quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024
16 anos do Portal Luz Espírita
"Chico Xavier: Denúncia de adulterações em livros psicografados divide comunidade espírita", matéria é destaque nos canais de notícias da Globo
Os leitores do jornal O Globo e do canal de notícias G1 foram surpreendidos nesta quinta-feira com uma matéria em destaque envolvendo o nome de Chico Xavier, tratando do caso em que "Denúncia de adulterações em livros psicografados divide comunidade espírita".
Em resumo, um grupo de confrades espíritas estão se queixando das sequentes alterações que a equipe editorial da FEB, a Federação Espírita Brasileira, tem feito ao longo dos anos nas obras literárias psicografadas pelo querido médium mineiro; por conta disso, inclusive, esse grupo até acionou a justiça civil, pois esses confrades consideram que se trata, não apenas de alterações, mas sim adulterações, por serem prejudiciais ao contexto das obras.
A seu turno, a FEB reconheceu as alterações e as justifica com o argumento de que são simplesmente ajustes necessários de ortografia e adequação semântica, sem nenhum prejuízo para o entendimento da mensagem.
Como spoiler, o quadro abaixo mostra alguns exemplos das alterações verificadas nas obras mediúnicas reeditadas pela FEB:
Como de fato a questão foi parar na justiça comum, o andamento do processo até agora está numa fase de tentativa de conciliação entre as partes, no sentido de se verificar uma melhor solução "pacífica" para o imbróglio.
Nossa opinião
Pela verificação que fizemos das alterações, consideramos que o acusação de "adulterações" seja um tanto pesada demais, pois nisso, naturalmente haveríamos de considerar o dolo, a intenção deliberada de prejudicar alguém (o entendimento do texto, a imagem do médium ou do Espírito comunicante etc.) e custa-nos crer que alguém da FEB pretendesse tal façanha.
Em contrapartida, se não verificamos nenhum espírito de maldade nessas alterações, é flagrante em alguns casos a "infelicidade" — no mínimo — que os editores tiveram ao trocar determinados vocábulos e expressões; e isso para não dizermos "falta de senso literário", capacidade mesmo.
É bem verdade que certas alterações se impõem pela necessidade gramatical: os textos oriundos da mediunidade de Chico Xavier são do século XX e o Brasil foi signatário de uma revisão ortográfica na língua portuguesa acordada em 1990 e que passou a entrar em vigor em 2009 (Saiba mais aqui).
As mudanças foram profundas: exclusão do trema em palavras bastante usuais (exemplo: tranqüilo = tranquilo; conseqüência = consequência etc.), retirada de acentuação em palavras terminadas com "eia" (idéia = ideia, colméia = colmeia etc.) e "oico" (heróico = heroico, estóico = estoico etc.), junção de termos compostos antes hifenizados ou separados (super amigos = superamigos, macro-sistema = macrossistema etc.), dentre outras regras redefinidas. Logo, a revisão ortográfica é uma ação legítima, como todas as editoras o fazem, mesmo com os títulos clássicos da nossa biblioteca.
Mas o caso das "revisões semânticas" é mais delicado. Não ignoramos que em todos os vernáculos há determinados termos que realmente perderam o seu sentido original por completo. A palavra "socialismo" hoje em dia não é mais usada no seu sentido primeiro, como referência à vida social, o convívio mútuo; ela é empregada sempre dentro de um contexto que envolve a ideia revolucionária e o movimento político dela oriundo. Portanto, não cabe mais utilizá-la naquela conotação inocente, a não ser com uma explicação — por exemplo, através de uma nota de rodapé. Outros vocábulos inocentes, no seu sentido original, ganharam conotações bem diferentes (sobretudo nas conversações coloquiais), embora continuem sendo reconhecidas e empregadas também no primeiro sentido. É o caso do adjetivo "ordinário", cuja significação autêntica equivale a "comum", "conforme o costume" e "regular", mas que atualmente é usado noutro contexto, referindo-se a coisas de pouco valor, vulgares, obscenas etc. Ainda assim, todo bom leitor conhece e normalmente sabe diferenciar bem as duas versões, porque ambas significações são fartamente usadas. Neste casos, nem precisa de nota de rodapé; o próprio leitor fará a diferenciação pelo contexto.
