sábado, 14 de dezembro de 2019

10 coisas boas e ruins no filme "Kardec:" de Wagner de Assis que todo mundo precisa saber


2019 foi o ano de lançamento de Kardec - a história por trás do nome, dirigido por Wagner de Assis, e provavelmente o melhor evento espírita, em nível nacional, ainda que o filme não seja exatamente um evento espírita, mas sim uma peça cinematográfica como qualquer outro filme, feito para ser um produto de cinema e  devidamente comercializado — embora, por trás de tudo isso, haja um pretexto doutrinário intencional. É que, como o nosso movimento espírita anda tão desarticulado, não foi possível fazer coisa melhor do que fez Wagner de Assis.


Passa-se o ano e fica o filme, que, para muitos, foi uma oportunidade de conhecer um pouco da biografia do codificador do Espiritismo, através dos cômodos e agradáveis recursos das telonas. Então, por algum tempo, o filme servirá para muita gente como a principal referência biográfica de Kardec. Por isso, nos interessamos em listar as 10 coisas — boas e más — desse longa, para esclarecer os interessados em conhecer melhor Allan Kardec.


Diretor Wagner de Assis

Vamos lá:


1.CINEMA NÃO É ENCICLOPÉDIA

A primeira coisa que se deve saber sobre Kardec - a história por trás do nome é que ele não é um verbete de enciclopédia, não é exatamente um capítulo de livro didático de História; portanto, ele não tem compromisso direto com a exatidão dos fatos. A exemplo de toda cinebiografia, ele é "baseado" em fatos reais, e, como peça artística, está recheado de inserções fictícias, criações, invenções, coisas não reais, que não aconteceram de verdade, colocadas no filme para diversos fins, desde "enfeitar o filme" como também ilustrar e sintetizar ideias concretas do personagem. Conclusão: quem quiser conhecer a verdadeira história de Allan Kardec terá que consultar outras fontes, por exemplo, o livro Obras Póstumas, que contém anotações do diário do próprio pioneiro espírita. Aliás, baseado nesses relatos, o documentário Espiritismo - de Kardec aos dias de hoje, dirigido por Marcelo Taranto, segue uma linha mais literal e  digamos  mais fidedigna, historiograficamente falando.



Todavia, mesmo que não se possa "confiar" em tudo o que mostra o filme de Wagner de Assis, ele também se configura uma boa ilustração da riquíssima biografia do codificador espírita. Noutras palavras, vale a pena assisti-lo!


2. O FILME É LINDO

Em geral, cinebiografias não são bem vistas, costumam ser chatas ou polêmicas (principalmente quando o roteira exagera nas inserções e distorcem demais a história real  seja para enaltecer, seja para denegrir a imagem do personagem biografado). E, para a crítica em geral, menos atrativos ainda são os de temática religiosa.

Porém, Kardec - a história por trás do nome é bom em tudo. Não é nada apelativo (por exemplo, não faz de Kardec nenhuma santidade), nem monótono: os diálogos são rápidos e precisos para ilustrar os fatos; os cenários, o figurino, a iluminação, os efeitos visuais... tudo muito bonito e em conforme com aquele século XIX.




3. INTERPRETAÇÃO

Um dos pontos mais positivos do filme é a interpretação dos atores: desde Leonardo Medeiros, que faz o protagonista, até os papeis menores, todos os atores entregaram-se de corpo e alma nesse trabalho e o resultado é impressionante para os padrões nacionais. Para se ter uma ideia, até mesmo o "mudo" General, interpretado por Christian Baltauss, tem uma presença forte em todas as cenas em que aparece.




4. MADAME KARDEC FEMME FORTE

Outra coisa muito boa do filme — e que certamente surpreendeu muita gente — foi o caráter altivo da Senhora Kardec, Amélie-Gabrielle Boudet, cujos registros  de que temos conhecimento, realmente mostram que foi uma mulher bastante participativa no trabalho de Kardec na codificação do Espiritismo. Uma verdadeira femme forte, infelizmente não tão reconhecida pelos próprios espíritas. E, diga-se de passagem, a atriz Sandra Corveloni incorporou Amélie com excelência.




5. PROFESSOR RIVAIL

O roteiro fez muito bem em informar aos novatos que antes do Kardec havia um Professor Rivail. E mais, um educador não apenas amoroso e dedicado em ensinar, como também brincalhão, quebrando a ideia que muita gente tem de um homem excessivamente sério, carrancudo, tal como ele aparece em fotografias.

Ora, muita gente pensa que o "inventor do Espiritismo" nasceu pronto para esta missão e desde cedo começou sua campanha de divulgação espírita, ocupando-se exclusivamente disso; na verdade, quando Kardec surgiu, Rivail já era um homem de cinquenta anos, já um idoso para a época, com a vida mais ou menos estabelecida financeiramente e muito descrente de que fosse ser o fundador de uma doutrina tão revolucionária quando a do Espiritismo. O filme de Wagner de Assis acertou em cheio ao mostra esse fato histórico tão relevante para compreendermos a origem da Doutrina Espírita.




