terça-feira, 4 de outubro de 2022

Eleições 2022: uma breve análise

Tivemos no último domingo a realização de mais uma campanha eleitoral para o pleito de cargos nacionais (Presidente, Senador e Deputado Federal) e estaduais (Governador e Deputado Estadual) sendo que a definição de alguns destes cargos foi concretizada enquanto os demais requererão uma eleição em segundo turno para, enfim, determinar os novos "representantes do povo" à frente das responsabilidades prescritas na nossa Constituição Federal.

A análise mais comum feita pelos estudiosos políticos é a de que a corrida eleitoral deste ano foi muito diferenciada das demais, tendo como um ponto marcante um nivel altíssimo de acirramento partidário, uma agressividade descomunal entre os candidatos, partidos e do próprio eleitores, numa polarização perigosíssima que fanatiza ainda mais a uns (aqueles que se identificam com um dos extremos dessa dualidade) e, pelo menos em curto prazo, desesperança a outros (aqueles que não se identificam com nenhuma das pontas extremistas).

Isso mostra o quanto nosso povo ainda é, em geral, carente de uma melhor conscientização em face da Politica e de suas próprias responsabilidades, e, por outro lado, como ainda há tantos aproveitadores, exploradores das carências humanas.

O fato é que todos nós temos muitas lições a tirar disso tudo, razão pela qual estamos encarnados, inclusive, porque é isto aprender, crescer espiritualmente — que viemos fazer nesta encarnação, sem contar as circunstâncias de expiação e missão particulares a uns e outros dentre nós.

Que lições, portanto, podemos tirar de tudo o que está acontecendo com nosso Brasil?

Bem, a questão inicial, antes mesmo de pensarmos nas lições, é "como tirar essas lições salutares", de modo a não nos enganarmos com análises imprecisas. Para tanto, é preciso muito bom senso, isenção de paixões e tendências personalistas e individualistas; é preciso espírito de filósofo, ou seja: amor à verdade e ao bem comum, e coragem para sacrifícar as próprias crenças e anseios pessoais desde que a lógica nos evidencie que nossas crenças e desejos não condizem com a realidade e com a justeza das coisas.

O risco do não aprendizado é o da repetição das mesmas tragédias.

Cada qual faça suas reflexões e tire suas lições. Para os que nos permitam uma sugestão, dizemos a estes para acima de tudo construir um pensamento firme sobre o que desejar para si mesmo, para os outros e para nossa sociedade (nossa cidade, estado, país e, finalmente, o mundo) em acordo com os propósitos divinos, considerando não apenas as nossas necessidades atuais, mas sobretudo levando em conta os valores espirituais eternos. Uma vez traçada essa ideia, esse direcionamento, daí então vamos procurar aplicá-lo às circunstâncias do nosso dia a dia. Sem esse direcionamento, sem esse foco bem traçado, a tendência é oscilar entre uma e outra coisa sem rumo, sem prumo e facilmente seduzível pelas fantasias do materialismo, das paixões mundanas e do ataque obsessor dos mal intencionados. Com o Espiritismo nós temos uma boa sinalização sobre o melhor direcionamento para nossas vidas.

O caminho está posto, a decisão é de cada um.

Do que não temos dúvidas é que nenhuma folha cai de uma árvore sem a permissão de Deus; que da mesma forma como Ele nos concede o livre-arbítrio, também Ele cobrará que prestemos contas de tudo o que fizermos. A injustiça na Terra é falha e falseável pelos homens, porém a justiça divina é perfeita.

A nossa prece fervorosa vai no sentido de que todos os eleitos, assim como os que serão eleitos em segundo turno, deixem-se ser inspirados pela espiritualidade superior a fim de que exerçam seus mandatos com a máxima responsabilidade possível, em favor de todos, e que todos os cidadãos também saibam cumprir com seus deveres e direitos no acompanhamento dos representantes eleitos — independentemente de quem sejam os escolhidos, porque tendo já realizada a eleição, não há mais candidatos, mas sim legítimos mandatários públicos.

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