sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Feliz 2024 para todos nós!


Na passagem do ano velho — 2023, ano de muita luta e muitas oportunidades de crescimento espiritual  para o ano novo — 2024, mais um ensejo de renovação — a Fraternidade Luz Espírita deseja a todos boas festas, paz e realizações.

Que caminhemos mais firmemente em direção das virtudes espirituais e, com isso, estaremos mais sintonizados com a graça de Deus!

Feliz 2024 a todos nós!

sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

Feliz Natal, são os votos da Equipe Luz Espírita


Depois uma jornada muito trabalhosa, mas também de muitas realizações, como foi neste 2023, chegamos às festividades de final de ano, começando pelo Natal, que enfatizamos sempre que se trata do aniversário de Jesus. Então, é hora de juntar a família e amigos comemorar o fechamento de mais um ciclo, renovando os laços de afeto uns com os outros e, principalmente, reforçando nossas convicções espirituais, tendo em vista a benevolente ação do Cristo na condução do processo de espiritualização da Terra.

Repletos desse espírito natalino, evocamos os nossos anjos guardiões e demais amigos do invisível a juntar-se a nós, da Equipe Luz Espírita, nos votos para que você e toda a sua família tenha um excelente Natal, com Jesus!

quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

"Possessão": novo verbete da Enciclopédia Espírita Online


Tema mais atualizações na nossa Enciclopédia Espírita Online: é o verbete "Possessão", com a descrição de um dos casos mais graves de obsessão, mas que também tem a sua "versão do bem", acredita?

Veja a sinopse do novo verbete:

Possessão, de ordem espiritual, consiste num fenômeno pelo qual um Espírito toma a posse temporária do organismo físico de um encarnado, que então passa a agir conforme a vontade do possessor, cuja intenção primordial é se manifestar no mundo material e interagir com as coisas físicas. Essa dominação física pode ser consensual, como resultado da ação de um Espírito geralmente bom e familiar, com a intenção de produzir uma manifestação mediúnica mais impressionante; por outro lado, pode se tratar de um assédio de um Espírito mau, caracterizando tal possessão como uma obsessão, do tipo grave de uma subjugação, a que o obsediado, sem força para resistir ao ataque, é constrangido a emprestar seu corpo material, que então passa a ser manipulado conforme a vontade do obsessor. A possessão é sempre temporária e intermitente: o Espírito possessor se enlaça ao possesso para manipulá-lo fisicamente, sem que este abandone seu corpo. A ideia de possessão está associada a diversas crenças e folclores, tal como a lenda da possessão demoníaca, contra a qual a tradição propõe o ritual do exorcismo. A codificação espírita aborda este tema, definindo e exemplificando casos desse gênero; além disso, em se tratando de possessões obsessivas, o Espiritismo recomenda, como prevenção e tratamento, atuar sobre o autor do mal, pela conscientização dos valores espirituais, e ao mesmo tempo pelo fortalecimento moral do assediado. Ao demonstrar a existência, as causas possíveis e sua remediação, a Doutrina Espírita então contribui positivamente com a medicina convencional, que reconhece o estado de possessão, mas ignora o agente causal: o ser espiritual possessor.

Imagens de Anneliese Michel,
cujo caso de possessão inspirou o famoso filme
O Exorcismo de Emily Rose

O novo verbete traz os seguintes tópicos:

  • Possessão na cultura em geral
  • Famosos casos recentes de possessão
  • Parecer científico
  • Possessão na codificação espírita
  • Cura e prevenção
  • Veja também
  • Referências

Então, não deixe de conferir agora mesmo este novo verbete.

Clique aqui para acessar "Escala Espírita" na Enciclopédia Espírita Online.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Manuscritos de Allan Kardec em exposição no 12° Congresso Espírita do RS

Reproduzimos aqui o registro da participação do nosso confrade Adair Ribeiro no 12° Congresso Espírita do Rio Grande do Sul, recentemente realizado em Porto Alegre, RS. Durante a gravação de um podcast para a equipe da FergsPlay, ele fala do seu projeto Museu AKOL - Allan Kardec Online, seu acervo de comunicações mediúnicas, as primeiras edições das obras fundamentais do Espiritismo, fotos, cartas de Rivail e Amélie Boudet, documentos da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, entre outras raridades foram alguns dos documentos originais que foram exibidos neste Congresso.

É mais uma oportunidade para conhecermos e valorizarmos esse trabalho importantíssimo para a memória histórica do Espiritismo que resultou na criação do Projeto Allan Kardec Online da Universidade Federal de Juiz de Fora, de Minas Gerais (Saiba mais).

Então, acompanhe o vídeo com o podcast.


Link para o portal do Projeto Allan Kardec:
www.projetokardec.ufjf.br


quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

Nosso Lar 2: lançamento do cartaz oficial

Recebemos e compartilhamos com todos o cartaz oficial do filme Nosso Lar 2: Os Mensageiros, que estreia nos cinemas em todo o Brasil no dia 25 de janeiro de 2024.