6. AS IRMÃS BAUDIN

Wagner de Assis colocou duas meninas para vivenciarem as irmãs Baudin: Letícia Braga e Júlia Svacinna deram vida a Julie e Caroline Baudin, respectivamente, seguindo a linha lendária dentro do movimento espírita de transmitir uma ideia de mais pureza na obra de Kardec por ele ter se servido da mediunidade de inocentes mocinhas para compor sua obra básica O Livro dos Espíritos.

Mas todos precisam saber que a história real não é bem assim. De fato as irmãs Baudin contribuíram substancialmente com Kardec, mas elas não eram novinhas, como ficou concretamente demonstrado pelo trabalho de pesquisa do nosso confrade Carlos Seth Bastos (em A verdadeira identidade das primeiras médiuns utilizadas por Kardec): quando elas começaram a emprestar sua mediunidade ao codificador, em 1855, elas tinham: 28 anos Caroline, e a 26 a mais nova, que, aliás, não se chamava Julie, mas sim Pélagie.



Wagner não inventou isso; ele provavelmente bebeu da fonte de Canuto Abreu, que, em sua obra literária O Livro dos Espíritos em sua tradição Histórica e Lendária, assim descreveu o quadro lendário das "meninas médiuns de Kardec". Só que faz bem desfazer essa lenda.

Involuntariamente o filme perpetuo esse equívoco histórico, mas é perdoável. Crianças médiuns e intermediárias de obras extraordinárias é uma coisa absolutamente real. Um exemplo clássico é Ermance Dufaux, que as 6 anos de idade psicografou a autobiografia de São Luiz, e aos 8 a da heroína francesa Joanna d'Arc. Interessante é que no filme de Wagner de Assis, Ermance foi interpretada brilhantemente por Louise D'Tuani, embora, ao nosso ver, crescidinha demais para a personagem.




7. KARDEC APAVORADO

Valendo-se da "licença artística" para rechear seu filme, Wagner pintou uns traços peculiares a Kardec, para torná-lo "mais humano", cremos, desmistificando a ideia de que tenha sido alguém a todo o tempo "perfeito" e "soberano" no que fazia. OK!

Entretanto, pensamos que tenha exagerado na dose em roteirizar um Kardec apavorado em alguns momentos. Não é medo, mas pavor mesmo o que o mestre lionês demonstra em certas cenas: pavor de perseguições dos adversários do Espiritismo, inclusive aparecem no longa dois homens desconhecidos algumas vezes seguindo Kardec pelas ruas de Paris, sendo que mais tarde se vê que eles não eram maus e até socorrem o codificador num lance embaraçoso, caído na borda do Rio Sena.

Essa inserção soa um pouco forçada, mas tudo bem.


8. A PRISÃO DE KARDEC

O ponto negativo do filme, a nosso ver, é mesmo o da prisão de Kardec. Consideramos que um fato de tal magnitude teria implicações graves e, por isso, tal inserção não nos pareceu uma boa ideia.



Em algum momento do roteiro, Kardec travam um diálogo com Amélie sobre a "beleza das coisas", quando a sua senhora vai exaltar a forma poética da descrição das estrelas enquanto ele enaltece a justeza das leis físicas; é um diálogo fictício, mas tem um propósito claro: informar que Madame Kardec era do reino das artes (ela era poetisa, musicista, formada em Belas Artes) e Kardec era essencialmente um cientista nato. Isso é importante para o enredo porque é convém distinguir o Espiritismo de Kardec do misticismo comum das religiões tradicionais.

Mas no caso da prisão de Kardec, não vemos um propósito justificável para essa criação. Na ficção do longa, ele é detido em razão de formar uma sociedade sem autorização expressa, o que absolutamente não ocorreu: homem da lei, Kardec formalizou a Sociedade Parisiense de Estudos Espiritas junto às autoridades (com a ajuda de Sr. Dufaux, aqui interpretado por Dalton Vigh, que tinha amizade com o "prefeito de polícia", encarregado desse tipo de legalização) e só depois de conseguida a devida autorização é que ele abriu as objetivamente sessões. Então, não vemos como boa ideia essa inserção. Desnecessária, no mínimo.


9. O EMBATE COM O PADRE BOUTIN

Genézio de Barros interpreta o padre Boutin, uma invenção de Wagner de Assis para simbolizar o confronto que a Doutrina Espírita teve frente a igreja católica. Aqui, particularmente, a inserção faz sentido. Todavia, o que não nos pareceu boa foi a ideia de Kardec, uma vez preso, precisar da ajuda do sacerdote para ser solto da cadeia — um ato de "misericórdia" que, sinceramente, não acreditamos plausível na vida real, no contexto daquela época. Cremos que o mais factível seria a igreja, se ainda tivesse o mesmo poder dos anos áureos da Inquisição, mandar queimar Allan Kardec vivo em praça pública, como o fez com os seus livros no chamado Auto de Fé de Barcelona, aliás, contido no filme.