Sendo assim, cabe à FEB uma melhor gestão destas alterações, e seria muito nobre de seus dirigentes atuais reconhecerem os possíveis erros pontuais nessas alterações, providenciando em seguida — imediatamente, melhor dizendo — as devidas correções.
Ocorre que, conforme apuramos, faltou diálogo franco e objetivo entre as partes envolvidas, aliás, parecendo-nos mais por culpa da FEB, já que há anos essa questão vem sendo debatida e a entidade até então não teve a habilidade para solucioná-la de modo a dizimar o desentendimento. O resultado foi o caso ser encaminhado para os tribunais e a questão virar mais um escândalo nacional — o que nada contribui para o Espiritismo; mas, ao contrário, só serve de munição para aqueles que desejam banalizar o nosso pobre movimento espírita.
A FEB foi muito beneficiada pela obra mediúnica de Chico Xavier, tanto em termos financeiros quanto em termos de status; em razão disso, pensamos que sobre ela pesa uma grande responsabilidade. E, infelizmente, a História registra que a entidade não tem feito, sempre, jus aos recursos de que dispõe. Mas, não é o caso de ela dever ser escrachada, como pretendem alguns. É o típico caso daquela velha expressão: "ruim com ela, pior sem ela".
Então, vibremos para que a coisa se resolva da melhor e mais rápida forma possível.
terça-feira, 27 de fevereiro de 2024
Lançamento da nossa Sala de Leitura: "Espíritos, a influência oculta" de José Nunes Pereira Sobrinho
A Sala de Leitura do Portal Luz Espírita acaba de ganhar mais um título: Espíritos, a influência oculta, da autoria de José Nunes Pereira Sobrinho, um dedicado estudioso do Espiritismo radicado em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul.
Nesta obra, nosso confrade discorre em detalhes sobre o que ele descreve como "um infindável emaranhado de influências e escolhas", que é a vida humana, de que temos ao mesmo tempo a bênção das boas e a provação e expiação das más sugestões, tanto as do próprio ambiente físico (pessoas, mídias, instituições etc.) quanto as do mundo espiritual — objeto especial do estudo proposto por este livro.
No ínterim da obra, José Nunes trata de distinguir as influências conforme a qualidade dos Espíritos, passando pelo intercurso dos diversos tipos de sonhos (sete, na contagem do autor), pela análise dos sentidos humanos, pela relação dessas influências com a mediunidade e o magnetismo, além de propor cinco razões para a bem, quatros tipos de fé e quatro pilares para o equilíbrio. Finalmente, ele aborda a virtude da paciência; tudo isso em prol do nosso desenvolvimento espiritual.
Numa época em que tanto se questiona a capacidade de as pessoas conseguirem se guiar em meio ao bombardeio de influenciações e a promoção de "influencers" da internet, nada mais justo do que nos dedicarmos a uma reflexão mais apurada sobre as potências ocultas que agem em nosso meio e em nossa vida particular.
Por isso, recomendamos, para a análise de todos, o livro Espíritos, a influência oculta, já disponível gratuitamente, em PDF e EPUB, através da nossa Sala de Leitura.
Boa reflexão a todos!
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024
Projeto Allan Kardec: Caderno de cartas 1859-1861 [22/10/1859]
Sociedade Parisiense de Estudos EspíritasCorrespondência.Cartas escritas.Prezado e honrado colega,A Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, na sessão do [...], admitiu-o, {segundo a sua demanda}, como um de seus membros {associados livres}, conforme a apresentação de [...].Nessa ocasião, fico feliz por ser o representante da Sociedade, que tem o prazer de encontrar no senhor um colega esclarecido e dedicado ao objeto de seus trabalhos.Sua carta de {admissão}, com a qual doravante o senhor poderá se apresentar nas sessões, encontra-se com o senhor Ledoyen, nosso tesoureiro, na Galerie d’Orléans, 31, Palácio Real, onde poderá retirá-la.Aceite, prezado e honrado colega, a expressão de meus sentimentos mais distintos.Está no anexo o regulamento da Sociedade. ([ileg.])
