sexta-feira, 29 de julho de 2022

Próxima palestra: "O provisório esquecimento do passado" com Rogério Miguez


Em sequência à nossa série Palestra Espírita Online, no próximo domingo, 31 de julho, teremos a exposição de nosso confrade Rogério Miguez (São José dos Campos, SP), estudioso da doutrina, escritor, palestrante e ativo colaborador da nossa Fraternidade Luz Espírita. Nesta ocasião, Miguez desenvolverá o tema "O provisório esquecimento do passado".

A palestra começa às 10h (horário oficial de Brasília) deste domingo, portanto, dia 31 de julho, e você pode acompanhar a transmissão pelo canal Luz Espírita no YouTube, inclusive participando em tempo real através do chat vinculado ao vídeo.

E se você perder a edição anterior, veja o vídeo da palestra "O espírita como comunicador, influenciador e produtor de conteúdo" com Ivan Franzolim, realizada no último domingo, cuja gravação está disponível pela janela a seguir:

Visite também a página oficial do programa Palestra Espírita Online.

E não deixe de compartilhar o programa com amigos e familiares, contribuindo assim com a divulgação do Espiritismo.


quarta-feira, 27 de julho de 2022

17° ENLIHPE - Encontro Nacional da Liga dos Pesquisadores do Espiritismo


Está para se realizar em São Paulo, Capital mais um Encontro Nacional da LIHPE, a Liga dos Pesquisadores do Espiritismo cujo fundamento e objetivo são descritos assim: "A LIHPE é uma comunidade virtual que reúne historiadores e pesquisadores, sejam espíritas ou não, sejam acadêmicos ou não, mas que se interessem como tema de suas pesquisas o Espiritismo ou o Movimento Espírita.  Nosso objetivo é a ajuda mútua para o desenvolvimento das pesquisas, oferecendo aos integrantes, uma gama de informações, através da troca de informações entre os integrantes.(site oficial).

Anualmente, então, é promovido um evento nacional, presencial e transmitido online, para a apresentação dos seus trabalhos, chegando neste 2022 à 17ª edição, nos dias 27 e 28 de agosto, na sede da USE-SP, Rua Gabriel Piza, 433 - Santana, São Paulo - SP. Os interessados podem se inscrever através desse formulário.

A programação é a seguinte:

DIA 27 de agosto
  • Sábado – Abertura e Homenagem
  • 8h00 Recepção e credenciamento
  • 8h30 Abertura – Prece e Palavras iniciais: LIHPE / CCDPE-ECM / USE
  • Alexandre Fontes da Fonseca, Julia Nezu e Rosana Gaspar
  • 9h00 Homenagem – 20 anos de LIHPE: "Vida e Obra de Eduardo Carvalho Monteiro", Julia Nezu
  • Seção Trabalhos de Pesquisa – Parte I
  • 9h25 Apresentação 1 – "COERÊNCIA DOUTRINÁRIA ESPÍRITA: limites e desafios", Marco A. F. Milani
  • 9h45 Perguntas
  • 9h55 Apresentação 2 – "Allan Kardec: entre Comte e Dilthey, ou porque o espiritismo não é apenas ciência natural", Jáder Sampaio
  • 10h15 Perguntas
  • 10h25 Intervalo 1 (café)
  • 10h40 Apresentação 3 – "Reflexões históricas sobre as propostas da versão definitiva de A Gênese: revista, corrigida e aumentada por Allan Kardec ou adulterada pós-Kardec?", Adair Ribeiro Jr., Carlos Seth Bastos e Luciana Farias 
  • 11h00 Perguntas.
  • Seção Lançamento de Livros
  • 11h10 Lançamento do Livro: Science of Life After Death, Alexander Moreira-Almeida, Marianna de Abreu Costa, Humberto S. Coelho.
  • 11h35 Lançamento do Livro: A Obra Esquecida de Angeli Torteroli, Adair Ribeiro Jr.
  • 12h00 Intervalo 2 (almoço)
  • Mesa de autógrafos
  • 13h15 Mesa de autógrafos – A Obra Esquecida de Angeli Torteroli, coletâneas do 16° e 17° ENLIHPE, Adair Ribeiro Jr, e demais autores das coletâneas.
  • Seção Trabalhos de Pesquisa – Parte II
  • 14h00 Apresentação 4 – "AS CLASSIFICAÇÕES DOS FENÔMENOS ESTUDADOS NO ESPIRITISMO, METAPSÍQUICA E PARAPSICOLOGIA", Ricardo Andrade Terini
  • 14h20 Perguntas e comentários.
  • 14h30 Intervalo 3 (café)
  • Seção Palestras convidadas – Parte I
  • 14h40 Plenária – "Autoria e psicografia: a hipótese da sobrevivência em obras de Chico Xavier", Alexandre Caroli Rocha, Marina Weiler e Raphael Fernandes Casseb.
  • 15h20 Perguntas e comentários
  • Seção Trabalhos de Pesquisa – Parte III
  • 15h30 Apresentação 5 – "Coerência Doutrinária no Cap. 12 de Nos Domínios da Mediunidade", Allê de Paula e Alexandre Fontes da Fonseca
  • 15h50 Perguntas e comentários
  • Seção Palestras convidadas – Parte II
  • 16h00 Plenária de encerramento das atividades do dia – Kardec, Hume e a "Ciência do Homem" – Silvio S. Chibeni
  • 16h50 Perguntas
  • 17h00 Encerramento das atividades do dia
  • 17h15 Assembleia Presencial – membros da LIHPE
Dia 28 de agosto
  • Abertura
  • 8h00 Recepção
  • 9h00 Abertura do 2° dia de ENLIHPE
  • Seção Projetos de Pesquisa
  • 9h10 Projeto - "A alteração da escrita nos textos psicografados é um ato voluntário do médium ou a caligrafia do comunicante? Proposta de estudo piloto usando grafoscopia", Marcelo Saad e Roberta de Medeiros 
  • 9h30 Perguntas e comentários
  • 9h40 Intervalo 4 (café)
  • Seção Roda de Conversa
  • 9h55 Roda de Conversa – “Coerência Doutrinária da Pesquisa Espírita” Alexandre Fontes da Fonseca, Marco Milani, Jader Sampaio e Humberto Schubert 
  • 10h40 Perguntas e comentários
  • 11h50 Encerramento

