DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA



Comemoramos neste sábado o feriado do Dia da Consciência Negra. É uma data dedicada à causa racial, reconhecendo assim a importância da população negreira na formação da sociedade brasileira, que hoje é etnicamente totalmente diversificada -- e podemos dizer "felizmente".
A data, 20 de novembro, foi escolhida convergindo com a data do martírio de Zumbi dos Palmares (1655-1695), herói nacional da luta pela libertação dos escravos negros.
No site do movimento comemorativo se encontro a histórico da data comemorativa.
Para nós espíritas, é ainda uma boa oportunidade para um reflexão sobre etnias, preconceitos e diferenciações culturais.
Sabemos que somos Espíritos momentaneamente revestidos de características físicas (nome, número de identidade, nacionalidade, cor de pele, etc.), sem que tenhamos qualquer rótulo essencial, e que, através do processo reencarnatório, nascemos ora numa nação, ora em outra; uma vez na pele branca, outra na raça amarela ou negra, etc.
Formamos então uma irmandade, em que cada qual é tão filho de Deus quanto o outro.

Podcast "A irmandade celeste" (veja mais)


Bom também pegar o ensejo para uma avaliação sobre rixas religiosistas.
É comum o leigo ajuntar num mesmo lote o Espiritismo com a Umbanda, o Candomblé e outras culturas afros ou seitas místicas -- o que incomoda muitos espíritas. A essa questão, somos do pensamento que a Doutrina Espírita deva ser distinguida de qualquer outra disciplina -- filosoficamente falando --, mas apenas para fins de organização, sem que se faça comparação de quem é melhor ou superior (pau é pau, pedra é pedra e ambos são importantes elementos da natureza). A Doutrina que professamos tem fundamentos peculiares que a diferencia bem das demais e por isso o título de  espírita é definido o suficiente para não ser aplicado fora da esfera do Espiritismo -- tanto quanto o termo umbandista está bem circunscrito no meio da Umbanda.
O importante em tudo isso é que o objetivo maior e o fim inevitável é a suspensão de todo e qualquer rótulo. Religião, fronteira, nacionalidade, legislação civil e departamentos em geral são meios de organização temporários para distribuição de atividades pessoais enquanto encarnados.

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