"A próxima data de Chico Xavier: 2057, a Nova Era"" - videodocumentário


Em sequência às especulações sobre a tese da Data Limite, dissemina-se agora as expectativas para a continuação do processo de transição planetária, que marca a passagem evolutiva do nosso planeta Terra do 2° nível (mundo de expiação e prova) para o 3° (mundo de regeneração), sendo o prazo final para essa nova Era — conforme a mesma tese — estipulado para o ano de 2057, daí a temática do videodocumentário que aqui compartilhamos: "A próxima data de Chico Xavier: 2057, a Nova Era", roteirizado e editado por Élcio Braga.

O autor é natural de Nova Iguaçu, baixada fluminense, residente no Rio de Janeiro, jornalista do jornal O Globo. Mais sobre Élcio Braga no site da ABI - Associação Brasileira de Imprensa. Ver perfil no Facebook.

Um breve resumo da ideia desenvolvida no documentário: segundo revelações de Chico Xavier ao seu amigo Geraldo Lemos Neto, foram tomadas importantes deliberações pelos líderes galáticos, dos quais Jesus representando especialmente a Terra, a respeito do programa evolutivo do nosso orbe no final da década de 1960, por ocasião da chegada do homem à Luz (um marco histórico para a humanidade); dentre essas deliberações estava uma moratória para que os Espíritos ligados à Terra pudessem continuar seu curso evolutivo sob especial proteção espiritual, mas com a contrapartida de se evitar a um terceiro conflito mundial — conflito esse tão temido (devido o poder de destruição em massa a partir de armas nucleares) e então especulado desde o fim da Guerra Mundial (1945); passado o prazo dessa moratória (meio século, vencido em 2019) com essa exigência cumprida, então a espiritualidade adiantaria o programa da transição planetária, propiciando uma série de concessões para o bem-estar geral do nosso mundo. Só a título de curiosidade, já que completamos o período da moratória, se não tivéssemos vencido esse prazo sem uma nova guerra planetária, dizia a previsão do saudoso médium mineiro que as consequências teriam sido catastróficas, inclusive para o Brasil — que seria totalmente desfigurado geograficamente.

Bem, felizmente alcançamos 2019 com sucesso e então as expectativas voltam-se para as benditas concessões. O que estaria a espiritualidade reservando para os herdeiros da Nova Era aqui na Terra?

Aqui é que entra o referido documentário. Assistam-no e reflitam sobre as possibilidades apresentadas:


É bem verdade que uma boa parte da mídia espírita não levou muito em consideração a tese Data Limite, e, provavelmente, não será mais essa especulação que fará o milagre da unanimidade. De nossa parte, se não vendemos como uma verdade essa ideia, porque não temos como fazê-lo com propriedade, por esta mesma razão não a negamos e menos ainda a desdenhamos: deixemos por conta do império do tempo, que tudo revela oportunamente.

Se à ideia central da tese Data Limite foram acrescidos exuberantes detalhes, alimentados por um exaltado ardor de sua defesa, maculando nomes, inclusive, com tudo isso não compactuamos. Porém, vemos certa lógica no cerne da tese apresentada: o processo de progressão dos níveis dos mundos é um conceito espírita (Allan Kardec descreve os cinco estágios de um planeta assim: 1) mundo primitivo; 2) mundo de expiação e prova; 3) mundo de regeneração; mundos ditosos; e 5 - ver em (O Evangelho segundo o Espiritismo, Allan Kardec - cap. III, item 3) mundo celeste. Cada mundo é habitado por Espíritos cujo grau evolutivo é mais ou menos compatível com o nível de progresso do determinado planeta. Assim, a Terra, passando do segundo para o terceiro estágio — que é o nível intermediário da escala dos mundos —, há de receber como reencarnantes Espíritos que já alcançaram certo grau evolutivo, que, para efeitos didáticos, poderíamos chamar de juventude espiritual, deixando para trás a fase de adolescência, caracteriza por ousadia, rebeldia, ansiedade, intempestividade, volúpia, curiosidade etc., em direção à maturidade, à perfeição, ao que miticamente se diz de angelitude (ver (A Gênese, Allan Kardec - cap. XVIII). Também não imaginamos outra coisa senão que, a exemplo de todos os mundos habitados, a Terra não está à deriva, nem seus habitantes entregues à própria sorte; nosso mundo é assistido pela espiritualidade superior, donde imaginamos Jesus como o seu tutor principal — pelo que normalmente o chamamos "Governador espiritual"; Kardec, que viveu nos tempos da monarquia, o intitulou de "Rei" (O Evangelho segundo o Espiritismo, Allan Kardec - cap. II, item 4).

Quanto aos prazos, levamos em conta as especulações do próprio codificador espírita, apontando sinais concretos da Nova Era já para o começo do século XIX, para o que o Espiritismo viria contribuir sistematicamente com o processo de transição. Ocorreu que as luzes da Doutrina Espírita foram ignoradas pelos homens e, ao invés do esperado, o que a terra angariou no século passado foi a desventura de duas sanguinárias guerras mundiais (ver o documentário Espiritismo à francesa: a derrocada do movimento espírita francês pós-Kardec).

Talvez o prazo final para a transição planetária fosse o final daquele século XIX, que aliás era o fechamento do segundo milênio da Era Cristã; com as duas grandes guerras, a espiritualidade teve que reformular o seu planejamento. Talvez os líderes galáticos estivessem planejando acelerar o plano de exílio dos Espíritos atrasados para fora da Terra — o que certamente afetaria grande percentual de nossa população. Com o suposto pedido de moratória feito por Jesus, muitos dos prováveis candidatos a serem expulsos da Terra ganhariam mais tempo para se espiritualizar e assim garantir permanência nessa terra prometida para os tempos vindouros.

Independentemente do planejamento para a transição planetária, que cada um de nós saiba cuidar de se planejar para a sua transição pessoal, promovendo o seu autodescobrimento, sua melhoria consciencial, crescendo em intelecto e virtudes morais para que, seja na Terra, seja em qualquer outro lugar, faça brilhar cada vez mais a sua luz.

Comentários

  1. imaginar um diretor planetário não combina com uma doutrina de razão, pois a razão aponta na direção da liberdade, da diversidade, da democracia plena. A espiritualidade não é espírita, mas de todos e somos pessoas de diferentes culturas, crenças, valores e sentimentos. Já postaram que o mundo iria acabar em 2019. Já não chega de besteira?

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens populares

Chico e o retrato de Maria de Nazaré

"Espiritismo, misticismo, sentimento religioso e positivismo: uma resposta de Léon Denis", por Jáder dos Reis Sampaio

A Proclamação da República do Brasil e o Espiritismo

Considerações a partir do Discurso "O espiritismo é uma religião?" de Allan Kardec, por Brutus Abel e Luís Jorge Lira Neto

Necrológio: Isabel Salomão (1924 - 2024)