sábado, 14 de dezembro de 2019

10 coisas boas e ruins no filme "Kardec:" de Wagner de Assis que todo mundo precisa saber


2019 foi o ano de lançamento de Kardec - a história por trás do nome, dirigido por Wagner de Assis, e provavelmente o melhor evento espírita, em nível nacional, ainda que o filme não seja exatamente um evento espírita, mas sim uma peça cinematográfica como qualquer outro filme, feito para ser um produto de cinema e  devidamente comercializado — embora, por trás de tudo isso, haja um pretexto doutrinário intencional. É que, como o nosso movimento espírita anda tão desarticulado, não foi possível fazer coisa melhor do que fez Wagner de Assis.


Passa-se o ano e fica o filme, que, para muitos, foi uma oportunidade de conhecer um pouco da biografia do codificador do Espiritismo, através dos cômodos e agradáveis recursos das telonas. Então, por algum tempo, o filme servirá para muita gente como a principal referência biográfica de Kardec. Por isso, nos interessamos em listar as 10 coisas — boas e más — desse longa, para esclarecer os interessados em conhecer melhor Allan Kardec.


Diretor Wagner de Assis

Vamos lá:


1.CINEMA NÃO É ENCICLOPÉDIA

A primeira coisa que se deve saber sobre Kardec - a história por trás do nome é que ele não é um verbete de enciclopédia, não é exatamente um capítulo de livro didático de História; portanto, ele não tem compromisso direto com a exatidão dos fatos. A exemplo de toda cinebiografia, ele é "baseado" em fatos reais, e, como peça artística, está recheado de inserções fictícias, criações, invenções, coisas não reais, que não aconteceram de verdade, colocadas no filme para diversos fins, desde "enfeitar o filme" como também ilustrar e sintetizar ideias concretas do personagem. Conclusão: quem quiser conhecer a verdadeira história de Allan Kardec terá que consultar outras fontes, por exemplo, o livro Obras Póstumas, que contém anotações do diário do próprio pioneiro espírita. Aliás, baseado nesses relatos, o documentário Espiritismo - de Kardec aos dias de hoje, dirigido por Marcelo Taranto, segue uma linha mais literal e  digamos  mais fidedigna, historiograficamente falando.



Todavia, mesmo que não se possa "confiar" em tudo o que mostra o filme de Wagner de Assis, ele também se configura uma boa ilustração da riquíssima biografia do codificador espírita. Noutras palavras, vale a pena assisti-lo!


2. O FILME É LINDO

Em geral, cinebiografias não são bem vistas, costumam ser chatas ou polêmicas (principalmente quando o roteira exagera nas inserções e distorcem demais a história real  seja para enaltecer, seja para denegrir a imagem do personagem biografado). E, para a crítica em geral, menos atrativos ainda são os de temática religiosa.

Porém, Kardec - a história por trás do nome é bom em tudo. Não é nada apelativo (por exemplo, não faz de Kardec nenhuma santidade), nem monótono: os diálogos são rápidos e precisos para ilustrar os fatos; os cenários, o figurino, a iluminação, os efeitos visuais... tudo muito bonito e em conforme com aquele século XIX.




3. INTERPRETAÇÃO

Um dos pontos mais positivos do filme é a interpretação dos atores: desde Leonardo Medeiros, que faz o protagonista, até os papeis menores, todos os atores entregaram-se de corpo e alma nesse trabalho e o resultado é impressionante para os padrões nacionais. Para se ter uma ideia, até mesmo o "mudo" General, interpretado por Christian Baltauss, tem uma presença forte em todas as cenas em que aparece.




4. MADAME KARDEC FEMME FORTE

Outra coisa muito boa do filme — e que certamente surpreendeu muita gente — foi o caráter altivo da Senhora Kardec, Amélie-Gabrielle Boudet, cujos registros  de que temos conhecimento, realmente mostram que foi uma mulher bastante participativa no trabalho de Kardec na codificação do Espiritismo. Uma verdadeira femme forte, infelizmente não tão reconhecida pelos próprios espíritas. E, diga-se de passagem, a atriz Sandra Corveloni incorporou Amélie com excelência.