22 de outubro de 1859.Senhorita Huet,Tenho a honra de comunicar-lhe que a Sociedade Parisiense dos Estudos Espíritas, em virtude da colaboração que a senhorita gentilmente tem prestado a ela, e da que oferece para o futuro, como médium, conferiu-lhe o título de membro honorário, na sessão do dia 21 deste mês.Estou contente por ser, nessa ocasião, o representante da Sociedade, que tem o prazer em ter na senhorita uma colega dedicada ao objeto de seus trabalhos e espera que participe de suas sessões assim que lhe seja possível.Portanto, a partir de agora, basta se apresentar para ser admitida e colocar seu nome na lista de presença.Aceite etc.
23 de outubro.Senhor Pâquis.Senhor Pâquis, rua Neuve-des-Petits-Champs, 71.Os senhores Ledoyen e Sauton apresentaram-se como candidatos a membros titulares da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, na sessão do dia 21 deste mês. O relatório sobre a nomeação deles só poderá ser apresentado na sessão particular do dia 4 de novembro, mas até lá, e em conformidade com uma medida adotada pela Sociedade, é necessário que façam o pedido por escrito, indicando que tomaram ciência do regulamento da Sociedade e que se comprometem a cumpri-lo.Os candidatos também devem indicar brevemente os estudos que já fizeram sobre o Espiritismo, as obras que leram sobre o tema e sua completa adesão aos princípios da Sociedade, que são os do Livro dos Espíritos. A carta deve ser acompanhada das assinaturas de dois declarantes que atestem as disposições do candidato que estiver ingressando na Sociedade.Não tenho dúvida, <senhores>, de que a Sociedade ficará feliz e honrada por contar com os senhores entre seus membros e, com essa expectativa, peço-lhes a concordância etc. (Está no anexo o regulamento.)
24 de fevereiro de 1860.À senhora Forbes.Senhora,Desde sexta-feira passada, tive a oportunidade de ver vários membros da Sociedade e pude confirmar a impressão causada pelo ocorrido. Antes de apresentar-lhe algumas reflexões sobre esse assunto, quis deixar se acalmar a emoção que a senhora estava sentindo, esperando que o tempo lhe desse mais maturidade para avaliar toda a situação. Confio muito em seu julgamento, senhora, para não pensar que tenha compreendido tudo que havia de lamentável nas palavras do seu marido; ainda que ele estivesse cem vezes com razão, a maneira como ele se comportou só poderia produzir um resultado infeliz, despertando irritação. Ele chegou, como a senhora, a um estado de superexcitação incompatível com a calma que se deve ter em discussões desse tipo. Ora, supondo que ele tivesse razão, a cólera e a violência não eram meios apropriados para ser ouvido. Eis, enfim, a impressão geral que tive e que creio dever lhe transmitir. Consideramos extraordinário o fato de que membros recém-admitidos e, especialmente, iniciados há tão pouco tempo na ciência espírita pudessem se julgar autorizados a se impor, ditando leis à Sociedade que acabara de acolhê-los e que conta com membros necessariamente mais experientes ou mais bem intencionados. Essa maneira de agir contrasta muito com o caráter de urbanidade e de distinção que nos agrada reconhecer na senhora. Há muito tempo, eu poderia ter-lhe dado algumas opiniões ditadas pelo desejo de esclarecê-la sobre certos pontos, mas tenho por hábito dar conselhos apenas àqueles que me solicitam; e previa que, pelo modo como certas sugestões foram recebidas pela senhora, /4/ que elas não seriam facilmente aceitas. Tive que esperar circunstâncias mais favoráveis.De minha parte, senhora, agrada-me reconhecer toda a bondade de suas intenções; a senhora é, <sem dúvida, excelente espírita / espirita>, plena de fé, de zelo e de boa vontade. Mas, com mais experiência, a senhora teria sabido que os melhores sentimentos não são garantia contra certas obsessões que os próprios Bons Espíritos nos enviam como provas, e às quais nos entregamos por um entusiasmo exagerado, pois o entusiasmo é sempre uma causa de fraqueza, mesmo para aquele que se considera o mais forte.Acabei de receber, senhora, uma carta do meu correspondente de Lyon, que ainda não pôde se ocupar do seu caso <com todo> o cuidado desejável, devido a circunstâncias pessoais. Ele me disse que tratará disso imediatamente e que me informará sem demora do resultado das suas verificações. Terei a honra de informá-la assim que obtiver a resposta.Aceite.
