quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Necrológio: José Carlos Bell, ex-membro e presidente da Fraternidade Luz Espírita


A Fraternidade Luz Espírita vem, ao mesmo tempo em que informa a desencarnação de José Carlos Bell, pedir a todos os confrades e demais irmãos que nos unamos aos familiares e amigos para vibrarmos em favor deste personagem que faz parte da nossa história e cumpriu um importante papel na propagação do Espiritismo.

José Carlos Bell foi um dos mais atuantes membros da Equipe Luz Espírita, foi coordenador da área de estudos e chegou a presidir nosso conselho por anos e desempenhou preponderante trabalho no desenvolvimento de nossas atividades. Também atuou no movimento espírita de sua localidade, em Santa Cruz do Sul (RS), junto à Sociedade Espírita Chico Xavier e a Sociedade Espírita Maria de Nazaré, da qual foi cofundador e presidente. Nos últimos anos, também esteve à frente da Cavile - Casa Virtual Luz Espírita (visite aqui). Parte da bem-aventurada trajetória de Bell nos trabalhos da Luz Espírita pode ser conferida no Anuário Mediúnico da Luz Espírita.



Profissionalmente, Bell atuou no ramo da educação. Foi professor e reitor da UNISC - Universidade Cruzeiro do Sul, até sua merecida aposentadoria.

Relembre aqui a carta aberta de Bell pelo ensejo da passagem do ano 2013 para 2014:

Vamos rever também o vídeo com a mensagem natalina "Sempre é Natal", ditada pelo Espírito Laerte, pela psicografia de Wilton Oliver, e narrada por Bell.


Bell faleceu nesta terça-feira e o seu corpo estará sendo velado na Capela Funerária Halmenschlager, na Av. Independência, permanecendo lá até às 17h, de onde sairá para a cremação em Caxias do Sul.

A Equipe Luz Espírita se solidariza com a dor da separação por que ora passam os familiares e amigos, mas também repleta de esperança de que nosso imortal irmão, de lá do plano superior, continue, dentro de sua jornada evolutiva, e ainda mais capacitado, empenhado na cooperação com projeto de espiritualização do nosso povo, à luz da excelsa mensagem cristã.

Até Breve, querido Bell.

sábado, 25 de agosto de 2018

Vem aí filme épico sobre as vidas de Emmanuel


Diretor de Nosso Lar e Kardec, o cineasta Wagner de Assis anuncia com exclusividade aqui no portal da FEB um novo e ambicioso projeto que promete mexer com as expectativas dos espíritas e não-espíritas: “Emmanuel”, o primeiro longa-metragem a narrar a história de um espírito através dos séculos, já está em fase financiamento.

O roteiro, também escrito por Wagner, acompanha as vidas do famoso mentor de Chico Xavier ao longo dos séculos. “Pensamos muito sobre como contar no cinema uma história sobre o Emmanuel. Seria Publius? Nestório? Nóbrega? Então, resolvemos que ele merece um pouco de todos eles, mostrando a transformação impressionante pela qual passou, cheia de ensinamentos e um romance especial. Ou seja, Emmanuel merece nada menos do que um épico”, conta Wagner, já adiantando que o projeto será filmado em parceria com a Universal Studios, lendária empresa do americana, responsável por títulos como A Lista de Schindler e Jurassic Park, entre outros blockbusters.

Diretor Wagner de Assis

“O filme é o primeiro passo de um projeto maior ainda, que envolve uma série sobre os livros Há 2000 anos, 50 anos depois e Ave, Cristo. Mas isso a gente conta assim que possível”, diz o cineasta. Ainda sem previsão de filmagens, “provavelmente no segundo semestre de 2019, se tudo der certo”, ele diz, a realização do longa-metragem Emmanuel deve acontecer após a realização de Nosso Lar 2 – Os Mensageiros, outra produção muito esperada, esta com previsão para o início de 2019.

Wagner contou ainda que Kardec, a cinebiografia mais esperada do ano, está prevista para chegar aos cinemas em maio do ano que vem. Já podemos reservar a data!

Cena do filme Chico Xavier (2010)


quinta-feira, 23 de agosto de 2018

"Pesquisas espíritas e o efeito placebo" por Ivan Franzolim


Pesquisas espíritas precisam considerar o efeito placebo

Os espíritas precisam ser os primeiros críticos de todo fenômeno espírita.


Estudos recentes mostram que o placebo pode eliminar dores, sensações ruins e até diminuir a depressão. Esse efeito pode ser real, não apenas psicológico.

O simples ato de consultar um médico pode causar um efeito placebo, tanto positivo quanto negativo. Isto é, dependendo da atenção do médico e da impressão que ele causou, a pessoa pode melhorar ou piorar, independentemente do que tomou.

Placebo é a substância sem propriedades farmacológicas, administrada a grupo de pessoas como se tivesse propriedades terapêuticas, com a finalidade de se comparar os resultados obtidos com outro grupo que realmente tomou o medicamento testado.