5. PROFESSOR RIVAIL

O roteiro fez muito bem em informar aos novatos que antes do Kardec havia um Professor Rivail. E mais, um educador não apenas amoroso e dedicado em ensinar, como também brincalhão, quebrando a ideia que muita gente tem de um homem excessivamente sério, carrancudo, tal como ele aparece em fotografias.

Ora, muita gente pensa que o "inventor do Espiritismo" nasceu pronto para esta missão e desde cedo começou sua campanha de divulgação espírita, ocupando-se exclusivamente disso; na verdade, quando Kardec surgiu, Rivail já era um homem de cinquenta anos, já um idoso para a época, com a vida mais ou menos estabelecida financeiramente e muito descrente de que fosse ser o fundador de uma doutrina tão revolucionária quando a do Espiritismo. O filme de Wagner de Assis acertou em cheio ao mostra esse fato histórico tão relevante para compreendermos a origem da Doutrina Espírita.




6. AS IRMÃS BAUDIN

Wagner de Assis colocou duas meninas para vivenciarem as irmãs Baudin: Letícia Braga e Júlia Svacinna deram vida a Julie e Caroline Baudin, respectivamente, seguindo a linha lendária dentro do movimento espírita de transmitir uma ideia de mais pureza na obra de Kardec por ele ter se servido da mediunidade de inocentes mocinhas para compor sua obra básica O Livro dos Espíritos.

Mas todos precisam saber que a história real não é bem assim. De fato as irmãs Baudin contribuíram substancialmente com Kardec, mas elas não eram novinhas, como ficou concretamente demonstrado pelo trabalho de pesquisa do nosso confrade Carlos Seth Bastos (em A verdadeira identidade das primeiras médiuns utilizadas por Kardec): quando elas começaram a emprestar sua mediunidade ao codificador, em 1855, elas tinham: 28 anos Caroline, e a 26 a mais nova, que, aliás, não se chamava Julie, mas sim Pélagie.



Wagner não inventou isso; ele provavelmente bebeu da fonte de Canuto Abreu, que, em sua obra literária O Livro dos Espíritos em sua tradição Histórica e Lendária, assim descreveu o quadro lendário das "meninas médiuns de Kardec". Só que faz bem desfazer essa lenda.

Involuntariamente o filme perpetuo esse equívoco histórico, mas é perdoável. Crianças médiuns e intermediárias de obras extraordinárias é uma coisa absolutamente real. Um exemplo clássico é Ermance Dufaux, que as 6 anos de idade psicografou a autobiografia de São Luiz, e aos 8 a da heroína francesa Joanna d'Arc. Interessante é que no filme de Wagner de Assis, Ermance foi interpretada brilhantemente por Louise D'Tuani, embora, ao nosso ver, crescidinha demais para a personagem.




7. KARDEC APAVORADO

Valendo-se da "licença artística" para rechear seu filme, Wagner pintou uns traços peculiares a Kardec, para torná-lo "mais humano", cremos, desmistificando a ideia de que tenha sido alguém a todo o tempo "perfeito" e "soberano" no que fazia. OK!

Entretanto, pensamos que tenha exagerado na dose em roteirizar um Kardec apavorado em alguns momentos. Não é medo, mas pavor mesmo o que o mestre lionês demonstra em certas cenas: pavor de perseguições dos adversários do Espiritismo, inclusive aparecem no longa dois homens desconhecidos algumas vezes seguindo Kardec pelas ruas de Paris, sendo que mais tarde se vê que eles não eram maus e até socorrem o codificador num lance embaraçoso, caído na borda do Rio Sena.

Essa inserção soa um pouco forçada, mas tudo bem.


8. A PRISÃO DE KARDEC

O ponto negativo do filme, a nosso ver, é mesmo o da prisão de Kardec. Consideramos que um fato de tal magnitude teria implicações graves e, por isso, tal inserção não nos pareceu uma boa ideia.