28 de fevereiro de 1860.Senhor Auguste Paul,De acordo com o que o senhor disse ao senhor Ledoyen, vejo que houve um mal-entendido em sua nomeação, visto que o senhor se apresentou, ao que parece, apenas na qualidade de membro correspondente. Tive então que, segundo seu desejo, anular a sua nomeação como membro titular e retirar seu cartão, que estava com o senhor Ledoyen.Como o título de membro correspondente só pode ser concedido a pessoas que residem fora de Paris ou no exterior, ele só poderá ser-lhe conferido mais tarde, se o senhor estiver na Itália, como pretende, e após nova votação.Portanto, doravante, o senhor só poderá assistir às sessões como ouvinte e munido de uma carta de apresentação, caso ainda não tenha participado duas vezes nessa qualidade.Aceite.
15 de março de 1860.Senhor Pierre Dubois,Li com atenção as observações que o senhor me enviou sobre o regulamento e tomei nota delas. Apreciando seus motivos, adotei sua redação para o artigo na Revista Espírita, acrescentando apenas algumas palavras. Ficou então assim formulado: “O diretor da Revista Espírita está autorizado a publicar os trabalhos da Sociedade. Nenhum membro tem o direito de, individualmente, comunicar esses trabalhos em nenhuma outra publicação: somente a Sociedade tem esse direito; todavia, ela não pode autorizar a reprodução de artigos publicados na Revista Espírita sem o consentimento do diretor desta.”Sem fazer disso uma questão de amor-próprio ou de interesse pessoal, aceitarei esta redação se ela puder satisfazer o que o senhor chama, com razão, de suscetibilidades dos nossos colegas. Será do mesmo modo com relação aos pontos que me parecem justos e úteis e que não devem comprometer a Sociedade.A Sociedade, diz o senhor, é minha criança; de fato, tive participação em sua existência, mas frequentemente a criança se esquece do pai, e é um pouco o caso aqui, pois ela mal leva em consideração o que fiz por ela, em particular, e pela causa do Espiritismo em geral, à qual dediquei minha vida, <minhas vigílias>, e sacrifiquei meus interesses materiais. Quero, com efeito, que a Sociedade prospere, e por isso certas medidas me parecem indispensáveis; mas lhe digo, com toda sinceridade: se ela não adotar medidas eficazes para evitar o retorno dos inconvenientes que a experiência assinala, se eu vislumbrar nela elementos de perturbação, seria melhor eu me retirar completamente, e é o que farei, pois não quero perder meu tempo com discussões inúteis e constantemente reiniciadas.Por causa dos meus escritos, da minha imensa correspondência e o do número considerável de pessoas que vêm me ver, encontro-me, pela força das circunstâncias, num centro que só pode crescer; ora, na minha posição, o senhor compreende que seria lamentável, para a própria doutrina, se houvesse nesse centro um foco de discórdia e de antagonismo; é o que devo evitar.Aceite,Allan Kardec.