Uau! Estamos todos muito ansiosos para ver mais essa superprodução espírita. A expectativa é muito boa, com base nos outros filmes dirigidos por Wagner de Assis e no crescente interesse do público pelo gênero espiritualista. Portanto, estamos em contagem regressiva e animados com a proposta de os nossos confrades espíritas encherem as salas de cinema para prestigiar esse trabalho, que é uma grande mídia de divulgação do Espiritismo.

Abaixo, o trailer do filme, para deixar aumentar ainda mais a nossa expectativa:


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#espiritismo #kardec #AllanKardec #LuzEspirita #espiritualidade #DoutrinaEspirita #mediunidade #mediuns #historia #irmasFox #foxsisters #hydesville #lilydade #NossoLar #cinema

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

PEADE alcança a marca de 5 mil inscritos

Começamos em 2018 e agora, cinco anos depois, chegamos à marca de 5 mil inscritos: de quem estamos falando? Estamos falando da PEADE, a nossa Plataforma de Estudos Avançados da Doutrina Espírita, ou seja, a área de cursos online do Portal Luz Espírita. E, então, hoje é dia de festa para nós, porque alcançamos esse expressivo número de participantes da nossa comunidade de estudos, o que significa que há sim muita gente querendo mesmo conhecer a fundo o Espiritismo.

Realmente consideramos o número expressivo, especialmente porque não fazemos publicidade paga, nem apelamos para o sensacionalismo para atrair as pessoas; nós simplesmente divulgamos a PEADE através de nossos canais comuns de interação com o público: nossos site (www.luzespirita.org.br) e nossos perfis nas redes sociais. Entendemos que a Doutrina Espírita é suficientemente forte em termos de conceitos para não precisar de nenhum truque de marketing para seduzir quem quer que seja. Além disso, não queremos que ninguém venha só fazer número; desejamos que venham por real interesse em promover o seu próprio progresso espiritual, e para estes, não há dúvidas, a escola espírita é o caminho mais eficiente.

Não nos cansa repetir: tudo na PEADE é absolutamente gratuito: não cobramos mensalidade, não vendemos nenhum produto, não pedimos doação; em suma, não mexemos com dinheiro. E para que seja assim, todos os colaboradores ofertam seus serviços gratuitamente, e não é difícil de entender o porquê: todos nós temos recebido muita luz e consolação com essa doutrina abençoada e, por conta disso, queremos compartilhá-la com os demais.

Veja a seguir a lista de cursos que já estão disponíveis na PEADE, fora os novos títulos que estão sendo preparados para lançamento em breve:

Portanto, se você ainda não faz parte dessa comunidade, não perca tempo e venha estudar Espiritismo conosco.

CIE - Curso de Introdução ao Espiritismo:
Conceituação básica e princípios fundamentais da Doutrina Espírita.

ECE - Estudo do Conceito de Espiritismo
Das possibilidades de se definir o Espiritismo, a Doutrina Espírita, o Kardecismo e afins.

VPE - Vivenciando a Prática Espírita
Como praticar o Espiritismo com base na codificação kardequiana.

KLE - Estudo de O Livro dos Espíritos
O contexto histórico da obra inaugural do Espiritismo, o processo de sua composição, suas versões e análise dos temas abordados.

IPC - Iniciação à Psicologia Crística
Estudo sobre questões problemáticas humanas à luz da proposta redentora do Cristo.

CDS - Curso Doutrina Secreta
Desbravando os mistérios que o Espiritismo resgata das antigas ciências ocultas.

AG - Anjo Guardião
Estudo sobre os Espíritos protetores e suas relações com os seus tutelados.

IPM - Iniciação aos Princípios do Magnetismo
Das relações magnéticas entre os seres e suas potências para o bem-estar pessoal e coletivo.

LR - Lei de Reencarnação
Estudo sobre um dos conceitos fundamentais da Doutrina Espírita: a Lei de Reencarnação.

Clique aqui para mais informações e inscrições para a PEADE.


sábado, 9 de dezembro de 2023

Resenha do livro "História Geral do Espiritismo" de Eric Pacheco e Lucas Berlanza

Com o selo do CCDPE-ECM, nossos confrades estudiosos espíritas Eric Pacheco e Lucas Berlanza, ambos do Rio de Janeiro, acabam de publicar um interessante livro: História Geral do Espiritismo, cujo subtítulo é "Resumo expositivo". A sua sinopse oficial traz o seguinte:

O leitor encontra neste livro um vasto material de consulta sobre as principais ideias quando na época de Kardec e como esse insigne educador dialogou com as diferentes correntes do pensamento ocidental. Essa convidativa jornada teórica atende àqueles que desejam conhecer personagens com contribuições importantes no cenário cultural da França no século XIX e permite traçar relações comparativas com o contexto em que os primeiros grupos familiares e instituições começaram a estruturar o movimento espírita brasileiro.

