem tem medo da Morte? (baixar ebook aqui).


Richard Simonetti nasceu no dia 10 de outubro de 1935, em Bauru, interior de São Paulo, onde, já nascido em lar kardecista, aprendeu os valores doutrinários codificados por Allan Kardec, e de onde disseminou uma bela obra em prol da Doutrina Espírita. Casou-se com D. Tânia Regina M. S. Simonetti com quem teve quatro filhos: Graziela, Alexandre, Caroline e Giovana. Nos últimos anos, esteve travando uma dolorosa luta contra um câncer, mas mantendo sempre o espírito resignado e confiante na vida maior.


Concluída a sua profícua contribuição à doutrina que professou toda a vida, retorna ao plano espiritual justamente num dia muito emblemático para seus confrades, em 3 de outubro, coincidindo com o aniversário de nascimento do codificador do Espiritismo, de quem guardava total gratidão.


Leia mais sobre Richard Simonetti no post Focalizando o trabalhador espírita, por Ismael Gobbo.






Nossas condolências aos familiares e amigos. E ao nosso irmão, que agora colhe os louros de sua obra na espiritualidade, nossas felicitações pelo dever cumprido e votos de pronta readaptação ao plano maior.

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Aniversário de nascimento de Allan Kardec


Calendário Histórico Espírita




3 de outubro é uma data muito especial para a historiografia espírita. Para começar, é o dia do 213° aniversário de nascimento do codificador espírita: Allan Kardec (1804-1869).


Confira o verbete Allan Kardec na Enciclopédia Espírita Online.



Outro memorável aniversariante do dia é o jurista e escritor espírita gaúcho Zalmino Zimmermann (1931-2015), autor do clássico Perispírito (disponível em nossa Sala de Leitura).




Essa data também é marcada pelo lançamento da  primeira edição da excepcional obra Nosso Lar, ditada pelo Espírito André Luiz pela psicografia de Chico Xavier, em 3 de outubro de 1944. Livro disponível em nossa Sala de Leitura.


Também foi num 3 de outubro, no caso em 2012, que o médium espírita Francisco Cândido Xavier, nosso querido Chico Xavier, ganhou o prêmio de "Maior Brasileiro de Todos os Tempos" oferecido pelo canal de televisão SBT mediante uma enquete nacional (relembre aqui).



Veja mais datas marcantes para História do Espiritismo na página Calendário Histórico Espírita.