domingo, 15 de novembro de 2020

Relatório da Sociedade Anônima confirma que Kardec revisou suas obras e rechaça tese de adulterações



Depois das fortes evidências trazidas pela peça-chave anteriormente apresentadas sobre O caso A Gênese (ver aqui), temos agora mais importantes documentos  históricos resgatados confirmando a autenticidade da 5ª edição "revisada, corrigida e aumentada" do livro A Gênese, de Allan Kardec, datada de 1869, que tem sido objeto de tantas polêmicas em face da tese de adulteração levantada por alguns estudiosos espíritas. Os novos documentos de que falamos referem-se a prestação de contas da comissão administrativa da Sociedade Anônima — a entidade criada pela Viúva Kardec, Amélie-Gabrielle Boudet, para gerir a continuação institucional das obras do codificador espírita, depois do falecimento deste, em 1869.


O relatório em pauta demonstra, entre as discussões mais relevantes para as pesquisas historiográficas atuais, que Madame Kardec estava muito ativa na condução daquela Sociedade Espírita; confirma que aquela entidade cuidou da publicação também de uma 6ª edição de A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo, ainda em 1869 (testificando o depoimento do Sr. Rouge, o tipógrafo que confeccionou aquela tiragem, conforme descrito aqui); mostra ainda que igualmente a 4ª edição revisada de O Céu e o Inferno (outra edição que tem sido contestada na atualidade) foi providenciada sob o olhar de Madame Kardec; e, finalmente, deixa em evidência que tanto estas edições revisadas foram impressas enquanto Kardec estava encarnado, o que transforma qualquer hipótese de adulteração destas obras em uma teoria de conspiração carecedora de uma boa dose de imaginação.


O inventário com a prestação de contas da Sociedade informa o estoque dessas publicações referente ao ano civil de 1872/1873, afastando assim qualquer desconfiança de autenticidade do exemplar achado na biblioteca suíça (ver aqui), pois se questionava não se haver encontrado ainda nenhuma outra cópia desta tiragem, e até se cogitou tratar-se de uma obra falsa, por ser "filha única".


Bom, para melhor conhecimento da relevância destes documentos novos, nada melhor que acompanhar o estudo sobres eles feito pela equipe que o trouxe à lume. Acompanhe adiante:


Documento inédito: Relatório da Sociedade anônima indica o papel atuante de Amélie Boudet na Sociedade Anônima e registra exemplares da 5ª e 6ª edição de A Gênese de 1869, e da 4ª edição de O Céu e o inferno impressa com Kardec em vida.

O museu AKOL - AllanKardec.online apresenta mais uma fonte histórica primária que ajuda a entender um pouco melhor a historiografia do Espiritismo, em especial os fatos históricos relativos à 5ª edição de A Gênese e à 4ª edição de O Céu e o Inferno: "Inventaire Général de l'année 1873 - Composé de tous les ouvrages de fonds et d'assortiments, brochés et reliés, existant dans le magazins de la Société anonyme et fait par Madame Allan Kardec - commissaire de surveillance et M. Leymarie - administrateur".


Sobre o Estatuto da Société Anonyme à Parts d'Intérêt et à Capital. Variable de la Caisse Générale et Centrale du Spiritisme

Conforme os artigos 14 e 15 do Estatuto da Sociedade Anônima, datado de 22 de julho de 1869, que regula as funções dos Auditores de Fiscalização (conhecidos como membros do Conselho Fiscal), dois integrantes eram nomeados anualmente em assembleia geral, para efetuar a fiscalização nas operações da sociedade. Além disso, analisavam a situação passiva e ativa da empresa, podendo convocar a Assembleia Geral da Sociedade Anônima, possuindo, inclusive, voz deliberativa.

Inventário geral da Sociedade Anônima apresentado em 1 de janeiro de 1873

De acordo com o artigo 16 do referido Estatuto, ao término do exercício anual (que se referia ao período de 1º de abril a 31 de março - conforme previsão estatutária em seu artigo 25), os Auditores de Fiscalização apresentavam um relatório à assembleia geral sobre a situação da sociedade, a partir do balanço e da prestação de contas apresentadas pelos administradores. Este mesmo artigo 16 tinha a previsão de que, quinze dias antes da reunião da Assembleia Geral, fosse enviada uma cópia do relatório a todos os sócios, bem como do relatório do inventário resumido.

