sábado, 20 de julho de 2019

Curso evolutivo da humanidade terrena e as possibilidades da tese Data-Limite


Enfim chegamos à Data-Limite. E agora? ´Que acontecerá?

Se você desconhece o tema, recomendamos uma olhada no nosso post anterior a respeito. Mas, para fins práticos, eis um pequeno resumo:

A tese veio à público por dois respeitados ativistas espíritas — Geraldo Lemos Neto e a saudosa Dra. Marlene Nobre —, pessoas íntimas do médium Chico Xavier, que é, por assim dizer, o patrono das revelações que compõem a referida formulação, retransmitindo as informações do seu guia espiritual, Emmanuelconforme anotamos no nosso post "Revelações De Chico Xavier Sobre Transição Planetária" de 1 de junho de 2011.

Geraldo Lemos Neto e Chico Xavier

Em síntese, o inesquecível médium teria recebido informações a respeito de determinações espirituais em vista do programa evolutivo do planeta Terra, em meados do século passado, estando a nossa humanidade já muito em atraso espiritual, apesar dos esforços dos seus instrutores do além. E na iminência de deliberações mais arrojadas para se fazer cumprir o plano de adiantar o nosso globo à fase de regeneração, deixando a Era característica de expiação e de provas, inclusive pelo processo de exílio dos Espíritos mais atrasados a mundos mais inferiores — de condições de vida bem mais penosa do que nosso orbe —, Jesus teria proposto um período de moratória correspondente a meio século, para que os terráqueos pudessem se condicionar aos planos da nova Era a fim de continuarem aqui — e escapar de serem degredados —, sob a condição de os homens não cedessem à insistente tentação de um novo conflito planetário, o que seria a terceira guerra mundial, de cujas destrutivas consequências seriam quase que incalculáveis; passado essa moratória sem tal calamidade, por mérito, a humanidade então se habilitaria a novos e extraordinários benefícios da espiritualidade, enquanto que, se dentro desse prazo — que se encerra na dita data limite — a humanidade venha a caminhar para a terceira guerra, ela iria contrair para si uma grande responsabilidade, espécie de "carma coletivo", que imporia a todos um enorme sofrimento.

Chico teria recebido sondagens sobre o possível cenário resultante de cada uma das duas circunstâncias possíveis. No caso de vencermos esse período isentos da mancha de uma terceira guerra, novas possibilidades se abririam para o desenvolvimento humano, inclusive um contato direto com irmãos nossos de outros orbes que, mais evoluídos do que nós, podem contribuir com nosso progresso. No segundo cenário, havendo estourada o terceiro conflito mundial, ficaríamos à mercê de indizível e duradouro sofrimento expiatório.

A data limite estipulada tem um significado simbólico: representa o meio século de moratória proposta por Jesus a contar de um dia marcante para a História da Humanidade: 21 de julho de 1969, quando o homem chegou á Lua, na incrível jornada da missão Apollo 11.

Um marco para a História da humanidade terrena: a conquista da Luz em 1969

E então? O que vem a seguir?

Bem, para respondermos a essa questão, teremos que interpretar — num justo exercício teórico — o curso evolutivo da humanidade terrena elaborado pela espiritualidade. De antemão, pelo menos — em considerando a tese Data-Limite — nós conseguimos vencer o prazo cumprindo a exigência de evitarmos uma terceira guerra mundial e, com isso, escapamos do temido cenário consequente desse conflito, cujos prejuízos seriam sem precedentes e de males incalculáveis para todo o planeta — embora, claro, não fosse o fim; apenas legaria aos homens a devida expiação por tal delito.

Mas então, vamos fazer uma interpretação (e, como dissemos, á título de ensaio) de todo o processo.


