Jesus, o Espírito Verdade da Codificação Kardequiana
PROMESSA DO BEM
Por onde andar, se não se sabe o caminho?
Por que amar, quando não se tem carinho?
Jesus é a resposta, também o Consolador,
O Espírito Verdade, o enviado do Senhor.
Quero ir mais além,
Quero voar bem mais alto.
Faz de mim homem justo e amorável.
Jesus, guia os meus passos!
Levarei o teu amor aonde quer que eu vá.
Faz de mim o teu espelho,
Faz meu corpo teu altar.
Que tua luz tenha em mim grande fidelidade,
Que alegre corações, que plante felicidade!
Que Jesus, Mestre divino, nos conduza em tua paz,
Pois, tu nos chama de filhos,
E nós te chamamos de Pai.
Laerte
No decorrer da reunião, o Espírito César Hanzi nos convidou a interpretar a poesia e imediatamente abriu-se a discussão sobre uma velha questão corrente no meio espírita: Jesus é o tal Espírito Verdade (ou Espírito de Verdade) que acompanhou os trabalhos de Allan Kardec na elaboração dos livros básicos da Doutrina Espírita? Foi o próprio Messias que ditou as mensagens assinadas pela tal entidade e postas nas obras kardequianas? (A começar pelo prefácio de "O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO").
Como nem Kardec e nem qualquer outra entidade mais respeitada certificou isso, ficamos livres para interpretações e suposições pessoais. Há quem creia que sim, vendo nisso a mais natural conclusão, dado que em muitos textos, o tal Espírito Verdade se exprime exatamente como Jesus, cujo teor, certamente, não difere em nada do que esperaríamos do Mestre. Mas, por outro lado, há quem não admita que Jesus se ocuparia pessoalmente em se manifestar aos homens e que, no máximo, o Espírito Verdade seria um enviado seu. "Nenhum médium nesta dimensão suportaria receber Jesus" — diriam.
Com efeito, quem poderia negar que o Cristo revogasse tal citação:
Espíritas! Amem a todos, este o primeiro ensinamento; instruam-se, este o segundo. No Cristianismo encontram-se todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram. Eis que do além-túmulo – que julgavam que era o nada –, vozes clamam a vocês: "Irmãos! Nada morre. Jesus Cristo é o vencedor do mal, sejam os vencedores da impiedade".O Espírito de Verdade (Paris, 1860) em "O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO"- Cap. VI, item 5.
Eis pois que Laerte vem nos afirmar com clareza e objetividade: o próprio Jesus é o Espírito Verdade que se ocupou de conduzir a revelação espírita, o mesmo que outrora cedeu ao nobre Allan Kardec, quinze minutos, a cada mês, para que o codificador pudesse lhe perguntar algo, tirar dúvidas sobre suas pesquisas ou para qualquer outro despacho.
Hanzi aproveitou o ensejo para, mais uma vez, cutucar o comportamento demasiado acanhado e melindroso do movimento espírita atual — sobretudo em relação à mediunidade. "Imagine se uma entidade mais nobre, como Maria de Nazaré, desejasse nos falar...?!" Que aconteceria com o médium que se "atrevesse" a dar passagem àquele que foi o berço maternal de Jesus na Terra? E se Ele mesmo também quisesse se fazer presente entre nós, logicamente que, no entender dos menos condescendentes, não poderia fazê-lo por via mediúnica, mas sim por uma aparição muito "espetacular".
Essa acanhamento e melindre atual, segundo nossos amigos espirituais, também se estendem às ressalvas e mesmo ao barramento sistemático à prática mediúnica. Coisas do tipo: exclusão de jovens médiuns, exigências especiais (e estranhas) de iniciação, etc.
Em todo o caso, fica um alerta do Recanto: para sermos sérios, dignos, estudiosos e atentos sim, mas também mais ousados, porque os tempos atuais requerem uma atitude mais incisiva.
interessante essa postagem, pois nos faz lembrar duas obras importantes de Allan Kardec. Em O Livro dos Médiuns, no Cap. 31, sobre Dissertações Espíritas, o item 9, tem uma mensagem assinada por Jesus, cuja nota de rodapé refere-se a exclusão do nome e explica-se o porque de tal feito. Dois anos após esta publicação, é lançado o Evangelho Segundo o Espiritismo, e Kardec repete exatamente a mesma mensagem, no Cap. 6, O Cristo Consolador, nas Instruções dos Espíritos, com a assinatura de "O Espírito de Verdade - Paris, 1860". Kardec possuia uma cautela enorme da qual admiramos, pois tudo ele passava pelo crivo da razão. O comentário refere-se apenas a nos fazer pensar um pouco sobre se for mesmo Jesus ou um outro espírito, pra Kardec e para nós espíritas pouco deve importar. O que realmente vale ressaltar é que a mensagem é de um teor elevadíssimo, não importando pois a assinatura. Parabéns pelo site e pela postagem. abraços Fraternos
ResponderExcluirJuliano
interessante essa postagem, pois nos faz lembrar duas obras importantes de Allan Kardec. Em O Livro dos Médiuns, no Cap. 31, sobre Dissertações Espíritas, o item 9, tem uma mensagem assinada por Jesus, cuja nota de rodapé refere-se a exclusão do nome e explica-se o porque de tal feito. Dois anos após esta publicação, é lançado o Evangelho Segundo o Espiritismo, e Kardec repete exatamente a mesma mensagem, no Cap. 6, O Cristo Consolador, nas Instruções dos Espíritos, com a assinatura de "O Espírito de Verdade - Paris, 1860". Kardec possuia uma cautela enorme da qual admiramos, pois tudo ele passava pelo crivo da razão. O comentário refere-se apenas a nos fazer pensar um pouco sobre se for mesmo Jesus ou um outro espírito, pra Kardec e para nós espíritas pouco deve importar. O que realmente vale ressaltar é que a mensagem é de um teor elevadíssimo, não importando pois a assinatura. Parabéns pelo site e pela postagem. abraços Fraternos
ResponderExcluirJuliano
Aqui temos uma pesquisa sobre este polêmico assunto: http://www.paulosnetos.net/index.php/viewdownload/5-artigos-e-estudos/26-espirito-de-verdade-quem-seria-ele
ResponderExcluirAqui temos um estudo sobre este polêmico tema:
ResponderExcluirhttp://www.paulosnetos.net/index.php/viewdownload/5-artigos-e-estudos/26-espirito-de-verdade-quem-seria-ele