OS ANOS DE NOSSAS VIDAS


OS ANOS DE NOSSAS VIDAS
O que são os anos de nossas vidas? Esperança? Tristeza? Comemoração? Frustração?
É claro que para cada um de nós, terá um significado diferente e cada período de nossa vida terá sua importância.
Às vezes, maior ou menor, para nós.
A importância de uns é plena de amor e repleto carinho e cuidados de mãe, abraços de pai, doces da vovó, passeio de carro com o vovô...
Mas infelizmente de outros, são motivos de tristeza, dias amargos, falta de pão e de compreensão: falta de amor.
Na adolescência, rebeldes sem causa, querendo gritar para o mundo seus ideais, suas mudanças, seu despertar para a vida, ou ainda, aqueles tímidos, pedindo a Deus que o mundo não o veja passar, querendo atravessar a passarela da vida sem aplausos, ou pelo menos, sem críticas.
Aí então nos chega a tão esperada, desejada, sonhada idade adulta. Perguntamos: o que fazer com ela?
Nossos sonhos? É era de pô-los em prática.
Nós temos cobranças a pagar, filhos para alimentar, pai e mãe a nos cobrar, não por maldade, é claro, mas pela imensa vontade que eles têm de nos ver felizes.
E para uns, esse sonho se torna realidade, e para outros, pesadelo.
Mas somos fortes; conseguimos conciliar família, emprego, vida pessoal, amigos, religião... Ah, com certeza, conseguiremos!
Aí nos chega a maturidade e poremos na balança o que realmente importa.
Os falsos aplausos já não importam mais; as críticas vazias, muito menos.
É hora, é tempo de realmente analisarmos o que somos, o que aprendemos de bom, o que levamos desta encarnação.
Nos voltamos para Deus, para dentro de nós mesmos e aí sim encontramos as respostas que procurávamos nos outros a felicidade que ansiávamos – vir de fora, nos ser doado pelo marido ou esposa, filhos, amigos... Só agora entendemos que ela está dentro de cada um de nós.
Podemos nos dar ou tirar, “se eu acreditar que posso ou não”, das duas maneiras estou certo.
E agora, na melhor idade, estamos em paz com alguns achaques da idade ou até algumas doenças crônicas, por excessos da juventude. Mas nada que nos tire essa paz interior, o tempo todo conosco, nos amparando, nos impulsionando, acreditando em nós – até mesmo quando não acreditamos nela.
Sim, a “Melhor Idade”. Não poderiam ter inventado melhor termo para os anos 60, 70, 80, 90 e que dirá, 100 anos de nossas vidas.
Por isso, não vamos nos entristecer se aquele filho está desempregado ou se a filha a cada ano tem mais um filho, se sua aposentadoria é para comprar remédios ou leite dos netos...
Você também já teve essa idade, seu tempo de maturidade. Por essa razão, não pegue a responsabilidade que são deles.
Viva seu tempo. Viva sua idade, plena, serena, consciente, principalmente feliz.
Ofélia Maria

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