O CURSO EVOLUTIVO DA HUMANIDADE TERRENA

O que colhemos da Revelação Espírita é que a humanidade terrena (contando os encarnados e os Espíritos ainda vinculados à Terra) não passa de uma pequena comunidade dentre os filhos de Deus espalhados nos incontáveis mundos e incontáveis universos — as "muitas moradas da casa de meu pai", parafraseando Jesus de Nazaré — que estão matriculados neste planeta-escola chamado Terra em curso evolutivo, chegando agora na fase intermediária de seu desenvolvimento (já não mais tão ignorante, mas ainda distante da perfeição a que os Espíritos estão todos destinados). Diríamos que estamos na passagem da adolescência para a juventude espiritual.

Fisicamente falando, em relação ao nosso orbe, estamos na passagem da segunda para a terceira fase de um total de cinco, a saber: 1) mundo primitivo; 2) mundo de expiação e prova; 3) mundo de regeneração; 4) mundo ditoso; e 5) mundo divino (O Evangelho segundo o Espiritismo, Allan Kardec - cap. III). A estrutura geológica de um mundo de expiação e prova, em passagem para mundo regenerador, impõe aos seus habitantes (fisicamente compatíveis com essa estrutura material) ainda uma rude forma de sobrevivência e um acrisolamento das potências espirituais no homem encarnado em virtude de um organismo corporal também rude. Enquanto não adquirem uma certa maturidade espiritual para bem se servir do seu livre-arbítrio, os habitantes de um mundo intermediária  como no caso da Terra  são muito influenciados pela espiritualidade; isso quer dizer que (também a título de ensaio evolutivo, de prova e de expiação) são bastante suscetíveis de sofrerem perseguição de Espíritos inferiores (inclusive de obsessores pertinazes), assim como podem ser muito beneficiados com o amparo dos bons Espíritos (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec - questão 459).

Com efeito, a espiritualidade superior (formada pelos missionários divinos) tem planos para a humanidade e faz seus planejamentos pedagógicos enquanto guia essa comunidade em evolução, como qualquer bom professor o faz pela ordem de graduar seus pupilos. E, conforme o adiantamento da classe, ele vai ajustando sua pedagogia para melhor desempenhar o aprendizado geral e, aqui e acolá, dando um suporte especial aos retardatários. Assim, os mestres invisíveis vão reprogramando a sua didática, assim como um GPS refaz a rota à procura dos melhores caminhos num grande mapa de possibilidades.

Porém, todo bom planejamento implica também em prazos de execução de tarefas, e o plano maior tem seus prazos para fazer a Terra progredir. Por isso, diz a Revelação Espírita que é chegada a hora de nosso planeta se graduar na escala dos mundos e seus habitantes hão de acompanhar esse progresso (A Gênese, Allan Kardec - cap. XVIII). A propósito disso, o próprio Espiritismo seria a aula que completaria o ano letivo dessa classe prestes a concluir a 2ª fase escolar terrena (mundo de expiação e prova) para, enfim, adentrar num novo ano letivo, a nova Era, de mundo de regeneração. E, obviamente, aqueles que não conseguirem a "nota mínima" para essa nova fase hão de ser separados e remetidos a um novo educandário, propriamente destinado a receber os alunos reprovados e lhes guiar num curso de recuperação (mundos inferiores, mais ou menos equivalente à Terra na época do homem das cavernas).

Vejamos bem que aqui estamos falando de separação — não definitiva, mas a uma distância considerável — entre pessoas que se conhecem e até mesmo entre os que se gostam. Essa é a mensagem essencial do Apocalipse bíblico. E convém lembrar que o próprio Cristo sempre profetizou que a porta é estreita e poucos são os escolhidos, ou seja, imigração em massa, bilhões de Espíritos sendo "convidados a se retirarem do planeta Terra", posto que a permanência deles aqui embaraça o progresso local e perturba a aula para os que realmente desejam estudar. O destino para os retardatários é um lugar de ranger de dentes — e ser exilado num tal mundo é bem equivalente ao que se diz de "ir para o inferno". A boa nova é que essa "punição" (na verdade, consequência dos próprios atos) não é eterna como pregam certas doutrinas religiosas. Mas é interessante evitar tal punição, não?.

E o que tudo isso tem a ver com a ideia Data-Limite?

