quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

"Espiritismo e Filosofia" - Eric Pacheco entrevista Astrid Sayegh

No frontispício da obra inaugural da Doutrina Espírita, Allan Kardec estampou "Filosofia Espiritualista". Portanto, inequivocamente, o Espiritismo é uma escola filosófica, além dos desdobramentos científicos e religiosos correlacionados a àquela característica. Com isso, todo bom espírita, a fim de bem compreender a doutrina que professa, deve ter os mínimos conhecimentos sobre Filosofia e os princípios que caracterizam a Revelação Espírita nesse seu aspecto intrínseco, correto?

A fim de ajudar os interessados nessa compreensão filosófica do Espiritismo, reproduzimos aqui a entrevista do nosso confrade Eric Pacheco (Rio de Janeiro) com Astrid Sayegh (São Paulo), que, além de espírita, tem mestrado, doutorado e pós-doutorado em Filosofia pela USP.

Falando de metafísica, ética, Espiritismo, intuição e outros temas, essa entrevista é uma boa pedida para "quebrar o gelo" naqueles que têm medo de Filosofia.

Segue a janela da entrevista:

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5 comentários:

  1. Interessante observar a citação: O espírito é uma criação divina! Ela, a citação, é feita, num sentido de dar ao espírito um caráter divino. Mas a matéria é igualmente criação divina, tendo em conta que todo o Universo é criação divina. O divino, neste caso, filosoficamente, é a causa primária de todas as coisas, de tudo, e, portanto, do Universo. E como a filosofia é criação nossa, o Deus, a causa primária, a que nos referimos é uma criação nossa e que varia entre as culturas e no tempo. A espiritualidade cristã é outra coisa. O cristianismo é uma causa. Causa cuja trabalho e cuja dinâmica é mudar a sociedade, torná-la fraterna. Os cristãos utilizam os recursos espirituais, do corpo espiritual, para transmitirem e disseminarem a causa cristã de fraternidade. Causa que afronta as forças sociais que se beneficiam da exploração do semelhante e por este motivo é perseguida. O cristianismo utiliza todos os recursos espirituais possíveis, não importa que religião. Aqui no Brasil utiliza de forma intensa a umbanda e o candomblé. A ala progressista católica, a exemplo do que podemos ver na obra de Frei Beto, é manifestamente cristã como no seu princípio e é por este motivo que estes padres e monges cristão, genuinamente cristãos são perseguidos. Os espíritas que se dedicam à causa cristã são diferentes dos outros seguidores espiritas. Estes se voltam ao trabalho da causa e utilizam a mediunidade para trazer mensagens que mude a sociedade. A causa não se preocupa com a filosofia, nem com estas discussões, mas, sim, com a mudança social, a transformaçao da sociedade: justiça, fraternidade, tolerância, igualdade de direitos e deveres.

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  2. Por filosofia eu entendo o que foi discutido por Sartre no seu Livro Questão de Método. Ele distingue o seja um filósofo do que seja um ideólogo. Nós estamos quase sempre confundindo filosofias com ideologias. São diferentes!

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  3. Sem dúvida, é experimental! E isto complica a questão espiritual mediúnica, pois somente através das manifestações mediúnicas é possível termos fatos espirituais, os quais precisam de confrontações e análises para serem comprovados. Por isto, é a mediunidade a única forma de termos acesso real ao mundo espiritual. Outras formas, são, digamos, filosófica, frutos de raciocínio, de deduções, as quais podem ser pessoais.

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  4. As luvas de cera obtidas nas sessões de materialização são, a meu ver, até hoje, a prova factual mais forte que os espíritas puderam oferecer.

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  5. Parabéns pela publicação e pela palestra. A palestrante é grande conhecedora da obra espírita de Kardec e nos fornece maravilhosa explicação de muitas questões à luz de seu conhecimento da filosofia. Obrigado Eric, obrigado Astrid. Pena que somente agora, aos 75 anos, eu os tenha conhecido.

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