Aqueles que são submetidos às cirurgias ditas espirituais recebem um forte impacto, como se fosse uma grande dose de placebo. Isso ocorre pela fama do médium, pelos relatos das curas realizadas, pelos rituais e orações e pela atenção de médiuns, espíritos e assistentes.

Boa parte de quem se submete a essas cirurgias melhora pelo efeito placebo, não pela ação de nenhum espírito! Por isso, uma pesquisa séria tem a obrigação de separar em dois grupos e comparar as melhoras estatisticamente, o que geralmente não é feito.

Os espíritas deveriam ser os primeiros a investigar e a testar quaisquer práticas baseadas em princípios e conceitos da sua doutrina.

Deve-se ter o cuidado de não submeter algum grupo a um nível maior de atenção pelas pessoas envolvidas, pois o simples fato de olhar nos olhos, tocar, sorrir e chamar pelo nome influenciam fortemente as reações e mascaram qualquer resultado.

A atenção é tão potente que testes efetuados em grupos avisados previamente que estavam tomando placebo, deu melhor resultado que no grupo que não tiveram esse aviso.

A melhor técnica para aplicação do placebo é aquela em que nem quem administra o medicamento ou a intervenção sabe qual é o placebo, pois ter esse conhecimento interfere nos resultados.

Isso pode causar bastante dificuldade para algumas pesquisas espíritas. Como separar grupo que receberá um passe verdadeiro de outro que receberia um passe falso?

Todavia, pesquisa com o uso de água fluidificada como medicamento ou como fluido acelerador da germinação de sementes, poderiam ser feitas com facilidade por qualquer Centro Espírita.

Mesmo no caso da germinação, quem manipula as sementes e a água não devem saber qual água foi realmente fluidificada.

Estamos no tempo das fake news e devemos evitar comunicar que médiuns e espíritos estariam curando tudo, de um simples cisto até câncer e AIDS.

Apesar de ser possível a intervenção dos espíritos junto a médiuns de efeitos físicos, com a utilização do fluido especial que permite manipulação por ambos os mundos material e espiritual (ectoplasma), nem sempre eles terão as condições, nem a autorização necessária para produzirem mudanças significativas.

A maioria das vezes atua apenas a sugestão, a atenção e o efeito placebo. Essa mesma habilidade poderia ser utilizada para retirar dinheiro de qualquer cofre bancário, ouro e pedras preciosas de joalherias, mas isso não acontece.

Espíritos ignorantes poderiam ser levados a utilizarem uma pequena gota de ectoplasma e, com ela, obstruírem uma artéria ou levarem qualquer cirurgia a óbito.

Isso também não acontece, pois há governo, há controle, há leis naturais que garantem o funcionamento da vida.

Crer e propagar toda notícia de curas e cirurgias espirituais é uma propaganda negativa para o espiritismo. Induz as pessoas a pensarem que os espíritas são deslumbrados, que acreditam em qualquer coisa e isso não é verdade, pois baseamos nossa fé no raciocínio lógico e em conhecimentos bem estruturados e encadeados.

Ivan Franzolim
Escritor e pesquisador espírita.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Sala de Leitura: "Na Sombra e na Luz" (Victor Hugor) Zilda Gama


Anunciamos com satisfação a inclusão de mais um título na nossa Sala de Leitura: trata-se de uma novela ditada pelo Espírito Victor Hugor, que em vida foi um dos mais célebres escritores da literatura mundial, pela psicografia de Zilda Gama (saiba mais sobre essa pedagoga na Enciclopédia Espírita Online).

Veja a sinopse:

NA SOMBRA E NA LUZ
(Victor Hugor) Zilda Gama
Livro cuja leitura encanta do princípio ao fim, banha a alma do leitor de consoladora luz, pois mostra a possibilidade da regeneração moral, que se vai verificando por meio das sucessivas reencarnações do Espírito.
Na história de três indivíduos separados pelo ódio e dominados por paixões desordenadas, o autor espiritual, através da análise das quedas e conquistas de cada personagem, atesta que a Justiça Divina possibilita o aprendizado das sombras do erro à luz da perfeição.
Esta obra marca o início da produção psicográfica de Zilda Gama, e traz em seu preâmbulo interessantes informações da médium.


Na Sombra e na Luz está disposto em dois formatos de livros digitais: PDF e ePUB e podem ser lidos online ou baixados.

Clique aqui para fazer o download de Na Sombra e na Luz.

domingo, 19 de agosto de 2018

Ensaio: "O Espiritismo na vida real" por Daniel Strutenskey de Macedo


Recebemos por E-mail uma interessante reflexão sobre o movimento espírita atual, representando o que o autor chama de "Espiritismo na vida real", de tal qualidade que não hesitamos em ofertar a todos, na expectativa de que sirva para que cada qual, analisando as nossas potencialidades e nossas responsabilidades, cuidemos de contribuir para o intento que a espiritualidade nos confiou diante desta dádiva dos céus à Humanidade que é o Espiritismo.

