Como funciona a Justiça Divina? - 160 anos de 'O Céu e o Inferno'


Diante das vicissitudes da existência na Terra, há quem ache que tenha "ideias" melhores do que as de Deus, supondo que "isso devia ser assim e aquilo devia ser assado" — como diz a cultura popular. O fato é que muita gente (para não dizer quase todo mundo) está bastante descontente com a vida que leva e vê na Criação uma obra imperfeita demais para o que se espera de uma divindade, donde então surge a principal argumentação dos ateístas e demais materialistas.

Todo esse descontentamento, porém, é fruto da falta de compreensão de como Deus organizou e mantém organizado o Universo, especialmente sobre como é a justiça divina; quem entende o mínimo desse sagrado mecanismo tem a felicidade de confiar do Criador e seguir resignado sua jornada evolutiva, sabendo que tudo está no seu perfeito lugar, cumprindo muito bem a sua função nesse mecanismo engenhoso e pleno de sabedoria, bondade e justiça.

Portanto, não há vítimas nem injustiças nas coisas que nos acontecem conosco: os Espíritos encarnados na Terra são aqueles que estão sujeitos às condições terrenas, caracterizadas como situações de provações e expiações, além de — em casos raríssimos — missões. Os que aqui estão sofrendo são seres que:

  • Precisam se submeter às dificuldades naturais desse mundo, a fim de desenvolver suas capacidades intelectuais e morais (provações);
  • Devem colher os maus frutos que plantaram em encarnações passadas, com o propósito de aprenderem "sentindo na pele" aquilo que impuseram aos outros (expiações);
  • Vieram dar um bom exemplo e, assim, estimular os semelhantes a buscar as virtudes espirituais, bem como às vezes oferecer um amparo especial a determinados amigos aqui encarnados nas condições anteriores, sendo que tal tarefa também possa servir para os Espíritos mais adiantados que vieram à Terra voluntariamente nesta condição especial (missões).

Nesse sentido, ler e estudar com profundidade o livro O Céu e o Inferno de Allan Kardec é fundamental para nos compenetrarmos dessa verdade suprema; não à toa o título completo da obra é O Céu e o Inferno ou a Justiça Divina segundo o Espiritismo. Portanto, todo o conteúdo deste livro trata de como funciona o "tribunal da natureza"; por isso, é sempre recomendado a sua leitura integral e uma reflexão após cada tópico, ou pelo menos a cada capítulo.

Para os mais apressados, ou para um reestudo, o livro traz uma síntese do tema central, intitulada 'Código penal da vida futura', no capítulo VII da 1ª parte, com 33 itens, destacando os princípios básicos desse processo de ajustamento das Leis Naturais. Trata-se, pois, de um ótimo resumo, capaz de aquietar qualquer coração mais revoltoso contra a vida e contra Deus — desde que esteja dominado pelo orgulho, e então possa enxergar a justeza das coisas, porque todo "mal" que aqui se sucede tem uma causa primária cuja reação é inevitável e justamente aplicada, posto nossas imperfeições.

Sem esse conhecimento essencial, o que resta é dúvidas sobre a bondade, a sabedoria e a onipotência de Deus, consequentemente, a descrença e o arrastamento para o materialismo; pois, como dizia Allan Kardec: "Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão face a face."

Desse modo, queridos confrades, é urgente nos valermos da leitura e estudo da obra aqui destacada.

Lembrando que você pode ler online ou baixar este livro em PDF ou EPUB através da nossa Sala de Leitura.

Veja também as nossas primeiras publicações sobre esta série especial de artigos: 

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