Conforme verificado no Estatuto, o fundo social - capital de fundação - foi fixado em 40.000 francos (a informação também constou na Revista Espírita de agosto de 1869). Podemos verificar que Amélie Boudet detinha 62,5% deste, conforme está descrito no artigo 7º do referido Estatuto.

Ou seja, a senhora Kardec era a acionista majoritária da recém-criada Sociedade Anônima. Além disso, temos demonstrado a intenção, desde o desencarne de Allan Kardec, da participação ativa da viúva Kardec nos rumos do Espiritismo, conforme relato da sessão da Sociedade de Paris de 16 de abril de 1869, publicada na Revista Espírita de maio daquele ano, no artigo "Caixa Geral do Espiritismo - Decisão da Senhora Allan Kardec".

Amélie Boudet e Guilbert nomeados como Auditores de Fiscalização

Neste artigo é informado que Amélie Boudet era a única proprietária legal das obras e da Revista. E que resolveu doar anualmente à Caixa Geral do Espiritismo o excedente dos lucros provenientes da venda dos livros espíritas e das assinaturas da Revista, bem como das operações da Livraria Espírita, mas com a condição expressa de que ninguém, a título de membro da Comissão Central ou outra, tivesse o direito de imiscuir-se neste negócio industrial, e que os recebimentos, sejam quais fossem, seriam recolhidos sem observação, já que a senhora Kardec pretendia tudo gerir pessoalmente, programar as reimpressões das obras, as publicações novas, regular a seu critério os emolumentos de seus empregados, o aluguel, as despesas futuras, numa palavra, todos os gastos gerais.

Conforme podemos verificar na ata da segunda Assembleia Geral, realizada em 13 de agosto de 1869, Amélie Boudet é nomeada Auditora de Fiscalização, juntamente com Gustave Achille Guilbert, para os anos civis de 1869 e 1870. O que demonstra que além de acionista majoritária, ela exercia a fiscalização das operações que eram desenvolvidas pela Sociedade Anônima, mantendo as diretrizes propostas no relato da sessão da Sociedade de Paris de 16 de abril de 1869, publicada na Revista Espírita de maio daquele ano.

Segunda Assembleia Geral da Sociedade Anônima


O Livro de Inventário do Ano civil de 1873

Neste documento inédito que trata do Inventário Geral do ano civil de 1873 da Sociedade Anônima, encontramos Amélie Boudet - cujo nome figura na capa do documento (vide foto) - como integrante do quadro de Auditores de Fiscalização daquele ano, juntamente com P. G. Leymarie como administrador (vide foto). Este Inventário é composto de 47 páginas e relaciona todo o estoque existente na Sociedade Anônima ao fim do ano social de 1873.


Como vimos, o Auditor de Fiscalização tinha como função a fiscalização das operações da sociedade, além de ser responsável pela elaboração do Relatório resumido do Inventário. E, como observamos, uma das pessoas que ocupou este cargo, no ano civil de 1873, foi Amélie Boudet.

Os artigos 32, 33 e 34 da Lei de 24 de julho de 1867 da França regulavam as funções dos Auditores de Fiscalização - "commissaire de surveillance" [6]. Nestes artigos encontramos que os auditores eram os responsáveis por reportar à assembleia geral do ano seguinte a situação da sociedade, sobre o balanço e sobre as contas apresentadas pelos administradores. A deliberação que contém a aprovação do balanço e das contas seria nula se não for precedida de parecer dos auditores. Os auditores tinham o direito, sempre que considerassem adequado do interesse social, tomar conhecimento dos livros e revisar as operações da empresa. Podendo sempre, em caso de urgência, convocar a assembleia geral.