11 de abril de 1860.Ao senhor Prefeito de Polícia,Tenho a honra de submeter à sua aprovação uma cópia do regulamento modificado da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas.As modificações introduzidas têm o objetivo principal de evitar alguns inconvenientes que a experiência lhe indicou, adotando certas medidas restritivas nas admissões e lhe dando meios de ação mais eficazes no caso em que, apesar de seus cuidados, ela teria sido induzida a erro devido a pessoas que ela admite.Uma vez que essas medidas devem ter o efeito de manter a ordem, de forma ainda mais rigorosa, e impedir que a Sociedade se desvie de seu modesto objetivo, que é o estudo, ouso esperar que elas terão a sua aprovação.Também tenho a honra de informá-lo, senhor prefeito, que a partir de sexta-feira, 20 de abril, a Sociedade passará a reunir-se em meu endereço pessoal: rua Ste Anne, 59, Passage Ste Anne. Como o apartamento ainda não está disponível, haverá uma sessão particular na quarta-feira, 13 de abril, na rua de Provence, 34.Tenho a honra,Allan Kardec.Presidente nomeado por três anos.
17 de janeiro de 1861.À senhorita Huet.Senhorita,Há bastante tempo, fui informado de que fatos lamentáveis, que poderiam lançar dúvidas sobre a sua mediunidade, ocorreram em diversas circunstâncias. Enquanto acreditei que a coisa estivesse <restrita> a um pequeno círculo de pessoas, e pude duvidar dela, eu me <abstive>, em seu interesse, de falar sobre isso com quem quer que fosse, esperando que esses rumores pudessem se dissipar. Hoje, porém, esses fatos estão tão divulgados que assumem um deplorável caráter de consistência e produzem, em todos os que deles têm conhecimento, a mais penosa impressão. O comitê da Sociedade, à qual foram endereçadas observações sobre esse assunto, examinou a questão em sua última sessão, e é com pesar que lhe informo que, para evitar um <escândalo> que ameaçava acontecer a qualquer momento, de forma desagradável, ele considerou que a Sociedade deveria abster-se, pelo menos até segunda ordem, de aproveitar a sua colaboração. Essa <determinação>, resultante das circunstâncias, não afasta os agradecimentos que a Sociedade lhe deve pelos bons serviços, e cuja expressão ela pede que aceite.Se não lhe falei disso no dia em que veio me ver, é porque precisava ouvir a opinião de alguns membros.Aceite, senhorita, meus melhores cumprimentos.A.K.
4 de abril de 1861.Senhor <Solichan>,Comuniquei ao comitê a proposta que o senhor me fez na última vez que tive o prazer de vê-lo, e fico feliz em informá-lo de que o comitê, considerando o seu zelo à propagação da doutrina, e as numerosas expressões de simpatia que o senhor demonstrou à Sociedade, decidiu, por unanimidade, que o senhor será incluído na lista dos membros honorários, portanto com isenção das taxas, embora lamentando que as suas frequentes e longas ausências privem a Sociedade de sua presença. Como a senhorita Stéphanie permaneceu como único membro titular, isso responde ao desejo que o senhor me manifestou, e o comitê tem a oportunidade de reconhecer os serviços que o senhor presta à nossa causa com tanta dedicação.Aceite.
- "As Artes", manuscrito inédito de 20/11/1863 - 23/01/2024
- Anotações sobre o pseudônimo "Allan Kardec" - 20/11/2023
- Voltaire redimido diante da Sociedade Espírita de Paris - 11/10/2023
- Carta de Allan Kardec para sua esposa, Amélie, durante o retiro do Codificador Espírita na Normandia - 22/6/2023
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- Manuscrito "Evocação", datado de 1860 - 12/9/2020.
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024
Portal Luz Espírita
ATENÇÃO:
Depois de uns pequenos problemas técnicos, o nosso Portal Luz Espírita está novamente ativo, inclusive com o reestabelecimento do acesso à PEADE, a nossa plataforma de estudos online.
Acesse e confira o que há de melhor no Espiritismo:
www.luzespirita.org.br
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024
Problemas técnicos no servidor do Portal Luz Espírita
Problemas técnicos
Devido problemas técnicos, o servidor que hospeda o Portal Luz Espírita está fora do ar e serviços como a nossa plataforma de estudos - PEADE - estão temporariamente offline.
Mas, já solicitamos um help e esperamos em breve o retorno dos serviços.