Ficha técnica:

17° ENLIHPE

Dias 27 e 28 de agosto, 2022

Local:
Sede da USE-SP, Rua Gabriel Piza, 433 - Santana, São Paulo - SP

Inscrições:

segunda-feira, 25 de julho de 2022

Live especial: "Valorização da Vida e a questão do aborto"


Neste domingo, 31 de julho, às 20h (horário de Brasília), estaremos transmitindo mais uma Live Especial Luz Espírita, tratando de uma questão tão importante quanto sensível: "Valorização da vida e a questão do aborto". Afinal, o que diz o Espiritismo sobre essa problemática? E como fica o direito das mulheres e o apelo "meu corpo, minhas regras"? Que mensagem a doutrina dá para as pessoas (mulheres, pais, médicos e outros que já se envolveram com casos concretos de aborto?

Estes e outros ponto relativos à questão central do nossa live estarão em debate com os convidados comentaristas e todos os que estiverem online conosco e quiserem fazer uso do chat, que estará aberto durante a transmissão. A mediação desse bate-papo ficará a cargo de Carlos Luiz (Carolina do Norte - EUA), dirigente do Grupo Marcos e colaborador da Luz Espírita. Os comentaristas convidados são: Eric Pacheco (Rio de Janeiro, RJ), estudioso espírita e dirigente do canal Espiritismo em Kardec; Carla de Paiva (Goiânia, GO), trabalhadora do Centro Espírita Lar de Jesus, em Goiânia. Colaboradora do Instituto Goiano de Estudos Espíritas (IGESE) e Coordenadora Estadual da área de Comunicação Social da Federação Espírita do Estado de Goiás (FEEGO); e Marco Milani,  diretor do Departamente do Doutrina da União das Sociedades Espíritas de São Paulo, USE-SP, regional de Campinas.

Quais são as suas dúvidas? Quais são as suas experiências a respeito do tema em questão? Venha compartilhar conosco dessa troca de ideias!

A live especial às 20h (horário oficial de Brasília) deste domingo, portanto, dia 31 de julho, e você pode acompanhar a transmissão pelo canal Luz Espírita no YouTube, inclusive participando em tempo real através do chat vinculado ao vídeo.

E não deixe de compartilhar o programa com amigos e familiares, contribuindo assim com a divulgação do Espiritismo.


quarta-feira, 20 de julho de 2022

Chico Xavier no jornal francês Le Monde: "Um homem insignificante"

Como temos feito desde o começo deste ano, colocamos mais uma vez Chico Xavier em destaque especial nas nossas postagens da série 20 anos de Saudade por ocasião do vigésimo  aniversário do retorno à Pátria Espiritual do querido médium e humanista espírita, falecido em 30 de junho de 2002 (saiba mais aqui).

E por conta desta passagem jubilosa, trazemos aqui uma matéria internacional a respeito, uma crònica publicada no jornal Le Monde de Paris, França, em 12 de maio último, sob o título "Um homem insignificante", ou, no original em francês: "Un homme insignifiant", que você pode acessar clicando aqui, tendo a assinatura do cronista Jean-Pierre Langellier (ver seu perfil no facebook).

Por nossa vez, reproduzimos aqui a irretocável tradução feita por nosso confrade espírita Alexandre Caroli, originalmente publicada no portal Vinha de Luz:


Um homem insignificante
Jean-Pierre Langellier

Os brasileiros o consideram o maior homem que o país já conheceu. Ele não deve seu renome nem à política, nem à música, nem ao futebol. Chico Xavier (1910-2002) foi o mais surpreendente médium do século XX. Segundo uma enquete de popularidade feita em 2006 pela revista Época, ele está na dianteira, com duas vezes mais votos do que o segundo colocado, o ás da Fórmula 1, Ayrton Senna, morto numa corrida em 1994.

Chico Xavier nasceu há cem anos. Esse aniversário suscita inúmeras homenagens. O filme, que leva seu nome e narra sua vida, dirigido pelo brasileiro Daniel Filho, conquistou o novo recorde de bilheteria para uma produção nacional. Quatro outros filmes serão lançados em 2010.

Criança mestiça, muito pobre para ir à escola, adulto com físico ingrato, acometido por uma catarata crônica e uma calvície precoce que o obrigam a usar óculos escuros e uma peruca. Chico Xavier se tornou um verdadeiro ídolo, objeto de culto popular.

Graças, certamente, a seus dons misteriosos, foi promovido a apóstolo do espiritismo brasileiro. Mas também por causa de sua vida exemplar, sem falhas, a de um homem puro, honesto, desinteressado, trabalhador incansável e profundamente altruísta. Muitos dos seus compatriotas veem nele sinais de santidade.

Chico Xavier nasce numa família de nove filhos em Pedro Leopoldo, Minas Gerais. Sua mãe é lavadeira, seu pai vende bilhetes de loteria. Ambos são analfabetos. Aos quatro anos, ele ouve vozes e “recebe” suas primeiras aparições. Ele perde sua mãe e vive dois anos com uma maldosa “madrinha”, que o maltrata, veste-lhe uma camisola e conclui que ele “tem o diabo no corpo”.