10. CONCLUSÃO

A nossa avaliação final é a de que o filme é muito bom e, sem dúvidas, ajudou a divulgar a doutrina, no entanto, fica o alerta para todos que é necessário ir mais a fundo para se conhecer Allan Kardec e, portanto, não confiar inteiramente nos relatos contidos no filme.



Ficha completa do filme na Wikipédia.

Para finalizar, alertamos que o livro Kardec - a biografia, de autoria de Marcel Souto Maior, que serviu de base para o roteiro de Kardec - a história por trás do nome, também precisa de uma boa revisão. Escritos a partir das informações da época (lançado em 2013), esse livro foi um estupendo trabalho e também muito serviu para popularizar a vida e obra do codificador do Espiritismo para o público fora do meio espírita, só que hoje nós temos acesso a muitas novas fontes históricas — seguras e determinantes — para montarmos uma imagem mais real de Allan Kardec. E vem mais por aí, como se espera do Projeto Cartas de Kardec.



O que esperamos então é que novas mídias venham oferecer a todos os interessados melhores meios para conhecermos Kardec e a origem do Espiritismo, porquanto há muito o que ser mostrado; tanto a biografia do codificador quanto a Doutrina Espírita têm muita coisa boa para ser explorada. E merecem nossa audiência. Nessa sucessão de lançamentos, os trabalhos como o livro de Marcel Souto Maior e o filme de Wagner de Assis não serão desvalorizados: seus esforços já fizeram o seu tempo e marcaram seus nomes na História do movimento espírita pela contribuição que deram para a propagação da doutrina.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Cristãos e entidades diversas contra filme que brinca com um "Jesus gay" e "Deus mentiroso"


A polêmica deste Natal, em curso no Brasil, é a produção audiovisual Especial de Natal: A primeira tentação de Cristo produzido pela companhia Porta dos Fundos e disponibilizada pelo canal de streaming Netflix. Por causa desse filme, tanto a provedora como a produtora estão sendo alvos de uma campanha movida por diversas frentes cristãs (veja aqui) e até da parte de entidade islâmica (veja aqui), em prol de ações como boicote e até ação judicial para censura deste "especial de Natal" que retrata um "Jesus gay".

Sobre a peça em si nem preciso conhecer mais do que mostra o seu trailer para estarmos certos de que se trata de uma coisa nojenta e sem graça nenhum, senão para os libertinos e "ateístas praticantes", que não se fartam de zombar da crença alheia, contra aqueles que não compartilham da crença de que a matéria é a causa de tudo (materialismo puro).

A todos está assegurado o direito de não crer, de achar que religião e qualquer temática espiritualista seja uma bobagem; mas daí a "brincar" com a religiosidade alheia é outra coisa, isso extrapola a fronteira do direito pessoal porque passa a ser uma ofensa ao outro, que tem as mesmas prerrogativas. E, sem dúvida, a pretexto de uma "arte", da "comédia", ninguém tem o direito de brincar com a fé de outrem.

Quanto às campanhas levantadas, entretanto, fazemos uma ressalva, mirando na eficiência desse tipo de ação. Ora, a solução mais prática pensamos ser ignorarmos o filme: se nenhum cristão, simpatizante ou pessoa sensata deixar de assisti-lo — dado o percentual majoritário de nossa gente é de cristãos — então a audiência será pífia e menos rentável será tal produção. Ocorre que campanhas como essas só fazem gerar ainda mais publicidade ao filme que, se — insistimos — fosse ignorado pelos cristãos, passaria quase que desapercebido. Já com a polêmica instalada, a produção ganha mais notoriedade e, consequentemente, mais audiência.

E o pior de tudo é que, no afã de "defender a honra do Cristo", certos cristãos disseminam ódio e animosidade contra os produtores e apoiadores de obras desse gênero. Daí, o mal exemplo desses cristãos tornam-se "armas" argumentativas exatamente contra o Cristianismo.

Ora, se o filme tem potencial para ser ofensivo à pessoa do Cristo e a Deus — como de fato tem — mas o próprio Cristo e o próprio Deus assim permite que ele seja lançado, não deve ser os cristãos os agentes diretos da necessária justiça: a Providência Divina sabe muito bem cuidar dessa irreverência sem carecer que nós peguemos nas pedras para atirar contra essas pessoas que, seja por dinheiro, por fama ou por ideologia, estão na condição de praticar esses "pecados". Não têm eles o direito de se lambuzarem no lamaçal das perversões? Por que não aproveitarmos a oportunidade para aprendermos com o próprio Cristo a lição e prova do escárnio popular? Não passou Jesus pessoalmente pela trilha da humilhação? E o que fez ele? — "Perdoai-lhes, ó Pai, eles não sabem o que fazem!"