São 520 páginas de um bom apanhado historiográfico. Inúmeros dados biográficos de Allan Kardec e suas obras também são apresentados em cuidadosa sequência cronológica. Um outro diferencial deste livro é apontar características dos grupos espíritas espalhados pelo mundo, formando um movimento internacional com suas peculiaridades locais. Assim, a história registrada pelos autores trata das origens e dos reflexos atuais da dinâmica espírita. Lucas e Eric elencam autores espíritas brasileiros e estrangeiros, do passado e do presente, com rápidos comentários biográficos.

Uma boa apresentação da obra pode ser conferida pela live promovida pelo canal do IGESE no YouTube, acessível pela janela abaixo:

O livro pode ser adquirido através do site da CCDPE-ECM, através deste link:
https://ccdpe.org.br/produto/historia-geral-do-espiritismo-resumo-expositivo


segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

"Escala Espírita", o mais novo verbete da Enciclopédia Espírita Online

A fim de melhor ilustrar a linha progressiva do Espírito, no seu curso evolutivo, desde seu ponto de partida até a perfeição, certa Allan Kardec traçou um quadro ilustrando exatamente os graus pelos quais se deve passar, considerando os estágios evolutivos mais característicos; a este quadro ilustrativo, ele deu o nome de Escala Espírita, cujo teor é considerado como um dos importantes para a compreensão do Espiritismo.

Pois é sobre este importante esquema que trata o verbete "Escala Espírita", a novidade que então apresentamos na mais recente atualização da nossa Enciclopédia Espírita Online.

Veja a sinopse do novo verbete:

Escala Espírita é um quadro resumido das diferentes ordens de Espíritos de acordo com o grau de evolução dos indivíduos; foi elaborada por Allan Kardec, seguindo as orientações dos Espíritos mentores da codificação do Espiritismo, sendo originalmente publicada na primeira edição de O Livro dos Espíritos (1857) e depois, numa versão ampliada, na Revista Espírita de fevereiro de 1858, replicada com alguns ajustes em outras obras e finalmente estabelecida na grande atualização de O Livro dos Espíritos a partir da sua segunda edição (1860). Essa tabela ilustra os principais estágios do progresso intelectual e moral dos Espíritos, separando-os em três ordens primordiais: Espíritos Imperfeitos (3ª ordem), Bons Espíritos (2ª ordem) e Espíritos Puros (1ª ordem); com exceção desta última, cada ordem têm suas subdivisões e admitem infinitas nuances que distinguem as mais variadas condições que podem caracterizar o nível dos encarnados e desencarnados em um determinado ponto de sua jornada evolutiva, posto que, como o progresso é uma lei inexorável, a posição de cada indivíduo não é absoluta — salvo a da primeira ordem, que figura a posição daqueles que já alcançaram a perfeição. O objetivo dessa escala é apresentar didaticamente o curso evolutivo dos Espíritos e estimular cada qual a promover o seu próprio aperfeiçoamento espiritual.

Só para se ter uma ideia rápida sobre a relevância dessa escala, o codificador espírita acentuou que ele é um dos dois quadros fundamentais "que todo espírita dever diante dos seus olhos".

A imagem a seguir ilustra o esquema da linha progressiva do Espírito percorrendo as diversas classes da Escala Espírita rumo à perfeição espiritual:

O novo verbete traz os seguintes tópicos:

  • Contexto doutrinário
  • Primeiras versões
  • Versão definitiva
  • Relevância do quadro
  • Veja também
  • Referências

Então, não deixe de conferir agora mesmo este novo verbete.

Clique aqui para acessar "Escala Espírita" na Enciclopédia Espírita Online.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Campanha: "Natal com Jesus - 2023"

 


Portal Luz Espírita está levantando a campanha para a promoção do verdadeiro significado das festividades natalinas, que é exatamente a comemoração do nascimento de Jesus de Nazaré e Cristo, Messias enviado por Deus para renovar a Humanidade.

Não é, portanto, nenhuma inovação, mas um resgate, uma vez que o sentido desta data tão sublime tem sido deturpada, redirecionando seu significado para propósitos materialistas, ornados com símbolos e slogans totalmente desconexos com esse maravilhoso momento de excelsitude espiritualista.

Ajude-nos a divulgar essa ideia compartilhando com a hashtag

#NatalComJesus

Saiba mais clicando aqui


terça-feira, 28 de novembro de 2023

Projeto Allan Kardec: Anotações sobre o pseudônimo "Allan Kardec"


Mais um manuscrito original disponibilizado pelo Museu AKOL ao acervo do Projeto Allan Kardec da Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF-MG: uma anotação do codificador do Espiritismo a respeito do seu pseudônimo, cujo contexto denota que ele estaria preparando uma resposta às críticas que lhe estavam sendo dirigidas exatamente por adotar um apelido ao invés de usar seu verdadeiro nome: Hippolyte Léon Denizard Rivail.

Graças à recuperação desses documentos originais, temos então mais uma oportunidade de conferir como Allan Kardec tratava questões dessa natureza, com a precisão de quem deve ser sincero e assertivo nas suas convicções, mas não grosseiro.

Saiba mais sobre o Projeto Allan Kardec.