Em algum momento do roteiro, Kardec travam um diálogo com Amélie sobre a "beleza das coisas", quando a sua senhora vai exaltar a forma poética da descrição das estrelas enquanto ele enaltece a justeza das leis físicas; é um diálogo fictício, mas tem um propósito claro: informar que Madame Kardec era do reino das artes (ela era poetisa, musicista, formada em Belas Artes) e Kardec era essencialmente um cientista nato. Isso é importante para o enredo porque é convém distinguir o Espiritismo de Kardec do misticismo comum das religiões tradicionais.

Mas no caso da prisão de Kardec, não vemos um propósito justificável para essa criação. Na ficção do longa, ele é detido em razão de formar uma sociedade sem autorização expressa, o que absolutamente não ocorreu: homem da lei, Kardec formalizou a Sociedade Parisiense de Estudos Espiritas junto às autoridades (com a ajuda de Sr. Dufaux, aqui interpretado por Dalton Vigh, que tinha amizade com o "prefeito de polícia", encarregado desse tipo de legalização) e só depois de conseguida a devida autorização é que ele abriu as objetivamente sessões. Então, não vemos como boa ideia essa inserção. Desnecessária, no mínimo.


9. O EMBATE COM O PADRE BOUTIN

Genézio de Barros interpreta o padre Boutin, uma invenção de Wagner de Assis para simbolizar o confronto que a Doutrina Espírita teve frente a igreja católica. Aqui, particularmente, a inserção faz sentido. Todavia, o que não nos pareceu boa foi a ideia de Kardec, uma vez preso, precisar da ajuda do sacerdote para ser solto da cadeia — um ato de "misericórdia" que, sinceramente, não acreditamos plausível na vida real, no contexto daquela época. Cremos que o mais factível seria a igreja, se ainda tivesse o mesmo poder dos anos áureos da Inquisição, mandar queimar Allan Kardec vivo em praça pública, como o fez com os seus livros no chamado Auto de Fé de Barcelona, aliás, contido no filme.




10. CONCLUSÃO

A nossa avaliação final é a de que o filme é muito bom e, sem dúvidas, ajudou a divulgar a doutrina, no entanto, fica o alerta para todos que é necessário ir mais a fundo para se conhecer Allan Kardec e, portanto, não confiar inteiramente nos relatos contidos no filme.



Ficha completa do filme na Wikipédia.

Para finalizar, alertamos que o livro Kardec - a biografia, de autoria de Marcel Souto Maior, que serviu de base para o roteiro de Kardec - a história por trás do nome, também precisa de uma boa revisão. Escritos a partir das informações da época (lançado em 2013), esse livro foi um estupendo trabalho e também muito serviu para popularizar a vida e obra do codificador do Espiritismo para o público fora do meio espírita, só que hoje nós temos acesso a muitas novas fontes históricas — seguras e determinantes — para montarmos uma imagem mais real de Allan Kardec. E vem mais por aí, como se espera do Projeto Cartas de Kardec.



O que esperamos então é que novas mídias venham oferecer a todos os interessados melhores meios para conhecermos Kardec e a origem do Espiritismo, porquanto há muito o que ser mostrado; tanto a biografia do codificador quanto a Doutrina Espírita têm muita coisa boa para ser explorada. E merecem nossa audiência. Nessa sucessão de lançamentos, os trabalhos como o livro de Marcel Souto Maior e o filme de Wagner de Assis não serão desvalorizados: seus esforços já fizeram o seu tempo e marcaram seus nomes na História do movimento espírita pela contribuição que deram para a propagação da doutrina.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Cristãos e entidades diversas contra filme que brinca com um "Jesus gay" e "Deus mentiroso"


A polêmica deste Natal, em curso no Brasil, é a produção audiovisual Especial de Natal: A primeira tentação de Cristo produzido pela companhia Porta dos Fundos e disponibilizada pelo canal de streaming Netflix. Por causa desse filme, tanto a provedora como a produtora estão sendo alvos de uma campanha movida por diversas frentes cristãs (veja aqui) e até da parte de entidade islâmica (veja aqui), em prol de ações como boicote e até ação judicial para censura deste "especial de Natal" que retrata um "Jesus gay".