Resignação, cristãos! Esta é a hora deles, festa maligna, mas que tem prazo de validade. Esses "gênios" estão gastando o que eles precisam gastar de suas perversidades íntimas para exatamente esgotar o mal que acumulam em si, que parece ser preciso para que, enfim, um dia, no hora da verdade, possam submeter suas consciências ao crivo da razão para medirem e pesarem seus próprios atos e se convencerem de que todo o sucesso que alcançaram com suas obras perversas não passam de ilusão e, finalmente, encontrem algo mais sublime para produzir. Não nos esqueçamos de que todos estes infames são nossos irmãos, irmãos de Jesus também.

Ainda mais que  perdoem nossa insistência  a estratégia de lutar contra mostra-se ineficaz. Kardec sempre recomendou ignorarmos o que for negativo, cuja força se enfraquece por si mesma com o passar do tempo, desde que não sejam combatidas; enquanto que, pelo exemplo mesmo das campanhas contra o Espiritismo, o combate torna-se material de propagando muito eficiente. A propósito, o roteirista do filme em questão esnobou as críticas postando numa rede social: "A divulgação tá pesadíssima, né, menina?" (veja aqui).

A solução passa inexoravelmente pela educação moral, pelo estímulo às belas artes. Se as pessoas ditas cristãs estivessem de fato mergulhadas numa atmosfera de coisas positivas, tudo isso passaria desapercebido ou sem causar maior dano. Se nos educássemos a preencher nosso cotidiano de mídias belas, instrutivas e puras, e se abraçássemos essas bonanças com fervor, certamente estaríamos semeando o antídoto natural para as baixarias como essas peças criadas por canais como Porta dos Fundos.

Ora, por que devo me importar com as "porcarias" que passam nas televisões, as "porcarias" de músicas que tocam nas rádios? Basta que eu próprio me sintonize com as infinitas mídias benéficas disponíveis hoje por todos os canais. Simplesmente eu decido assistir a tal canal ou ouvir tal rádio, ou até mesmo me desligar de tudo isso e criar minha própria estação. Há tantos bons filmes, há tantos bons documentários, há tantos bons livros, há tantas boas músicas... Está tudo ao nosso alcance.

Não joguemos pérolas aos porcos: não nos importemos com os que estão de olhos e ouvidos tapados; eduquemo-nos e eduquemos nossos filhos para coisas superiores e a audiência do mal retrocederá.

Recordemos que estamos num processo de fechamento de Era e é preciso certa liberdade, ainda que para a libertinagem, a fim de que todos sejamos provados. Faz parte do plano! Tem que ser assim, para que se revele realmente quem somos, na prosperidade e calmaria ou na tormenta.

Por outro lado, louvamos a boa intenção de todos os que sinceramente estão se lançando em campanhas em prol de providências contra essa peça nojenta, e também vibramos para que essas ações alcancem bom êxito.

E para aqueles que acreditam válida a iniciativa, aqui está o link com o abaixo assinado virtual "Pelo impedimento do filme de Natal da Netflix e porta dos fundos, por ofender gravemente os cristãos".


Para conhecimento de todos: a deputada federal Chris Tonietto (PSL-RJ) apresentou o pedido de requerimento n° 3196/2019 para que a Câmara emita nota de repúdio contra a Netflix pela razão aqui exposta, pois, segundo ela, a produção contém "ostensivo vilipêndio e escárnio da fé cristã". (Veja aqui).

Recomendamos também a leitura do artigo "Netflix e o grupelho Porta dos fundos achincalham o Cristo e os cristãos" de nosso caro confrade Jorge Hesen (veja aqui), que defende o boicote à plataforma de streaming.

Sala de Leitura: inclusão de "O Espiritismo em sua Expressão Mais Simples" de Allan Kardec


Mais uma obra kardequiana chega para rechear o acervo da nossa Sala de Leitura: O Espiritismo em sua Expressão Mais Simples, originalmente publicado em 1862, revisada pelo autor na 2ª edição (3 meses após a edição original); tradução de Louis Neilmoris a partir da 7ª edição (1865).

Confira a sinopse:

O ESPIRITISMO EM SUA EXPRESSÃO MAIS SIMPLES
Allan Kardec
Pequena brochura com o resumo histórico e doutrinário da Filosofia Espírita, escrito pelo codificador do Espiritismo para divulgação da doutrina e explicação sintética do ensinamento dos Espíritos mentores do programa de regeneração da humanidade.

Clique aqui e baixe agora mesmo e gratuitamente esta edição de O Espiritismo em sua Expressão Mais Simples de Allan Kardec e outras obras de interesse ao estudo espírita.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Enciclopédia Espírita Online: lançamento do verbete "Daniel Dunglas Home"


Nossa Enciclopédia Espírita Online recebe a inclusão do verbete referente àquele que foi o maior médium de seu tempo, conhecido como "o homem que flutuava", por quem Allan Kardec conservou grande respeito: estamos falando do célebre médium escocês Daniel Dunglas Home.