O autor deste ensaio é Daniel Strutenskey de Macedo, 73 anos, matemático com especialização em computação, atualmente aposentado. foi por vinte anos diretor secretário e do Conselho da Instituição Assistencial Espírita Lar Bom Repouso em São Caetano do Sul, do qual foi cofundador; participou do Centro Espírita Casa Grande do Caminho, ligado ao Lar Bom Repouso, do Centro Irmã Itália, do Centro Aprendizes do Evangelho e da Mocidade Espírita quando jovem. Todos em São Caetano do Sul.

Por que vale a pena apreciarmos, eis o ensaio:


O ESPIRITISMO NA VIDA REAL
Por que na vida real? Porque acho que os movimentos religiosos são formados por ideais e o idealizado está sempre muito à frente da realidade, é um alvo a ser atingido.  Os ideais são guias. Lembra a frase “os ideais são como as estrelas, inatingíveis, mas no meio do oceano revolto e sem bussola, os marinheiros se orientam pelas estrelas”.
A leitura da obra de Allan Kardec revela o compromisso do autor com a razão, com a ciência, mas revela igualmente seu compromisso com o ideal cristão. Allan Kardec escreveu que o espiritismo seria o que os espíritas fizessem dele. Sabia, portanto, que havia plantado um ideal em forma de semente e que seria naturalmente transformado pelos seguidores através do tempo.
Na prática, na vida real, os centros espíritas que conheci existiam em função da mediunidade do fundador e de sua fé no ideal espírita cristão. Era o médium e a sua atividade mediúnica que atraiam as pessoas, principalmente as pessoas que almejavam curas que a medicina não podia proporcionar e as que tinham faculdades mediúnicas e se sentiam incomodadas e perturbadas pelos sintomas. Estas eram as portas de entrada do povo ao espiritismo. Raros os que procuravam os centros em função de sua filosofia e seu ideal cristão. Esta porta, estreita, era utilizada pelos intelectuais.   
Após a fase inicial, de publicações de livros básicos da doutrina (os de Kardec e seus contemporâneos), surgiram livros com histórias romanceadas, pois o romance já havia se tornado um bom veículo para explicações e doutrinações. O romance é repleto de sentimento, provoca emoções. Atrai e prende a atenção do leitor. As emoções, ao cercar as explicações, fazem com que estas fiquem gravadas na memória e tornem-se referências. Quem leu Paulo e Estevão do Chico Xavier sabe ao que estou me referindo, pois a narrativa comove. Quem leu Ivone Pereira fica aterrorizado. Todavia, apesar de bizarra, a emoção do medo é eficaz e fixa o conteúdo e o exemplo que a autora quer transmitir. A literatura espírita é composta por milhares de obras e por isto alcançou o público leitor, que no Brasil é pequeno. Em geral, o leitor de livros espíritas é o frequentador dos centros espíritas. O movimento tem disseminado a cultura da leitura para a compreensão do espiritismo e como afirmação de fé.
Os feitos extraordinários de vários médiuns midiáticos e de muitos médiuns interessantes numa porção de centros fez com que os seguidores do espiritismo quisessem também ser médiuns. Os dirigentes tinham consciência da importância de bons médiuns para o sucesso dos centros e fomentaram os cursos de médiuns. Todavia, como a mediunidade que produz vidência, psicografia e incorporação útil é rara, a alternativa foi a de manter os frequentadores com sessões de passes e palestras. Antigamente, no meu tempo, décadas de 50 e 60, o passe era aplicado pelo médium incorporado (ligado ao um espírito amigo, protetor ou orientador). Junto com  o passe podia haver uma consulta. O espírito falava com quem tomava o passe. Era uma experiência diferente e interessante para o frequentador. Às vezes, surpreendente. Por vezes, o espírito trazia informações de parentes e amigos desencarnados do frequentador. Este contato do frequentador com espíritos e as surpreendentes revelações emocionavam as pessoas, as quais passavam a ter certeza da existência e da comunicação dos espíritos. Atualmente, desde 1980 para cá, os médiuns formados em escolas de médiuns não são propriamente médiuns, não possuem faculdades especiais, apenas conhecem alguns fundamentos da mediunidade e da doutrina. Os passistas não incorporam. Os espíritos não se comunicam com os frequentadores. Ao invés de uma consulta espiritual, é feita uma entrevista. O consultor preenche uma ficha do consulente e lhe oferece um cartão com direito a dez ou mais passes. E se acha que a pessoa tem mediunidade, recomenda que frequente a escola de médiuns.
Os centros agora atraem o público com palestras e passes. Por isto, os palestrantes utilizam todos os recursos de oratória para chamar a atenção e comover a plateia. Tornou-se comum os palestrantes espíritas serem palestrantes motivacionais e de autoajuda. Misturam a doutrina com narrativas de autoajuda. É também comum os doutores, principalmente os da área médica, proferirem de temas de cunho científico do espiritismo. Pelo fato de dominarem o vocabulário científico, conseguem a atenção e a confiança da plateia. Em geral, utilizam o vocabulário da parapsicologia e alguns se enveredam pelos temas místicos da teosofia.
No meu tempo, anos 50 e 60, os palestrantes eram médiuns e proferiam suas palestras com o auxílio de seus orientadores espirituais ou intelectuais com notório conhecimento das obras de Allan Kardec. Lembro-me de Chico Xavier e Divaldo Pereira Franco (notáveis médiuns) e de Jacob Holsmann Neto, Richard Simonetti e Herculano Freitas (notáveis intelectuais). Hoje, quando assisto às palestras, fico constrangido, pois tenho que me conter para não me pronunciar, tantas as bobagens proferidas pelos palestrantes. O espiritismo de 1960 atraiu jovens universitários e intelectuais. O Jacob foi, nesta época, o maior orador espírita do movimento. Todavia, como vivíamos uma época de ditadura e os dirigentes das Federações espíritas simpatizavam com política dos governos militares, as palestras com conteúdo social foram sendo banidas. Palestrantes que contam histórias emocionantes (e fantasiosas) como o notável Divaldo Franco tiveram a preferência e dominaram a cena.
Chico Xavier merece um reparo. Foi um caso à parte. Não era um palestrante, mas convidado para entrevistas na grande mídia devido à sua mediunidade e sua extraordinária obra literária espírita. Acho que sem o Chico Xavier, o espiritismo não teria alcançado um quarto da projeção que alcançou. Agora, sem ele, pois desencarnou, estamos novamente à pé. Talvez seja necessário voltarmos ao começo. Dar atenção especial à mediunidade e às comunicações espirituais. É preciso acabar com a história de que todo mundo é médium. Todos tem alguma mediunidade, mas para produzir comunicações úteis é preciso ser especial, ter uma faculdade à vista, à tona, às claras, insofismável, que produza fatos. Espiritismo não é autoajuda, é a doutrina dos espíritos. Reuni mediunidade, ideal cristão e intelecto.
Daniel Strutenskey de Macedo