Sobre a peça em si nem preciso conhecer mais do que mostra o seu trailer para estarmos certos de que se trata de uma coisa nojenta e sem graça nenhum, senão para os libertinos e "ateístas praticantes", que não se fartam de zombar da crença alheia, contra aqueles que não compartilham da crença de que a matéria é a causa de tudo (materialismo puro).

A todos está assegurado o direito de não crer, de achar que religião e qualquer temática espiritualista seja uma bobagem; mas daí a "brincar" com a religiosidade alheia é outra coisa, isso extrapola a fronteira do direito pessoal porque passa a ser uma ofensa ao outro, que tem as mesmas prerrogativas. E, sem dúvida, a pretexto de uma "arte", da "comédia", ninguém tem o direito de brincar com a fé de outrem.

Quanto às campanhas levantadas, entretanto, fazemos uma ressalva, mirando na eficiência desse tipo de ação. Ora, a solução mais prática pensamos ser ignorarmos o filme: se nenhum cristão, simpatizante ou pessoa sensata deixar de assisti-lo — dado o percentual majoritário de nossa gente é de cristãos — então a audiência será pífia e menos rentável será tal produção. Ocorre que campanhas como essas só fazem gerar ainda mais publicidade ao filme que, se — insistimos — fosse ignorado pelos cristãos, passaria quase que desapercebido. Já com a polêmica instalada, a produção ganha mais notoriedade e, consequentemente, mais audiência.

E o pior de tudo é que, no afã de "defender a honra do Cristo", certos cristãos disseminam ódio e animosidade contra os produtores e apoiadores de obras desse gênero. Daí, o mal exemplo desses cristãos tornam-se "armas" argumentativas exatamente contra o Cristianismo.

Ora, se o filme tem potencial para ser ofensivo à pessoa do Cristo e a Deus — como de fato tem — mas o próprio Cristo e o próprio Deus assim permite que ele seja lançado, não deve ser os cristãos os agentes diretos da necessária justiça: a Providência Divina sabe muito bem cuidar dessa irreverência sem carecer que nós peguemos nas pedras para atirar contra essas pessoas que, seja por dinheiro, por fama ou por ideologia, estão na condição de praticar esses "pecados". Não têm eles o direito de se lambuzarem no lamaçal das perversões? Por que não aproveitarmos a oportunidade para aprendermos com o próprio Cristo a lição e prova do escárnio popular? Não passou Jesus pessoalmente pela trilha da humilhação? E o que fez ele? — "Perdoai-lhes, ó Pai, eles não sabem o que fazem!"

Resignação, cristãos! Esta é a hora deles, festa maligna, mas que tem prazo de validade. Esses "gênios" estão gastando o que eles precisam gastar de suas perversidades íntimas para exatamente esgotar o mal que acumulam em si, que parece ser preciso para que, enfim, um dia, no hora da verdade, possam submeter suas consciências ao crivo da razão para medirem e pesarem seus próprios atos e se convencerem de que todo o sucesso que alcançaram com suas obras perversas não passam de ilusão e, finalmente, encontrem algo mais sublime para produzir. Não nos esqueçamos de que todos estes infames são nossos irmãos, irmãos de Jesus também.

Ainda mais que  perdoem nossa insistência  a estratégia de lutar contra mostra-se ineficaz. Kardec sempre recomendou ignorarmos o que for negativo, cuja força se enfraquece por si mesma com o passar do tempo, desde que não sejam combatidas; enquanto que, pelo exemplo mesmo das campanhas contra o Espiritismo, o combate torna-se material de propagando muito eficiente. A propósito, o roteirista do filme em questão esnobou as críticas postando numa rede social: "A divulgação tá pesadíssima, né, menina?" (veja aqui).

