18 de abril: aniversário do marco inaugural da Doutrina Espírita
Palais Royal (Paris, França) |
As manifestações dos Espíritos eram abundantes, tanto naquela França quanto em todas as partes do Mundo. Porém, delas, basicamente, só serviam os curiosos, os místicos e os interesseiros. As pessoas consideradas sérias temiam envolver-se com tais ocorrências — seja pelo terror que a Igreja fazia, em oposição às manifestações, seja pela banalidade com que comumente se tratava seus efeitos. O que se via de comum era o jogo de perguntas e adivinhações junto aos Espíritos nos espetáculos rotulados de Mesas Girantes.
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Sessão de Mesa Girante com a médium Linda Gazzera |
Allan Kardec |
A Doutrina dos Espíritos trazia soluções simples e racionais para as grandes questões filosóficas que intrigavam a Humanidade desde os clássicos gregos. Sua mensagem de ética e de moral, resgatando a Boa Nova do Cristo, tocou os corações dos pensadores vanguardistas, aqueles realmente inclinados à reflexão intimista e ao bem comum. Seus conceitos referentes às capacidades e ao exercício da mediunidade especialmente vieram como salva-guardas para os médiuns e seus entes queridos — ambos aflitos pelo desconhecimento das faculdades e, principalmente, pelas consequências dos efeitos das manifestações, que na maioria dos casos, eram involuntários da parte dos sensitivos. O Espiritismo vinha explicar e regular o ofício seguro dos médiuns, livrando-os da acusação de loucura, demência, satanismo e charlatanismo.
Embora o trabalho tenha sido inspirado e administrado pela espiritualidade, deve-se a Allan Kardec os créditos da codificação do ensino dos Espíritos. Com sua esplêndida capacidade pedagógica, ele copilou de forma metódica os elementos básicos da nova Revelação, de maneira que prática e ao mesmo tempo consistente, permitindo que todos se beneficiem das propostas da Nova Era, sem permitir contradições que afetem a engenhosidade do sistema, garantindo que finalmente se possa ver nas leis da natureza divina os princípios de sabedoria, justiça e bondade — ao contrário do que as religiões e seitas plantaram da figura de Deus.
É bem verdade também — e infelizmente — que houve oposição: não por conceito ou razão filosófica, mas por sistema, por interesses variados. Conforme fora prenunciado, uma grande investida foi lançada contra o Espiritismo e, especialmente em decorrência de duas grandes guerras mundiais — sem contar a sorrateira Guerra Fria —, a França e, por conseguinte, a Europa inteira praticamente arremessou a Revelação Espírita às fileiras do misticismo.

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Cabe a nós, espíritas, a cada novo 18 de abril hastear a bandeira de nossa venerável Doutrina e propagar a iluminação que o Espiritismo derrama à Terra. Portanto, mobilizemos em massa os conceitos kardecistas nas mídias, nas praças, nas ruas e, acima de tudo, em nossas consciências.
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