Suicídio crescente preocupa os organismos internacionais
O Portal de Notícias da Globo G1 publica uma matéria especial tratando de um assunto sempre delicado: suicídio. A questão elementar da reportagem é o crescimento desse tipo de atentado, fazendo uma chamada para a necessidade de se discutir o assunto em vista de prevenir esse mal, que nós, espíritas, sabemos melhor do que ninguém.
A matéria fala do perfil dos suicidas, do gênero predominante (no caso, o masculino), a faixa etária (atenção para o crescimento de suicidas na fase adolescente) as razões mais comuns e um pingue-pongue sobre mitos e verdades no entorno do tema, por exemplo, "Quem ameaça, realmente tem potencial para se suicidar?"
Clique aqui e veja a matéria "SUICÍDIO: é preciso falar sobre esse problema".
Segundo a World Health Organization, o suicídio (também chamado de autocídio) é a décima maior causa de morte no mundo, dizimando cerca de 1 milhão de vidas por ano. 60% deles se dão na Ásia, sendo mais corriqueiros nos na China, Índia e Japão. No entanto, o Ocidente vive uma onda crescente desse tipo de ato, muito em função da proliferação do uso de drogas e bebidas alcoólicas. No Brasil, a cada 100 mil habitantes, muito perto de 5 pessoas se matam anualmente.
Uma das maiores preocupações da Organização Mundial de Saúde é o desastroso legado do ato. Para cada um suicida, fica um trauma para um grupo de familiares e amigos mais ou menos extenso, danos esses incalculáveis que, não raro, incitam outros atentados.
Espiritismo e suicídio
Como dissemos, o espírita, melhor do que ninguém, pode calcular os prejuízos de se abreviar a própria vida, tanto pelo suicídio quanto pela eutanásia.
Já na sua obra basilar, "O Livro dos Espíritos" (veja aqui), Allan Kardec abordou o tema frontalmente, submetendo aos instrutores espirituais as questões mais relevantes a respeito. Na quarta parte do livro, sob o tema "Desgosto da vida - Suicídio", o codificador indaga, entre outras coisas, se a pessoa tem o direito de retirar a sua própria vida (questão 944), ao que segue a resposta dos Espíritos: "Não; esse direito só cabe a Deus. O suicídio voluntário é uma transgressão desta lei".
Em diversas partes desta obra, encontramos informações importantes, como a definição de suicídio involuntário, como o duelo ou em ocorrências nas quais o ser humano expõe-se perigosamente por uma causa banal ou mesmo sem propósito que não o de se pôr em risco.
Além das obras kardequianas, temos na literatura espírita clássica obras de incalculável valor, por exemplo, "Nosso Lar" (veja aqui), psicografado por Chico Xavier, pela qual o Espírito André Luiz narra as consequências de seus atos destrutivos, de uma vida desregrada, que lhe causaram a morte prematura, lançando-o a um horripilante lamaçal. E vejam que, nesse caso, foi "apenas" involuntariamente.
A obra-prima espírita sobre o assunto é mesmo "Memórias de um suicida" (veja aqui). Nela, encontramos uma narrativa espetacular sobre o drama vivido pelo Espírito Camilo Cândido Botelho após seu autocídio, ditado à médium Yvonne Pereira. No caso, o autor espiritual é um pseudônimo do famoso escritor português Camilo Castelo Branco, morto por suicídio em 1 de junho de 1890.
O escritor deliberou livrar-se do desgosto de conviver com a cegueira que o acometeu na fase madura da vida. Em uma carta remetida ao seu oftalmologista, ele assim descreveu sua desgraça:
Mal sabia ele que a desgraça maior, melhor, a "verdadeira desgraça" estava por vir, a começar pelo surpreendente desgosto de saber que ninguém mata a si mesmo, mas apenas destrói o corpo físico ao qual estava destinado a passar um curto período de tempo em vista da infinidade da vida espiritual.