Veja a sinopse do verbete:
Daniel Dunglas Home (Currie, Escócia, 20 de março de 1833 – Paris, França, 21 de junho de 1886) foi um médium e divulgador do movimento Espiritualismo Moderno; foi o mais renomado médium de seu tempo, célebre pela produção de extraordinárias manifestações, dentre as quais levitação de seu próprio corpo, telecinese, psicofonia, etc. Home percorreu os Estados Unidos da América e a Europa fazendo demonstrações públicas de suas capacidades mediúnicas e propagando a imortalidade da alma, que ele abraçou como a causa maior da sua vida, um desígnio espiritual, pelo que não admitia cobrar pelas sessões a que participava, embora tivesse aceitado doações, presentes e praticamente vivido toda a vida como hóspede de amigos, simpatizantes da sua causa espiritualista e curiosos experimentadores da fenomenologia espiritual que o convidavam a troco de assistir aos seus fenômenos.

Conheça a história de um dos mais importantes personagens do Espiritualismo Moderno, o movimento que planeou a chegada da Doutrina Espírita.

Leia o verbete completo na Enciclopédia Espírita Online.

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Campanha "Natal com Jesus"



O Portal Luz Espírita está levantando a campanha para a promoção do verdadeiro significado das festividades natalinas, que é exatamente a comemoração do nascimento de Jesus de Nazaré, o Cristo, Messias enviado por Deus para renovar a Humanidade.

Não é, portanto, nenhuma inovação, mas um resgate, uma vez que o sentido desta data tão sublime tem sido deturpada, redirecionando seu significado para propósitos materialistas, ornados com símbolos e slogans totalmente desconexos com esse maravilhoso momento de excelsitude espiritualista.

Clique aqui e saiba mais sobre a campanha e como participar!

domingo, 1 de dezembro de 2019

'Disputa' por Chico Xavier gera impasse no Congresso e saída inspirada em médium

O site do jornal Folha de São Paulo publica neste 1 de dezembro reportagem que diz respeito ao Movimento Espírita: 'Disputa' por Chico Xavier gera impasse no Congresso e saída inspirada em médium, cujo teor é o "desentendimento" entre dois congressistas acerca de uma pretendida homenagem o saudoso médium espírita Francisco Cândido Xavier através de projeto de lei para definir a "capital nacional da mediunidade".

Chico Xavier (Juan Esteves/Folhapress)
No centro da "discussão", o declarado espírita Eduardo Girão, senador pelo Ceará, e o dito simpatizante espírita Franco Cartafina, deputado federal pelo Estado de Minas Gerais. Quase que ao mesmo tempo, cada qual propôs um projeto-lei para criar um título de "capital nacional da mediunidade", tendo como referência a pessoa de Chico Xavier. Coincidência?

O problema é que os dois divergiram sobre o local a ser contemplado pelo tal titulo: Girão indicou Pedro Leopoldo, a cidade natal de Chico, enquanto Cartafina propôs Uberaba, onde o médium fixou residência e produziu a maior parte da sua magnífica obra mediúnica.

Após conversas, o "acordo" sobre as homenagens parece selado: Cartafina diz aceitar aderir ao projeto de Girão, contemplando Pedro Leopoldo, mas, em compensação, planeja um novo título honroso, para não deixar os uberabenses na mão: a ideia é consagrar Uberaba a "cidade nacional da psicografia".


Bijuterias

Longe de nós desdenharmos a "boa intenção" dos nobres congressistas em render homenagens ao maior médium de que temos conhecimento e, paralelamente, a Doutrina Espírita; porém, não nos animamos muito com essas condecorações, no sentido de que, por decreto, o processo de espiritualização das referidas localidades seja acelerada. Enfim, tudo pode não passar de bijuteria.

Por outro lado, não há mais sério de que nos queixarmos desse intento: é um ato lícito, não indecoroso, nada prejudicial, etc. Portanto, se não tem grande utilidade, está isento de maior preocupação: se não agrada, pelo menos não nos deve preocupar.

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Sobre Gugu Liberato, doação de órgãos, transplantes e Espiritismo


Um dos assuntos mais comentados em todo o Brasil nesta semana foi o falecimento de Gustavo Liberato, famoso apresentador de televisão também conhecido como Gugu. Saiba mais clicando aqui. E, por se tratar de uma celebridade nacional, como é costumeiro, todos os entornos desse caso têm sido explorados pela mídia, interessando-nos exatamente um deles: o fato dele ser voluntariamente um doador de órgãos.

O gesto de Gugu foi aclamado pelo público em geral. Na nota oficial da família, inclusive, fez-se menção a isto:
“Gugu sempre refletiu sobre os verdadeiros valores da vida e o quão frágil ela se revela. Sua partida nos deixa sem chão, mas reforça nossa certeza de que ele viveu plenamente”.
Gugu Liberato (Foto: Fábio Guinalz/Fotoarena/Estadão Conteúdo)

Em se tratando de alguém com boas condições de vida, que cuidava bem de seu organismo, apesar de sexagenário, Gugu Liberato acabou deixando um verdadeiro tesouro orgânico do qual estima-se que possa beneficiar cinquenta pessoas (veja aqui).