Primeiro, vamos conferir o conteúdo da carta, depois faremos a contextualização dos assuntos tratados:

Fotocópia do manuscrito original
Fonte: Projeto Allan Kardec da UFJF


Transcrição (em francês)

Deux mots encore sur le pseudonyme. Je dirai d’abord qu’en cela j’ai suivi [...] avec cette différence que la plupart prennent des noms de fantaisie, tandis que celui d’Allan Kardec a une signification et que je puis le revendiquer comme mien au nom de la doctrine. Je dis plus: il confirme tout un enseignement que je me réserve de faire connaître plus tard. J’ai d’ailleurs [...] pour agir ainsi au début des motifs sérieux: une fois connu sous ce nom, je dois le conserver, le quitter maintenant serait nuire à toutes mes publications ultérieures. Il y a d’ailleurs une raison qui domine tout: je n’ai point pris ce parti sans consulter les Esprits, puisque je ne fais rien sans leur avis. Je l’ai fait à plusieurs reprises et par différents médiums. Or ils ont non seulement autorisé mais approuvé cette mesure. L’essentiel est donc de dire de bonnes choses et peu importe que ce soit sous le nom de Pierre ou de Paul.

Si je n’avais mis aucun nom qu’aurait-on eu à dire ? Quiconque connaît et comprend la doctrine [...] les esprits attachent peu d’importance <à> tout a qui est de pure forme, pour eux le fond est tout puisque sur 100 écrivains il y a les ¾ qui ne sont pas connus sous leur véritable nom.

A mon début dans ce que je puis appeler ma carrière spirite, qui a été pour moi comme une nouvelle existence, j’ai eu des motifs sérieux pour prendre un nom spécial, mes écrits une fois connus sous ce nom, je dois le conserver, le quitter serait nuire a toutes mes publications ultérieures. Parmi ceux qui à défaut d’autres y trouvent un sujet de critique je pourrais citer tel individu qui a sous un nom d’emprunt et cela sans autre motif que celui de se mettre derrière le rideau.

La doctrine serait bien faible si son succès devait dépendre d’une cause aussi futile qu’un nom propre.


Tradução

Mais duas palavras sobre o pseudônimo. Primeiramente, direi que, quanto a isto, eu segui [...] com a diferença de que a maioria assume nomes de fantasia, ao passo que o nome Allan Kardec tem um significado e posso reivindicá-lo como meu em nome da doutrina. Digo mais: ele confirma todo um ensino que me reservo o direito de divulgar mais tarde. Além disso, [...] [tenho] sérios motivos para agir desta forma no início: uma vez conhecido sob esse nome, devo mantê-lo; deixá-lo agora seria prejudicar todas as minhas publicações posteriores. Ademais, há uma razão que prevalece: não tomei esta decisão sem consultar os Espíritos, uma vez que não faço nada sem o seu conselho. Já o fiz em várias ocasiões e através de diferentes médiuns. E não só autorizaram, mas aprovaram essa medida. O essencial é dizer coisas boas, não importando se é sob o nome de Pedro ou Paulo.

Se eu não tivesse adotado nenhum nome, o que teriam a dizer? Quem conhece e compreende a doutrina [sabe que] os Espíritos dão pouca importância a tudo o que é puramente formal; para eles, o fundo é tudo, pois, a cada 100 escritores, 75 deles não são conhecidos pelo seu nome verdadeiro.

No início daquilo que posso chamar de minha carreira espírita, que tem sido para mim como uma nova existência, tive sérias razões para usar um nome especial, e devo mantê-lo, uma vez que meus escritos começaram a ser conhecidos sob esse nome. Abandoná-lo seria prejudicar todas as minhas publicações posteriores. Para aqueles que, na falta de outros, encontram nele motivo de crítica, eu poderia citar um indivíduo que usa um nome fictício sem outra razão senão a de ficar atrás da cortina.

A doutrina seria muito fraca se o seu sucesso dependesse de uma causa tão fútil como um nome próprio.


Contextualizando a anotação

Como se sabe, a insígnia "Allan Kardec" é na verdade um pseudônimo; aquele a quem nós conhecemos como o codificador do Espiritismo chamava-se civilmente Hippolyte Léon Denizard Rivail. Aliás, a assinatura "H. L. D. Rivail" não era de tudo estranha, pois várias obras pedagógicas já haviam sido publicadas com esta inscrição; de fato, o Prof. Rivail não era assim nenhuma celebridade, porém não se tratava de um completo anônimo, inclusive porque já havia sido diretor de um instituto educacional em Paris. Até em razão disso, então, era conveniente separar a carreira profissional da tarefa vocacional de conduzir o lançamento da Doutrina Espírita; daí por que Rivail deu lugar a Allan Kardec.

Assim sendo, ao que tudo indica, chegaram até o pioneiro espírita críticas pela utilização do pseudônimo adotado, provavelmente acusando-o de estar "escondendo-se" ou "fantasiando sua missão". Ora, a intenção comum dessas críticas era manchar de alguma forma a imagem do Espiritismo, tomando por pretexto possíveis fraquezas pessoais do seu líder, já que doutrinalmente seus adversários nada encontravam contra. Logo, atacar Kardec era atacar a doutrina, ideologicamente falando; e talvez se não conseguissem minimizar o valor da Revelação Espírita, pelo menos eles tentavam desestabilizar o trabalho do mestre— quem sabe até cansá-lo e desencorajar sua missão.

