Os "fantasmas" do Copan, famoso edifício de São Paulo

Há anos ronda um "boato" de fantasmas e assombrações entre os moradores do edifício Copan, no centro da cidade de São Paulo. Esta semana o assunto ganhou destaque no portal de notícias G1 da Rede Globo, fomentando assim mais e mais especulações a respeito. Acompanhando os relatos, nós pudemos constatar especialmente uma coisa, e com pesar, claro: como o Espiritismo é ignorado pelas pessoas! A partir disso, lançamos algumas reflexões.


Sobre o Copan

O Copan é um dos ícones da capital paulista, projetado pelo consagrado arquiteto Oscar Niemeyer, com projeto estrutural do engenheiro Joaquim Cardozo, e inaugurado em 1966 como parte das comemorações do 4° Centenário da cidade de São Paulo. Ele é caracterizado pela sua forma curva, lembrando um "S", ou um til (~), se visto pela perspectiva frontal da Avenida Ipiranga, onde está instalado na altura do número 200.

Edifício Copan, em SP

Os relatos

Dentre os relatos malassombrados, conta-se histórias (ou estórias) de aparições de antigos moradores ou funcionários do Copan, vozes e sussurros "ao pé do ouvido", um elevador "temperamental", que sobe e desce por vontade própria, e até sensação de toques, inclusive impressão de estar sendo abraçado ou esganado. Ultimamente esses relatos se tornaram ainda mais frequentes por conta da facilidade da tecnologia  basicamente, um grupo de Whatsapp dos seus residentes.

Nesse reino de especulações, há quem defenda que as "lendas" têm um propósito bem material: apavorar o público e desta forma desvalorizar o aluguel dos apartamentos. Mas são muitas as narrativas, desde há tempos, e testemunhas de casos bem semelhantes. Conseguiria uma mentira perdurar por tanto tempo?

Com relação à veracidade ou não do que se conta, nada podemos dizer, mas sabemos ser absolutamente possível — porque tem acontecido alhures — que os Espíritos se manifestem e que produzam fenômenos de efeitos físicos (como no dito caso do elevador). Em suma, há Espíritos, há comunicabilidade espiritual (saiba mais aqui) e há razões lógicas e justas para que tudo isso se dê. Porém, não podemos deixar de salientar a ocorrência de mistificação, charlatanismo e má-fé das pessoas. Cada caso é um caso.


Superstição e ignorância do Espiritismo

Como dissemos, o que mais nos chamou a atenção foi o quanto o Espiritismo é ignorado; as pessoas falam de "fantasmas" e "assombração" como se estivessem na longínqua Era Medieval, onde a superstição era característica. Entre os depoimentos colhidos pela reportagem do G1, vemos gente "protegendo-se" com energia de um gato, com uma vela acesa etc. Ou seja, coisas sem sentido. Ninguém para cogitar que os tais fantasmas possam ser Espíritos, ou melhor dizendo: "gente como a gente", diferenciados apenas pela condição de mortos, ou desencarnados, talvez em estado de perturbação e, portanto, precisando de um auxílio.

Tudo isso é reflexo de uma sociedade ainda muito materializada, como os prisioneiros da caverna na alegoria de Platão; gente alheia à sua natureza espiritual, alienada pela ilusão da matéria. Mas também, um reflexo de que o nosso movimento espírita ainda é muito fraco, por não conseguir imprimir uma cultura espiritualista e minimamente informada sobre as leis do mundo do além-túmulo: um grito de alerta para que nos despertemos ao dever de fazer mais e melhor para semear as luzes da espiritualidade.

Cumpre-nos, como espíritas, sermos mais atuantes e propagar os valores espirituais através dos conceitos fundamentais da nossa amada Doutrina Espírita — para o nosso bem, para o bem do nosso povo.

Ver a reportagem no G1.


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