A narrativa que segue em "Memórias de um Suicida" não serve como regra geral de consequências para todos os casos, pois há várias implicações de agravamento ou atenuação das responsabilidades para os envolvidos (aquele que se autoflagelou, aqueles que incitaram ou colaboraram direta ou indiretamente para o ato), entretanto, não deixa de servir como uma boa ilustração para começarmos a compreender a repercussão desse atentado à lei divina, que sempre consagra a vida.
A solução para o problema do suicídio
De maneira geral, o suicida — ou pretenso suicida — visa extinguir a vida na ilusão de que a morte (fenômeno físico) representa também o aniquilamento da vida consciencial. Isto é, de fato, uma concepção materialista (crença que a vida seja pura manifestação química dos órgãos materiais) e ignorância de que a vida seja um fenômeno espiritual, independente do corpo físico. Trocando em miúdos, falta de conhecimento e fé raciocinada. Em segundo plano, está o ato desesperado de alguém que, por desequilíbrio espiritual (beirando a fronteira da loucura), ainda que crente na espiritualidade, fraqueja diante das provas da vida, ou ainda suponha receber, por "graça divina", o perdão de seu ato pela suposta justificativa de um "sofrimento insuportável".
A proposta espírita diante disso é bem clara: conhecimento da natureza espiritual, pelo qual saberemos da justeza, sabedoria e bondade do plano de Deus para cada um de nós, o que nos oferece a força necessária para vencer as vicissitudes da vida (necessárias para a nossa evolução), tendo como propósito maior o nosso crescimento espiritual. Noutras palavras, é preciso que cada um faça o seu autodescobrimento e compreenda que a Criação é de fato um plano perfeito, sábio, bom e justo, tocando assim num ponto crucial para o bem-estar individual que é a "razão de viver", "um sentido para a própria vida" — que vai além de suplantar a dor diária, visto que, na maioria dos casos, o "pretexto" para se matar não passa de banalidade, ocorrendo entre pessoas fisicamente saudáveis, bem instruídas, estabelecidas financeiramente etc.
E essa formação espiritual, remédio definitivo contra o suicídio, nenhuma doutrina pode melhor oferecer do que o Espiritismo.
Como sugestões de leitura, além das obras supracitadas, acrescentamos "Terapia Espírita" (ver aqui) e "O Grande Encontro Filosófico" (ver aqui), ambos de Louis Neilmoris, que tratam da origem e essência dos males da vida, seus efeitos, bem como de como suplantarmos o sofrimento através de uma autoterapia, à luz da Doutrina Espírita.
Recomendamos também a palestra "Prevenção do suicídio" com André Trigueiro.
Em diversas partes desta obra, encontramos informações importantes, como a definição de suicídio involuntário, como o duelo ou em ocorrências nas quais o ser humano expõe-se perigosamente por uma causa banal ou mesmo sem propósito que não o de se pôr em risco.
Além das obras kardequianas, temos na literatura espírita clássica obras de incalculável valor, por exemplo, "Nosso Lar" (veja aqui), psicografado por Chico Xavier, pela qual o Espírito André Luiz narra as consequências de seus atos destrutivos, de uma vida desregrada, que lhe causaram a morte prematura, lançando-o a um horripilante lamaçal. E vejam que, nesse caso, foi "apenas" involuntariamente.
A obra-prima espírita sobre o assunto é mesmo "Memórias de um suicida" (veja aqui). Nela, encontramos uma narrativa espetacular sobre o drama vivido pelo Espírito Camilo Cândido Botelho após seu autocídio, ditado à médium Yvonne Pereira. No caso, o autor espiritual é um pseudônimo do famoso escritor português Camilo Castelo Branco, morto por suicídio em 1 de junho de 1890.