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quinta-feira, 16 de agosto de 2018

"Camelôs e vendilhões modernos na encruzilhada do movimento espírita brasileiro" por Jorge Hessen


Compartilhamos com todos mais um artigo de nosso colaborador, Jorge Hessen (Brasília, DF), historiador e dedicado ativista espírita, tratando de um tema espinho, mas absolutamente necessário: a pretensão e a exploração financeira e outras vantagens pessoais envolvendo o uso da Doutrina Espírita.

Para a apreciação de todos, segue o artigo, originalmente publicado na Rede Amigo Espirita:


Camelôs e vendilhões modernos na encruzilhada do movimento espírita brasileiro

É intolerável os abjetos festivais de eventos “espíritas” mormente grandiosos, inócuos  e excludentes a exemplo de seminários, congressos, simpósios, encontros “fraternos”, quase sempre onerosos, soberbos, luxuosos, e constantemente destinados à elite “espírita” aquinhoada.

Nos tais eventos entronizam-se shows de oratória retumbantes (ocas de humildade), através de palestras (algumas plagiadas), desgastadas, repetidas e supérfluas. Porém os líderes espíritas atuais conservam-se sob a hipnose do “canto de sereia da fama ou da santificação”, sempre de olho na arrecadação dos recursos financeiros para desgastados programas sociais.

É óbvio que não estão no legítimo caminho do Cristo!... Ouço com insistência nos diversos centros que frequento sobre práticas consideradas estranhas e  dispensáveis para a boa difusão do Espiritismo.

Frequentei várias instituições onde alguns divulgadores famosos são alcunhados (nos bastidores logicamente) de  "camelôs ambulantes do Espiritismo", porque negociam e ofertam suas produções literárias (mediúnicas ou não), CD’s e DVD’s nos balcões de negócio preparados para que  após suas “palestras  espetacularizadas”  sejam vendidos em “prol” do surrado assistencialismo “espírita” em que se vangloriam concretizar.

Tal modelo propagandista do “Espiritismo” que ganhou relevo após a desencarnação do Chico Xavier é, sem dúvida nenhuma, a deterioração da proposta dos princípios espíritas destinados a todos, ao alcance de todos.

Observemos a entrevista que o Chico Xavier concedeu ao Dr. Jarbas Leone Varanda e que foi publicada no jornal uberabense O Triângulo Espírita, de 20 de março de 1977, republicada no Livro “Encontro no Tempo”, organizado por Hércio M.C. Arantes e editado pela IDE em 1979. O amoroso Chico Xavier advertiu que "é preciso fugir da tendência à ‘elitização’ no seio do movimento espírita (...) o Espiritismo veio para o povo. É indispensável que o estudemos junto com as massas mais humildes, social e intelectualmente falando, e delas nos aproximemos (...). Se não nos precavermos, daqui a pouco estaremos em nossas Casas Espíritas, apenas, falando e explicando o Evangelho de Cristo às pessoas laureadas por títulos acadêmicos ou intelectuais (...)”. 

Lembro quando puliquei o artigo “INDUSTRIALIZAÇÃO DE EVENTOS ESPÍRITAS "GRANDIOSOS" [1],  o ex-reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora, e escritor espírita, José Passini, afirmou: “Seu artigo, Jorge Hessen, deveria ser eternizado em placa de bronze e distribuído às instituições espíritas. Você acertou em cheio no monstro que desgraçadamente cresce em nosso meio.”