Diante desse generosidade, o tema doação de órgãos ganhou destaque e tem inspirado pessoas a fazer questionamentos sobre as recomendações acerca do tema em face dos ensinamentos da Doutrina Espírita: numa primeiro impressão, tudo leva a crer que seja sempre uma ato absolutamente salutar tanto para quem, recebe quanto para quem doa. Mas será que esse recurso é válido para todos os casos e para todas as pessoas? Será que não pode haver consequências para os perispíritos (corpos espirituais) dos envolvidos? Que interpretação podemos ter disso à luz do Espiritismo?

E se coloque aí também o caso dos transplantes de órgãos entre corpos ainda viventes e toda a problemática da rejeição orgânica, ainda muito acentuada nos dias correntes.


Bem, obviamente que em matéria de Espiritismo a primeira e melhor fonte de consulta continua sendo Allan Kardec, o codificador da doutrina. No entanto, procedimentos como implantes de órgãos são benesses alcançadas pela ciência ultramoderna, portanto, muito à frente dos parcos recursos da medicina daquele século XIX; logo, não poderíamos cobrar que os mentores da codificação espirita fosse trata diretamente de tal complexidade àquela época. Assim sendo, vamos nos socorrer aos subsídios de confrades de nosso tempo para enriquecermos nossa reflexão.

A propósito disso, reunimos aqui alguns materiais que podem ser bastante úteis para uma reflexão profunda e desapaixonada. Começamos pelo programa especial da TV Mundo Maior: Doação de órgãos e as consequências no Perispírito:

Parte 1


Parte 2


Parte 3

Em seguida, aqui postamos a fala do médium e orador espírita Divaldo Pereira Franco, atendendo às requisições da Federação Espírita Portuguesa:



Outra boa fonte de ideias que oferecemos aos confrades e demais interessados é o programa especial "Doação e transplante de órgãos" gravado pelo pesquisador espírita Jorge Hessen, como segue:



E você? O que acha de tudo isso?

Deixe seu comentário e compartilhe com os amigos essa matéria!

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Multimídia: "Ninguém Morre em Lilly Dale" - filme-documentário HBO


Resgatamos e compartilhamos com todos um excelente filme-documentário produzido pela consagrada emissora de televisão americana HBO: Ninguém Morre em Lilly Dale (2010, EUA).

Veja a sinopse:
Um retrato imparcial da famosa comunidade de espiritualistas Lilly Dale, interior do Estado de Nova Iorque (EUA), conhecida como a "cidade dos médiuns", produzido pelo conceitado canal de televisão americano HBO.Como é a rotina dos médiuns, as expectativas dos visitantes, curiosos e consulentes que vão procurar por respostas espirituais para suas angústias pessoais, exemplos de e exemplos de consultas acompanhadas integralmente pela equipe produtora do documentário. Uma extraordinária experiência acerca das potencialidades da mediunidade.
Confira agora mesmo essa preciosidade que resgatamos e dispomos na nossa coleção Multimídias:


Clique aqui e confira outras produções multimídias de interesse ao estudo e pesquisa de temas relacionados ao Espiritismo.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Novo curso da PEADE: "Curso Doutrina Secreta - CDS"


A equipe da PEADE, a Plataforma de Estudos Avançados da Doutrina Espírita, está preparando o lançamento de seu mais novo título: o Curso Doutrina Secreta - CDS, sob o coordenadoria de Carlos Luiz do Grupo Marcos.

CDS é uma sequência do estudo inciado com o curso Iniciação à Psicologia Crística - IPC, lançado em agosto deste 2019 e já inteiramente disponível na plataforma. Se você ainda não conhece a PEADEclique aqui para se informar sobre como funciona e como participar. É tudo absolutamente gratuito, bastando ao interessado sua dedicação e acesso à internet.

Neste novo curso, CDS, os inscritos percorrerão pelos mistérios das antigas ciências ocultas, outrora reservadas aos iniciados, hoje resgatadas pela Espiritismo para então torná-las acessíveis a todos quantos queiram experienciá-los, e, neste caso, sob a segurança das salutares instruções da Doutrina Espírita.

Se você está interessado neste e nos demais cursos da PEADEclique aqui e comece agora mesmo a desbravar os mistérios da espiritualidade, sob as luzes da Revelação dos Espíritos amigos da codificação espírita.

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Foto original de Allan Kardec

Em mais um belo trabalho de pesquisa, a página Imagens e Registros Históricos do Espiritismo traz uma foto original de Allan Kardec, produzida pelo estúdio de Charles Mammès Leymarie, então localizado na Rua Richelieu Nª 14, em Lyon, França.

No verso, a assinatura do codificador espírita e a dedicatória endereçada a Enrique Pastor Bedoya, presidente da Sociedade Espírita de Madrid, como "homenagem de fraternal simpatia".

Transcrição do manuscrito de Kardec, em francês:
"A M. E. Pastor / president de la societé Spiritiste de Madrid hommage de fraternelle sympatie / Allan Kardec".