Ora, segundo essa concepção, no ensejo pela conquista dos primeiros passos humanos na Lua, os instrutores galáticos estariam deliberando sobre o curso evolutivo da Terra (A Caminho da Luz, Emmanuel, Chico Xavier).

Teriam eles demarcado o prazo para o grande exílio coletivo dos mais atrasados Espíritos vinculados ao nosso orbe? Teriam eles deliberado conceder mais uma oportunidade de reencarnação às entidades inferiores do além, a fim de que pudessem recuperar o tempo perdido? Teriam decidido abrir de uma maior proteção espiritual e deixar a humanidade à mercê de suas próprios ideologias mundanas e, com isso, sofre por mais um período expiatório antes da grande triagem?

São especulações, que a qualquer cabe levantar. E é de se observar com carinho que, se o plano pedagógico de evangelizar a Terra com o Cristianismo não foi muito bem executado — pelos homens, que falsearam a Boa Nova de Jesus —, e eles eram os "trabalhadores da última hora", é razoável pensarmos que o plano traçado para a Doutrina Espírita de revivescer aquele Evangelho pode constituir o esforço dos "trabalhadores do último minuto". E igualmente vale recordar que isso se falava daquele Espiritismo original, iniciado por Allan Kardec, da França para o mundo em meados do século XIX. Tanto que o codificador espírita, otimista por natureza, tantas vezes anunciava a chegada da Nova Era já com sinais substanciais para as primeiras décadas do século seguinte ao seu — neste caso, para nós, o século passado (1900) — o que efetivamente não se deu: o Espiritismo praticamente foi dizimado no mundo, ressurgindo aqui no Brasil uma faísca daquele movimento original. (Ver filme-documentário Espiritismo à Francesa - a derrocada do movimento Espírita Francês pós-Kardec.


A tese Data-Limite diz que Jesus teria proposto uma moratória de 50 anos dentro da qual os mentores espirituais encarregados de guiar a humanidade terrena, num esforço em conjunto com os homens, cuidariam para preservar nosso mundo de uma terceira guerra — que certamente envolveria, em predominância, armamento nuclear altamente destrutivo — e, vencido esse prazo de provação, nosso mundo começaria a receber uma série de benefícios inovadores para alavancar nossos desenvolvimento. Dentre esses benefícios, cogita-se o intercâmbio efetivo e desvelado com extraterrestres, que viriam nos emprestar tecnologias avançadas que alteraria nosso modo de vida — para melhor.

A partir daí  como é próprio da condição humana atual  não falta quem especule as mais espantosas ideias. Um vasto campo de imaginação tem sido aberto para rechear uma proposta mais mística para a nova Era. Já tem "médiuns" realizando sessões abertas pelas quais incorpora-se ETs; pessoas outras narram que já vários extraterrestres atuando em nosso meio, em reuniões com líderes políticos e autoridades militares mundiais e etc. É, portanto, uma "espetacularização" geral.

Então, o que é verdadeiro e o que não é? Bem, cada qual pode lançar suas ideias e ponderar sobre as ideias alheias, é o direito de cada um; mas, por mais evidente seja nossa crença ou nossa negação às ideias alheias, não nos convém impô-las a ninguém. O que é falso sempre é, no momento certo, desmascarado; o que é verdadeiro, também no tempo apropriado, sempre se manifesta perenemente.

Em suma, e acima de tudo, o que nos parece mais patente acerca desse tema é a necessidade da graduação individual, independentemente do avanço planetário. Ou seja, a transição pessoal, o aperfeiçoamento da consciência e da conduta que cabe a cada Espírito (encarnado e desencarnado) promover em si mesmo, o que não depende da conduta comum dos contemporâneos. O curso evolutivo espiritual é uma estrada inevitável e todos são arrastados pela força do progresso, mas qualquer um pode adiantar-se e alcançar o estágio de perfeição espiritual e plenitude da vida e, enfim, a verdadeira felicidade (O Livro dos Espíritos - questões 776 e seguintes). Desta feita, o que quer que aconteça com a Terra, em evoluindo, cada um de nós estará subindo os degraus do progresso e alcançando melhor bem-estar.

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