Livros de prateleira - Obras do Sr. Allan Kardec com as indicações de OCEOI4 e AG5, bem como de AG6

Na página que consta os "Livres de Fonds - Ouvrages de M. Allan Kardec", temos as seguintes informações sobre alguns dos itens relacionados do estoque, naquela data:
  • 1.048 exemplares (folhas dobradas e costuradas em cadernos) do livro Le Ciel et l’Enfer - 4e edition (O Céu e o Inferno, 4ª edição) com um valor unitário de 1,00 franco, totalizado 1.048,00 francos;
  • 3 exemplares (encadernados) do mesmo livro e da mesma edição, com um valor unitário de 1,80 franco, totalizando 5,40 francos;
  • 195 exemplares (folhas dobradas e costuradas em cadernos) do livro La Genèse - 5e edition (A Gênese, 5ª edição), com um valor unitário de 1,30, totalizando 253,00 francos;
  • 900 exemplares (em folhas grandes antes da dobra) do livro La Genèse - 5e edition (A Gênese, 5ª edição), com um valor unitário de 1,00 franco, totalizando 900,00 francos;
  • 1.000 exemplares (em folhas grandes antes da dobra) do livro La Genèse - 6e edition (A Gênese, 6ª edição), com um valor unitário de 1,00 franco, totalizando 1.000,00 francos; 

Retificações Diversas com as indicações de OCEOI4 (deduzido do inventário) em fevereiro de 1869, bem como AG5 e AG6, ambas de 1869

Detalhe das retificações

Na página que consta "Retifications Diverses" - Retificações diversas (imagens acima), encontramos as seguintes informações sobre estes respetivos itens do Inventário:
  • Sobre o livro Le Ciel et l’Enfer (O Céu e o Inferno) é informado que o mesmo custou 1.65 o volume, em fevereiro de 1869 (tiragem 2.200). E que seria necessário transportar além do total de 1.048, 0,65 a mais por volume, totalizando 681,20 francos;
  • Sobre o livro La Genèse (A Gênese) em folhas grandes antes da dobra, 900 volumes em 1869; 5ª e 6ª edição - com impressão de 2.200, em 1869, seria necessário transportar (porque custa 1,30) - mais 0,30 por volume. Totalizando assim: Para a 5ª edição de 900 volumes, 270,00 francos, e para a 6ª edição de 1.000 volumes, 300,00 francos;
Vale o devido esclarecimento sobre a que se referem estas "Retifications Diverses" - Retificações diversas: os itens do estoque (1.048 exemplares - folhas dobradas e costuradas em cadernos - do livro Le Ciel et l’Enfer - 4e edition e 900 exemplares - em folhas grandes antes da dobra - do livro La Genèse - 5e edition) tiveram seus custos reavaliados e corrigidos no referido relatório. O livro (folhas dobradas e costuradas em cadernos) Le Ciel et l’Enfer - 4e edition passou a ter o valor unitário de 1.65 franco para 1.048 exemplares, totalizando, então 1.729,20 francos (1.048,00 francos + 681,20 francos); o livro (em folhas grandes antes da dobra) La Genèse - 5e edition passou a ter o valor unitário de 1,30 franco para 900 exemplares, totalizando 1.170,00 francos (900,00 francos + 270,00 francos); e, finalmente, o livro La Genèse - 6e edition passou a ter o valor unitário de 1,30 franco para 1.000 exemplares, totalizando 1.130,00 francos (1.000,00 francos + 300,00 francos).


Conclusão:

Com a apresentação deste inédito documento, onde estão relacionados os itens que compõe o inventário do final do ano social de 1873, identificamos algumas importantes e reveladoras informações, que nos permitem fazer algumas observações:
  1. A 4ª edição do livro Le Ciel et l’Enfer teve o custo de 1,65 franco em fevereiro de 1869 - Portanto, indicando que a 4ª edição teria sido impressa antes de fevereiro de 1869, com uma tiragem de 2.200 exemplares;
  2. A 5ª e a 6ª edição do livro La Genèse foram impressas em 1869 ao custo de 1,30 franco. Esta informação está de acordo com o pedido feito na Declaração de Impressão de fevereiro de 1869, e indica que este pedido possa ter sido utilizado para essas duas edições. E, segundo as informações constantes no inventário, foram impressos 2.200 exemplares no ano de 1869;
  3. Amélie Boudet era acionista majoritária na fundação da Sociedade Anônima. Além disso, foi eleita em assembleia geral para a função de "commissaire de surveillance" - Auditora de Fiscalização (Conselho Fiscal) para os anos civis de 1869 e 1870;
  4. Amélie Boudet, no ano civil de 1873, continuava atuante e, ainda, fiscalizava as operações da Sociedade Anônima, ocupando o cargo de "commissaire de surveillance" - Auditora de Fiscalização do Conselho Fiscal da Sociedade Anônima;
  5. Amélie Boudet tinha conhecimento da 5ª edição do livro A Gênese, impressa em 1869, pois este item, juntamente com sua descrição, estava devidamente relacionado em duas páginas do Relatório de Inventário físico do ano social de 1873, inclusive com informações detalhadas sobre os custos de impressão;
  6. Amélie Boudet tinha conhecimento de uma 6ª edição do livro A Gênese, impressa em 1869, pois este item, juntamente com sua descrição, estava devidamente relacionado em duas páginas do Relatório de Inventário físico do ano social de 1873, inclusive com informações detalhadas sobre os custos de impressão;
  7. Amélie Boudet tinha conhecimento da impressão da 4ª edição de O Céu e o Inferno antes de fevereiro de 1869, pois esta informação estava devidamente detalhada no Relatório de Inventário físico do ano social de 1873, inclusive com informações detalhadas sobre os custos de impressão;
Algumas observações importantes que julgamos necessárias, com relação aos itens acima:
  • Na Revista Espírita de julho de 1869 temos a informação de que a quarta edição de O Céu e o Inferno, ou a justiça divina segundo o Espiritismo estava à venda em 1º de junho daquele ano. E informava que a parte doutrinária desta nova edição, inteiramente revista e corrigida por Allan Kardec, havia sofrido importantes modificações. Alguns capítulos haviam sido inteiramente refundidos e consideravelmente aumentados;
  • A Revista Espírita de um determinado mês é elaborada no mês anterior. Ou seja, a edição de julho de 1869 foi elaborada em junho de 1869, com a total supervisão da senhora Kardec, conforme informações que vimos na Revista Espírita de maio daquele ano;
  • Em junho de 1869 ainda não havia sido criada a Société Anonyme à Parts d’Intérêt et à Capital Variable de la Caisse Générale et Centrale du Spiritisme;
  • Durante os anos de 1870 e 1871 tivemos a Guerra Franco-Prussiana. Este fato prejudicou o funcionamento da Sociedade Anônima que teve o seu quadro de funcionários administrativos reduzido para duas pessoas, e em 1873 para uma, deixando Leymarie como o único administrador. Amélie Boudet continuava diligente na preservação da memória e das obras de Allan Kardec. O título que foi originalmente dado à empresa, por influência da Sra. Allan Kardec que o achava comercial demais, foi alterado em assembleia geral realizada 18 de outubro de 1873. Em vez de "Societé anonyme, à parts d’intérêt et à capital variable de la caísse générale du Spiritisme" a denominação da razão social da S/A passa a ser "Societé pour la continuation des Oeuvres spirites d’Allan Kardec" - Sociedade para Continuação das Obras Espíritas de Allan Kardec [7].

Observações finais:

Mais uma fonte histórica direta ou primária que se junta a tantas outras que já foram apresentadas, e que estão ajudando a elaborar a historiografia do Espiritismo.

As pesquisas continuam e a cada descoberta apresentaremos o respectivo documento juntamente com as nossas análises - sempre fundamentadas nas fontes primárias - à disposição de todos os estudiosos e pesquisadores para que estes possam analisar e aprofundar os seus estudos relativos aos fatos históricos e à historiografia do Espiritismo.

Como toda a análise de uma fonte histórica específica não tem o condão nem a pretensão de ser definitiva, mas sim fazer parte de um todo baseado em um conjunto documental maior, visando nos aproximar da realidade histórica, recomendamos - fortemente - a leitura de todas as etapas desta pesquisa que veem sendo desenvolvida desde o início de 2020 para uma melhor compreensão dos fatos históricos que envolvem a 5ª edição de A Gênese.

