A polêmica no Movimento Espírita sobre ideologia de gênero e outros temas palpitantes
Aconteceu que, através desse vídeo, alguns apontamentos levantados por Divaldo Franco e Haroldo Dutra Dias suscitaram em alguns seguimentos, ditos "progressistas", dos Movimento Espírita controvérsias e até mesmo revoltas. Há, inclusive, campanha de abaixo assinado com repúdio especialmente contra duas argumentações levantadas por aqueles ativistas espíritas, a saber: a definição dada sobre a polêmica questão da chamada "ideologia de gênero'; e a defesa da FEB - Federação Espírita Brasileira como entidade legítima para guiar o Movimento Espírita.
É uma pena que o vídeo original que divulgamos naquela postagem foi removido pelo YouTube a pedido do Centro Espírita Caminho da Redenção a pretexto de reivindicação de direitos autorais.
Logo em seguida conseguimos um novo link com uma cópia do vídeo desse evento, que aqui repassamos a todos:
Sobre a pergunta relacionada à ideologia de gênero, destacamos o trecho num novo título foi postado e aqui compartilhamos:
A propósito, o vídeo citado por Divaldo, pelo qual Haroldo explana sua opinião sobre a mesma questão do conceito de ideologia de gênero, pode ser assistido a seguir:
Outro ponto que também é passível de muita discussão é quanto ao trabalho do juiz Sérgio Moro na série de processos da Operação Lava Jato, que Divaldo Franco fez questão de ressaltar como "presidente da República de Curitiba". O médium espírita defende claramente o esforço do judiciário contra a lama da corrupção que assola nosso país e convida o público a um voto mais consciente, e, portanto, menos fisiológico.
Nossa opinião
Pensamos que seja bom que o debate franco e democrático acerca das interpretações espíritas, afinal, é assim que uma doutrina progressista se desenvolve, além do que, o confronto de ideias, dentro dos limites da racionalidade e do respeito — no mínimo — com o próximo sempre é salutar para todos nós e até mesmo para o fortalecimento do Movimento Espírita. Contudo, é preciso salientar a granel os critérios da racionalidade e do respeito. O grau desta polêmica, no entanto, tem se elevado ao nível do exagero — como, aliás, muitos debates em voga em nossa sociedade atual, farta de extremismo.
Dentro do critério da racionalidade, sobretudo queremos destacar as controvérsias levantadas em relação à definição que Divaldo deu: "Alucinação psicológica da sociedade"; Divaldo então faz uma contextualização histórica da referida tese e dá sua opinião — que comunga com a do colega Haroldo — conforme seu entendimento colhido à luz do Espiritismo, expondo a problemática de se admitir o desdém à natureza sexual do organismo humano; ora, este é um tema muitíssimo complexo, que envolve conhecimentos profundos de diversas áreas científicas, a começar por biologia e psicologia, além de um domínio conceitual da própria Doutrina Espírita, para se comparar a questão com os valores propostos pela espiritualidade. Isso exige total racionalidade e domínio sobre as ideologias particulares de cada, ainda mais que se trata de um problema saturado de paixão. Não que supomos Divaldo infalível, mas é preciso convir que ele tem, por si mesmo, estudioso que é, uma enorme bagagem intelectual e mostra bastante dedicado em não ceder a interesses particulares. Afinal, são 90 anos de experiência. Para se questionar sua opinião — o que é direito de todos, e é louvável mesmo que se faça —, porém, devemos nos acercar de fundamentos e isenção de palpites apaixonados.
Infelizmente, vemos muitos "segmentos" enraizando-se dentro do Movimento Espírita para tomar o Espiritismo como suporta para suas campanhas ideológicas particulares, propondo uma interpretação customizada da doutrina para defender suas opiniões. E isso sob a bandeira de um suposto "progresso". Ora, se o Espiritismo se fundamente nas leis naturais — perfeitas, e portanto imutáveis —, então cabe a cada qual se adequar logicamente a seus conceitos, não de desfigurar a doutrina para satisfazer as necessidades de cada um.
Dessa maneira, somos da opinião que, sob a condição humana, que distingue fisicamente os gêneros masculinos e femininos, o Espirito mais equilibrado é aquele que se adapta melhor a esse organismo. Num futuro longínquo, mediante o longo processo evolutivo, é notório que a própria natureza orgânica irá cuidar de descaracterizar as diferenças sexuais. Até lá, todavia, forjar tal circunstância é antinatural.