Mais o carimbo impresso do estúdio fotofráfico:
"Photographie des amis des arts / Ch. Leymarie / Elève de l'Ecole des Beaux-Arts de Lyon / 14. Rue Richelieu. 14 / (pres du Théatre Français) / Paris" (imprès).

E aqui está a reprodução das imagens (frente e verso):



sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Novo verbete da Enciclopédia Espírita Online: "Metempsicose"


Mais um verbete em lançamento na nossa Enciclopédia Espírita Online: "Metempsicose", das antigas crenças sobre a transmigração da alma à comparação com a ideia espírita de reencarnação.

Confira a sinopse:
Metempsicose é uma ideia genérica fundada na crença da transmigração da alma, após a morte física, de um corpo para outro por indefinidas existências corpóreas; é semelhante à ideia espírita de reencarnação, com a diferença elementar de que a cultura da metempsicose admite, de acordo com certas vertentes, o retorno da alma a uma nova existência física em corpos animais e vegetais, cuja regressão equivale a uma expiação, enquanto que a Lei de Reencarnação nos moldes da Revelação Espírita se funda essencialmente na concepção de um processo evolutivo, sem retrocesso, implicando assim na impossibilidade da alma humana (Espírito) encarnar em um corpo inferior ao da espécie humana. A crença da metempsicose se perde na contagem dos tempos e era amplamente difundida na Pré-história e na Antiguidade, muito presente especialmente na Índia, China, entre os antigos povos egípcios, gregos, romanos, etc. Essa ideia chegou ao Ocidente influenciada principalmente pelo orfismo e pelo pitagorismo, sendo adotada por correntes filosóficas como o empedoclismo, platonismo e neoplatonismo; ela também está incorpora em vários segmentos de doutrinas orientais como o Budismo e o Hinduísmo.
Acesse agora mesmo o verbete "Metempsicose" na Enciclopédia Espírita Online.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Live com a equipe PEADE: análise do curso IPC



Para quem não pôde participar ao vivo da Live com a equipe da PEADE realizada na última terça-feira, o vídeo da transmissão está disponível no canal Luz Espírita do YouTube e incorporado à janela que segue abaixo.

A transmissão teve como propósito principal conversar um pouco sobre o curso IPC - Iniciação à Psicologia Crística, disponível nessa plataforma.


Clique aqui e saiba mais sobre a PEADE.

Se você já ingressou no curso IPC e tem uma dúvida ou quer contar suas experiências acerca dos assuntos abordados nele, aproveite esse encontro com os organizadores desse estudo. Mas se você ainda não está inscrito no curso, não perca tempo e ingresse em mais essa oportunidade de conhecer melhor os aspectos psicológicos da missão do Cristo sob uma abordagem espírita.

Confira a live transmitida:


sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Lançamento na Sala de Leitura: "Revista Espírita" de Allan Kardec - coleção 1868


Estamos trazendo mais uma novidade na nossa Sala de Leitura: é o volume da coleção anual de 1868 da Revista Espírita de Allan Kardec:

REVISTA ESPÍRITA - Coleção 1868

Coleção do décimo primeiro ano da Revue Spirite - Jornal de estudos psicológicos lançado por Allan Kardec e a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, veículo extremamente importante para a divulgação e desenvolvimento do Espiritismo em sua época e para a atualidade, relevante fonte de pesquisa técnica e histórica acerca da Doutrina Espírita.

É o penúltimo ano do período sob a direção do codificador espírita, trazendo nesse volume uma relação de artigos da maior importância para a compreensão da Doutrina Espírita e do desenvolvimento do movimento espírita.

Clique aqui e baixe agora mesmo a Revista Espírita coleção 1868.

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Live da PEADE sobre o curso IPC - 5/nov às 20h


Nesta terça-feira, 5 de novembro, às 20h, a equipe da PEADE estará promovendo uma live através do YouTube para conversar um pouco sobre o curso IPC - Iniciação à Psicologia Crística, disponível nessa plataforma.

Não está familiarizado com a PEADE? Pois saiba que se trata da Plataforma de Estudos Avançados da Doutrina Espírita, um ambiente moderno e prático para estudo, pesquisa e interação fraterna em torno de assuntos de interesse do Espiritismo. O curso IPC, por exemplo, é um dos cursos oferecidos por essa plataforma, que é mantida pela parceria entre Luz Espírita e o Grupo Marcos. Não custa nada frisar também que todo o serviço é absolutamente gratuito.

Clique aqui e saiba mais sobre a PEADE.

Se você já ingressou no curso IPC e tem uma dúvida ou quer contar suas experiências acerca dos assuntos abordados nele, aproveite esse encontro com os organizadores desse estudo. Mas se você ainda não está inscrito no curso, não perca tempo e ingresse em mais essa oportunidade de conhecer melhor os aspectos psicológicos da missão do Cristo sob uma abordagem espírita.