Lembrando os pesquisadores Robson Nascimento da Cruz [4] e Brozek e Massimi [5]: "o trabalho do historiador assemelha-se à montagem de um quebra-cabeça que nunca é totalmente montado, mas que provê uma imagem passível de interpretação no presente." - "A recuperação dos documentos é uma valiosa contribuição aos nossos conhecimentos... os documentos constituem-se na matéria-prima, dado crucial da historiografia, mas não se constituem propriamente na história. Tornam-se história por meio da análise e interpretação."

Esta pesquisa foi realizada em conjunto pelo museu AKOL - AllanKardec.online, o CSI do Espiritismo e o site www.ObrasdeKardec.com.br, sempre se desenvolvendo de forma colaborativa e sem personalismos.

Baixe os documentos e a análise completa em:

Referências:
1. Inventaire Général de l'année 1873 da Sociedade Anônima;
2. Revista Espírita de maio, julho e agosto de 1869;
3. Estatuto da Sociedade Anônima - Fotos de Charles Kempf;
4. História e historiografia da ciência: considerações para pesquisa histórica em análise do comportamento - Robson Nascimento da Cruz - http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext...;
5. Brozek, J. & Massimi, M. (2001). Curso de introdução à historiografia da psicologia: apontamentos para um curso breve. Memorandum, 1, 72-78;
6. LES SOCIÉTÉS - En Commandite par Action s, Anonymes et Coopératives - Par J. Bédarride - Tome Deuxième - https://odyssee.univ-amu.fr/.../RES-22980_Bedarride_Loi...;
7. Revue Spirite de janeiro de 1874 - https://www.retronews.fr/.../1-janvier-1874/1829/3285495/8.



Uma palavrinha a mais

Ora, se os dados históricos até então encontrados sinalizam claramente a autenticidade dos livros A Gênese, os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo e O Céu e o Inferno em suas edições revisadas e publicadas em 1869 — e impressas antes da desencarnação do seu autor e revisor , rechaçando desta forma as hipóteses de adulteração, como proposto por alguns de nossos confrades, o que melhor nos cabe nessa ocasião é estudar criteriosamente as alterações especialmente para dois fins providenciais de momento: 1) examinar principalmente aqueles trechos mais controversos, apontados pelos ideários da teoria de adulteração como "evidência" de interferência estranha e indevida na obra de Kardec, para vermos se realmente essas alterações desvirtuam a Doutrina Espírita; 2) em considerando que são revisões feitas pela mão do legítimo autor  o Codificador do Espiritismo, na madureza de sua pesquisa e formação doutrinária —, é muito interessante buscarmos compreender a essência das novidades trazidas nesta edição revisada, pelo que, não sendo razoável supormos Kardec regredindo, nada podemos esperar senão ganho de conteúdo na obra revisada, a exemplo do ganho que observamos na revisão de outras de suas obras, a exemplo do que ocorreu com O Livro dos Espíritos.

Por isso, estamos preparando uma série de postagens com o comparativo das alterações de A Gênese na edição revisada em relação à publicação original. Aguardem e confiram!

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3 comentários:

  1. Eu continuo aguardando que possam explicar como pode haver "ganho de conteúdo" com a inclusão de teses roustainguistas, alegadamente pelas mãos de Kardec, contrariando as conclusões doutrinárias, afirmadas taxativamente por ele e pelos Espíritos tantas vezes. A inclusão dos itens 9 e 10 da 4a edição de OCI é conclusiva: não pode ter sido Kardec, como já demonstramos aqui https://www.geolegadodeallankardec.com.br/artigos/obras-de-allan-kardec/prova-da-adulteracao-de-o-ceu-e-o-inferno/

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    1. A questão roustainguista está muito satisfatoriamente resolvida neste comparativo: https://espiritismoemmovimento.blogspot.com/2020/11/a-genese-revisada-cap-xv-item-67.html
      Para o estudo completo do caso A Gênese, veja a página especial https://www.luzespirita.org.br/index.php?lisPage=caso1.

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    2. SE estiver, não está e jamais poderá estar resolvida em OCI. O problema é evidente e só tem uma resposta possível: se foi Kardec quem alterou, inserindo o item 10 da 4a edição, ele estava com graves problemas mentais, a ponto de se contradizer inclusive entre OCI e AG (conforme demonstrado no artigo indicado). Sabemos que isso não se deu, contudo.

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