Que nada! Allan Kardec estava determinado em sua vocação e soube dar a resposta com firmeza e elegância. Para começar, ele vai explicar que sequer teve o trabalho de criar ou "fantasiar" um apelido: bastou adotar seu nome próprio de outra existência carnal — valorizando assim um dos princípios fundamentais da doutrina: a Lei de Reencarnação. Muito emblemático, não é mesmo? É por isso que ele anota: "Allan Kardec tem um significado e eu posso reivindicá-lo como meu". Em seguida, ele diz que só revelaria mais tarde, mas que isso faz parte de um fato que vinha confirmar um certo ensinamento. E que ensinamento era esse? A coincidência de uma revelação feita por diferentes médiuns de que numa determinada vida passada ele era chamado de "Allan Kardec", ou, talvez melhor, que ele seria "Allan" numa e "Kardec" em outra reencarnação; há algumas versões sobre a origem dessa alcunha (Saiba mais pela Enciclopédia Espírita Online).

Diz Kardec nessa anotação que ele não decidiu sozinho usar um pseudônimo, mas que tudo foi combinado com a espiritualidade. Certamente, pois, os mentores espirituais acharam por bem distinguir a biografia do pedagogo Rivail do missionário espírita. Além disso, pelo que nos parece, a intenção de Kardec era que ele próprio não precisasse aparecer em público: bastaria que a doutrina aparecesse e se conservasse sem personalismos, para não caracterizar o Espiritismo pelas pessoas, mas sim pelas ideias doutrinárias. Mas não seria assim, como advertiu um amigo espiritual, dizendo-lhe: "Não suponha que te baste publicar um livro, dois livros, dez livros, para em seguida ficar tranquilamente em casa. Tem que expor a tua pessoa." (Ver Obras Póstumas, 2ª parte: 'Minha missão').

Aconteceu então que o sucesso de O Livro dos Espíritos fez do seu autor um nome famoso e, nestas condições, era preciso que ele apresentasse sua cara. Desta forma, já não seria o caso de trocar de nome novamente, como diz a nota: "uma vez conhecido sob esse nome, devo mantê-lo; deixá-lo agora seria prejudicar todas as minhas publicações posteriores." Então, ficou sendo mesmo Allan Kardec.

Ora, que importa o nome? Afinal, "O essencial é dizer coisas boas, não importando se é sob o nome de Pedro ou Paulo." — diz a anotação. O pseudônimo foi só uma formalidade, e como dizia Kardec, a espiritualidade dá muito pouca importância a isso; para eles, o que conta mesmo é o fundamento doutrinário.

Por fim, é interessante nos darmos conta de que naquele século XIX, como em outros tempos, inclusive na nossa atualidade, era muito comum que alguns autores usassem um "nome artístico" para assinar suas publicações; a propósito disso, Kardec até faz a estimativa desse percentual em seu tempo: "a cada 100 escritores, 75 deles não são conhecidos pelo seu nome verdadeiro.". Dentre os vários pretextos para isso, podemos citar três que eram bastantes comuns: 1) devido o preconceito contra as mulheres, as escritores normalmente usavam um apelido masculino para conseguir efetivar suas publicações; 2) para fugir da censura e perseguição política, muitos autores trocavam de nome: e 3) para se atacar gratuitamente alguém ou uma causa (como o Espiritismo) e se eximir de responder por isso, que é o caso de que Kardec trata ao dizer "ficar atrás da cortina".

Em suma, era um crítica muito rasteira, de quem realmente não tinha o que falar de uma doutrina abençoada como o Espiritismo, donde conclui nosso mestre espírita: "A doutrina seria muito fraca se o seu sucesso dependesse de uma causa tão fútil como um nome próprio."

Ver o registro do manuscrito no portal do Projeto Allan Kardec.

Veja as demais postagens que fizemos contextualizando os documentos disponibilizados pelo Projeto Allan Kardec:
E, é claro, visite também o portal online do Projeto Allan Kardec da UFJF-MG.


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sábado, 25 de novembro de 2023

"A alma dorme na pedra, sonha no vegetal, agita-se no animal e acorda no homem..." - Os enigmas da origem da alma e das coisas

Nosso confrade Carlos Seth Bastos, o Sir CSI do Espiritismo, propôs um quiz em sua fanpage no facebook (Imagens e registros históricos do Espiritismo) a respeito de um tema doutrinário, dentre aqueles que causam os mais palpitantes debates — o que é bom para promover o estudo e a troca de ideias. Vejamos então a proposta da enquete:

Resposta do quiz de ontem (Quem PRIMEIRO disse "A alma dorme na pedra, sonha no vegetal, agita-se no animal e acorda no homem."?): nenhuma das alternativas (h), embora o sufi Rumi (b) tenha expressado o mesmo conteúdo de outra forma.