A solução passa inexoravelmente pela educação moral, pelo estímulo às belas artes. Se as pessoas ditas cristãs estivessem de fato mergulhadas numa atmosfera de coisas positivas, tudo isso passaria desapercebido ou sem causar maior dano. Se nos educássemos a preencher nosso cotidiano de mídias belas, instrutivas e puras, e se abraçássemos essas bonanças com fervor, certamente estaríamos semeando o antídoto natural para as baixarias como essas peças criadas por canais como Porta dos Fundos.

Ora, por que devo me importar com as "porcarias" que passam nas televisões, as "porcarias" de músicas que tocam nas rádios? Basta que eu próprio me sintonize com as infinitas mídias benéficas disponíveis hoje por todos os canais. Simplesmente eu decido assistir a tal canal ou ouvir tal rádio, ou até mesmo me desligar de tudo isso e criar minha própria estação. Há tantos bons filmes, há tantos bons documentários, há tantos bons livros, há tantas boas músicas... Está tudo ao nosso alcance.

Não joguemos pérolas aos porcos: não nos importemos com os que estão de olhos e ouvidos tapados; eduquemo-nos e eduquemos nossos filhos para coisas superiores e a audiência do mal retrocederá.

Recordemos que estamos num processo de fechamento de Era e é preciso certa liberdade, ainda que para a libertinagem, a fim de que todos sejamos provados. Faz parte do plano! Tem que ser assim, para que se revele realmente quem somos, na prosperidade e calmaria ou na tormenta.

Por outro lado, louvamos a boa intenção de todos os que sinceramente estão se lançando em campanhas em prol de providências contra essa peça nojenta, e também vibramos para que essas ações alcancem bom êxito.

E para aqueles que acreditam válida a iniciativa, aqui está o link com o abaixo assinado virtual "Pelo impedimento do filme de Natal da Netflix e porta dos fundos, por ofender gravemente os cristãos".


Para conhecimento de todos: a deputada federal Chris Tonietto (PSL-RJ) apresentou o pedido de requerimento n° 3196/2019 para que a Câmara emita nota de repúdio contra a Netflix pela razão aqui exposta, pois, segundo ela, a produção contém "ostensivo vilipêndio e escárnio da fé cristã". (Veja aqui).

Recomendamos também a leitura do artigo "Netflix e o grupelho Porta dos fundos achincalham o Cristo e os cristãos" de nosso caro confrade Jorge Hesen (veja aqui), que defende o boicote à plataforma de streaming.

Sala de Leitura: inclusão de "O Espiritismo em sua Expressão Mais Simples" de Allan Kardec


Mais uma obra kardequiana chega para rechear o acervo da nossa Sala de Leitura: O Espiritismo em sua Expressão Mais Simples, originalmente publicado em 1862, revisada pelo autor na 2ª edição (3 meses após a edição original); tradução de Louis Neilmoris a partir da 7ª edição (1865).

Confira a sinopse:

O ESPIRITISMO EM SUA EXPRESSÃO MAIS SIMPLES
Allan Kardec
Pequena brochura com o resumo histórico e doutrinário da Filosofia Espírita, escrito pelo codificador do Espiritismo para divulgação da doutrina e explicação sintética do ensinamento dos Espíritos mentores do programa de regeneração da humanidade.

Clique aqui e baixe agora mesmo e gratuitamente esta edição de O Espiritismo em sua Expressão Mais Simples de Allan Kardec e outras obras de interesse ao estudo espírita.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Enciclopédia Espírita Online: lançamento do verbete "Daniel Dunglas Home"


Nossa Enciclopédia Espírita Online recebe a inclusão do verbete referente àquele que foi o maior médium de seu tempo, conhecido como "o homem que flutuava", por quem Allan Kardec conservou grande respeito: estamos falando do célebre médium escocês Daniel Dunglas Home.