De volta à casa de seu pai, casado novamente, ele se levanta à noite, fala com os fantasmas e, de manhã, dá notícias de familiares falecidos a seu incrédulo círculo de conhecidos. Ele se consola rezando diante do túmulo de sua mãe, com quem ele tem o primeiro de inúmeros diálogos. Aos nove anos, ele começa a trabalhar como tecelão à noite, continuando o dia na escola primária.

Aos 12 anos, ele escreve uma redação perfeita, ditada – ele revela à professora – por um “homem de um outro mundo”. Cinco anos depois, ele tem sua primeira experiência espírita, vendo a cura de sua irmã, que sofria de delírio obsessivo. Ele se inicia na doutrina espírita, fundada pelo francês Allan Kardec (1804-1869), da qual ele será, durante 75 anos, o infatigável propagador. Uma noite, ele descobre a psicografia. Ele escreve, ditadas por um espírito, 17 páginas em alta velocidade, sem hesitação nem rasuras. Ele sabe doravante quem ele é: um médium, intercessor entre dois mundos, porta-voz dos espíritos sobre a Terra, embaixador do além.

Em 1931, o jovem “vê” Emmanuel, seu mentor espiritual, o amigo invisível que o aconselhará ou lhe chamará a atenção ao longo de sua vida. Em 1932, ele publica sua primeira obra, Parnaso de além-túmulo, um conjunto de 59 poemas de grande qualidade atribuídos a 14 escritores mortos, que provoca interesse e surpresa.

De agora em diante, a escrita é sua companheira. De seu cérebro em incessante erupção, sairão 451 livros, dos quais 39 editados postumamente. Até hoje, somente no Brasil, 50 milhões de exemplares foram vendidos. Chico Xavier lhes recusa a autoria. A cada um desses títulos, ele associa o nome do espírito que guiou sua mão.

Ele doa a integralidade dos direitos autorais a centenas de associações de caridade que ele patrocina. Ele vive com seu baixo salário de funcionário do Ministério da Agricultura, fiel aos princípios monásticos – pobreza, obediência, castidade – caros à Igreja Católica, da qual ele se afastou, embora afirmando permanecer “cristão”. Ele pratica a autodepreciação, descreve-se como “menos do que nada”, um homem “de uma absoluta insignificância”, “simples servidor” de seus benfeitores espirituais. O contrário de um visionário ou de um profeta.

A partir dos anos 1960, ele “recebe” cada vez mais “cartas” endereçadas pelos espíritos às suas famílias. Cerca de dez mil no total. Sua autoridade é tal que, em 1979, uma de suas “mensagens pessoais”, juntada aos autos de um processo criminal, permite inocentar um jovem acusado de ter matado seu melhor amigo. O morto havia afirmado ao médium que sua morte fora acidental.

Em 1971, Chico Xavier é recebido em um famoso programa de TV: a audiência naquela noite atinge um índice que nunca foi superado. Em 1981, o Brasil se mobiliza para que ele obtenha o prêmio Nobel da Paz. Em vão. Sob a égide do médium, o Brasil se torna a pátria adotiva do espiritismo, sua terceira religião: 20 milhões de simpatizantes, entre os quais 2,3 milhões de adeptos.

Durante décadas, especialistas, médicos, jornalistas, normalmente céticos, vão a Pedro Leopoldo, depois a Uberaba, onde ele vive desde 1959, para observar, escutar ou tentar desmascarar sua suposta impostura. Todos voltam incomodados: perplexos, chocados ou convertidos. Todos reconhecem sua extrema humanidade.

Chico Xavier vive seus últimos anos recluso. Seus adeptos param em frente à sua casa para captar energias positivas. Ele adoraria – diz a seus amigos – desprender-se em um dia de alegria. Desejo realizado: ele morre, ou melhor, “desencarna”, em 30 de junho de 2002, quando o Brasil, em festa, comemora seu título de campeão do mundo de futebol.

É, portanto, um reconhecimento digno de nota, vindo de um jornal de renome global e laico, num texto que retrata com fidelidade os traços mais marcantes do amado Chico Xavier.

Nossos cumprimentos a Jean Pierre Langellier e ao jornal Le Monde.

E a Chico Xavier, o nosso inesgotável "Muito obrigado!"


Próxima palestra: "O espírita como comunicador, influenciador e produtor de conteúdo" com Ivan Franzolim


Em sequência à nossa série Palestra Espírita Online, no próximo domingo, 24 de julho, teremos a exposição de nosso confrade Ivan Frazolim, de São Paulo, Capital; estudioso da doutrina e idealizadro da Pesquisa Nacional Espírita, que nos brindará com a exposição "O espírita como comunicador, influenciador e produtor de conteúdo".

A palestra começa às 10h (horário oficial de Brasília) deste domingo, portanto, dia 24 de julho, e você pode acompanhar a transmissão pelo canal Luz Espírita no YouTube, inclusive participando em tempo real através do chat vinculado ao vídeo.

E se você perder a edição anterior, veja o vídeo da  palestra "A vida depois da morte" com Américo Sucena, realizada no último domingo, cuja gravação está disponível pela janela a seguir:

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quarta-feira, 13 de julho de 2022

Próxima palestra: "Como é a vida após a morte?" com Américo Sucena


Em sequência à nossa série Palestra Espírita Online, no próximo domingo, 17 de julho, teremos a exposição de nosso confrade Américo Sucena, estudioso espírita, escritor, palestrante, colaborador da Associação Espírita Mãos Unidas de São Paulo, Capital. Para este domingo, ele vai responder à pergunta "Como é a vida após a morte?". Tema muito interessante, não? Então não deixe de conferir.

