quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Terror em Charlottesville e a solução espírita


Na última semana um episódio deplorável colocou no mapa dos assuntos internacionais a cidade de Charlottesville, no Estado da Virgínia, nos EUA. Um grupo supremacistas brancos lançaram um protesto na Universidade daquele local, propagando preconceito contra determinadas denominações que eles consideram inferiores, por exemplo: negros, gays, imigrantes (especialmente judeus). Esses supremacistas acompanham um movimento que se articula em submundos de cidades comuns, onde ainda são evocados os escombros dos derrotados das duas grandes guerras mundiais do século XX. Por isso, são chamados de neonazistas.

Em sua visão doentia, os seres humanos têm separações biológicos e que, por conta dessa disposição orgânica, há uma hierarquia natural. Ou seja, há "raças" privilegiadas pela criação e, por outro lado, há outras inferiorizadas pela própria condição humana. Nessa psicopatia, a cor da pele, a qualidade do sangue ou mesmo o registro de nascimento são elementos que delimitam os privilegiados e os párias do mundo.


Os extremistas de Charlottesville levantaram seu gripo para "exigir" a legalização desse "status" de que supõem ser detentores. Mas eles, obviamente, não representam toda aquela cidade americana, e a outra parte não tardou em articular um protesto contra aquela manifestação racista. Daí então houve um choque de posições, confronto físico e atentados que resultaram em mortes e várias pessoas feridas. A prefeitura chegou a declarar "estado de emergência e alerta de uma iminente guerra civil".



A resposta da Ciência

A Ciência já se pronunciou de forma muito peremptória sobre o falso conceito de "raças" e suposta hierarquia natural. Não existe subdivisão biológica na raça humana que aponte a existência de gente superior e gente inferior. Somos todos de uma única raça. Aliás, após os resultados do Projeto Genoma Humano, passou-se a considerar esse termo obsoleto, inapropriado e mesmo perigoso, por fomentar um pseudoargumento para preconceitos sem respaldo científico.

Nesse contexto, está desatualizada e muito equivocada a aplicação desse vocábulo no jargão político, por exemplo, em programas sociais e até leis que visam promover certos grupos sociais, como a lei brasileira nº 12.288, de 20 de julho de 2010, que institui o "Estatuto de Igualdade Racial".

Ao invés de "raça", o conceito moderno uso o termo etnia para designar povos caracterizados por especificidades sociocultural.


E se o DNA prova que não há separação e hierarquia entre humanos, muito menos o local de nascimento deveria influenciar uma opinião. O fato de ser americano, judeu, brasileiro, japonês, sul-africano ou qualquer nacionalidade não passa de um mero controle social vinculado a uma demarcação geográfica.


A resposta espírita

Indo muito além da ciência convencional, a Doutrina Espírita não apenas desfalece a argumentação racista como também aponta as verdadeiras origens dessas aberrações comportamentais. A chave para toda a questão é a lei natural de reencarnação.


O Espiritismo demonstra filosoficamente, e aponta os reflexos concretos e passíveis de serem observados pela Ciência, através do processo reencarnatório, que a condição física humana é circunstancial; que a verdadeira essência do ser é a natureza espiritual; que a cor da pele, os traços fisionômicos, os laços consanguíneos e a demarcação geográfica dos indivíduos na Terra não determinam as qualidades do Espírito, o ser pré-existente e sobrevivente à condição humana. Encarnamos neste orbe com determinadas características (nacionalidade, etnia, condição social) para nele ensaiarmos nossa evolução, aprendendo lições e praticando os aprendizados sucessivos no sentido de desenvolver nossas capacidades intelectuais e virtudes morais. Onde nascemos e as características corporais são condições passageiras e adequadas às nossas necessidades evolutivas. Encarnamos onde e na condição que melhor pode nos oferecer ensejo de crescimento espiritual.

Isso implica que possíveis reencarnações aqui na Terra nos leve a experimentar novas características físicas e étnicas; podemos trocar de sexo, podemos nascer no hemisfério oposto ao atual; podemos habitar um corpo com uma cor diferente e assim por diante.

A verdadeira razão dos preconceitos e sentimentos racistas está na imperfeição daqueles que, não enxergando a fraternidade universal (o Cristo nos colocou todos na condição de irmãos, todos filhos do mesmo Deus) e não tocados pelo espírito da caridade (a virtude elementar que promove a plena felicidade), acham-se motivados pelo egoísmo, suponde ser superior aos demais e então merecedor de privilégios.

Desta maneira, o Doutrina Espírita esclarece todas as questões e convida a humanidade para refletir sobre uma nova postura, para a qual esperamos alcançar o verdadeiro espírito de igualdade, fraternidade e caridade.

Se os homens das ciências não fossem ainda tão ambiciosos pelos valores materiais as academias científicas já teriam proclamado e lançado os conceitos espíritas; a reencarnação já deveria ser pauta dos grandes congressos internacionais e, ao invés de terem de se debater sobre questões tão primitivas — como atos de violência física —, estariam discutindo melhorias para o mundo, onde provavelmente ainda reencarnaremos — se assim o merecermos.

2 comentários:

  1. É verdade. Só a luz do espiritismo achamos a explicação para tantas disparidades!

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  2. As pessoas certamente aprendem a odiar. E se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar já que o amor surge de forma mais natural no coração das pessoas que seu oposto.Já vivemos muitas vezes, estamos com as pessoas certas para ajustarmos os nossos corações e resolvermos os nossos problemas. Na reencarnação ninguém erra de endereço! Gostei muito do post quando colocou o processo reencarna tório como base. www.espiritismokardecista.com

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