quinta-feira, 11 de abril de 2024

Cientista estuda "Por que pessoas no fim da vida veem entes queridos mortos há anos"

O G1, portal de notícias da Rede Globo, acabou de publicar uma matéria interessantíssima envolvendo as questões controversas entre Medicina e Espiritualidade: "Por que pessoas no fim da vida veem entes queridos mortos há anos", com base num estudo científico do médico americano Christopher Kerr, um dos principais pesquisadores do mundo sobre experiências vivenciadas perto da morte, conforme reportagem da BBC News Brasil.

Veja a matéria "Por que pessoas no fim da vida veem entes queridos mortos há anosno portal G1.

Em 2020, o Dr. Kerr lançou o livro Death Is But a Dream: Finding Hope and Meaning at Life's End ("A morte é apenas um sonho: encontrando esperança e sentido no fim da vida", em tradução livre), traduzido para 10 línguas, mas ainda sem edição em português. Na entrevista exclusiva à BBC News Brasil, ele falou sobre o significado dessas experiências de final de vida, os principais temas envolvidos e como afetam pacientes e suas famílias. Pelo que apurou, é bastante comum que pacientes terminais vivam experiências que sugerem que estejam "conversando" com entes queridos já falecidos; em alguns casos, o médico diz que há sinais claros de delírio, mas noutros a coisa é tão espontânea e tem um significado tão real (bem-estar para os pacientes) que descarta essa hipótese de delírio. Grande parte desses pacientes saem da "conversa" com menos medo de morrer, como se tivessem sido encorajados pelos que já atravessaram a porta da morte. Faz todo o sentido não?

Dr. Christopher Kerr

Depois de anos pesquisando casos similares, o Dr. Kerr — que é doutor em Neurobiologia  admite que tem se surpreendido com os casos subsequentes e que encara tudo com "humildade". Ele acrescenta:

"Uma analogia que costumo usar é a de que não posso explicar a origem do amor [da mesma maneira que não posso explicar a origem dessas experiências]. É algo abstrato, mas sabemos que existe." — Dr. Christopher Kerr


Interpretação espírita

E segundo o Espiritismo, essas experiências de visões espirituais no leito de morte podem ser reais?

É claro que sim; segundo a codificação espírita, a proximidade da morte — especialmente em decorrência do processo da velhice, quando vão se afrouxando cada vez mais os laços fluídicos que prendem o Espírito ao corpo carnal — ocasiona naturalmente uma aproximação do paciente com seus entes queridos, inclusive porque muitos desses "falecidos" vêm cooperar no processo de desencarnação do futuro "morto".

Representação gráfica de um fenômeno espiritual no leito de morte

Sobre esse assunto, aliás, já é um clássico da literatura espírita o livro Obreiros da Vida Eterna de André Luiz, pela psicografia de Chico Xavier, dentro da coleção "A Vida no Mundo Espiritual", iniciado com a obra Nosso Lar. A narração se desenvolve em torno de quatro exemplos distintos de indivíduos que estão prestes a adentrar o além-túmulo.

Allan Kardec discorreu sobre as facilidades de um contato mediúnico por ocasião de graves enfermidades e envelhecimento, em decorrência do já comentado desprendimento naturais dos laços fluídicos. Nesses casos, os céticos logo correm para a teoria da alucinação, mas o codificador espírita ressalta uma circunstância que logicamente quebra tal hipótese: quando desse contato resultam fatos concretos:

"Quando não há nenhum meio de verificar as visões ou aparições, sem dúvida podemos colocá-las na conta da alucinação; porém, quando elas são confirmadas pelos fatos, não seria o caso de atribuí-las à imaginação. Tais são, por exemplo, as aparições no momento da morte — em sonho ou em estado de vigília — de pessoas em quem não pensávamos de forma algum e que, por diversos sinais, vêm revelar as circunstâncias totalmente inesperadas do seu fim." (O Livro dos Médiuns, Allan Kardec - 2ª parte, cap. VI, item 100)

Imagine, pois, a situação em que um Espírito apareça para um paciente à beira da morte e lhe revele algo muito importante e que possa ser comprovado por qualquer pessoa; como negar a mediunidade nesse caso?

Se o Dr. Christopher Kerr tivesse lido as obras kardequianas (é muito provável que nunca tenha nem ouvido falar de Kardec), estaria muito mais esclarecido sobre esses "estranhos fenômenos" que a medicina humana se nega a considerar — ainda.

Convém lembrar uma confissão antológica de Robert Jastrow (1925-2008), astrônomo americano e físico planetário, um dos cientistas mais influentes da NASA em seu tempo; ele era agnóstico, mas também um "desconfiado da desconfiança"; não acreditava em Deus, nem na criação do Universo guiada por uma inteligência, porém reconhecia que a ciência estava sempre um passo atrás em todas as teorias; sua confissão antológica é esta, referindo-se a tudo o que havia descoberto em seus estudos científicos:

"Para o cientista que vive com a sua fé no poder da razão, a história termina como um pesadelo. Ele escalou as montanhas da ignorância; está prestes a conquistar o pico mais alto; e, conforme sobe a última rocha, é recebido por um grupo de teólogos que está lá há séculos." — Robert Jastrow

Robert Jastrow

Aliás, sobre o conflito entre ciência e espiritualidade, recomendamos o documentário Chamada do Cosmos, produzido pelo canal Illustra Media, que você confere pela janela abaixo.

Um dia, as ciências vão alcançar o perispírito, o mundo espiritual e todos os demais conceitos revelados pelo Espiritismo; e quando superarem sua última rocha para chegarem ao ápice, encontrarão lá Allan Kardec.

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