A palestra começa às 10h (horário oficial de Brasília) deste domingo, portanto, dia 17 de julho, e você pode acompanhar a transmissão pelo canal Luz Espírita no YouTube, inclusive participando em tempo real através do chat vinculado ao vídeo.

E se você perder a edição anterior, veja o vídeo da  palestra "O diálogo de Jesus" com Carlos Campetti, realizada no último domingo, cuja gravação está disponível pela janela a seguir:

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terça-feira, 12 de julho de 2022

"Adeus às armas" por Rogério Miguez


Adeus às armas

O planeta se aproxima do momento da transformação em mundo de regeneração, tantas vezes profetizada como consequência natural da lei de evolução regendo não somente o princípio material, quanto o espiritual. Há uma expectativa imensa dos que há bom tempo tomaram conhecimento desta tão esperada realidade, e assim aguardamos.

Quando poderemos avançar, moral e eticamente, e encontrar, finalmente, um pouco de paz em nossas vidas diante de tantas incertezas presentes? indagamos ansiosos.

Quanta esperança poder viver mais próximos uns dos outros, aproximando-nos mais da condição de verdadeiros irmãos, juntos progredindo a passos largos, um ajudando o outro na corrida da vida rumo ao prêmio maior: a perfeição relativa e a completa integração com o Pai!

Nada obstante, exatamente quando a Humanidade como um todo almeja ardentemente dias melhores, alguns enxergam como solução o uso da força para conquistar a tal almejada felicidade, esquecendo-se de que, ao possuir uma arma, está implícito o desejo de usá-la, lamentavelmente, contra outro ser humano.

O mais surpreendente é que muitos dos apoiadores desta estapafúrdia proposta são religiosos, outros, pasmem, religiosos também e adeptos e seguidores da proposta formulada por Allan Kardec, Doutrina que cataloga, entre muitos dos seus nobres princípios, exatamente o que ratifica a não violência, priorizando sempre a busca pela pacificação.

Conta-se que perguntaram a um espírita se ele algum dia compraria uma arma e a resposta foi categórica e realmente sábia: Jamais! Diante de tão positiva e pronta resposta, dita com plena convicção, formulou-se outra, questionando agora por qual razão? e a nova e correspondente resposta foi extremamente lúcida: Não desejo matar ninguém nesta vida! Espantosamente, este mesmo dito discípulo do mestre lionês e, portanto, cristão, anos mais tarde votou contra o proposto estatuto do desarmamento, pois não comungava com as ideias políticas dos idealizadores daquela campanha.

Observa-se, neste curto relato, a sabedoria baseada em conceitos espíritas, quando o irmão acima referido justificou a sua primeira posição expressando o desejo de não abreviar a existência de ninguém, nesta vida, porquanto sabemos que, em função de nossa forte ligação com este planeta de provas e expiações, é extremamente provável já termos tirado a vida não de apenas um, mas de muitos semelhantes em existências pregressas; no entanto, ele anulou o exemplo cristão oferecido na primeira resposta dada, quando votou contra o desarmamento, agora em função de posicionamentos políticos. Uma pena...

A violência jamais impedirá a violência, como os postulados espíritas, traduzindo as leis divinas, já nos orientaram reiteradamente. Mesmo assim, em pleno século XXI, temos muitos - vamos alargar um pouco mais o universo dos adeptos desta proposta – cristãos, alegando só poderem conter os atos violentos perpetrados corriqueiramente, armando-se, lutando de igual para igual, fogo contra fogo, arma contra arma, em uma demonstração inequívoca de que ainda não consolidaram certos entendimentos doutrinários, que nada mais são do que expressões das Leis do Criador, muitas delas trazidas há dois mil anos pela personificação máxima da brandura: o inesquecível Cristo Salvador.

Façamos um ligeiro e despretensioso exercício de imaginação:

Como os verdadeiros cristãos poderiam ter deixado à posteridade exemplos tão eloquente de fé quanto os que deram ao se entregarem resolutos, pacificamente, felizes, aos desatinados romanos que os imolaram aos milhares?

Francisco de Assis seria hoje tão conhecido e venerado, se houvesse usado de atitudes agressivas contra aqueles que não entendiam o alcance de sua proposta de viver com humildade e na pobreza?

Como a “grande alma” - Mahatma Gandhi -, poderia ter sobrepujado o poderoso império britânico, aquele sobre o qual diziam que o Sol jamais se punha, se houvesse utilizado da violência como ferramenta de luta e libertação, e não apenas os seus ideais da não violência? É de se notar ter Gandhi morrido pela ação de uma arma de fogo manuseada por um adversário cruel.

Finalmente, teria Jesus alcançado o patamar por Ele atingido de exemplificação de uma vida inteira de cordura e mansuetude, se tivesse enfrentado com violência os obcecados fariseus que o combatiam sistematicamente, bem como o mundo antigo que de modo algum o compreendia?

Sim, pacificadores vêm se apresentando no caminhar da Humanidade, legando incomparáveis modelos de mansidão à posteridade, plenamente contrários aos amantes da violência, da selvageria, da iniquidade, resquícios bem vivos ainda por depurar, oriundos das primitivas e bárbaras encarnações pelas quais todos nós experimentamos.

É de se lamentar assistir a cristãos ávidos por matar os poucos que ainda vivem segundo ferozes princípios, porquanto, estes, nada mais são do que frutos amargos de nosso próprio modo de vida, da nossa própria semeadura, de como temos mal dividido os generosos recursos oferecidos pela mãe Terra, resultados diretos da negligência que temos tido com os mais fracos e necessitados, mormente com a educação de nossas crianças, por séculos.