🙏🏼
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024
Enciclopédia Espírita Online: lançamento do verbete "O Livro dos Médiuns"
A mais nova atualização da Enciclopédia Espírita Online traz a adição do verbete sobre "O Livro dos Médiuns", a segunda grande obra de Allan Kardec para a composição da Codificação do Espiritismo. Não despropositadamente, este lançamento vem logo na sequência da publicação da novíssima tradução da obra, realizada por Ery Lopes e distribuída gratuitamente pela nossa Sala de Leitura (Clique aqui para saber mais sobre esta nova tradução); assim, além de dispor de uma reedição moderna, você fica sabendo melhor sobre o contexto histórico e a estrutura didática do livro que é para os espíritas o "Guia dos Médiuns e dos Evocadores".
Confira a sinopse do novo verbete:
O Livro dos Médiuns, cujo subtítulo é “Guia dos médiuns e dos evocadores”, do original em francês: Le Livre des Médiums ou guide des médiums et des évocateurs, escrito por Allan Kardec e originalmente publicado em Paris, em 15 de janeiro de 1861, é a segunda obra básica da chamada codificação do Espiritismo, constituindo-se o manual prático da mediunidade conforme os ensinamentos da Doutrina Espírita, definido como a sequência de O Livro dos Espíritos. Seu conteúdo foi revisado e sancionado pelos Espíritos mentores da Revelação Espírita, que também contribuíram com a composição da obra em diversos diálogos e dissertações, como complemento do desenvolvimento dos conceitos acerca dos vários temas nele estudados. Além de visar o esclarecimento individual, no sentido de fornecer instruções sobre como desenvolver, aperfeiçoar e aplicar as próprias faculdades mediúnicas, este livro objetiva ainda estimular o exercício prático e disciplinado do Espiritismo mediante orientações sobre a formação de grupos espíritas, partindo do modelo das atividades da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, da qual o livro reproduz o estatuto. O sucesso da publicação levou seu autor a empreender nove reimpressões, multiplicando-se após a desencarnação de Kardec, inclusive nas versões traduzidas para vários idiomas, refletindo sua aceitação e importância para o movimento espírita.
Confira a lista de tópicos do novo verbete:
- Sobre o título e sua epígrafe
- Contexto histórico do lançamento
- Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas
- Lançamento e repercussão
- Reedições da obra
- Processo de elaboração
- Estrutura da obra
- Traduções
- Curiosidades
- Legado doutrinário
- Links
- Veja também
- Referências
Clique aqui e acesse agora mesmo o verbete "O Livro dos Médiuns".
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024
Lançamento da novíssima tradução de "O Livro dos Médiuns" de Allan Kardec
Temos a satisfação de anunciar o lançamento da mais nova tradução do clássico espírita O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, o segundo livro da chamada codificação do Espiritismo; nesta edição especial sob a tradução de Ery Lopes, com base na publicação original em francês, fotocopiada da 10ª edição, de 1867.
Esta obra, cujo subtítulo traz a inscrição "Guia dos Médiuns e Evocadores", é um manual, um espécie de curso teórico sobre mediunidade, que é um instrumento divino concedido ao homem a fim de que, entrando em contato com os Espíritos, haja um intercâmbio solidário à vista da evolução espiritual da Terra. A comunicabilidade espiritual é, aliás, uma necessidade para o nosso adiantamento, pois sem essa evidência crucial, toda a ideia de Deus e da imortalidade da alma não passaria de mera especulação; com o fenômeno mediúnico, tudo se justifica, tudo fica evidente, e então, cientes do mundo espiritual, os homens podem se encaminhar na sua trajetória evolutiva.
Confira o verbete Comunicabilidade Espiritual na Enciclopédia Espírita Online.
Mas então, é preciso saber se conduzir bem na prática mediúnica, seja para melhor se beneficiar dos recursos desse diálogo fraterno com os irmãos da espiritualidade, seja para evitarmos os contratempos e até perigos que podem surgir com o chamado "Espiritismo experimental" (a prática da mediunidade conforme as orientações da Doutrina Espírita). Para tanto, a leitura e o estudo aprofundado de O Livro dos Médiuns é imprescindível.