Campos Vergal e Herculano Pires mencionaram a frase, embora supostamente com referências equivocadas. 

Curioso notar que no meio espírita, o primeiro a mencionar algo parecido foi Leymarie (f), e não Léon Denis (g).

Eis outras variações da frase, em contextos diferentes (panteísmo e evolução anímica): 

• Ibn Arabi (sufi) [1] disse entre 1165-1240: "Deus dorme na pedra, sonha na planta, se agita no animal e desperta no homem.", referindo-se ao panteísmo [2].

• Rumi (sufi) [3] disse entre 1207-1273: "(...) o homem começou do não-vivo, ele passou ao estado de vegetação (...). Então evoluiu da vegetação para o animal (...)" [4], referindo-se à evolução [5].

• Giordano Bruno falou em 1591 em "Tratado da Magia" de espíritos que habitam o corpo humano, as plantas, os animais, as pedras e os minerais [6].

• Michelet [7] falou em 1831: "‘O espírito divino’, diz Schelling [8], ‘dorme na pedra, sonha no animal, está acordado no homem.’", referindo-se ao panteísmo [9].

• Leymarie falou em 1876: "(...) e como disse um grande poeta alemão [sic]: ‘Um espírito que dorme na pedra, sonha no animal e desperta no homem.’", referindo-se à evolução [10].

• Léon Denis disse em 1905: "Na planta, a inteligência dorme; no animal, ela sonha; só no homem ela desperta (...).", referindo-se à evolução [11].

• Campos Vergal [12] disse em 1936: "(...) ensinamento hinduísta [sic] (...): ‘A alma dorme na pedra, sonha na planta, move-se no animal e desperta no homem.’", referindo-se à evolução [13].

• Herculano Pires [14] disse em 1978: "Léon Denis [sic] a definiu (...): ‘A alma dorme na pedra, sonha no vegetal, agita-se no animal e acorda no homem.’", referindo-se à evolução [15].

Para outras informações a partir de 1857, inclusive as referências de Kardec, ver os artigos do colega pesquisador Paulo Neto [16-17].

Particularmente também não entendemos a jornada evolutiva do princípio inteligente começando no mineral, mas sim através dele.

Referências:

[1] https://pt.wikipedia.org/wiki/Ibn_Arabi

[2] https://quotefancy.com/ibn-arabi-quotes 

[3] https://pt.wikipedia.org/wiki/Jalaladim_Maomé_Rumi

[4] Também encontrado em:

• "(...) Primeiro, foste mineral, depois, te tornaste planta, e mais tarde, animal. (...) Finalmente, foste feito homem (...)", referindo-se à evolução, conforme https://www.saindodamatrix.com.br/evolucao-forma.

• "Morri como mineral e tornei-me planta, morri como planta e cheguei à animalidade, morri como animal e me tornei homem (...).", referindo-se à evolução, conforme https://www.dar-al-masnavi.org/n-III-3901.html.

[5] https://www.thesufi.com/evolution-humans-words-rumi

[6] https://core.ac.uk/download/195785057.pdf

[7] https://pt.wikipedia.org/wiki/Jules_Michelet

[8] https://pt.wikipedia.org/.../Friedrich_Wilhelm_Joseph_von...

[9] https://books.google.com.br/books?id=mnJLAQAAMAAJ&pg=PA119

[10] https://www.retronews.fr/.../1-mars-1876/1829/3285669/8

[11] https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k5681738t/f166.item [1908]

[12] http://www.feparana.com.br/topico/?topico=708

[13] https://files.comunidades.net/.../Reencarnacao_ou...

[14] http://www.feparana.com.br/topico/?topico=663

[15] https://files.comunidades.net/.../22__Mediunidade__Vida_e...

[16] http://www.paulosnetos.net/.../182-a-alma-dorme-no...

[17] https://sites.google.com/.../volume-9.../resumo-art-n-010201


Nossos comentários

A questão em voga trata, pois, da origem espiritual, ou seja, das individualidades: você, eu e todo mundo; tocando ainda em outros problemas filosóficos e religiosos ainda mais complexos, por exemplo, a Criação, a Providência Divina e a própria natureza de Deus — problemas esses que a Filosofia nunca pode sequer arranhar a superfície e que até mesmo a Doutrina Espírita não pôde solucionar, e por uma razão muito simples: estas coisas ainda não estão ao alcance do nosso entendimento atual. 

A "novidade" do Espiritismo — se assim podemos nos expressar — é a de que há a promessa dos Espíritos superiores de que um dia nós conheceremos a solução desses problemas: “Quando seu espírito não estiver mais obscurecido pela matéria e, por sua perfeição, estiver se aproximado de Deus, então ele o verá e o compreenderá.” (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec - questão 11), questão semelhante à de número 18 da mesma obra: 

O homem penetrará algum dia o mistério das coisas que lhe estão ocultas?
“O véu se levanta para ele à medida que ele se purifica; mas, para compreender certas coisas, é preciso faculdades que ele ainda não tem."