Certamente os Benfeitores espirituais , conscientes dos despautérios sobre a desprezível “ELITIZAÇÃO DO ESPIRITISMO” estejam nos alertando para um tempo de necessárias e urgentes  mudanças.

É infame, muito deprimente mesmo! Não é fácil testemunhar esse nefasto cenário sem utilizar o brado da repulsa, através da voz (escrita) e sugerir mudanças. Sobre isso, faço a minha parte destemidamente e sem amarfanhar a própria consciência.

É urgentíssimo dar um basta à grave vocação elitista do movimento espírita brasileiro.

Em verdade, de duas, uma! Ou o Espiritismo chega à massa dos espíritos visíveis (encarnados) , especialmente os “filhos do Calvário”, os deserdados, para justificar suas mensagem  ou submergirá no fosso profundo da hipocrisia e não haverá mais razão e nem legitimidade divulgar o Evangelho através da Terceira Revelação.

Por Jorge Hessen

Referencia:

[1]  Conferir no link:


E você? O que acha dessa opinião? Justa, exagerada...?

terça-feira, 14 de agosto de 2018

A Livraria Espírita e a Livraria Leymarie: esclarecimentos sobre confusão histórica feita por um vídeo na net


Circula pela internet um vídeo postado por uma blogueira brasileira que faz certa campanha para a transformação de uma determinada livraria em Paris — a Livraria Leymarie (Librairie Leymarie) — em um "museu espírita". A ideia não é nada má, mas apresenta alguns empecilhos práticos, conforme nos apresentam algumas fontes, e é interessante tratarmos do caso para esclarecer algumas informações equivocadas que o vídeo exibe.

Vejamos o referido vídeo:


Como se pode ver, o vídeo foi gravado em frente ao dito estabelecimento, que fica na Rua Saint-Jacques, número 42, bem próximo da famosa universidade Sorbonne, na região central de Paris, hoje aos cuidados de Philipe Chigot, que, no entanto, se apresenta como Phillipe Leymarie  talvez para passar a ideia de pertencer à linhagem de Pierre-Gaëtan Leymarie, que um dia foi o dono desta livraria, e aquele a quem foi confiada a direção dos trabalhos da continuação das obras de Allan Kardec, com o aval de Madame Kardec (saiba mais sobre Leymarie clicando aqui).


Pierre-Gaëtan Leymarie
No entanto, a autoria do vídeo, Mari do canal Mari_Tipsparis, por melhor intenção que tenha, acaba fomentando com esse trabalho uma série de equívocos históricos. Para começar, foi não foi nesse endereço que Kardec conheceu os fenômenos das Mesas Girantes e tampouco foi ali que ele começou seus trabalhos acerca da Doutrina Espírita. O estabelecimento deste endereço não pode ser considerada a primeira livraria espírita do mundo, nem tampouco a sequência da legítima livraria pioneira, que foi a Livraria Espírita, esta sim, fundada por Allan Kardec, instalada originalmente na Rua de Lille n° 7, na mesma rua do famoso Museu d'Orsay, embora, o codificador espírita não a tenha visto em funcionamento pois foi justamente nas vésperas da inauguração, marcada para 1 de abril de 1869, que Kardec desencarnou, nas escadarias do seu endereço na Rua Saint'Anne n° 59, enquanto carregava as caixas de livros e demais materiais que seriam transportados para a sede da tão sonhada livraria, enquanto a mudança de sua residência com Amélie estava em curso para a Vila de Ségur, perto de onde está a Torre Eiffel e o Museu do Exército (Musée de l'Armée).

É válido também dizer que a Livraria Espírita, sob o comando de Pierre-Gaëtan Leymarie, mudou de endereço. Em 1878, ela foi transferida para o número 5 da rua Nueve-des-Petits-Champs, logo atrás do Palays Royal (à época, um espécie de shopping center, onde ficava o escritório da editora Dentu e sua livraria, local histórico de lançamento de O Livro dos Espíritos); depois mudou-se para Rua Chabanais n° 1 em 1888, e ainda para a Rua du Sommerard n° 12 em 1895. Nesse mesmo ano, abriu processo de falência em 10 de janeiro de 1895. Tendo fechada a Livraria Espírita, Leymarie abre outro negócio: a dita Livraria Leymarie, em outubro daquele mesmo ano, inicialmente instalada na Rue des Petits-Champs n° 24 e, logo mais, em novembro de 1896, finalmente instalada na famosa Rua Saint-Jacques (veja aqui), substituindo uma outra livraria pertencente à Leymarie e que se chamava Livraria das Ciências Psíquicas. Desencarnado em 1901, Leymarie deixa o empreendimento como herança familiar para a sua esposa Marina Duclos Leymarie e seu filho Paul Leymarie, que tocaram o negócio desde então. Ela ficou fechada por uns tempos (provavelmente por conta da II Guerra Mundial) e foi reaberta em 1957, no mesmo lugar, apenas mudando de proprietário: agora pertencendo a Michael Chigot (veja aqui), que a dirige até 2015, adotando a alcunha Michael Leymarie, passando a direção para o filho Phillipe Chigot, vulgo Phillipe Leymarie, então o atual dono daquele comércio. Imperativo frisar que esta livraria não é e nunca foi essencialmente espírita, mas sim, desde sua fundação, espiritualista, com enfoque especial no ocultismo, e esoterismo — ramos absolutamente antagônicos ao Espiritismo de Allan Kardec.

