O Baile das Loucas: um filme que faz apologia ao Espiritismo
Este é um daqueles filmes que se vê e não se esquece jamais: O Baile das Loucas, produção original da Prime Video), baseado no aclamado romance homônimo (Le Bal des Folles, no original em francês) escrito por Victoria Mas (ver no Google Books) lançado em agosto de 2019 e logo mais consagrado um best-seller, sucesso essa sendo acompanhado pela versão cinematográfica exibida com destaque no catálogo de streaming da Amazon.
Primeiramente, como filme, a produção é excelente, tanto pelo roteiro como pelas interpretações, figurino, fotografia etc. Há cenas de nudez — que poderiam ser evitadas — embora sem qualquer exploração sensualista, usadas como recurso chocante para mostrar a cabível crueza da mensagem que a obra encerra. Só por isto, poder-se-ia recomendar o filme, como entretenimento. Porém, especialmente para nós espíritas, o enredo (uma história fictícia, mas dentro de um contexto real) é interessantíssimo: é praticamente uma apologia ao Espiritismo e uma crítica ao cientificismo relacionado com as experimentações da nascente ciência psicológica.
Enredo
A personagem principal Eugénie (fictícia) é uma mocinha de uma típica família abastada da Paris da segunda metade do século XIX; educada para se "comportar bem" socialmente e arranjar um "bom casamento" (leia-se "economicamente vantajoso"). Como se não lhe bastasse o desejo comum de liberdade e cede por conhecimento, ela também é uma sensitiva. Bastou uma escapulida de casa e ela vai se achar numa cafeteria, aonde jovens iam para ler, fumar e trocar ideias; então ela se interessa por um livro que um rapaz carregava e este acaba lhe emprestando a obra — O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.
De volta ao lar, Eugénie devora o livro, especialmente identificando-se com a descrição dos médiuns e a conscientização de que os Espíritos que se comunicam nada mais são do que pessoas ora desencarnadas. Ela passa a compreender melhor sua mediunidade, mas as manifestações acabam por condená-la: seu pai, impiedosamente, interna-a no manicômio dirigido pelo doutor Charcot (Jean-Martin Charcot, 1825-1893), dito o mais respeitado cientista francês de seu tempo (à propósito, Sigmund Freud foi seu aluno) e diretor do Hospital da Salpêtrière, que serviu ao mesmo tempo de manicômio, prisão para prostitutas, além de "depósito" de mulheres indesejadas pela família.
Assim como as demais infelizes internas na Salpêtriêre, Eugénie vira instrumento de cruéis experimentos dos cientistas, como o Dr. Charcot, materialista convicto, que obviamente ignorava o fenômeno espiritual. Todavia, ela vai encontrar uma saída na mesma causa que a levou ao internato naquele manicômio: por causa de seus recursos mediúnicos, ela angaria a simpatia e a ajuda de Geneviève, a chefe das enfermeiras, cujo drama pessoal maior é o de lidar com a perda de uma irmã querida; mediando o intercâmbio confortador entre esse Espírito e Geneviève, Eugénie então vai encontrar a solução (liberdade) para todas elas.
Veja pela janela abaixo o trailer do filme:
Além de citar explicitamente O Livro dos Espíritos — conquanto o nome do autor (Allan Kardec) não seja mencionado — o filme O Baile das Loucas é deixa evidente a realidade do intercâmbio mediúnico e toca diretamente nas suas consequências mais fundamentais, quais sejam: a imortalidade da alma, a existência do mundo espiritual e o valor da mediunidade, deixando, ao final, uma mensagem forte de esperança para os sofredores deste mundo, com vistas num ordenamento maior, conforme as leis de Deus, a partir do refazimento moral das almas. É igualmente um alerta quanto aos perigos do cientificismo, da crueza do materialismo e a maldade ocasionada pela ignorância dos valores espirituais.
Sem dúvidas, um filme belíssimo, que vai despertar muitas e necessárias reflexões em quem assisti-lo com atenção. E, enfim, mais uma obra de arte em defesa dos conceitos espíritas.
Link do filme para a plataforma da Amazon Prime Video.
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Vale muito a pena assistir este filme, mostrando a importância das verdades aclaradas pela Doutrina Espirita no nosso dia a dia
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