E de que maneira essa "promessa espírita" pode ser considerada como novidade, já que há menções semelhantes a respeito desse enunciado? Ora, a máxima "Não há nada oculto que não seja revelado" não é tão antiga quanto à memória humana? E acaso não é bem conhecida a passagem bíblica do apóstolo Paulo: "Agora vemos obscuramente, como que por um espelho, em parte; mas então veremos face a face e conheceremos plenamente" (I Coríntios, 13:12)? Qual seria a "novidade" da revelação espírita? — resposta: Desde quando considerarmos que a "solução" doutrinária oferecida pelo Espiritismo é sempre racional, dentro de uma lógica, enquanto a tradição das religiões convencionais se fundamentam numa ideia de "verdade mística", que então permite uma ordem de coisas fora da ordem da nossa racionalidade; daí se admitir o milagre e o sobrenatural, no sentido de que Deus possa e costume "quebrar as próprias regras" — o que a nossa Doutrina Espírita rejeita peremptoriamente.

Mas a problemática é por demais profunda, tanto que grande parte dos filósofos é cética com relação a uma "solução racional", não por acaso muitos aderem ao ateísmo. Vamos colocar aqui um desses dédalos sobre o qual até o momento não cogitamos nenhuma saída:

É um princípio natural que Deus nunca esteve inativo, e ao mesmo tempo, nos é ensinado (também como um princípio elementar) que ele criou tudo; destarte, que fazia Deus antes do ponto inicial da criação?

O problema acima tange ao do entendimento do infinito e da eternidade, que foi explorado algumas vezes por Allan Kardec, e sempre sem sucesso para solver essa questão — novamente, em razão de nossa incapacidade intelectiva. Ora, logo depois de perguntar sobre Deus, o codificador indagou sobre o infinito, questões 2 e 3 de O Livro dos Espíritos, voltando ao mesmo tema esporadicamente, como na questão 37: "O Universo foi criado ou existe de toda a eternidade, como Deus?", que Kardec refaz mais na frente, na questão 21, com outras palavras:

A matéria existe desde toda a eternidade assim como Deus, ou ela foi criada por ele em algum momento?
“Só Deus o sabe. Entretanto, há uma coisa que a vossa razão deve indicar: é que Deus, modelo de amor e caridade, nunca esteve inativo. Por mais distante que vocês possam imaginar o início de ação dele, poderiam imaginá-lo um segundo na ociosidade?

Em suma, realmente não é possível sondar pela nossa razão tal problema. E pela resposta acima, até mesmo os mentores da codificação espírita se justificam reconhecendo que também não sabem ("Só Deus o sabe...").

É de se pensar, portanto, se as consciências realmente (nós, e todos os Espíritos) tiveram um princípio ou se somos todos eternos, porque não é fácil imaginarmos que tenha havido alguma "não existência" de algo de hoje existe. E faz bem nós espíritas reconhecermos que a codificação kardequiana não é o fim da revelação espírita, mas sim o começo; um passo gigantesco em comparação com o que a humanidade tinha antes do Espiritismo, mas um pequeno começo em comparação ao que ainda há de ser revelado.

Mas então, estamos com isso não aceitando ou mesmo negando o ensino da Doutrina Espírita que tem como princípio que todos nós fomos criados por Deus e que, portanto, tivemos sim um princípio? — Não! Não estamos rejeitando, estamos dizendo apenas que ainda não compreendemos a coisa, reconhecendo um problema teórico plausível. Mas, por outro lado, estamos certos de que há uma solução para a questão e que esta solução é alcançável, mediante nosso aperfeiçoamento espiritual.


Entre pedras, paus, carne etc.

Agora, especificamente falando da citação da enquete em voga, vamos lembrar algo bem parecido com a citação "A alma dorme na pedra, sonha no vegetal, agita-se no animal e acorda no homem" dita por Allan Kardec, enquanto a tratar do modo de atuação dos Espíritos que cuidam dos fenômenos da natureza (grifo nosso):

“É assim que tudo serve e tudo se encaixa na natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, que também começou pelo átomo; admirável lei de harmonia da qual o Espírito limitado de vocês ainda não pode entender o conjunto.” (O Livro dos Espíritos - questão 540)

Sem nos esquecermos das nossas limitações (como dissemos acima), vamos tentar entender tanto quanto possível o sentido desse enunciado:

A oração em destaque nesta derradeira citação parece, pois, estabelecer uma ligação intrínseca entre o Espírito (a consciência, o indivíduo, cada um de nós) com a matéria (substância física); todavia, é preciso separar antes de tudo dois conceitos fundamentais dados em Espiritismo: as individualidades e o princípio gerador delas, separando as duas classes: espiritual e material.