Para saber mais sobre esses eventos históricos, recomendamos a sua visita à página do guia Roteiro Histórico Espírita em Paris, assim como o vídeo deste guia (segue a tela de vídeo abaixo) e também o extraordinário livro do Dr. Canuto Abreu O Livro dos Espíritos e a sua Tradição Histórica e Lendária. Aliás, convém ainda conhecer a biografia deste importante pesquisador espírita, cujo verbete está disponível na Enciclopédia Espírita Online.



E para compreender mais profundamente o desenrolar dos acontecimentos daquela época, vale a pena conferir o filme-documentário Espiritismo à Francesa: a derrocada do Movimento Espírita na França pós-Kardec.



O fato é que Leymarie apossou-se de todos os bens de Allan Kardec, da viúva do codificador e das estruturas doutrinárias do Espiritismo kardecista, especialmente falando da Sociedade Anônima (a entidade estabelecida para gerir o legado de Kardec), dos direitos autorais das obras básicas da codificação, da Revista Espírita, da Livraria Espírita e do posto de líder doutrinário; atentou moralmente contra aqueles que tentaram reconduzir o Espiritismo aos moldes originais — por exemplo, contra Berthe Fropo, Gabriel Delanne, Léon Denis e Henri Sausse, que chegaram até a formar uma nova sociedade espírita: a União Espírita Francesa (ver em Muita Luz: Beaucoup de Lumière— e corrompeu a Terceira Revelação mesclando-a a correntes místicas e religiosistas.

Além disso  e talvez esse tenha sido o pior feito do velho Leymarie — ele desfez-se da maior parte do acervo que Kardec guardava e reservava para compor o arquivo doutrinário espírita para servir de banco de dados de documentos como mensagens e espirituais, desenhos mediúnicos, cartas e anotações do codificador acerca dos bastidores do movimento espírita original. Em Muita Luz (Beaucoup de Lumière), Berthe Fropo denuncia isto e compara ao fatídico episódio Auto de Fé de Barcelona (saiba mais aqui). Leymarie guardou para si — como bem pessoal dele e de sua família — apenas o que julgava útil (que bem podemos ler "vendável"). Após seu trespasse, a condução do espiritismo leymariense foi herdado por... sua esposa, Marina Leymarie, que posteriormente legou ao seu filho, Paul Leymarie.

Então, enfatizando: de geração em geração, o restante do espólio de Kardec chegou aos dias de hoje e se encontra administrado por Philippe Leymarie, gerente da Livraria Leymarie  que, portanto, não tem a assinatura de Kardec. Aliás, há que se destacar, pelo testemunho de quem lá esteve e por diversas mídias, é um comércio e repositório de obras e práticas místicas e esotéricas, distante dos postulados espíritas originais. Pelo que apuramos, inclusive, no andar logo acima do estabelecimento, salas se destinam a consultas de leitura da sorte, o que fica bem demonstrado pela placa constante até os dias atuais, cuja inscrição atesta, em francês, que, porém, dispensa que façamos tradução: "occultisme Leymarie".



A exemplo de outros colaboradores nossos, tentamos contato com Philippe Leymarie acerca do acervo espírita de que ele dispõe. Seu perfil no facebook é público e pode ser acessado por aqui.




Entretanto, a disposição que encontramos nele é puro e simplesmente a de um negociador de relíquias, cujo cartão de visita é bem taxativo: "Je ne serai pas bon marché", ou seja, numa tradução livre: "Meu preço não é barato", disse ele anunciando a posse de várias obras históricas e manuscritos originais — segundo ele, e não temos razão para duvidar disso, embora não possamos garanti-lo  do próprio codificador espírita.

De qualquer modo, o saldo positivo — bastante positivo, por sinal — foi que ele nos ofereceu imagens de algumas dessas "relíquias", inclusive imagens de fotografias inéditas de Kardec, que temos a satisfação de compartilhar com todos aqui:







Fica difícil então imaginar a transformação de uma livraria, cujo propósito é essencialmente comercial, com a ideia de um museu espírita, que para nós deve ter primordialmente uma motivação muito mais sublime. Por sorte a nossa, parte restante do acervo de Allan Kardec foi recuperado por Canuto Abreu e, conforme já anunciamos aqui, está agora aos cuidados da FEAL - Fundação Casas André Luiz com a promessa de que todo ele será brevemente disponibilizado integralmente ao movimento espírita (saiba mais clicando aqui).


