O primeiro dia do mês de maio é consagrado internacionalmente em homenagear o trabalhador. É, portanto, para todos nós, uma data muito oportuna para uma reflexão profunda sobre o valor do trabalho, e antes mesmo, o que podemos considerar um trabalho, no seu sentido essencial, visando a obra dignar, necessária, útil para os devidos fins, indo mais além do que um mero "emprego" ou uma simples "ocupação".
O Espiritismo compreende a importância desse tema e inclusive coloca a Lei do Trabalho entre as leis naturais, criadas por Deus, com toda a sua sabedoria, bondade e justiça. Esta lei está desenvolvida em O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, no capítulo III do Livro Terceiro, contendo as questões do número 674 até o 685-a.
Como base para o entendimento desse tema, segundo o ensinamento espírita, temos a definição de que "trabalho é toda ocupação útil" (questão 675).
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O feriado do Dia do Trabalhador é uma homenagem remonta ao dia 1 de maio de 1886, quando uma greve foi iniciada na cidade norte-americana de Chicago com o objetivo de conquistar melhores condições de trabalho, principalmente a redução da jornada de trabalho diária, que chegava a 17 horas, para oito horas. Durante a manifestação houve confrontos com a polícia, o que resultou em prisões e mortes de trabalhadores. Este acontecimento serviria de inspiração para muitas outras manifestações que se seguiriam. Estas lutas operárias culminaram numa série de direitos, previstos em leis e sancionados por constituições. Saiba mais sobre este feriado pela Wikipédia.
De fato, as relações de trabalho carregam em complexidade histórica, marcada por fatores. Há aí traços vívidos do egoísmo de muitos mandatários e exploração da mão-de-obra, como há marcas de interesseiros intermediários e hipócritas, como bem se vê nitidamente em muitas siglas sindicais e partidárias, que usam os trabalhadores para pretensões particulares. Mas também não podemos fechar os olhos para uma cultura comum de que o trabalho é um castigo, donde muitos empregados comportam-se indignamente perante suas obrigações. Tudo isto revela um desconhecimento da essência e valor do trabalho.
Sobre essas graves questões sociais, sugerimos também a leitura do excelente clássico Socialismo e Espiritismo do filósofo espírita Léon Denis, o apóstolo de Kardec.
E para completar nossa lista de sugestões para esta data especial, temos a palestra esclarecedora "Mãos à obra", proferida pelo nosso confrade Geraldo Campetti, que você pode conferir pela janela abaixo:
Faz bem lembrarmos ainda que há uma obra maior, a vinha do Senhor, para a qual todos somos convidados a trabalhar, como disse nosso mestre Jesus, o Cristo. E felizes aqueles que já compreendem a importância dessa seara e para ela labutam com amor e perseverança, a fim de compartilhar de seus frutos com todos aqueles que estejam aptos para a labuta.
A todos os trabalhadores — de todos os serviços úteis, remunerados ou não, bem reconhecidos ou não — expressamos aqui nossa homenagem e votos para a firme consciência de que nenhuma obra fica sem seus frutos, e que se estes frutos não são bem distribuídos pela justiça humana, bem será pela justiça divina.
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