Qual é a nossa participação neste cenário moderno e aparentemente caótico a nos caracterizar? Somos nós mesmos que por aqui estivemos em pregressas existências e, quem sabe, se merecermos, neste mundo estaremos no futuro.

A propósito, enquanto escutamos insistentemente sobre propostas armamentistas, absolutamente nada ouvimos sobre novos e ajuizados projetos visando à Área da Educação, mormente endereçados àqueles agora aportando mais uma vez na escola Terra. Precisamos de professores motivados, adequadamente remunerados, livros, salas de aulas, uma boa internet, em suma, boas escolas e não de armas!

Quem fere com a espada, com a espada será ferido! Esta máxima, pronunciada há muitos séculos pelo Amorável Rabi da Galileia e plenamente ratificada pelo monumental edifício do conhecimento espírita, não é suficiente para acalmar o nosso íntimo, aplacar esta sede de vingança, este fogo destruidor que queremos lançar sobre os nossos agressores? Após a publicação dos compêndios espíritas, há mais de 150 anos, alguém ainda acredita no acaso?

Sobre esta impossibilidade podemos recordar o Espírito André Luiz1 quase ao final de uma, entre tantas, lúcidas mensagens de sua autoria:

O espírita está informado de que o acaso não existe.


Esquivar-se do uso de armas homicidas, bem como do hábito de menosprezar o tempo com defesas pessoais, seja qual for o processo em que se exprimam.

Será crível tal posicionamento de seres que alcançaram o reino dos humanos!? Qual exemplo daremos às nossas crianças quando assumimos a posição de que precisamos nos defender a qualquer preço, mesmo sendo ao custo da morte do pecador?

Onde está o bom senso? O equilíbrio? O perdão? Tamanho desatino!

Imaginemos se os cristãos não tivessem se imolado com alegria, nos deixado aquele testemunho eloquente de fé, pois convictos estavam sobre a continuidade da vida? Qual resultado esperamos alcançar, tirando a vida do semelhante?

Alguns desatinados, embora se dizendo cristãos, tresloucados pelo materialismo vigente, parecendo imperar nos corações e mentes, poderiam argumentar: antes ele do que eu!

Tempos sinistros estes caracterizando o início do século XXI. A Humanidade avançou sobremaneira no entendimento dos deveres e direitos, boas leis são promulgadas a todo o momento para tentar ajustar a sociedade na busca da paz e da tranquilidade, contudo, a nossa parte da Humanidade, os brasileiros, estão desejosos de possuir uma arma, um instrumento de morte, quando Jesus sempre nos ensinou existir apenas vida, e vida em abundância.

O título deste breve texto foi retirado do livro mundialmente conhecido escrito por um famoso pacifista, o escritor americano Ernest Hemingway – Adeus às armas. A obra se desenvolve como um romance, entretanto abordando os horrores da Primeira Guerra Mundial, deixando uma mensagem para a Humanidade: a de que não há nada glorioso nos conflitos armados. Cremos que podemos usar a advertência desse talentoso escritor para igualmente afirmar: não há nada cristão na conduta de se armar para matar o seu próximo.

Assim caminha a humanidade há milênios, entre modestos acertos e fragorosos enganos. Contudo, não precisa ser assim, não há por que ser desta forma, porém, se escolhermos as armas, na suposição de que estas detêm o poder de nos trazer a tão almejada paz do Cristo, estejamos certos de que muito em breve desejaremos impacientemente livrar-nos de todas elas, mais uma vez, plenamente cônscios de que jamais a violência poderá ser usada para combater a própria violência.

Lembrando ensinamento antiquíssimo, recordemos ainda uma vez mais: Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a Terra (Mateus, 5:5; grifo nosso); e, se a nossa memória não nos trai, esta profecia não foi revelada pelo Cristo de Deus!?
Rogério Miguez

Referência:

1 VIEIRA, Waldo. Conduta espírita. Pelo Espírito André Luiz. 13. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1987. cap. 18. Perante nós mesmos.

domingo, 10 de julho de 2022

"Henri Sausse": novo verbete da Enciclopédia Espírita Online


Há alguns dias atrás, lançamos aqui uma nova tradução do livro Biografia de Allan Kardec (veja aqui), publicada originalmente na França, em 1896, com a assinatura de Henri Sausse; aliás, este autor é lembrado no movimento espírita justamente por essa obra, que é considerada a primeira biografia do codificador do Espiritismo. Com efeito, isso não diz tudo sobre Sausse, e justamente por conta dessa descrição limitada que lhe é atribuída, pensamos por bem aproveitar a ocasião para pesquisarmos mais sobre este memorável seareiro kardecista a fim de concluirmos o trabalho que ora apresentamos: o seu verbete na nossa Enciclopédia Espírita Online.

Confira a seguir a sinopse deste novo verbete:
Henri Sausse (Étoile-sur-Rhône, França, 6 de maio de 1852 – Étoile-sur-Rhône, 26 de fevereiro de 1928) foi um comerciante francês, espírita convicto, fiel aos ideais doutrinários kardecistas, pesquisador do Magnetismo, integrante e dirigente de diversas sociedades espíritas de Lyon, inclusive da Federação Espírita Lionesa, além de membro honorário de outras tantas de diversas localidades, figurando-se entre um dos maiores divulgadores do Espiritismo em seu tempo. É especialmente lembrado pelo movimento espírita como o primeiro biógrafo de Allan Kardec.
Henri Sausse (1852-1928)

Você vai saber sobre a origem familiar e iniciação espírita de Henri Sausse, sua trajetória nos grupos familiares e na Federação Espírita de Lyon, do seu envolvimento na polêmica dos espíritas com Pierre-Gaëtan Leymarie nos anos 1880, que resultou na criação da União Espírita Francesa, em reação à Sociedade Científica dirigida por Leymarie; o caso da suposta adulteração do livro A Gênese de Allan Kardec; a participação de Saussen no Congresso Espírita e Espiritualista Internacional de 1889, a composição da primeira biografia de Allan Kardec, além das intensas atividades doutrinárias que fizeram de Henri Sausse um dos mais ativos espíritas de Lyon, o que faz dele alguém a ser lembrado com muito respeito e carinho por todos nós espiritas, que tanto devemos ao pioneirismo destes grandes confrades.