Amostra do acervo do Dr. Canuto Abreu sob os cuidados da FEAL

Para completar, sem pretender menosprezar o trabalho da blogueira, tampouco pondo em dúvida a sua boa intenção para com o Espiritismo, somos forçados a lamentar o desconhecimento dela acerca da historiografia espírita. É bem verdade que a grande maioria dos espíritas "assumidos" desconhece mesmo a História do Espiritismo 
— muitos desconhecem até mesmo os fundamentos doutrinários —, mas, pelo fato de ela tornar esse trabalho público, é natural que dela cobremos um melhor preparo para montar o conteúdo de suas campanhas. Ainda mais porque, nesse mesmo vídeo, ela se declara espírita, inclusive trabalhadora espírita de longa data, com bastante experiência em trabalhos doutrinárias (12 anos de passista e doutrinadora de sessão de desobsessão).

Em tempos de fake news e popularização de "informações desinformadas", é bom nos prevenirmos com o que se diz por aí e se posta na internet. A Doutrina Espírita há muito tem sofrido com os preconceitos e falsas atribuições que lhe são dados pelos desinformados e pelos adversários deliberados. Aos espíritas sinceros, cabe o dever de zelar pela justeza das informações.

Pesquisa: "Um Kardec muito humano e ativo" revelações do acervo histórico espírita do Dr. Canuto Abreu


A frente do projeto de catalogação do acervo histórico espírita de Canuto Abreu para uma divulgação geral (veja aqui), Paulo Henrique de Figueiredo compartilha em palestra uma das revelações encontradas nas entrelinhas do material que está sendo trabalhado: uma faceta muito humana e bem ativa de Allan Kardec, conforme se deduz de uma comunicação da autoria do próprio codificador espírita.

Veja o trecho da palestra narrando o caso:


Como é bom e enriquecedor conhecermos cada vez mais a figura pessoal de Kardec, não?

Só por essa pequena amostra, podemos mesmo ficar ainda mais entusiasmados com o que todo o acervo de Canuto Abreu tem para nos oferecer de detalhes e novidades dos bastidores da codificação espírita através dos manuscritos de Allan Kardec.

Continuaremos acompanhando e divulgado esse trabalho. Acompanhe conosco!

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Artigo "O espírita e a política" por Rogério Miguez


Compartilhamos com todos um interessante artigo da autoria de nosso confrade e colaborador Rogério Miguez, sobre um assunto de extrema urgência e ainda mais oportuno para todos nós, em vista do início de mais uma campanha eleitoral para os mais altos cargos públicos de nossa nação. Confiram e reflitam:


O espírita e a política


É interessante observar o comportamento da humanidade como um todo, revisitando regularmente antigas questões de interesse para mais uma vez rediscuti-las. Tudo indica ser este o processo de evolução.

Neste particular texto, a nossa atenção se volta para a parcela da humanidade espírita, embora ainda pequena, também não foge à regra. Como dito, de tempos em tempos, temas importantes, não há qualquer dúvida, ressurgem e mais uma vez iniciam debates e troca de argumentações no âmago dos seguidores de Allan Kardec.

Referimo-nos especificamente à posição do espírita em relação à sua possível atuação na sociedade como integrante nas estruturas político-partidárias. O renascimento do assunto, não há sombra de dúvida, se deve ao quadro pretensamente caótico enfrentado atualmente pela nação. Pela observação da experiência de cada um, parece ser um dos momentos mais agudos enfrentados não só pelos espíritas, bem como por todos nós brasileiros.

Aparentemente ninguém se entende e o suposto caos se apresenta insinuante: um prende daqui, outro solta dali; os escândalos se sucedem em todas as áreas – saúde, educação, segurança...; noticiário espetacular aponta diariamente corrupção nos três níveis da administração - municipal, estadual e federal, e mais, nas três esferas de poder - Judiciário, Executivo e Legislativo; personalidades insuspeitas do meio público acabam por aparecer nas manchetes dos principais meios de divulgação arroladas em situações indecorosas e imorais; parentes destas “figuras notórias” também insistem em surgir, aqui e acolá, envolvidos em desvios de toda a ordem; casos dos mais escabrosos estouram a todo o momento envolvendo desvios inimagináveis de recursos públicos, desta forma, nesta aparente desordem, como acontecerá a tão desejada e esperada Ordem e Progresso, inscrição luminosa a tremular em nosso Pavilhão Nacional?

O momento é convidativo ao reinício dos debates sobre a ausência quase absoluta de políticos espíritas eleitos pelo povo, os quais, segundo alguns, deveriam ocupar variadas posições-chave nos diversos setores da sociedade brasileira, como já fazem muitos seguidores de outras correntes religiosas. Estes últimos já formando bancadas e grupos, verdadeiras sociedades, decidindo sobre questões de interesse nacional, coletivo, entretanto, sob ponto de vista particularíssimo de suas próprias crenças.

É surpreendente o retorno de tal discussão no seio espírita.

Alguns, mais afoitos, relembram com insistência três personagens ímpares da história espírita: Bezerra de Menezes, Eurípedes Barsanulfo e Cairbar Schutel, entre outros, como exemplos de que o espírita pode e, principalmente, tem o dever de se alinhar de mãos dadas e lançar candidaturas políticas, antes do esgotamento das datas para registro dos candidatos, todos em uníssono prometendo de “pés juntos” usar as tribunas e cargos obtidos para acertar os rumos do país.

Quanta ilusão!