Quando Divaldo diz que a FEB é de "origem divina" e nos convida á busca pela união dos espíritas no entorna desta federação, pensamos que ele não o fez no sentido de a seguirmos cegamente. Haroldo, por exemplo, admite que, sendo a instituição efetivada por homens — muito falhos que somos —, mas não deixa de exaltar o espírito, ou seja, o objetivo primordial da FEB que é o de propagar o Espiritismo. Não o faz com perfeição, enfatizamos, mas procura fazê-lo e para que tal se dê é que Divaldo e Haroldo convoca a todos a contribuir com os homens mandatários lá. Concordamos então com eles no ponto em que queremos enxergar a FEB, não como a dona absoluta do Movimento Espírita, mas como um núcleo respeitável, até pela sua experiência histórica, ao qual todos nós podemos nos aproximar e procurar contribuir para o seu melhoramento prático. Para isso, como o próprio Haroldo menciona, faz bem os diretores da FEB se abrirem a ouvir mais os confrades — o que não implica que deva ceder a toda e qualquer petição particular. Somos favoráveis à soma de forças, pois só assim faremos o Espiritismo ganhar espaço na sociedade a fim de influenciá-la quanto aos conceitos da espiritualidade.
Já com relação à defesa de Divaldo ao trabalho do Juiz Sérgio Moro, como já temos tratado aqui por diversas vezes, consideramos acertada e temos mesmo muitas esperanças de que ele faça escola no judiciário e demais órgãos públicos encarregados de cuidar da justiça brasileira, no sentido de que um novo espírito de inconformidade com a corrupção se perpetue no nosso Brasil. É lógico que não o tomamos como um homem perfeito, infalível, e nem podemos ser condescendentes com qualquer abuso cometido por ele, pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e por ninguém, mas estamos convictos de que a Operação Lava Jato representa um marco positivo na História da nossa Nação.
Por fim, sempre convidamos a todos para o compartilhamento das ideias e opiniões, mas não podemos deixar de fazer o apelo para a racionalidade e o respeito para com todos. Devemos nos esforçar para buscar a verdade, e não nos esforçar para moldar a verdade conforme o que buscamos. Ainda que possamos discordar num ou outro ponto com o pensamento de Divaldo, Haroldo ou qualquer outro, devemos ter a complacência para com todos e, mais, nunca perder o foco dos verdadeiros valores espíritas. Que as discordâncias sejam ensejo para uma conversação fraterna e produtiva, e nunca pretexto para desrespeito ao próximo e escândalos.
Nossa opinião
Pensamos que seja bom que o debate franco e democrático acerca das interpretações espíritas, afinal, é assim que uma doutrina progressista se desenvolve, além do que, o confronto de ideias, dentro dos limites da racionalidade e do respeito — no mínimo — com o próximo sempre é salutar para todos nós e até mesmo para o fortalecimento do Movimento Espírita. Contudo, é preciso salientar a granel os critérios da racionalidade e do respeito. O grau desta polêmica, no entanto, tem se elevado ao nível do exagero — como, aliás, muitos debates em voga em nossa sociedade atual, farta de extremismo.
Dentro do critério da racionalidade, sobretudo queremos destacar as controvérsias levantadas em relação à definição que Divaldo deu: "Alucinação psicológica da sociedade"; Divaldo então faz uma contextualização histórica da referida tese e dá sua opinião — que comunga com a do colega Haroldo — conforme seu entendimento colhido à luz do Espiritismo, expondo a problemática de se admitir o desdém à natureza sexual do organismo humano; ora, este é um tema muitíssimo complexo, que envolve conhecimentos profundos de diversas áreas científicas, a começar por biologia e psicologia, além de um domínio conceitual da própria Doutrina Espírita, para se comparar a questão com os valores propostos pela espiritualidade. Isso exige total racionalidade e domínio sobre as ideologias particulares de cada, ainda mais que se trata de um problema saturado de paixão. Não que supomos Divaldo infalível, mas é preciso convir que ele tem, por si mesmo, estudioso que é, uma enorme bagagem intelectual e mostra bastante dedicado em não ceder a interesses particulares. Afinal, são 90 anos de experiência. Para se questionar sua opinião — o que é direito de todos, e é louvável mesmo que se faça —, porém, devemos nos acercar de fundamentos e isenção de palpites apaixonados.
Infelizmente, vemos muitos "segmentos" enraizando-se dentro do Movimento Espírita para tomar o Espiritismo como suporta para suas campanhas ideológicas particulares, propondo uma interpretação customizada da doutrina para defender suas opiniões. E isso sob a bandeira de um suposto "progresso". Ora, se o Espiritismo se fundamente nas leis naturais — perfeitas, e portanto imutáveis —, então cabe a cada qual se adequar logicamente a seus conceitos, não de desfigurar a doutrina para satisfazer as necessidades de cada um.