Por isso e muito mais, faz bem conhecermos a vida e obra de Sausse, agora disponível neste lançamento que preparamos com dedicação.

Clique aqui para ver o conteúdo integral do verbete "Henri Sausse" na Enciclopédia Espírita Online.

sábado, 9 de julho de 2022

20 Anos de Saudade: Chico e os 90 anos da publicação de "Parnaso de Além-Túmulo"


Dentro da série de matérias especiais 20 anos de saudade de Chico Xavier, hoje estamos destacando o 90° aniversário de lançamento de Parnaso de Além-Túmulo, o primeiro livro publicado com a assinatura de Chico Xavier, neste caso, não exatamente como autor, mas como médium psicográfico, sendo a autoria atribuída a diversos Espíritos que, outrora grandes poetas em terras brasileiras e portuguesas, fizeram-se valer da mediunidade do seu irmão mineiro para oferecer à humanidade novos versos poéticos, mantendo o mesmo estilo que caracterizou cada um dos renomados poetas, agora, porém, em linhas recheadas de luzes espirituais.

A Federação Espírita Brasileira, que edita a obra e detém os seus direitos autorais, assim publicou em seu site oficial:



Parnaso de além-túmulo: 90 anos de um eterno marco

Dia 6 de julho completam-se 90 anos da primeira edição de Parnaso de além-túmulo. À época, a Federação Espírita Brasileira publicava uma obra que marcaria o tempo e a história. Escrita por um até então desconhecido rapaz de apenas 22 anos de idade, de Minas Gerais, e que sequer concluíra o ensino fundamental, Parnaso de além-túmulo trazia poemas assinados por grandes nomes da língua portuguesa. Generosamente, abriram-se as portas para o grande médium de Pedro Leopoldo.

Marco na história da Humanidade, a coletânea hoje reúne 259 textos ditados por 56 poetas brasileiros e portugueses. Mais do que uma primorosa obra, Parnaso simboliza o início da extraordinária jornada de Francisco Cândido Xavier como instrumento de Jesus na Terra.

Trabalho de estreia do médium, Parnaso de além-túmulo foi um livro-monumento, construído ao longo de 40 anos.

Desde a 1ª edição, em 1932, até a 6ª edição, em 1955, somaram-se poetas e produções literárias. Mas foi somente na 9ª edição, em 1972, comemorativa dos 40 anos da 1ª edição, que o conteúdo de Parnaso tornou-se definitivo. O trabalho passa a trazer as notas e os estudos estilísticos de Elias Barbosa, que analisa os textos dos poetas mortos com quando eram vivos.

Da zombaria à redenção: a história de Humberto de Campos e o Parnaso

Um dos muitos intelectuais a conhecerem o livro foi o famoso cronista Humberto de Campos, que, à época, não soube compreender o real valor da obra. Escritor reconhecido e cronista admirado, publicou, em um dos principais jornais brasileiros daquele tempo, o Diário Carioca, críticas neutras, irreverentes e com toques de ironia:

“O primeiro pensamento que assalta o leitor, antes de examinar o merecimento literário da obra, é a ideia de que, nem no outro mundo, estará livre dos poetas. […] A superioridade que esta vida apresenta sobre as outras está, precisamente, no seu caráter transitório. […] E é esse consolo que não têm os habitantes do Astral, os quais se acham condenados a escutar os maus poetas até a consumação dos séculos.
[…] Por enquanto eu quero apenas pôr de sobreaviso os poetas vivos contra o perigo que a todos nos ameaça com a ideia que tiveram os mortos de voltar a escrever neste mundo em boa hora abandonado por eles. Se eles voltam a nos fazer concorrência com os seus versos perante o público e, sobretudo, perante os editores, dispensando-lhes o pagamento de direitos autorais, que destino terão os vivos que lutam, hoje, com tantas e tão poderosas dificuldades?”
(Diário Carioca, 10 de julho de 1932, p. 1 e 4).

A retratação, porém, não demoraria. Desencarnado em dezembro de 1934, Humberto transmitiria, ao longo de dois anos, mensagens que seriam compiladas em seu livro de estreia, publicado em 1937: Crônicas de além-túmulo em clara referência e justa homenagem ao Parnaso de além-túmulo

Sobre o Parnaso, o autor espiritual diria, na introdução de seu mencionado primeiro livro: “sua literatura fascinava o meu pensamento com o magnetismo suave da esperança, mas a fé não conseguia florescer no meu coração triste, sepultado nas experiências difíceis e dolorosas”.

Nessa mesma obra, ele diria, em carta à sua mãe, àquele tempo encarnada:

“A mão que me serve de porta-caneta é a mão cansada de um homem paupérrimo, que trabalhou o dia inteiro buscando o pão amargo e cotidiano dos que lutam e sofrem. […] O telhado sem forro deixa passar a ventania lamentosa da noite e desse remanso humilde, no qual a pobreza se esconde exausta e desalentada, eu te escrevo sem insônias e sem fadigas, para contar-te que ainda estou vivendo para amar e querer a mais nobre das mães.”
(Crônicas de além-túmulo, cap. 34 – Carta a minha mãe)

Era a realidade daquelas mãos simples e amorosas que psicografariam mais de 400 livros e inúmeras cartas que instruíram e consolaram multidões de corações aflitos e de mentes sedentas de luz.

