Suicídio crescente preocupa os organismos internacionais


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Segundo a World Health Organization, o suicídio (também chamado de autocídio) é a décima maior causa de morte no mundo, dizimando cerca de 1 milhão de vidas por ano. 60% deles se dão na Ásia, sendo mais corriqueiros nos na China, Índia e Japão. No entanto, o Ocidente vive uma onda crescente desse tipo de ato, muito em função da proliferação do uso de drogas e bebidas alcoólicas. No Brasil, a cada 100 mil habitantes, muito perto de 5 pessoas se matam anualmente.
Uma das maiores preocupações da Organização Mundial de Saúde é o desastroso legado do ato. Para cada um suicida, fica um trauma para um grupo de familiares e amigos mais ou menos extenso, danos esses incalculáveis que, não raro, incitam outros atentados.
Espiritismo e suicídio
Como dissemos, o espírita, melhor do que ninguém, pode calcular os prejuízos de se abreviar a própria vida, tanto pelo suicídio quanto pela eutanásia.

Em diversas partes desta obra, encontramos informações importantes, como a definição de suicídio involuntário, como o duelo ou em ocorrências nas quais o ser humano expõe-se perigosamente por uma causa banal ou mesmo sem propósito que não o de se pôr em risco.
Além das obras kardequianas, temos na literatura espírita clássica obras de incalculável valor, por exemplo, "Nosso Lar" (veja aqui), psicografado por Chico Xavier, pela qual o Espírito André Luiz narra as consequências de seus atos destrutivos, de uma vida desregrada, que lhe causaram a morte prematura, lançando-o a um horripilante lamaçal. E vejam que, nesse caso, foi "apenas" involuntariamente.

O escritor deliberou livrar-se do desgosto de conviver com a cegueira que o acometeu na fase madura da vida. Em uma carta remetida ao seu oftalmologista, ele assim descreveu sua desgraça:
"Sou o cadáver representante de um nome que teve alguma reputação gloriosa n’este país durante 40 anos de trabalho. Chamo-me Camilo Castelo Branco e estou cego. Ainda há quinze dias podia ver cingir-se a um dedo das minhas mãos uma flâmula escarlate. Depois, sobreveio uma forte oftalmia que me alastrou as córneas de tarjas sanguíneas. Há poucas horas ouvi ler no Comércio do Porto o nome de V. Exa. Senti na alma uma extraordinária vibração de esperança. Poderá V. Exa. salvar-me? Se eu pudesse, se uma quase paralisia me não tivesse acorrentado a uma cadeira, iria procurá-lo. Não posso. Mas poderá V. Exa. dizer-me o que devo esperar d’esta irrupção sanguínea n’uns olhos em que não havia até há pouco uma gota de sangue? Digne-se V. Exa. perdoar à infelicidade estas perguntas feitas tão sem cerimónia por um homem que não conhece."
Mal sabia ele que a desgraça maior, melhor, a "verdadeira desgraça" estava por vir, a começar pelo surpreendente desgosto de saber que ninguém mata a si mesmo, mas apenas destrói o corpo físico ao qual estava destinado a passar um curto período de tempo em vista da infinidade da vida espiritual.
A narrativa que segue em "Memórias de um Suicida" não serve como regra geral de consequências para todos os casos, pois há várias implicações de agravamento ou atenuação das responsabilidades para os envolvidos (aquele que se autoflagelou, aqueles que incitaram ou colaboraram direta ou indiretamente para o ato), entretanto, não deixa de servir como uma boa ilustração para começarmos a compreender a repercussão desse atentado à lei divina, que sempre consagra a vida.
A solução para o problema do suicídio
De maneira geral, o suicida — ou pretenso suicida — visa extinguir a vida na ilusão de que a morte (fenômeno físico) representa também o aniquilamento da vida consciencial. Isto é, de fato, uma concepção materialista (crença que a vida seja pura manifestação química dos órgãos materiais) e ignorância de que a vida seja um fenômeno espiritual, independente do corpo físico. Trocando em miúdos, falta de conhecimento e fé raciocinada. Em segundo plano, está o ato desesperado de alguém que, por desequilíbrio espiritual (beirando a fronteira da loucura), ainda que crente na espiritualidade, fraqueja diante das provas da vida, ou ainda suponha receber, por "graça divina", o perdão de seu ato pela suposta justificativa de um "sofrimento insuportável".


Como sugestões de leitura, além das obras supracitadas, acrescentamos "Terapia Espírita" (ver aqui) e "O Grande Encontro Filosófico" (ver aqui), ambos de Louis Neilmoris, que tratam da origem e essência dos males da vida, seus efeitos, bem como de como suplantarmos o sofrimento através de uma autoterapia, à luz da Doutrina Espírita.
Recomendamos também a palestra "Prevenção do suicídio" com André Trigueiro.
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