Quer dizer, existe o princípio espiritual (a fonte geradora) e as individualidades (os Espíritos) que são formadas a partir dessa fonte; e, de forma análoga, há o princípio material (fonte geradora) e as individualidades (substâncias, objetos físicos...) formadas a partir da fonte material. E no nosso entender, essas duas classes não se confundem em sua essência, embora se completem, porque tudo o que é material precisa de uma força consciente (portanto, espiritual) para organizar sua estrutura, já que sem essa organização os elementos materiais ficam desordenados, tal como um monte de entulho. Por outro lado, o intelecto precisa se manifestar fisicamente para ser identificável e utilizável, senão vai ficar como uma série de ondas audíveis à deriva sem captação.

Ora, o Universo não é uma máquina que trabalhe no automático; tem sempre alguém consciente agindo para manter a força de gravidade, a órbita dos planetas e a agregação de cada molécula. Nisto vemos claramente a justeza destas palavras: "tudo se encaixa na natureza", sem que isso signifique que cada grão de areia ou caroço de feijão um dia vá se tornar um Espírito ou que um Espírito tenha sido exatamente um átomo. Doutra feita, o cuidado com a organização das coisas materiais (os fenômenos da natureza, portanto) nos parece nitidamente um bom exercício evolutivo para que os seres espirituais possam aprender a desenvolver o intelecto, a força de vontade, as sensações e, por fim, as emoções; nisso, a ligação entre o espiritual e o material fica bem justificada.

Mas, enfim, nos rendemos à evidência de que não sabemos praticamente nada; porém, animados com a promessa de que um dia tudo será esclarecido.

terça-feira, 21 de novembro de 2023

Calendário Histórico Espírita: 228° aniversário de nascimento de Amélie Gabrielle Boudet - Madame Kardec


Ela não foi só a esposa de Allan Kardec, ela foi uma mulher de estatura moral, de talento artístico, de atitude social e, além tudo, uma companheira do codificador espírita no processo fundamental de sistematização do Espiritismo e, uma vez viúva, a continuadora dos trabalhos institucionais doutrinários do marido, favorecendo para que a posteridade pudesse melhor dispor dessa obra magnífica que a humanidade ainda está por conhecer devidamente. É por isso que, neste 22 de novembro, dedicamos carinhosamente a data em comemoração ao 228° aniversário de nascimento de Amélie Gabrielle Boudet, a Madame Kardec.

Saiba mais sobre esta personagem, das mais relevantes para a História do Espiritismo, através da Enciclopédia Espírita Online: clique aqui para ver o verbete de Amélie Gabrielle Boudet.

E para outras efemérides de interesse da Historiografia do Espiritismo, consulte a página Calendário Histórico Espírita.


quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Irmãs Fox: novo verbete da Enciclopédia Espírita Online


Elas são as precursoras de uma nova Era na História da Humanidade; a partir delas a mediunidade e o conceito de espiritualidade modificou-se completamente, abrindo caminho para o advento do Espiritismo: estamos falando das Irmãs Fox, as protagonistas do famoso episódio de Hydesville, que deu origem às Mesas Girantes e ao movimento Espiritualismo Moderno.

Por causa dessa importância toda, não poderíamos demorar mais para inclui-las na nossa Enciclopédia Espírita Online, e então, finalmente, anunciamos o lançamento do seu verbete. Veja a sinopse:

Irmãs Fox é como normalmente são citadas as três mulheres: Margaret, ou Maggie (1833-1893); Catherine, ou Kate (1837-1892); e Ann Leah (1814-1890), filhas do casal Margaret e John Fox, que também teve outros filhos; elas são conhecidas pelo célebre episódio de poltergeist de Hydesville, EUA, no ano de 1848, e que é considerado o marco do Espiritualismo Moderno — movimento que precedeu e preparou o advento da Doutrina Espírita. A repercussão midiática deste caso tornou-as famosas, inclusive internacionalmente, e desde então as três irmãs passaram a se apresentar em eventos públicos como médiuns, no intuito de oferecer fenômenos espirituais, do que fomentou a moda das Mesas Girantes na América, Europa e outros grandes centros urbanos. A carreira das Irmãs Fox foi marcada por escândalos e, por isso, da mesma forma que contribuiu para o movimento espiritualista, corroborou para banalizá-lo; contudo, inegavelmente as três irmãs protagonizaram um papel histórico fundamental para o desenvolvimento do conhecimento humano acerca da natureza espiritual, favorecendo assim, mesmo que indiretamente, a Codificação Espírita, de modo que o nome delas estão entre os precursores do Espiritismo.

Irmãs Fox: Margaret, Catherine e Leah

Veja a sequência de tópicos presente no novo verbete:
  • A família Fox
  • O episódio de Hydesville
  • Repercussão do caso
  • A carreira mediúnica das irmãs Fox
  • Declínio da fama e arranjos pessoais
  • A escandalosa controvérsia de fraude
  • Legado das Irmãs Fox
  • Veja também
  • Referências
Podemos ver então que através da história dessas três importantes personagens nós estamos fazendo um mergulho no tempo, até as origens da Doutrina Espírita e o cenário contextual que favoreceram o despertar da Terceira Revelação, que é o Consolador Prometido por Jesus, efetivado na codificação kardequiana.

Desta forma, não deixe de conferir o verbete Irmãs Fox.

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