Veja a sinopse do verbete:
Daniel Dunglas Home (Currie, Escócia, 20 de março de 1833 – Paris, França, 21 de junho de 1886) foi um médium e divulgador do movimento Espiritualismo Moderno; foi o mais renomado médium de seu tempo, célebre pela produção de extraordinárias manifestações, dentre as quais levitação de seu próprio corpo, telecinese, psicofonia, etc. Home percorreu os Estados Unidos da América e a Europa fazendo demonstrações públicas de suas capacidades mediúnicas e propagando a imortalidade da alma, que ele abraçou como a causa maior da sua vida, um desígnio espiritual, pelo que não admitia cobrar pelas sessões a que participava, embora tivesse aceitado doações, presentes e praticamente vivido toda a vida como hóspede de amigos, simpatizantes da sua causa espiritualista e curiosos experimentadores da fenomenologia espiritual que o convidavam a troco de assistir aos seus fenômenos.

Conheça a história de um dos mais importantes personagens do Espiritualismo Moderno, o movimento que planeou a chegada da Doutrina Espírita.

Leia o verbete completo na Enciclopédia Espírita Online.

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Campanha "Natal com Jesus"



O Portal Luz Espírita está levantando a campanha para a promoção do verdadeiro significado das festividades natalinas, que é exatamente a comemoração do nascimento de Jesus de Nazaré, o Cristo, Messias enviado por Deus para renovar a Humanidade.

Não é, portanto, nenhuma inovação, mas um resgate, uma vez que o sentido desta data tão sublime tem sido deturpada, redirecionando seu significado para propósitos materialistas, ornados com símbolos e slogans totalmente desconexos com esse maravilhoso momento de excelsitude espiritualista.

Clique aqui e saiba mais sobre a campanha e como participar!

domingo, 1 de dezembro de 2019

'Disputa' por Chico Xavier gera impasse no Congresso e saída inspirada em médium

O site do jornal Folha de São Paulo publica neste 1 de dezembro reportagem que diz respeito ao Movimento Espírita: 'Disputa' por Chico Xavier gera impasse no Congresso e saída inspirada em médium, cujo teor é o "desentendimento" entre dois congressistas acerca de uma pretendida homenagem o saudoso médium espírita Francisco Cândido Xavier através de projeto de lei para definir a "capital nacional da mediunidade".

Chico Xavier (Juan Esteves/Folhapress)
No centro da "discussão", o declarado espírita Eduardo Girão, senador pelo Ceará, e o dito simpatizante espírita Franco Cartafina, deputado federal pelo Estado de Minas Gerais. Quase que ao mesmo tempo, cada qual propôs um projeto-lei para criar um título de "capital nacional da mediunidade", tendo como referência a pessoa de Chico Xavier. Coincidência?

O problema é que os dois divergiram sobre o local a ser contemplado pelo tal titulo: Girão indicou Pedro Leopoldo, a cidade natal de Chico, enquanto Cartafina propôs Uberaba, onde o médium fixou residência e produziu a maior parte da sua magnífica obra mediúnica.

Após conversas, o "acordo" sobre as homenagens parece selado: Cartafina diz aceitar aderir ao projeto de Girão, contemplando Pedro Leopoldo, mas, em compensação, planeja um novo título honroso, para não deixar os uberabenses na mão: a ideia é consagrar Uberaba a "cidade nacional da psicografia".


Bijuterias

Longe de nós desdenharmos a "boa intenção" dos nobres congressistas em render homenagens ao maior médium de que temos conhecimento e, paralelamente, a Doutrina Espírita; porém, não nos animamos muito com essas condecorações, no sentido de que, por decreto, o processo de espiritualização das referidas localidades seja acelerada. Enfim, tudo pode não passar de bijuteria.

Por outro lado, não há mais sério de que nos queixarmos desse intento: é um ato lícito, não indecoroso, nada prejudicial, etc. Portanto, se não tem grande utilidade, está isento de maior preocupação: se não agrada, pelo menos não nos deve preocupar.