Para relembrar, ou mesmo informar aos mais atirados, os três espíritas anteriormente citados, antes de reencarnarem, já haviam construído uma fortaleza moral e ética, em vidas passadas, diminuindo sobremaneira a chance de se corromperem nos cargos ocupados provisoriamente. Acreditamos mesmo, poderem estes três baluartes ocupar qualquer posto sem se deixarem levar pelos apelos mundanos e indecorosos, teimando em surgir no meio político brasileiro. Adicionalmente, os dois primeiros deixaram os cargos políticos ao se tornarem espíritas, e, no caso de Cairbar, já não era mais Intendente de Matão há bom tempo (cargo equivalente ao de Prefeito) quando abandonou o catolicismo para adotar o Espiritismo, no ano de 1904.

Assim sendo, os três gigantes já mencionados não devem ser citados de modo algum, porquanto eles não servem como exemplos, considerando terem percebido conscientemente ou instintivamente não ser possível conciliar uma vida integralmente dedicada ao Espiritismo, consequentemente ao próximo, com atribuições político-partidárias.

Para aquele desejoso em se inspirar em algum político espírita para justificar a sua aspiração em servir nos quadros administrativos nacionais ou regionais, sugerimos destacar José de Freitas Nobre1, espírita detentor de alguns postos políticos durante bom tempo de sua existência, porém, sendo orientado sobre a sua atuação política por nada mais nada menos do que Emmanuel e Bezerra de Menezes.

Aliás, estamos usando impropriamente o vocábulo política, pois o que fazem atualmente os mandatários da nação, quase todos os detentores temporários do poder, não representa de fato condutas políticas, mas atitudes características da politicalha ou politicagem, tão bem definida pelo inesquecível Águia de Haia, Rui Barbosa, que deve estar também à frente dos Espíritos atentos ao que sucede à nação.

Dificílimo é adentrar o lamaçal sem se sujar, mas somos livres.

Antes de concluirmos, cabem algumas importantes lembranças aos postulantes2: a data-limite para filiação partidária e registro de partidos ocorreu em 7 de abril e, em 15 de agosto, se dará a data-limite para que partidos e coligações apresentem o requerimento de registro de candidatos junto à Justiça Eleitoral. Desta forma, só os espíritas hoje filiados a algum partido poderão se lançar candidatos, caso evidentemente convençam seus respectivos partidos de sua importância para o futuro do país.

Sendo assim, todos aqueles, se sentindo à vontade, convictos de poder navegar com segurança nos mares tempestuosos da politicalha brasileira, bem característica do momento, estão certamente convidados a dar um passo à frente, pleiteando suas candidaturas, pois a Doutrina nada proíbe, apenas esclarece. Além disto, aqueles que se autoavaliaram e concluíram estar no mesmo ou similar patamar moral e ético dos três grandes gigantes mencionados estão também conclamados a dar um passo à frente.

Ocorrendo esta decisão, seria de bom alvitre não realizar campanha política dentro da Casa espírita; tampouco preparar panfletos destacando suas opções de vida pelo Espiritismo vinculando a obtenção de votos à crença comum; muito menos solicitar votos dos espíritas pelos meios midiáticos disponíveis; jamais desfilar pelos salões da instituição espírita usando bótons e adesivos colados às vestimentas indicando a sua predileção partidária, isto tudo em respeito à própria Doutrina e por Allan Kardec.

É oportuno igualmente esclarecer sobre as expressões em itálico empregadas ao longo do texto, a saber: pretensamente caótico, suposto caos, aparente desordem, este emprego não se deveu ao acaso, porquanto foram usadas para enfatizar que tudo está sob controle e foi previsto por Allan Kardec. Para se convencer desta afirmação, basta ler ou reler detidamente o último capítulo de A Gênese – São chegados os tempos, e parafraseando o nosso inolvidável Mestre dos mestres, cuja vida impoluta jamais abrigou qualquer nuance de partidarismo, propomos: os que detiverem entendimento de entender, entenderão.

A cada qual pelas suas obras.

Rogério Miguez

Referências:
1 Disponível em: FEB Paraná Acesso em 06/07/2018.
2 Disponível em: eleições Acesso em 06/07/2018.

sábado, 11 de agosto de 2018

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Videopalestra espírita "As Três Revelações: a Nova Era e o Espiritismo" com Maristela Santos


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMOVideopalestra espírita "As Três Revelações: a Nova Era e o Espiritismo" com Maristela Santos, realizada no Centro Espírita Léon Denis - CELD, no Rio de Janeiro.

Trata-se de um estudo do Capitulo 1 "Não Vim Destruir a Lei: A Nova Era", itens 9 a 11 do Livro O Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec.

Maristela Santos desenvolve sua exposição fazendo uma boa comparação entre os valores essenciais e práticos da lei mosaica (de Moisés para o povo hebreus, nos primórdios do monoteísmo judaico), da lei cristã (trazida por Jesus)  os novos ensinamentos da Doutrina Espírita, a terceira revelação, como precursora para a Nova Era da Humanidade.

Confira a palestra e reflita conosco sobre suas ideias:


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