terça-feira, 11 de dezembro de 2018

FEB emite nota sobre médiuns curadores


Cresce a cada dia a repercussão do caso das denúncias de abuso sexual contra o médium João de Deus (veja aqui). Em vista disso, a Federação Espírita Brasileira lançou uma nota pública intitulada "FEB esclarece sobre atuação de médiuns curadores". Veja o que diz a instituição:

A Doutrina Espírita atua com o trabalho de caridade material e espiritual desinteressada, sem nenhum propósito a não ser o de auxiliar os necessitados.
“Toda a prática espírita é gratuita, como orienta o princípio moral do Evangelho: Dai de graça o que de graça recebestes” (O evangelho segundo o Espiritismo, cap. 26).
O Espiritismo orienta que o serviço espiritual não deve ocorrer isoladamente, apenas com a presença do médium e da pessoa assistida. Não recomenda, portanto, a atividade de médiuns que atuem em trabalho individual, por conta própria. Estes não estão vinculados ao Movimento Espírita, nem seguindo sua orientação. 
A Federação Espírita Brasileira, junto ao Movimento Espírita, fundamentada na tríade Deus, Cristo e Caridade, pratica o bem, levando consolo e esclarecimento à humanidade. 
“Não é a mediunidade que te distingue. É aquilo que fazes dela”. (Emmanuel, em Seara dos Médiuns, cap. 12, psicografado por Chico Xavier).

A nota da FEB também repercutiu na imprensa.

Aproveite a ocasião e não deixe de ler o livro citado: Seara dos Médiuns.

A imprensa tem dado atenção especial ao caso, que prossegue avançando na apuração das denúncias, como deve ser, respeitando o direito das duas partes: acusação e defesa. Apenas, vibramos para que as agências de notícias cumpram seu papel de informar, mas sem sensacionalismo.

Nas redes sociais. temos acompanhado reações diversas, inclusive pelo público dito espírita; em alguns casos, parece que o assunto se propõe a suceder as brigas ferrenhas da recente campanha eleitoral: muita gente destemperada fazendo confusão quanto ao valor da mediunidade, o papel do médium ou qualquer outro ativista espiritualista, além de acusações banais diversas — o que é muito lamentável e infrutífero para todos.

De nossa parte, sobre os casos específicos dos médiuns que citamos no nosso post anterior — João de Deus e Maury Rodrigues da Cruz —, delegamos em primeiro plano à justiça a prerrogativa de julgar e sentenciar, também confiantes no acerto maior mediante a justiça divina. De resto, cumpre-nos caridade com os possíveis culpados, refazimento de caráter (aprendizagem com os próprios erros) e vibração pela reparação às "vítimas", salientando ainda que a perfeição não é deste mundo, e o fato de aqui estarmos encarnados implica que, ou somos passíveis de erros tão ou ainda mais horríveis do que ora se põe em voga.ou, por se estar em missão — em casos raros, cremos —, já se está em condições de ter uma maior benevolência para com os demais. Essa benevolência com os infratores não quer dizer tolerância com a infração: todo mal precisa ser rechaçado e tomado como lição para nosso aperfeiçoamento espiritual, que envolve intelecto e moral.

E mais uma vez anotamos: todo os agentes do Movimento Espírita precisam refletir sobre essas graves ocorrências e cuidarem para prevenir semelhantes torpezas. Quanto é tempo de crise moral, é ocasião especial para crescimento espiritual.

2 comentários:

  1. Amigos e irmãos Espiritas acho que o bom senso atraves desse Status no caso do Médium João de Deus está correto; A Doutrina Espíita tem um dos maiores acervos de Livros Espíritas que explica sempre a necessidade de estudar essas obras para que possamos ter uma base (alicerce) sólido para a parte Espiritual e a parte moral. Que todo ato deve ser baseado no Amor ao próximo como o Mestre Jesus nos deixou nos seus ensinamentos. Portanto se o Medium não pregava dentro desses ensinamentos; deve arcar com tôdas as consequencias dos seus atos conforme a Justiça de nosso País. Muita paz, fiquem com Deus.

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    1. Caro Evandro, as editoras espíritas publicaram centenas de livros de médiuns que se autodenominam espiritas e que contam histórias fantásticas. Inclusive o nosso nobre Divaldo. Esta exaltação, que é ficcional, cria nas mentes a expectativa de que poderão ser curadas.
      Para elas e para muitos médiuns que se consideram Kardecistas, a cura é feita por Deus com a intervenção dos espíritos e dos médiuns e segundo o merecimento de cada um. Ora, nós pouco entendemos da Natureza. A Natureza é amoral. O Deus Moral é religioso, é outro. E cada sociedade e cada cultura constrói o seu Deus à sua época. O Deus Universal atua através das Leis da Natureza e não da moral construída pelos religiosos. Se as doenças fossem ligadas ao merecimento por que os animais ficariam doentes? A moral é uma coisa. A Natureza e o Deus Universal é outra. O meu Deus é Universal. Eu estudo as Leis da Natureza, as leis físicas e as espirituais. As pessoas confundem o espiritual com o moral, mas são também coisas distintas. Cada cidade espiritual tem a moral da suda cultura, da sua evolução. Cada pessoa responderá pelos seus atos diante da sua cultura e sua sociedade. Dizer que responderá a Deus Universal significa conhecer as Leis Universais. Não é verdade. Dominamos uma ínfima parcela das Leis Naturais. Suas conclusões são de ordem e caráter moral. Respeito e também sigo a doutrina moral cristã, mas distingo-a da Natureza e das Leis Naturais.

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