Na 2ª edição do clássico de Chico, publicada em 1935, o Espírito Humberto de Campos escreveria uma introdução que passaria a compor a obra:

“Nas minhas atuais condições de vida, tenho de destoar da opinião que já expendi nas contingências da carne. […] ‘Parnaso de além-túmulo’ sairá de novo, como a mensagem harmoniosa dos poetas que amaram e sofreram. […] Todos aí estão, dentro das suas características. Os mortos falam e a Humanidade está ansiosa, aguardando a sua palavra.”

Ao todo, 13 livros psicografados por Chico e numerosas crônicas de Humberto, esparsas em obras diversas, foram editadas pela FEB.

Parnaso de além-túmulo, os livros de Humberto de Campos e centenas de obras psicografadas por Chico Xavier podem ser adquiridas no site www.febeditora.com.br. Leia também em formato digital, nas plataformas da Amazon, Apple Store, Google Play e Tocalivros.


Sobre este jubilar aniversário, reproduzimos do Blog do Ismael Gobbo a arte elaborada por Leopoldo Zanardi, de Baurú, SP:



Certamente para o jovem Chico Xavier foi um grande desafio toda a repercussão desta obra, pois o preconceito contra a mediunidade e contra o Espiritismo era uma tônica, além do mais o semianalfabeto operário da ignorada Pedro Leopoldo, no interior de Minas Gerais, ainda estava em processo íntimo de descobrimento de suas faculdades mediúnicas e de sua grandiosa missão.

Sensível como era, ele sofreria horreres com as críticas mordazes, calúnias e zombarias vinda de todo lado, inclusive da incompreensão do ambiente doméstico. Só com o tempo e apoio dos amigos espirituais é que o próprio Chico iria entender o valor de Parnaso de Além-Túmulo.

O jovem Chico Xavier

Felizmente, também graças ao querido Chico Xavier, hora nós podemos nos deleitar com os versos reconfortantes e encorajadores desta obra, aliás, presente na nossa série Poesia Espírita, que já conta com a declamação de vários poemas, como o extraordinário "Marchemos" de Castro Alves, o imponente "Supremacia da Caridade" de Casimiro Cunha e o tocante "Temos Jesus" de Abel Gomes.

Playlist da série Poesia Espírita


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Mais sobre Chico Xavier na Enciclopédia Espírita Online.

quinta-feira, 7 de julho de 2022

Lançamento: "Ectoplasmia e Clarividência" de Gustave Geley


Temos mais novidade na nossa Sala de Leitura, mais um clássico da literatura espírita internacional: Ectoplasmia e Clarividência de Gustave Geley, uma grande obra que apresenta uma síntese consistente de uma longa carreira de pesquisas científicas acerca dos fenômenos espirituais e, com isso, ressaltando o elemento principal da ciência espírita: as manifestações mediunímicas.

Dr. Gustave Geley

Gustave Geley (1865-1924) foi um renomado médico psiquiatra francês, formado pela Faculdade de Lyon e profissionalmente ativo como clinicou até 1918. Interessando-se pelos fenômenos paranormais, realizou muitos estudos que ficaram registrados em anais científicos da época. Destacaram-se as investigações com a médium de efeitos físicos Eva Carriére em 1916. Pouco depois, a convite de Jean Meyer, em 1919 abandonou a prática médica e passou a dedicar-se integralmente às pesquisas metapsíquicas, tornando-se o primeiro presidente do Instituto de Metapsíquica Internacional - I.M.I., onde obteve novos fenômenos com o médium polonês de materializações Franek Kluski. Com este, o Dr. Geley obteve moldes em parafina de mãos e braços de Espíritos materializados, ainda hoje em exposição no IMI em Paris. Em 1920 fundou o Bulletin de IMI, mais tarde Revue Metapsychiquee (Revista Metapsíquica) onde divulgou grande parte das suas pesquisas e experimentos acerca da ideoplastia, clarividência, telepatia, correspondência cruzada, entre outros. Em 1922 e 1923 acompanhou um novo ciclo de sessões de ectoplasmia, com o médium Jean Guzik, do que resultou o documento chamado de "Manifesto dos 34", assinado por eminentes homens de ciência, médicos, escritores e peritos da polícia. Faleceu em um acidente de avião, aos 56 anos de idade, quando regressava a Paris, após haver assistido, em Varsóvia, a várias sessões com Franek Kluski. Retirado dos destroços, ainda segurava a valise que continha fragmentos de moldes em parafina obtidos nas sessões.

Justamente em Ectoplasmia e Clarividência, que ora ofertamos aos nossos confrades e demais estudiosos interessados na fenomenologia mediúnica, temos uma das aclamadas obras do Dr. Geley que justificam a seriedade com que ele tratou a questão, valorizando assim o movimento espírita.

Nesta obra, atas, anotações e fotografias colhidas em várias sessões, com a colaboração de diversos médiuns, sob a atenta inspeção de vários cientistas de renome.

Esta é uma edição trabalhada em conjunto pelo site Autores Espíritas Clássicos e Luz Espírita, contando com a gentileza dos voluntários: Tereza de Espanha, tradução; Wanderlei dos Santos e Ery Lopes, revisão; Alexandre R. Distefanoformatação; e prefácio de Antonio César Perri de Carvalho.

Clique aqui para ler online ou fazer o download gratuito do PDF de Ectoplasmia e Clarividência de Gustave Geley.


quarta-feira, 6 de julho de 2022

Próxima palestra: "O diálogo de Jesus" com Carlos Campetti


Em sequência à nossa série Palestra Espírita Online, no próximo domingo, 10 de julho, a exposição ficará por conta de nosso confrade Carlos Campetti, estudioso espírita, ativo divulgado da causa kardequiana e um dos atuais dirigentes da FEB - Federação Espírita Brasileira. Nesta ocasião, ele nos ofertará uma explanação sob o tema "O diálogo de Jesus".