O escritor deliberou livrar-se do desgosto de conviver com a cegueira que o acometeu na fase madura da vida. Em uma carta remetida ao seu oftalmologista, ele assim descreveu sua desgraça:
"Sou o cadáver representante de um nome que teve alguma reputação gloriosa n’este país durante 40 anos de trabalho. Chamo-me Camilo Castelo Branco e estou cego. Ainda há quinze dias podia ver cingir-se a um dedo das minhas mãos uma flâmula escarlate. Depois, sobreveio uma forte oftalmia que me alastrou as córneas de tarjas sanguíneas. Há poucas horas ouvi ler no Comércio do Porto o nome de V. Exa. Senti na alma uma extraordinária vibração de esperança. Poderá V. Exa. salvar-me? Se eu pudesse, se uma quase paralisia me não tivesse acorrentado a uma cadeira, iria procurá-lo. Não posso. Mas poderá V. Exa. dizer-me o que devo esperar d’esta irrupção sanguínea n’uns olhos em que não havia até há pouco uma gota de sangue? Digne-se V. Exa. perdoar à infelicidade estas perguntas feitas tão sem cerimónia por um homem que não conhece."
Mal sabia ele que a desgraça maior, melhor, a "verdadeira desgraça" estava por vir, a começar pelo surpreendente desgosto de saber que ninguém mata a si mesmo, mas apenas destrói o corpo físico ao qual estava destinado a passar um curto período de tempo em vista da infinidade da vida espiritual.
A narrativa que segue em "Memórias de um Suicida" não serve como regra geral de consequências para todos os casos, pois há várias implicações de agravamento ou atenuação das responsabilidades para os envolvidos (aquele que se autoflagelou, aqueles que incitaram ou colaboraram direta ou indiretamente para o ato), entretanto, não deixa de servir como uma boa ilustração para começarmos a compreender a repercussão desse atentado à lei divina, que sempre consagra a vida.
A solução para o problema do suicídio
De maneira geral, o suicida — ou pretenso suicida — visa extinguir a vida na ilusão de que a morte (fenômeno físico) representa também o aniquilamento da vida consciencial. Isto é, de fato, uma concepção materialista (crença que a vida seja pura manifestação química dos órgãos materiais) e ignorância de que a vida seja um fenômeno espiritual, independente do corpo físico. Trocando em miúdos, falta de conhecimento e fé raciocinada. Em segundo plano, está o ato desesperado de alguém que, por desequilíbrio espiritual (beirando a fronteira da loucura), ainda que crente na espiritualidade, fraqueja diante das provas da vida, ou ainda suponha receber, por "graça divina", o perdão de seu ato pela suposta justificativa de um "sofrimento insuportável".
A proposta espírita diante disso é bem clara: conhecimento da natureza espiritual, pelo qual saberemos da justeza, sabedoria e bondade do plano de Deus para cada um de nós, o que nos oferece a força necessária para vencer as vicissitudes da vida (necessárias para a nossa evolução), tendo como propósito maior o nosso crescimento espiritual. Noutras palavras, é preciso que cada um faça o seu autodescobrimento e compreenda que a Criação é de fato um plano perfeito, sábio, bom e justo, tocando assim num ponto crucial para o bem-estar individual que é a "razão de viver", "um sentido para a própria vida" — que vai além de suplantar a dor diária, visto que, na maioria dos casos, o "pretexto" para se matar não passa de banalidade, ocorrendo entre pessoas fisicamente saudáveis, bem instruídas, estabelecidas financeiramente etc.
E essa formação espiritual, remédio definitivo contra o suicídio, nenhuma doutrina pode melhor oferecer do que o Espiritismo.
Como sugestões de leitura, além das obras supracitadas, acrescentamos "Terapia Espírita" (ver aqui) e "O Grande Encontro Filosófico" (ver aqui), ambos de Louis Neilmoris, que tratam da origem e essência dos males da vida, seus efeitos, bem como de como suplantarmos o sofrimento através de uma autoterapia, à luz da Doutrina Espírita.
Recomendamos também a palestra "Prevenção do suicídio" com André Trigueiro.
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