Dessa maneira, somos da opinião que, sob a condição humana, que distingue fisicamente os gêneros masculinos e femininos, o Espirito mais equilibrado é aquele que se adapta melhor a esse organismo. Num futuro longínquo, mediante o longo processo evolutivo, é notório que a própria natureza orgânica irá cuidar de descaracterizar as diferenças sexuais. Até lá, todavia, forjar tal circunstância é antinatural.
Quando Divaldo diz que a FEB é de "origem divina" e nos convida á busca pela união dos espíritas no entorna desta federação, pensamos que ele não o fez no sentido de a seguirmos cegamente. Haroldo, por exemplo, admite que, sendo a instituição efetivada por homens — muito falhos que somos —, mas não deixa de exaltar o espírito, ou seja, o objetivo primordial da FEB que é o de propagar o Espiritismo. Não o faz com perfeição, enfatizamos, mas procura fazê-lo e para que tal se dê é que Divaldo e Haroldo convoca a todos a contribuir com os homens mandatários lá. Concordamos então com eles no ponto em que queremos enxergar a FEB, não como a dona absoluta do Movimento Espírita, mas como um núcleo respeitável, até pela sua experiência histórica, ao qual todos nós podemos nos aproximar e procurar contribuir para o seu melhoramento prático. Para isso, como o próprio Haroldo menciona, faz bem os diretores da FEB se abrirem a ouvir mais os confrades — o que não implica que deva ceder a toda e qualquer petição particular. Somos favoráveis à soma de forças, pois só assim faremos o Espiritismo ganhar espaço na sociedade a fim de influenciá-la quanto aos conceitos da espiritualidade.
Já com relação à defesa de Divaldo ao trabalho do Juiz Sérgio Moro, como já temos tratado aqui por diversas vezes, consideramos acertada e temos mesmo muitas esperanças de que ele faça escola no judiciário e demais órgãos públicos encarregados de cuidar da justiça brasileira, no sentido de que um novo espírito de inconformidade com a corrupção se perpetue no nosso Brasil. É lógico que não o tomamos como um homem perfeito, infalível, e nem podemos ser condescendentes com qualquer abuso cometido por ele, pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e por ninguém, mas estamos convictos de que a Operação Lava Jato representa um marco positivo na História da nossa Nação.
Por fim, sempre convidamos a todos para o compartilhamento das ideias e opiniões, mas não podemos deixar de fazer o apelo para a racionalidade e o respeito para com todos. Devemos nos esforçar para buscar a verdade, e não nos esforçar para moldar a verdade conforme o que buscamos. Ainda que possamos discordar num ou outro ponto com o pensamento de Divaldo, Haroldo ou qualquer outro, devemos ter a complacência para com todos e, mais, nunca perder o foco dos verdadeiros valores espíritas. Que as discordâncias sejam ensejo para uma conversação fraterna e produtiva, e nunca pretexto para desrespeito ao próximo e escândalos.
Na essência, não somos melhores e nem piores que ninguém (seja de crença for), portanto, somos imperfeitos aprendizes do tempo e da razão, e democraticamente, enxergo um certo excesso (pessoal) do caro Divaldo, uma vez que, a FEB não é o Vaticano, e o querido Divaldo não é o Papa. Com respeito e equilíbrio, cabe opiniões contrárias ao seu posicionamento, doutrinário e politico. Esta cizânia de há tempos, em diversos grupos de nossa Doutrina, só tem feito rachar o nosso Movimento e evitar a sua propagação no ceio social. O orgulho e o individualismo tem sido marca deletéria em nosso Movimento, urge revisão nas linhas de há tempos adotadas, visando atualizar sua abordagem, união e flexibilidade internas, com consequente crescimento como opção de religião cristã. Humildemente, abraços!
ResponderExcluirConcordo com Domingos, e acrescento que a Doutrina Espírita é o Cristianismo Redivivo, Jesus ensinou a amar incondicionalmente.E que Kardec disse que :"Se a ciência comprovar o contrário do que eu disse, fique com a ciência..." A vida é evolução, as mudanças são necessárias!!! E é bom lembrarmos que Jesus foi julgado, condenado e morto por aqueles que não aceitavam as ideias novas, exatamente os doutores da Lei, que conheciam profundamente as Leis de Deus e agiam em nome Dele...
