Desde que foi lançada a Pesquisa Nacional Espírita empreendida anualmente pelo nosso confrade Ivan Franzolim (Saiba mais aqui) nós temos apoiado este projeto, acreditando que seja útil acompanharmos os dados estatísticos do movimento espírita. No último ano, porém, o projeto cresceu e agora ganhou o mundo, através de uma enquete que envolveu espíritas e simpatizantes de diversos países.
Conversamos com o idealizador da pesquisa a respeito dessa nova fase de trabalho, que nos respondeu nos seguintes termos sobre a Pesquisa Espírita Mundial 2023:
Luz Espírita — Qual foi a receptividade da pesquisa mundo afora?
Ivan Franzolim — Da PEIM eu senti uma certa frieza e indiferença, espero estar enganado. São cerca de 30 instituições vinculadas ao CEI - Conselho Espírita Internacional e eu tive de insistir várias vezes para responderem. Em relação à PEM, pesquisa direta aos espíritas, recebi muitos agradecimentos e elogios pela iniciativa.
LE — Quem (ou quais instituições) mais particularmente contribuíram com este projeto internacional?
Franzolim — PEIM - CEI e a PEM a ABRADE - Associação Brasileira de Divulgadores do Espiritismo.
LE — Pelas expectativas, qual foi o saldo do resultado obtido?
Franzolim — Ambas pesquisas são pioneiras e ocuparam um espaço importante que vai permitir um diálogo mais constante dos espíritas brasileiros com os do exterior com enriquecimento de todo o movimento espírita. Agora conhecemos melhor sobre as federativas, Centros e espíritas do exterior. Confirmamos a expectativa de que enfrentam muito mais dificuldades do que nós para divulgar o Espiritismo. Na PEM obtemos um número modesto de 664 respostas, mas nos surpreendeu o alcance de 60 países. A maior dificuldade é fazer chegar, via internet, o convite para responder a pesquisa em todos os países do mundo.
LE — Quais foram os dados colhidos mais surpreendentes positivamente?
Franzolim — Constatar o idealismo, o esforço e a persistência dos espíritas no exterior. O grande potencial para o desenvolvimentos das ideias espíritas em outros países.
LE — Quais foram os dados colhidos mais problemáticos?
Franzolim — Há necessidade de livros de Kardec traduzidos em vários idiomas. em papel e no formato digital. Algumas traduções precisam ser melhoradas e adicionadas de notas explicativas. Há necessidade de palestrantes e instrutores em vários idiomas. Há necessidade de cursos de gestão e doutrinários para os trabalhadores. A maioria das casas espíritas possuem dirigentes e voluntários brasileiros. Eles são de grande ajuda e ajudam a estruturar as casas no modelo brasileiro que conhecem. Contudo, esse modelo que privilegia o aspecto religioso impõe forte resistência nas culturas de países do norte e do leste europeu, bem como da Ásia. Isso deve ser revisto para que as explicações espíritas possam fluir com mais facilidade.
LE — Que semelhanças e diferenças principais poderia apontar entre os espíritas brasileiros e os estrangeiros?
Franzolim — Em geral, bastante próximos, com menos assistência social e práticas mediúnicas, mais voltados às palestras e cursos.
LE — Quais as projeções para as próximas pesquisas?
Franzolim — Buscar mais apoio das instituições brasileiras e federativas internacionais para ampliar a divulgação da pesquisa. A meta é alcançar mais países e espíritas e poder retratar cada vez melhor a situação de trabalho e as oportunidades de melhoria.
O resultado completo da Pesquisa Espírita Mundial - 2023 pode ser conferido pelo Blog Ideias e Anotações, dirigido por Ivan Franzolim, que também apresentou a sua interpretação sobre este apurado durante uma live promovida pela ABRADE - Associação Brasileira dos Divulgadores Espíritas.
Acompanhe esta live pela janela abaixo:
Continuaremos acompanhando este trabalho e, inclusive, divulgaremos aqui tudo sobre a campanha dessa pesquisa para este a temporada 2024.
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