A palestra começa às 10h (horário oficial de Brasília) deste domingo, portanto, dia 10 de julho, e você pode acompanhar a transmissão pelo canal Luz Espírita no YouTube, inclusive participando em tempo real através do chat vinculado ao vídeo.

E se você perder a edição anterior, veja o vídeo da  palestra "Chico Xavier por Herculano Pires" com Heloísa Pires, realizada no último domingo, cuja gravação está disponível pela janela a seguir:

Visite também a página oficial do programa Palestra Espírita Online.

E não deixe de compartilhar o programa com amigos e familiares, contribuindo assim com a divulgação do Espiritismo.


terça-feira, 5 de julho de 2022

Divaldo Franco e a comenda da Ordem de Rio Branco entregue por Bolsonaro

Temos acompanhado principalmente pelas redes sociais uma enxurrada de críticas, algumas das quais muito carregadas de palavras de ódio, contra o médium Divaldo Pereira Franco, por conta de um acontecimento no último dia 2, quando o espírita teve recebeu nas dependências da instituição de caridade Mansão do Caminho, na cidade de Salvador - Bahia, a visita do Presidente da República, Jair Bolsonaro, que, na ocasião, lhe entregou a medalha que simboliza a Comenda da "Ordem de Rio Branco". A causa da revolta de tantos confrades se dá, dentre outros pretextos, por conta da corrida eleitoral deste ano à presidência do país; a exposição de Divaldo ao lado de um candidato a reeleição provocou choque e forte reação em parte do meio espírita. Além do que, o título honorífico concedido a Divaldo incomoda a muitos, que vê nisso personalismo, ou seja, promoção pessoal do médium e orador kardecista. Nós fomos apurar os detalhes dessa história e aqui apresentamos nosso posicionamento, que é, em suma, o de apoio a Divaldo Franco e profunda tristeza em relação à campanha difamatória e odiosa que se faz contra ele.

A Comenda da Ordem de Rio Branco é destinada a homenagear aqueles que, por qualquer motivo ou benemerência, se tenham tornado merecedores do reconhecimento do Governo Brasileiro, servindo para estimular a prática de ações e feitos dignos de honrosa menção, bem como para distinguir serviços meritórios e virtudes cívicas. Pode ser conferida a pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras. Neste ponto, a obra social realizada por Divaldo na Mansão do Caminho — não de cunho assistencialista, mas de assistência social verdadeira, acompanhada da formação de caráter e de instrução espírita — é digna desta condecoração, razão pela qual não se pode questionar a oferta governamental.

Comenda da Ordem de Rio Branco - Wikipédia

A questão do personalismo nos parece originar mais da inveja da parte daqueles que pouco têm produzido nesta encarnação, senão criticar e criticar, do que mesmo por zelo à doutrina. Além do mais, não temos visto Divaldo fazer significativo uso particular dos títulos recebidos, tal como também não o fez Chico Xavier — tantas vezes agraciado, igualmente com mérito.

Sobre o suposto "oportunismo" do encontro entre o espírita e o excelentíssimo presidente da República, o próprio Divaldo explica no vídeo a seguir, pelo qual explica que esta condecoração não é do momento, nem partiu do candidato à reeleição, e nós damos crédito às suas palavras, pelo que consideramos perfeitamente justo não desprezar o ato cívico, que de alguma forma coloca o Espiritismo em evidência — uma vez que o que os espíritas produzem pouco promovem nossa doutrina, infelizmente. E isto muito em função de estarmos entretidos com disputas internas, ao invés de nos unirmos na divulgação dos nossos valores doutrinários.

Com efeito, não identificamos nenhum oportunismo pessoal e tampouco direcionamento político da parte do nosso confrade espírita nesta visita presidencial e na cerimônia de homenagem ao benfeitor brasileiro Divaldo Pereira Franco. Mesmo porque, o percentual de espíritas no colégio eleitoral é tão ínfimo que não assusta ninguém. O pretexto das disputas políticas não dá o direito de ninguém cobrar do homenageado uma posição indelicada frente a quem quer que fosse. Faz bem lembrarmos que, segundo certas fontes, Allan Kardec tinha relações com o imperador francês de sua época, Napoleão III — um tirano da mais baixa qualidade, conforme opiniões sérias com a de Victor Hugo.

O respeito institucional é um preceito valoroso, conquanto raramente — para não dizer "nunca" — as pessoas empossadas de tais cargos possam se considerar meritórias. Nós, que somos apartidários, respeitamos os cargos públicos, apesar dos ocupantes, independentemente das siglas partidárias que os sustentam no momento. Já publiciamos aqui, por exemplo, um encontro do então presidente da Federação Espírita Brasileira, Nestor João Masotti, com a então presidente do Brasil, Dilma Russeff (veja aqui), sem com isso destoarmos de nosso preceito de imparcialidade partidária.

Então, para aqueles que tenham disposição para ouvir a parte interessada — condição imprescindível para uma crítica justa — segue as explicações de nosso irmão Divaldo Franco, em sua palestra dominical na Mansão do Caminho.

No mais, prestamos nossa solidariedade a Divaldo Franco e lhe votamos grande admiração por sua obra — o que não implica reputá-lo infalível; cada qual tem suas idiossincrasias. Mas a bem da verdade, a somatória da sua contribuição para a Doutrina Espírita eclipsa — e muito — certos pontos de vistas de sua parte sujeitos a controvérsias.

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