ResponderExcluirBem, todos tem o direito de se expressar, Divaldo foi questionado e deu sua opinião, quem quiser seguir o faça, quem achar ao contrario tome as atitudes que bem imaginar. O nome é livre arbítrio, depois na vida maior seremos vibração de nossa escolhas, e na próxima o resultado de nossas ações/escolhas de hoje, o nome é Lei de Causa e Efeito. Quem faz e manifesta a favor dessa ou daquela vai cedo ou tarde acordar. Eu estou com Divaldo, tem o direito de se expressar, não é Papa, Sacerdote, Pastou ou Guru, mais é alguém que merece confiança, pelo que faz e como faz e por seguir retilineamente sua fidelidade a Jesus.
ResponderExcluirA questão não é estar com o Divaldo ou contra o Divaldo.
ExcluirA questão do espírita é estar com a Doutrina Espírita.
O que se percebe é que boa parte do "rebanho" espírita tem aversão ao estudo.
Preferem ficar assistindo palestras, acham que os médiuns e palestrantes são os "pastores" desse "novo rebanho", copiando os modelos católicos e protestantes.
Estão esquecendo do segundo "mandamento" espírita: "Instruí-vos".
Como se instruir? Estudando. Estudando tudo, Doutrina Espírita e Ciência.
Divaldo Franco, no mínimo foi imprudente e atabalhoado ao tentar responder a pergunta feita, cujo assunto ("ideologia de gênero"), não tem nada a ver com Ciência ou Espiritismo, é um termo político.
A Psicologia, a Pedagogia, a Psiquiatria discutem "ideologia de gênero"? Não! Pois não é fruto de nenhum estudo científico. É apenas um neologismo político.
Se o nobre médium e palestrante desconhecia isso, era mais prudente não se arriscar. Ao contrário, não respondeu a pergunta e se perdeu em outros assuntos políticos-partidários sem nenhum sentido com a questão levantada.
Uma tristeza e decepção, para uma pessoa com tão larga experiência.
Se lembrasse da Obra "Conduta Espírita" (André Luiz), no capítulo que abaixo reproduzo, não teria causado essa celeuma sectária:
"10
NOS EMBATES POLÍTICOS
Situar em posição clara e definida as aspirações sociais e os ideais espíritas
cristãos, sem confundir os interesses de César com os deveres para com o Senhor.
Só o Espírito possui eternidade.
Distanciar-se do partidarismo extremado.
Paixão em campo, sombra em torno.
Em nenhuma oportunidade, transformar a tribuna espírita em palanque de
propaganda política, nem mesmo com sutilezas comovedoras em nome da caridade.
O despistamento favorece a dominação do mal.
Cumprir os deveres de cidadão e eleitor, escolhendo os candidatos aos postos
eletivos, segundo os ditames da própria consciência, sem, contudo, enlear-se nas malhas
do fanatismo de grei.
O discernimento é caminho para o acerto.
Repelir acordos políticos que, com o empenho da consciência individual, pretextem
defender os princípios doutrinários ou aliciar prestígio social para a Doutrina, em troca de
votos ou solidariedade a partidos e candidatos.
O Espiritismo não pactua com interesses puramente terrenos.
Não comerciar com o voto dos companheiros de Ideal, sobre quem a sua palavra ou
cooperação possam exercer alguma influência.
A fé nunca será produto para o mercado humano.
Por nenhum pretexto, condenar aqueles que se acham investidos com
responsabilidades administrativas de interesse público, mas sim orar em favor deles, a fim
de que se desincumbam satisfatoriamente dos compromissos assumidos.
Para que o bem se faça, é preciso que o auxílio da prece se contraponha ao látego
da crítica.
Impedir palestras e discussões de ordem política nas sedes das instituições
doutrinárias, não olvidando que o serviço de evangelização é tarefa essencial.
A rigor, não há representantes oficiais do Espiritismo em setor algum da política
humana.
“Nenhum servo pode servir a dois senhores.” — Jesus. (LUCAS, 16:13.)"
Carlos, se me permite um aparte, gostaria de dizer que ideologia de gênero é uma matéria estudada entre sociólogos, biólogos, psicólogos e outras que ciências ligadss ao comportamento humano...em vários países esse tema tem suscitado o interesse de estudiosos...
ExcluirO que não podemos deixar de considerar, é que a ciência não considera ainda o elemento espiritual e dessa maneira está fundamentada em bases materialistas..somos indivídualidades...seres únicos, espíritos com experiências diversas,portanto cada um com necessidades e potencialidades distinas.. Para nós outros que compreendemos a vida à luz da reencarnação, não deveria mais pairar essa questão...
No eminente palestrante e conferencista que dedicou sua vida a causa espírita merecia mais respeito do movimento...e não ser taxado de tendencioso por assumir uma posição reta e límpida.
E eu gostaria de entender o que seria "Espiritismo progressista" ao conheço o Consolador prometido presidido pelo Espírito Verdade que é o pensamento do Cristo.