Le Livre des Médiums
Esta nova tradução, por Ery Lopes, faz parte da série que traz o selo Luz Espírita, empenhada com muita dedicação ao propósito de divulgar da melhor forma possível a obra extraordinária de Allan Kardec, e que já conta com a tradução de A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo (lançada em abril de 2022), O Livro dos Espíritos (lançada em fevereiro de 2023) e o Catálogo Racional das obras que podem servir para formar uma Biblioteca Espírita (lançada em junho de 2023). E é claro que novas traduções estão por vir.
Contribuíram com o tradutor outros dedicados confrades, igualmente comprometidos com a causa kardecista; dentre os quais, devemos citar Adair Ribeiro Júnior, que escreveu uma bela apresentação sobre o trabalho de Kardec na elaboração deste livro, e também citamos José Nunes Pereira Sobrinho, que cuidou da primeira revisão.
A propósito, conforme pede o tradutor, a revisão é contínua e está aberta para que todos possam ajudar com correções e melhorias.
A novíssima tradução já está disponível em nossa Sala de Leitura, nos formatos PDF e ePUB, para leitura ou download gratuitamente. Quanto a isso, inclusive, esta edição traz a seguinte anotação:
Não nos importamos com os direitos autorais.
Apenas pedimos que seja mantida a fidelidade do texto.
E, para completar, faz bem lembrarmos o anúncio que fizemos de um curso especial com um estudo sobre esta obra, e que já está em elaboração e em breve estará disponível na PEADE (Saiba mais aqui). Será, portanto, uma excelente oportunidade de conhecer melhor O Livro dos Médiuns e todos os recursos da mediunidade.
E não deixe de compartilhar este lançamento com seus familiares e amigos.
domingo, 4 de fevereiro de 2024
O sucesso do filme Nosso Lar 2 e o zelo excessivo de alguns colegas espíritas
"Não cremos ser desperdício destacarmos o gosto pelas artes e a fé de Kardec em que através das mais diversas expressões (romances, teatros, poesia, música...) o Espiritismo pudesse se disseminar mundo afora e penetrar mais fundo nos corações e almas dos homens. Nesse sentido, também faz bem ressaltarmos a importância dos romances, posto que não é raro nos depararmos com críticas de alguns confrades contra determinados livros desse gênero, cobrando-lhes com excessiva ferocidade uma pureza doutrinária que não vemos em Kardec. Pegue-se o exemplo de ficções tão variadas que ele faz questão de prestigiar por um detalhe por vezes bem ínfimo dentro da trama, um detalhe quase insignificante no contexto geral da obra e que só muito ligeiramente remeta o leitor a uma ideia espírita, mas apesar disso, e só por esse pequeno e ligeiro detalhe, ele coloca a obra como contributa da cultura espírita. E com razão, porque é com essas singelas contribuições, essas pequenas sementes, porém muito espalhadas, que vai se estabelecendo um padrão cultural de modo a formar o gênero artístico espírita, fazendo com que se torne comum, frequente e bem natural pensar em reencarnação, lei de causa e efeito na vida cotidiana, contato mediúnico etc. Além do que, os romances e os contos com temática espírita nos arrebatam ao caminho das emoções, levando-nos a ensaiar situações perfeitamente plausíveis e assim aprendermos a sentir a dor e os júbilos pessoais, mediante as consequências das más e boas ações a que estamos sujeitos praticar. Logo, abençoadas sejam as inspirações dos romancistas que plantam essas sementes de espiritualidade."
"Se o Espiritismo pudesse ser retardado em sua marcha, não seria pelos ataques abertos de seus inimigos declarados, mas pelo zelo irrefletido dos amigos imprudentes."Revista Espírita, junho de 1862.
"Eu vou trabalhar para isso, faz parte das minhas escolhas profissionais e espero que a gente possa continuar fazendo o Nosso Lar 3, 4 e 5. Assim como outros filmes que tenham esse tema presente e que o público gosta muito e já provou isso tantas vezes."