Para assistir à live basta acessar o seguinte link:

Mas, para garantir que não vai perder a hora, recomendamos inscrever-se no canal Luz Espírita no YouTube e acionar o sininho de notificação para ser avisado assim que a transmissão se iniciar.

terça-feira, 29 de outubro de 2019

Atividade consciente fora do corpo: estudo da Escola de Medicina de Nova York


Matéria publicada no website da revista Época Negócios (acesse aqui) trata de uma proposição científica, oferecida pela Escola de Medicina Langone de Nova York, sobre a atividade da consciência após a morte. Sob o título "Quando você morre, sua mente continua funcionando, e você sabe que morreu", a reportagem relata que tal estudo afirma que "a pessoa continua consciente mesmo depois que o corpo não mostra mais nenhum sinal de vida". A reportagem nacional baseia-se num artigo do The Independent, intitulado "When you die you know you are dead: Major study shows mind still works after the body shows no signs of life" (acesse aqui).

Cena do filme Além da Morte.

Vejamos como esse estudo chegou a essa conclusão:

Você está deitado em uma cama de hospital e ouve o médico anunciar: “Horário da morte: 15h.” Segundo cientistas do departamento de Cuidados Intensivos e Ressuscitação da Langone School of Medicine, a cena é totalmente possível.

Um estudo conduzido por Sam Parnia, diretor do departamento, afirma que as pessoas sabem que estão mortas porque a sua consciência continua a funcionar mesmo depois que o corpo não mostra sinais de vida.

Parnia e seu time analisaram o comportamento de pacientes que sofreram ataque do coração, morreram tecnicamente, mas mais tarde foram reanimados. Esse é o estudo mais completo já feito sobre o assunto, que já rendeu até filme em Hollywood (Linha Mortal, de 1990, e a refilmagem Além da Morte, de 2017).

Alguns dos pacientes estudados afirmaram que, mesmo depois de ouvir o anúncio de sua morte, continuaram a escutar conversas e ver coisas que estavam acontecendo a sua volta. Mais tarde, os depoimentos foram comparados com a versão dos médicos e enfermeiras presentes, e todos os dados batiam.

A morte é definida como o ponto em que o coração não bate mais, e o fluxo de sangue para o coração é interrompido. “Tecnicamente, é como você obtém o horário da morte. Tudo é baseado no momento em que o coração para”, disse Parnia ao The Independent. “Assim que isso acontece, o sangue não circula mais no cérebro, o que significa que as funções cerebrais são interrompidas quase instantaneamente, e você perde todos os seus reflexos.”

Mas há evidências de que, quando a pessoa morre, acontece uma descarga de energia no cérebro. Em 2013, pesquisadores da Universidade de Michigan observaram atividades elétricas nos cérebros de ratos que haviam sofrido um ataque do coração induzido, mesmo depois de sua morte clínica.

“Da mesma maneira que um grupo de pesquisadores pode estudar a natureza do amor, estamos tentando entender as características exatas do que as pessoas experimentam quando experimentam a morte. Entendemos que esse estudo vai refletir a experiência universal que todos nós vamos ter quando morrermos.”

Cena do filme Além da Morte.


ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

A primeira coisa que se deve levar em conta aqui é que não houve morte de fato, dado que os pacientes "ressuscitaram". Logo, o critério técnico para descrever a hora da morte não está preciso com a realidade: a morte real é irreversível, que é quando as forças vitais do Espírito (comumente descrita como "consciência") não têm mais condições de operar a máquina carnal para reanimá-la. Em O Livro dos Espíritos o falecimento é interpretado como o Esgotamento dos órgãos" (questão 68). Se o paciente dado como morto recobrou a consciência, é que o seu organismo humano não havia se esgotado completamente e o Espírito pôde então reativar as funções de encarnado.

A segunda observação é a de que esse estudo, somando-se a tantos outros, corrobora a ideia concreta de que a consciência pode operar fora do corpo material e é, portanto, independente dele, derrubando categoricamente a tese do materialismo (de que a vida, a inteligência, as emoções, lembranças e tudo o mais que diz respeito à mente seja produto físico-químico do cérebro); é, desta forma, mais um atestado acadêmico da espiritualidade, da sobrevivência da alma, ou Espírito, além da matéria. Se, pela metodologia empregada na referida pesquisa, a mente dos pacientes ouviram sem os ouvidos físicos, viram e descreveram cenas sem o auxílio dos olhos carnais, já que o corpo não apresentava qualquer atividade enquanto no estado aparente de morte, é que a sua alma utilizou-se de outros recursos para captar os diálogos e imagens (e que nós espíritas sabemos muito bem que é por intermédio do perispírito).

Ou seja, conforme o apurado do estudo da Langone School of Medicine, a vida espiritual é um fato.

Dr. Sam Parnia PhD

Vale a pena dizer que apuramos sobre o Dr. Sam Parnia, diretor do departamento médico responsável pela pesquisa: ele é PhD em medicina pulmonar e saúde crítica, professor de medicina da NYU Langone Health. Estamos falando então de um profissional altamente reconhecido reconhecendo as potencialidades da alma. Daí é de se questionar como, em geral, as academias ignoram a espiritualidade e assumem uma postura por vezes materialista.

Mas isso, claro, é por enquanto.