Uma verdadeira e positiva onde de redescoberta da História do Espiritismo está em curso, em que vários estudiosos espíritas, coletiva ou individualmente, têm se debruçado sobre recém-resgatados documentos acerca do tema, por fontes diversas, por exemplo, o acervo dos registros oficiais da Biblioteca Nacional da França, que tem sido digitalizado e publicado no seu portal Gallica; o acervo pessoal do Dr. Canuto Abreu, hoje ministrado pela Projeto Cartas de Kardec; e coletas particulares, como a do Museu Online do Espiritismo do site Allan Kardec Online. Esse resgate historiográfico, cujo valor é inestimável para o desenvolvimento da Doutrina Espírita, já está tendo uma aplicação prática: contribuir com as reflexões a respeito da polêmica O caso A Gênese (saiba mais aqui).
À vista disso, com o lançamento da página especial de pesquisa O caso A Gênese, em 17 de março deste 2020, logo mais cuidamos de lançar uma enquete sobre a opinião dos nossos confrades que acompanham o desenrolar dos fatos sobre esta polêmica, perguntando-lhes: "Você acha que o livro A Gênese de Allan Kardec foi adulterado a partir da 5ª edição?" para o que oferecemos cinco alternativas de resposta:
1) Ainda não tenho opinião sobre isso
2) Não tenho certeza, mas acho que NÃO
3) Não tenho certeza, mas acho que SIM
4) Tenho certeza que NÃO Tenho certeza que SIM
Inclusive, para quem não votou, a enquete continua valendo; para quem já deu o seu voto, ao escolher novamente uma opção, o sistema pergunta se o usuário deseja alterá-lo.
A apuração da enquete também já está disponível neste link.
Vejamos a seguir como tem sido o andamento desta apuração, de acordo com a evolução dos votos colhidos, começando pelos dados correspondentes ao dia 4 de abril, uma semana depois da abertura da enquete; na ocasião, já contávamos com 92 opiniões, cujos números eram:
Em 1 de maio, o total de votantes havia dobrado e o resultado parcial da enquete mostrava uma pequenina variação, mas ainda confirmando uma boa margem favorável às opções favoráveis à ideia de adulteração do livro A Gênese:
O total de votantes era 256 em 15 de maio e os percentuais eram esses, sem significativa alteração em relação ao apurado anterior:
Na quarta parcial da enquete, que registramos em 2 de junho, quando já havia 339 votos computados, os números apresentaram já uma boa variação, mostrando a ascensão das opções contrárias à tese de adulteração do livro em questão. Veja os percentuais de então:
E, finalmente, o apurado mais recente, colhido neste 15 de junho, com 375 votos registrados, cujo quadro é o seguinte:
Veja a seguir o quadro com a evolução das parciais:
Observamos então que, se no início da enquete as opções mais escolhidas tendiam para a ideia de que a obra A Gênese havia sido ou poderia ter sido adulterada, a progressão da apuração mostrou um crescente das opiniões contrárias à tese de adulteração, ao lado da 1ª opção, que é neutra em relação às duas ideias controversas.
O sistema da nossa enquete também computa quantas vezes um voto é refeito. Com isso, observamos que a taxa atual de alteração no voto é de 7%, enquanto em 15 de maio, apenas 1% havia mudado de opção. Como não registramos de qual opção anterior para a nova, o mais razoável é pensarmos que alguns daqueles que estavam convencidos da tese de adulteração, diante de novos dados, reviram sua posição.
Essa variação sugere que os nossos confrades estejam acompanhando o desenvolvimento do caso, posto que as últimas descobertas (documentos e análises dos pesquisadores) põem em dúvida a acusação de que terceiros tenham interferido no trabalho de Allan Kardec na revisão do livro que praticamente fecha a sua grandiosa tarefa na obra de codificação do Espiritismo.
De fato, a questão não está fechada; muitas coisas precisam ser melhor esclarecidas sobre a publicação da 5ª edição de A Gênese, versão dita "revisada, corrigida e aumentada"; porém, não se pode ignorar que a tese atualmente mais abraçada para justificar a ideia de adulteração, que é aquela contida no livro O Legado de Allan Kardec, de Simoni Privato Goidanich, requer seja passada por reexame, em face das novas evidências históricas documentadas.
E você? O que pensa sobre isso?
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